Colo-Colo Campeão da Libertadores 1991

No maior deserto de títulos de argentinos e brasileiros na Libertadores até hoje (de 1987 a 1991), o Chile levou sua única conquista na edição de 1991. Com a maior torcida do país, o Colo-Colo teve o gosto de levantar a taça com uma bela campanha, de ponta a ponta.

El Cacique estrearam no grupo 2 da primeira, enfrentando o compatriota Deportes Concepción e os equatorianos LDU Quito e Barcelona de Guayaquil. Sem perder, o time conseguiu três vitórias e três empates na chave. Com nove pontos, o Colo-Colo garantiu a liderança, livrando três de LDU e Concepción.

No mata-mata, o caminho dos chilenos seguiu diante do peruano Universitario, nas oitavas de final. Na ida, em Lima, empate sem gols. Na volta, em Santiago, vitória por 2 a 1 e vaga nas quartas. Nesta fase, o clube albo enfrentou o Nacional do Uruguai. Atuando em seu Estádio Monumental, no primeiro jogo, os jogadores não tomaram conhecimento dos uruguaios, golearam por 4 a 0 e praticamente encaminharam um lugar na semifinal. Tanto que, na segunda partida, em Montevidéu, o Colo-Colo se deu ao luxo de perder por 2 a 0.

A parada mais complicada foi na semi, contra o Boca Juniors. A ida aconteceu em La Bombonera, e os argentinos venceram por 1 a 0. A pressão da volta foi grande, e o Colo-Colo conseguiu reverter a desvantagem ao vencer em Santiago por 3 a 1, com todos os gols ocorrendo no segundo tempo.

A final foi definida entre Colo-Colo e Olimpia, que partiu rumo à ela pela terceira vez seguida após eliminar o também paraguaio Colegiales, o rival Cerro Porteño e o Atlético Nacional (de novo!). Mas a busca pelo tri foi sumariamente complicadada depois da primeira partida, no Defensores del Chaco, quando o Cacique conseguiu segurar o 0 a 0 e levar tudo para o Chile.

E jogando no Monumental David Arellano, o Colo-Colo chegou ao histórico título com categóricos 3 a 0, dois gols de Luis Pérez e outro de Leonel Herrera. A grande fase com Brasil e Argentina longe da taça da Libertadores viu a derrocada do Uruguai e uma (falha) ascensão de Colômbia, Paraguai e Chile.

A campanha do Colo-Colo:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 22 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/CDI Copesa

Londrina Campeão Paranaense 2021

Enfim, o Campeonato Paranaense de 2021 teve um fim. Após várias interrupções devido à pandemia de Covid-19 e à falta de datas entre as competições nacionais, o estadual foi concluído com o título do Londrina, que pela quinta vez na história chega ao topo do futebol do Paraná. A competição contou com 12 participantes, que se enfrentaram em grupo e turno únicos.

A campanha do Tubarão começou mal, pois o time não venceu em nenhuma das oito primeiras rodadas e flertou com o rebaixamento. Nas três partidas restantes, no entanto, o clube obteve três vitórias, que somadas a sete empates o colocaram classificado na quinta posição, com 16 pontos.

Nas quartas de final, o Londrina enfrentou o Cianorte, empatando a ida no Estádio do Café por 1 a 1 e vencendo a volta fora por 3 a 0. Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Operário-PR. Jogando em casa, o LEC arrancou uma vitória por 1 a 0 na ida. Na volta, em Ponta Grossa, empate por 1 a 1 levou o time alviceleste à decisão.

Na final contra o Cascavel, que eliminou o Athletico-PR na semi, o Londrina empatou os dois jogos, ambos por 1 a 1, no Café e no Olímpico Regional. Nos pênaltis, a equipe londrinense venceu por 6 a 5.

A campanha do Londrina:
17 jogos | 5 vitórias | 11 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Ricardo Chicarelli/Londrina

São-Joseense Campeão Paranaense 2ª Divisão 2021

O Paraná foi mais um Estado a conhecer seu campeão de acesso de 2021. O Independente São-Joseense, de São José dos Pinhais, conseguiu seu primeiro título na segunda divisão após seis anos de fundação. O jovem clube irá disputar pela primeira vez a elite paranaense em 2022. Dez times participaram da competição, enfrentando-se em turno único.

Em nove jogos, o São-Joseense conseguiu quatro vitórias e quatro empates, garantindo a liderança com 16 pontos, superando o União Beltrão no saldo de gols, e o Apucarana Sports e o PSTC por um ponto. Estas equipes avançaram à semifinal. Em duas partidas contra o PSTC, o São-Joseense conseguiu o acesso com certa emoção, vencendo por 2 a 0 a ida em Cornélio Procópio e perdendo a volta  por 2 a 1 em São José dos Pinhais.

A final foi contra o União. O primeiro jogo aconteceu fora de casa, em Francisco Beltrão, e o clube azul e amarelo garantiu outra vitória por 2 a 0. A segunda partida foi no Municipal do Pinhão, em casa, e o título veio com outro triunfo, desta vez por 2 a 1.

A campanha do São-Joseense:
13 jogos | 7 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Divulgação/São-Joseense

Villa Nova-MG Campeão Mineiro Módulo II 2021

Uma das principais força do interior mineiro, o Villa Nova, de Nova Lima, está de volta à primeira divisão do estadual. O clube sagrou-se bicampeão do Módulo II, equivalente ao segundo nível, obtendo um título que não conquistava há 26 anos e corrigindo seu percurso após o rebaixamento em 2020.

Na campanha de 2021, o Leão do Bonfim precisou passar por duas fases, a primeira contra 11 adversários e a segunda contra três. Na etapa inicial, o time venceu seis e empatou quatro das 11 partidas que fez, somando 22 pontos. O alvirrubro ficou na vice-liderança, com apenas um ponto a menos em relação ao líder Nacional de Muriaé.

Quatro times avançaram ao quadrangular final, disputado em dois turnos. O Villa seguiu sua trajetória com quase nenhum erro, e conseguiu acesso e título na última rodada, ao derrotar o Democrata de Governador Valadares (que foi o outro clube a subir) por 3 a 1 no Castor Cifuentes, estádio também conhecido como Alçapão do Bonfim. Nesta fase, a equipe venceu três e empatou dois jogos de seis.

A campanha do Villa Nova-MG:
17 jogos | 9 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Cristiane Mattos/FMF

Rio Branco-AC Campeão Acreano 2021

O campeão voltou no Acre. O Rio Branco agora é dono de 48 títulos estaduais, mais que todos os demais vencedores somados (que dá 46). A conquista acontece três anos após a última, em 2018. No Acreanão 2021, noves equipes estiveram na disputa. No primeiro turno, todas se enfrentaram uma vez, o campeão se garantiu na final e os quatro melhores no segundo turno. Então, esses quatro times duelaram entre si mais uma vez, com o campeão também indo à decisão.

Na primeira fase, o Estrelão fez uma campanha para o gasto, com três vitórias e dois empates em oito partidas e ficando apenas na quarta posição, com 11 pontos. O clube alvirrubro ficou apenas um acima do Vasco, com quem disputou essa última vaga no returno, e nove atrás do Humaitá, o vencedor do turno.

Na fase seguinte, o Rio Branco acordou e venceu os três jogos que fez, indo à final após derrotar o Galvez por 3 a 1. Nos dois encontros decisivos contra o Humaitá, o Estrelão sofreu, mas o peso da camisa fez diferença. Ambos aconteceram na Arena da Floresta. Na ida, derrota por 1 a 0. Na volta, o Rio Branco devolveu o resultado, segurou o empate na prorrogação, e venceu por 4 a 2 nos pênaltis.

A campanha do Rio Branco-AC:
13 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Sérgio Vale/AC24Horas

Olimpia Campeão da Libertadores 1990

A Libertadores entra nos grandiosos anos 90 com sua estabilidade recuperada. O que não colaboravam eram os países. Detentor do título de 1989, a Colômbia não indicou ninguém para a edição de 1990. O motivo? O campeonato local foi encerrado sem campeão devido ao assassinato de um árbitro durante a fase final.

As acusações da época recaíram sobre o Cartel de Medellín e as motivações davam conta de que o crime foi cometido em retaliação a um gol anulado do Independiente. Pressionada, a federação cancelou o restante da competição e só o Atlético Nacional pôde defender sua taça no ano seguinte.

Com 18 times na primeira fase, a vida seguiu com as velhas forças de sempre. Vice do momento, o Olimpia estava disposto a subir mais um degrau na escada, e a sua campanha pelo bicampeonato começou diante do rival Cerro Porteño, do Vasco e do Grêmio, no grupo 5. Os resultados foram super equilibrados e as distâncias entre as equipes ao fim das seis rodadas foi se só dois pontos. Com sete, o Decano paraguaio classificou-se na liderança, acima de Cerro e Vasco. Foram três vitórias e um empate na largada.

Nas oitavas de final, o Olimpia iria enfrentar o terceiro colocado da chave 2, mas esta foi a que ficou desfalcada dos colombianos, portanto os paraguaios foram já às quartas. Contra a Universidad Católica, o clube venceu a ida em Assunção por 2 a 0 e empatou sensacionalmente a volta na Chile por 4 a 4.

Na semifinal, surgiu a chance da revanche contra o Atlético Nacional. O clima na Colômbia dominada pelo narcotráfico era tenso, e a Conmebol marcou a ida para o Nacional de Santiago, no Chile, onde o Olimpia venceu por 2 a 1. No Defensores del Chaco, o Atlético fez 3 a 2 e forçou os pênaltis. Depois de 12 cobranças, só três entraram e o Decano foi à decisão ao vencer por 2 a 1.

O Olimpia enfrentou na derradeira o Barcelona de Guayaquil, que colocou o Equador pela primeira vez em uma final após bater o uruguaio Progreso, o Emelec e o River Plate. A ida aconteceu no Defensores del Chaco, em Assunção, e o paraguaios abriram vantagem ao fazerem 2 a 0, gols de Raúl Amarilla e Adriano Samaniego. A volta foi no Monumental de Guayaquil, e o Olimpia confirmou seu segundo título com outro gol de Amarilla e o empate por 1 a 1.

A campanha do Olimpia:
12 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 22 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Olimpia

Atlético Nacional Campeão da Libertadores 1989

Depois de 16 anos de estabilidade, a Libertadores viveu um caos em 1988 com o novo regulamento. A equação difícil de entender foi desfeita a partir de 1989. O desejo da Conmebol e das dez federações era o de ver mais times lutando pelo título nas fases agudas. Então, resolveu-se classificar ao mata-mata três equipes por grupo ao invés de duas. Assim, essas 15 poderiam juntar-se ao campeão logo nas oitavas de final e formar um chaveamento perfeito logo de cara.

Em campo, o continente veria a força dos narcodólares fazer-se presente naquele ano. Vindo da Colômbia e patrocinado por Pablo Escobar, o Atlético Nacional faturou o primeiro título sul-americano do país. Para os adversários, o sucesso só foi possível devido às ameaças e subornos a árbitros e dirigentes. O fato é que aquele time foi a base de uma das melhores seleções colombianas da história. 

No grupo 3 da primeira fase, os verdolagas fizeram uma campanha segura, com duas vitórias, três empates e uma derrota, marcando sete pontos ao todo. Na vice-liderança, ficou três pontos atrás do Millonarios e três na frente do Deportivo Quito. O Emelec foi o outro equatoriano na chave.

Nas oitavas, o Atlético enfrentou o Racing, o qual eliminou com vitória por 2 a 0 em Medellín e derrota por 2 a 1 em Avellaneda. Nas quartas, novamente contra o Millonarios, a classificação veio com 1 a 0 na ida em casa e empate por 1 a 1 na volta fora. Na semifinal, nenhum problema para eliminar o uruguaio Danubio: 0 a 0 em Montevidéu e 6 a 0 em Medellín. Só faltava mais uma etapa.

Do outro lado, o Olimpia chegava para a decisão depois de passar por Boca Juniors, Sol de América e Internacional. A primeira partida aconteceu no Defensores del Chaco, em Assunção, e terminou ruim para o clube colombiano, que perdeu por 2 a 0.

O segundo jogo foi no Atanasio Girardot em Medellín, e o Nacional precisava devolver a diferença para levar aos pênaltis, já que desde o ano anterior havia caído a regra do desempate em campo neutro. Fidel Miño e Albeiro Usuriaga foram os responsáveis pelos 2 a 0 que igualaram o confronto. Nas penalidades, René Higuita contribuiu com um gol e algumas defesas. Ao fim de 18 cobranças, o Atlético Nacional foi campeão ao vencer por 5 a 4.

A campanha do Atlético Nacional:
14 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 21 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético Nacional