Vila Nova Campeão Goiano Feminino 2024

Chegou a hora de passar a limpo mais um ano de estaduais femininos no blog. Esta é quinta temporada de postagens, que virou tradição. Em 2020, tivemos sete pôsteres. Em 2021, foram 11. Em 2022, trouxemos 14. Em 2023, batemos o recorde de 17. E em 2024, serão 16 fotos.

Os pôsteres equivalem aos Estados presentes na Série A1 e na Série A2 do Brasileiro, os que conquistaram o acesso na Série A3, além de Goiás. As postagens serão feitas em ordem crescente de importância.


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Começamos por Goiás, que em 2024 não teve nenhum representante na Série A1 e Série A2 do Brasileiro, e também não conseguiu o acesso na Série A3. Neste ano, o Vila Nova quebrou a sequência do Aliança e conquistou o título pela segunda vez na história. O outro havia ocorrido em 2021.

O campeonato ficou marcado pelo fim da parceria entre o Aliança e o Goiás. Com isso, o Tigre se aproveitou para recuperar seu espaço. Oito clubes se enfrentaram em dois turnos distintos, que deram uma vaga cada para a final. Mas isso não foi necessário.

No primeiro turno, o Vila Nova venceu seis vezes, perdeu uma (1 a 0 para o Aliança) e terminou na liderança com 18 pontos, superando o Atlético-GO no saldo de gols. Já no segundo turno, o time venceu todas as sete partidas, a maioria por goleada, como os 10 a 0 sobre o Trindade e os 27 a 0 sobre o Vasco de Itaberaí. Na última rodada, a vitória por 4 a 1 sobre o Aliança no CT Buriti Sereno confirmou a conquista vermelha. 

A campanha do Vila Nova:
14 jogos | 13 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 91 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Divulgação/Vila Nova

Remo Campeão Paraense 1975

O Remo conseguiu em 1975 seu 25º título paraense. A conquista também representou mais um tricampeonato na história do clube, pela quarta vez. O fato não acontecia desde 1954 e reafirmou o clube azulino como o principal do Norte brasileiro na metade da década de 1970.

Para chegar lá, o Leão Azul teve que passar por um torneio que foi tão rápido quanto confuso. Oito clubes participaram. Na primeira fase, todos se enfrentaram, mas com classificações separadas em dois grupos. Os dois primeiros de cada chave passaram ao quadrangular que apontou um finalista. A segunda fase foi disputada pelos três primeiros de cada grupo da etapa anterior. Novamente todos se enfrentaram, porém sem divisões em chaves. Os quatro primeiros foram ao quadrangular que determinou o outro finalista.

O Remo começou a campanha no grupo B, que teve ainda Tuna Luso, Tiradentes e Liberato de Castro. Na estreia, o time goleou o Sporting de Belém por 7 a 0 no Baenão. Nos seis jogos seguintes, vieram mais cinco vitórias e um empate, que deixaram os azulinos na liderança da chave com 13 pontos. No quadrangular, a goleada por 4 a 0 sobre o Castanhal, o empate por 1 a 1 com a Tuna Luso e a vitória por 1 a 0 sobre o Paysandu colocaram o Remo na decisão com cinco pontos.

A conquista da primeira fase deu dois pontos extras ao Leão na segunda etapa. Na estreia, a equipe fez 2 a 0 no Castanhal. Depois, obteve mais quatro vitórias e um empate. Com 11 pontos, o Remo liderou o hexagonal e foi ao quadrangular, onde fez 5 a 0 no Castanhal, 1 a 0 na Tuna Luso e empatou sem gols com o Paysandu. Novamente com cinco pontos, o Remo levou também a segunda fase e outros dois pontos extras para a final.

Como o regulamento não previa título antecipado, o time azulino precisou disputar a decisão contra o time de melhor campanha ao todo fora si próprio, que foi o rival Paysandu. Porém, a vantagem era toda do Leão que, com os dois pontos de bônus, podia ser campeão com um simples empate. Só haveria uma segunda partida caso ocorresse a derrota do Remo. Mas o time venceu o Repa por 2 a 1 no Baenão e conquistou outro título de maneira invicta.

A campanha do Remo:
19 jogos | 15 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 51 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Remo

Goiás Campeão Goiano 1975

No primeiro Campeonato Goiano realizado após a inauguração do Estádio Serra Dourada, em 1975, o Goiás chegou ao quarto título na história. E, a partir de então, iniciar um crescimento que o levaria a ser o maior campeão estadual algumas décadas depois.

Com um dos regulamentos mais simples para a época, a competição de 1975 teve a participação de 11 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram uma vez, com o líder garantindo uma vaga na final. A segunda fase foi igual, com o primeiro colocado preenchendo a outra vaga na decisão.

A campanha do Esmeraldino começou na vitória por 3 a 1 em cima da Anapolina em casa. Depois, seguiu com mais cinco triunfos e quatro empates até o fim da primeira fase. O time ficou invicto, mas o excesso de empates prejudicou na classificação final. Com 16 pontos, o Goiás terminou na segunda posição do turno, um ponto atrás do Goiânia, que se classificou para a final.

O jeito foi ganhar a segunda fase. Na estreia, o Esmeraldino venceu novamente a Anapolina, desta vez por 2 a 0 e fora de casa. Em casa, a primeira vitória veio na segunda rodada, também por 2 a 0 e em cima do Atlético, em clássico disputado no Serra Dourada. Na sequência, a equipe emendou outras seis vitórias e dois empates, que a deixaram com 18 pontos. Com menos empates, o Goiás enfim conseguiu seu lugar na decisão, com dois pontos de vantagem em cima do surpreendente Itumbiara, que deixou para trás Goiânia, Atlético e Vila Nova.

A final do Goianão de 1975 foi um replay da decisão do ano anterior, entre Goiás e Goiânia. Mas o Esmeraldino queria que desta vez o resultado fosse diferente. O confronto aconteceu em melhor de três no Serra Dourada. Na primeira partida, o Goiás venceu por 1 a 0. O segundo jogo terminou empatado por 0 a 0, adiando a conquista verde e dando a esperança da virada aos alvinegros.

Na terceira partida, o Goiás entrou com a vantagem do empate, mas chegou ao título invicto com vitória por 3 a 0 e sem dar qualquer chance ao rival, que ali iniciou um interminável jejum de títulos.

A campanha do Goiás:
23 jogos | 16 vitórias | 7 empates | 0 derrotas | 42 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Goiás

Ceará Campeão Cearense 1975

Após ser duas vezes vice para o maior rival, o Ceará se redimiu em 1975 e reconquistou o título cearense, o 22º estadual de sua história e o primeiro obtido dentro do Castelão, inaugurado em 1973.

O torneio estadual daquele ano teve a participação de 11 times. Na primeira fase, todos se enfrentaram em turno único, com o líder se garantindo na final e os seis melhores seguindo em frente. Na segunda fase, os seis classificados disputaram mais um turno, com outra vaga na decisão para o líder. Na terceira fase, os quatro classificados da etapa anterior disputaram um quadrangular também em turno único. O líder ficou com a terceira vaga na final.

O Vozão começou a campanha com empate sem gols com o América de Fortaleza em casa. A primeira vitória aconteceu na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Icasa em Juazeiro do Norte. Na capital, o primeiro triunfo só aconteceu no quinto jogo, por 2 a 0 sobre o Guarani de Juazeiro. Em dez partidas, o time alvinegro conseguiu seis vitórias, três empates e uma derrota, que o deixaram em segundo lugar, com 15 pontos. Foram dois pontos a menos que o Fortaleza, que se classificou à decisão.

Na estreia da segunda fase, o Vozão venceu o Calouros do Ar por 2 a 0, o que deu início a uma sequência de 100% de aproveitamento. Nos outros quatro jogos, a equipe fez 1 a 0 no Ferroviário, 4 a 0 no Guarany de Sobral, 3 a 2 no Tiradentes e 3 a 0 no Fortaleza. Com dez pontos, o Ceará terminou em primeiro e conseguiu sua vaga na final.

A terceira fase foi composto por Ceará, Fortaleza, Ferroviário e Tiradentes. Na abertura, os alvinegros empataram sem gols com o Tiradentes. Na segunda rodada, venceram o Ferroviário por 2 a 1. No último jogo, ganharam o Clássico-Rei por 2 a 0 e faturaram o grupo com cinco pontos.

Com duas fases conquistadas, o Ceará foi à decisão contra o Fortaleza com a vantagem de poder ser campeão com empate de pontos nos dois jogos, ambos no Castelão. No primeiro, o Vozão saiu derrotado por 2 a 0. Assim, só a vitória serviria para o título na segunda partida, independente do placar. Mas o triunfo veio por outro 2 a 0, que freou o tri do rival e devolveu a taça aos alvinegros.

A campanha do Ceará:
20 jogos | 14 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 36 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Ceará

Avaí Campeão Catarinense 1975

Os clubes de Florianópolis dominaram o futebol catarinense na primeira metade da década de 1970. Com dois títulos para cada, Avaí e Figueirense retomaram a hegemonia do futebol de Santa Catarina para a capital. Porém, a conquista de 1975 por parte do Leão da Ilha foi a última daquele momento. A próxima viria para a clube apenas 13 anos depois.

O Campeonato Catarinense de 1975 13 participantes. Na primeira fase, todos se enfrentaram em dois turnos, mas divididos em dois grupos. Os quatro melhores de cada chave avançaram à segunda fase, que foi disputada do mesmo modo que a etapa anterior. O líder de cada grupo se classificou à final, que foi realizada em melhor de três jogos.

O Avaí ficou no grupo B, junto com Chapecoense, Inter de Lages, Marcílio Dias, Caxias de Joinville, Carlos Renaux e Próspera. Na estreia, o time goleou o Caxias por 4 a 1 no Adolfo Konder. Depois, somou mais 15 vitórias, cinco empates e três derrotas nas 23 partidas seguintes. Com 37 pontos, o Leão se classificou na primeira colocação da chave.

Na segunda fase, o Avaí seguiu com Chapecoense, Inter de Lages e Marcílio Dias. No outro grupo, atuaram Figueirense, Palmeiras de Blumenau, América de Joinville e Juventus de Rio do Sul. O Leão iniciou a etapa com empate sem gols diante do Marcílio Dias, em Itajaí. Nos 13 jogos restantes, a equipe acumulou seis vitórias, cinco empates e duas derrotas. Os resultados deixaram o Avaí na liderança com 18 pontos, cinco a mais que a vice Chapecoense.

Classificado à decisão, o Avaí disputou o título com o rival Figueirense, que liderou o grupo A. A primeira partida aconteceu no Orlando Scarpelli. Fora de casa, o Leão não resistiu e saiu derrotado por 3 a 2. O segundo jogo foi em casa, no Adolfo Konder. Na obrigação de não perder, o Avaí igualou o confronto ao vencer por 3 a 0. Ambos os times foram à terceira partida com dois pontos.

A partida derradeira aconteceu no Orlando Scarpelli. Como os times estavam empatados em pontos, o título ficaria com o vencedor do terceiro clássico. E o Avaí fez um papel bem diferente em relação ao primeiro jogo. Venceu fora de casa por 1 a 0 e conquistou o 11º título estadual.

A campanha do Avaí:
41 jogos | 24 vitórias | 11 empates | 6 derrotas | 72 gols marcados | 32 gols sofridos


Foto Arquivo/Avaí

Sport Campeão Pernambucano 1975

Foram 12 anos de tabu, vendo seus maiores rivais enfileirarem títulos estaduais. Em 1975, o Sport quebrou a fila e voltou a vencer o Campeonato Pernambucano. Foi a 20ª taça conquistada pelo clube rubro-negro, a primeira desde 1962. Nesse meio tempo, o Náutico foi hexa e o Santa Cruz penta.

O estadual manteve os oito participantes dos anos anteriores. Na primeira fase, os times se enfrentaram em dois turnos, com o líder avançando à final e os seis melhores passando à etapa seguinte. Na segunda fase, os seis classificados voltaram a jogar em dois turnos, com o primeiro colocado também indo à decisão e os cinco melhores pulando à terceira etapa. Na última fase, os cinco sobreviventes também atuaram em dois turnos. A final reuniu os campeões das três etapas, cada uma com um ponto extra.

O Leão da Ilha começou a campanha vencendo o Ferroviário de Recife por 2 a 0. Nos 13 jogos seguintes, conseguiu mais dez vitórias, dois empates e uma derrota. Entre os triunfos, duas históricas goleadas por 9 a 2 e por 8 a 0 sobre o Santo Amaro. Porém, o revés fez diferença na classificação e o Sport foi vice-líder, com 24 pontos, um a menos que o Náutico, que conquistou a primeira fase.

Santo Amaro e Íbis deixaram a competição na segunda fase. O Sport começou a etapa com outra goleada, por 5 a 0 em cima do América de Recife. Nas nove partidas restantes, o time se sobressaiu sobre os rivais e conseguiu mais sete vitórias e três empates. Invicto, o rubro-negro liderou a etapa com 17 pontos e conquistou a vaga na decisão.

Na terceira fase, o eliminado foi o Ferroviário. O Leão estreou outra vez com o América, vencendo por 2 a 0 na Ilha do Retiro. Depois, manteve a invencibilidade com mais cinco vitórias e dois empates, que colocaram a equipe novamente na liderança, com 14 pontos.

Com dois pontos extras, o Sport chegou na decisão em vantagem contra o Náutico, que ficou com um ponto. De tal forma, o time rubro-negro ficou com chance de ser campeão logo no primeiro jogo, nos Aflitos. Bastaria vencer o Clássico dos Clássicos fora de casa. Foi o que aconteceu, pelo placar de 1 a 0.

A campanha do Sport:
33 jogos | 25 vitórias | 7 empates | 1 derrota | 91 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Armando Filho/Placar