River Campeão Piauiense 1980

O Campeonato Piauiense é dominado por homônimos de grandes clubes do futebol sul-americano. O maior vencedor é o River, seguido pelo Flamengo. Ainda há espaço para outros xarás históricos, como Botafogo e Fluminense.

Em 1980, o River possuía 18 taças estaduais, e estava sem ganhar desde o bicampeonato de 1977 e 1978. Um pequeno hiato na hegemonia, que foi retomada pelo clube tão logo começou a década de 1980, na conquista do 19º título.

A competição contou com oito participantes em três fases: River, Flamengo, Tiradentes, Piauí, Parnahyba, Picos, Auto Esporte e Comercial de Campo Maior. Nas duas primeiras etapas, todos se enfrentaram em turno único, com os quatro melhores avançando a um mata-mata. O vencedor de cada chaveamento conquistou uma vaga na final. A terceira fase teve um quadrangular entre as quatro melhores campanhas na soma das outras etapas, em turno único e com vaga na decisão para o líder.

A campanha do River teve início na goleada por 4 a 0 sobre o Auto Esporte. Nas seis partidas seguintes, conseguiu mais cinco vitórias e um empate, com destaque para a goleada por 5 a 0 sobre o Flamengo. Ao todo, o Galo Carijó fez 13 pontos e ficou na liderança. Na semifinal, o time venceu o Piauí por 3 a 1. Na final, venceu duas vezes o Flamengo, por 1 a 0 e por 2 a 0, garantindo seu lugar na decisão geral.

Na segunda fase, o River estreou fazendo 1 a 0 no Comercial. Depois, venceu quatro jogos e perdeu dois, com destaque duas goleadas, uma sofrida por 5 a 1 para o Tiradentes, e outra aplicada por 12 a 2 sobre o Auto Esporte. Com dez pontos, o Galo terminou em um empate quádruplo com Tiradentes, Piauí e Picos, ficando na segunda colocação nos critérios de desempate. Na semifinal, a equipe bateu o Piauí por 3 a 1. Na final, vingou-se do Tiradentes ao empatar a ida por 1 a 1 e golear a volta por 4 a 0.

O River avançou para a terceira fase buscando a liderança e o título antecipado, sem depender da final. Todas as partidas foram disputada no Estádio Albertão, em Teresina. Na primeira rodada, o Galo ficou no 1 a 1 com o Tiradentes, enquanto o Flamengo fez 1 a 0 no Piauí. Na segunda rodada, o River goleou o Piauí por 6 a 1, e no outro jogo o Tiradentes fez 2 a 1 no Flamengo.

Com três pontos cada, River e Tiradentes lideravam o quadrangular, seguidos pelo Flamengo com dois. Na última rodada, em 16 de novembro, o Galo fez o clássico Rivengo com os rubro-negros e venceu por 2 a 0, indo a cinco pontos. Restava secar o Tiradentes, que só enfrentou o Piauí no dia 19. No fim, tudo deu certo, pois a partida terminou empatada por 1 a 1, resultado que confirmou o título do River.

A campanha do River:
23 jogos | 18 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 65 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Ademir Danilo/Placar

Itabaiana Campeão Sergipano 1980

O Itabaiana seguiu demonstrando a força do interior sergipano em 1980, na campanha do tricampeonato estadual, que rendeu o quinto título na história do clube tricolor.

Aquele campeonato contou com a presença de 12 times. Na primeira e na segunda fases, todos se enfrentaram em turno único. Os quatro melhores avançaram para a semifinal, e os vencedores foram à final, que rendeu um ponto extra para o ganhador na fase final. As oito melhores equipes nas soma das duas etapas iniciais se classificaram para a decisão, em um octogonal de turno único.

A estreia do Itabaiana no estadual foi na goleada por 8 a 0 sobre o América de Propriá em casa, no Estádio Presidente Médici. Nos dez jogos seguintes, o time conseguiu mais sete vitórias, dois empates e uma derrota, que o colocaram na terceira colocação com 18 pontos. Na semifinal da primeira fase, o Tremendão enfrentou o Sergipe em Aracaju e perdeu por 1 a 0. O ganhador do primeiro ponto extra foi o Estanciano, que bateu o Confiança na semifinal e o Sergipe na final.

Na segunda fase, o Itabaiana iniciou com vitória por 3 a 1 sobre o Olímpico. Nos outros jogos, permaneceu invicto com mais oito triunfos e dois empates. Com 20 pontos, o Tremendão conseguiu a liderança e foi ao mata-mata. Na semifinal, a equipe empatou sem gols com o Vasco de Aracaju e foi à final por ter melhor campanha. Na final, venceu o Confiança por 2 a 1 no Batistão, conseguindo seu ponto extra.

O Itabaiana obteve a segunda melhor pontuação na soma das duas fases, e foi ao octogonal final como favorito ao título. Na abertura, venceu o Estanciano por 1 a 0 fora de casa. Na sequência, o Tremendão continuou imbatível: fez 3 a 0 no Vasco, empatou por 2 a 2 com o Sergipe e fez 1 a 0 tanto no Propriá quanto no Confiança. Com o ponto extra, o time chegou a dez na quinta rodada, contra oito do Sergipe e sete do Confiança.

Na penúltima rodada, o Itabaiana recebeu o Cotinguiba no Presidente Médici. Precisando de uma vitória nas duas partidas que faltava, o Tremendão garantiu o tri com uma rodada de antecedência ao fazer 1 a 0 no adversário. A taça foi entregue na última rodada, na vitória por 2 a 0 sobre o Olímpico.

A campanha do Itabaiana:
32 jogos | 24 vitórias | 6 empates | 2 derrotas | 64 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Itabaiana

Bangu Campeão Carioca Série A2 2025

O Bangu fez o bate-volta e venceu o a Série A2 do Campeonato Carioca pela quarta vez. Diferentemente do que ocorre em quase todos os estados, no Rio de Janeiro o clube rebaixado disputa a segunda divisão no mesmo ano, que foi o caso do clube alvirrubro em 2025.

A competição teve 12 times, que se enfrentaram em turno único na primeira fase, a Taça Santos Dumont. Depois uma campanha sem vencer partidas na primeira divisão, o Bangu fez 11 jogos no segundo nível, com quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. Foi uma disputa muito equilibrada, onde a distância do vice-líder para o penúltimo foi de apenas quatro pontos. O Proletário ficou exatamente na segunda colocação, com 16 pontos, três atrás do líder São Gonçalo. Na semifinal, contra o Araruama, empatou sem gols na ida fora de casa e venceu por 1 a 0 na volta em casa, em Moça Bonita, na Zona Oeste.

Na final, o Bangu enfrentou o São Gonçalo, que passou pelo Olaria. A primeira partida aconteceu em Moça Bonita, e os alvirrubros venceram por 1 a 0. O segundo jogo foi realizado no Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, com nova vitória por 2 a 1. A conquista se junta aos títulos de 1911, 1914 e 2008.

A campanha do Bangu:
15 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 15 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Wandré Silva/Bangu

North Campeão Mineiro Módulo II 2025

Mais um na leva de clubes fundados entre as décadas de 2010 e 2020, o North Esporte Clube, de Montes Claros, venceu o título do Campeonato Mineiro Módulo II de 2025. O time surgiu em 2022, e em poucos anos escalou todas as divisões estaduais até chegar na primeira divisão, a partir de 2026.

O Módulo II de 2025 foi disputado por 12 times, separados em dois grupos na primeira fase. O North ficou no grupo B, e em dez partidas conseguiu quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas. Com 16 pontos, o Gladiador do Norte ficou na segunda colocação da chave, classificado à próxima fase.

As três melhores equipes de cada grupo avançaram até a segunda fase, também com divisão em duas chaves. Em mais quatro jogos, o North obteve duas vitórias e dois empates sobre Patrocinense e Democrata de Sete Lagoas, que deixaram o time na liderança do grupo D e com o acesso garantido.

Na final, o North enfrentou a URT, que liderou o grupo C em cima de Ipatinga e Mamoré. A primeira partida foi realizada no Estádio Zama Maciel, em Patos de Minas, e terminou empatada por 0 a 0. O segundo jogo aconteceu em Montes Claros, no Estádio José Maria de Melo, com título e vitória para o Gladiador por 1 a 0.

A campanha do North:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Elen Sá/FMF

Atlético-PI Campeão Brasileiro Feminino Série A3 2025

Um clube jovem e um título inédito para todo um estado. O Clube Atlético Piauiense, fundado em 2019 e profissionalizado desde 2024, conquistou o Brasileirão Feminino Série A3 de 2025. Foi a primeira taça em nível nacional obtida por uma equipe do Piauí, independente da modalidade.

A CBF promoveu uma mudança no regulamento da Série A3 Feminina em 2025. A primeira fase passou a ser disputada em oito grupos com quatro equipes atuando em turno único, em substituição a fase de 16 avos no mata-mata. Tudo seguiu igual das oitavas de final em diante. O número de participantes continuou em 32: quatro rebaixados da Série A2 de 2024 e 28 pelo desempenho nos estaduais.

Na primeira fase, o Atlético-PI ficou no grupo 6, ao lado de Ceará, União-RN e Iape, do Maranhão. Na primeira rodada, o Cavernão venceu o União por 1 a 0 na Arena das Dunas, em Natal. Depois, a equipe recebeu o Ceará no Albertão, em Teresina, e fez 3 a 1, garantindo a classificação antecipada. Na última partida, as auriverdes golearam o Iape por 9 a 1 em São Luís. Com nove pontos, o Atlético passou na primeira colocação da chave.

Nas oitavas de final, o adversário foi a Tuna Luso. Na partida de ida, em Belém, o Atlético-PI goleou por 4 a 0. Na volta, venceu por 3 a 2 em Teresina e avançou. Nas quartas de final, a equipe reencontrou o Ceará. Na primeira partida, na Cidade Vozão, o Cavernão empatou por 2 a 2. No segundo jogo, vitória por 3 a 0 no Albertão confirmou o acesso à Série A2 de 2026 das atleticanas. 

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Doce Mel, da Bahia. Na ida, disputada no Waldomirão, em Jequié, o Atlético-PI venceu por 3 a 0 e abriu ótima vantagem. Na volta em Teresina, novo triunfo por 3 a 1 deu as auriverdes a vaga na decisão.

A final da Série A3 foi entre Atlético-PI e Vila Nova. As goianas passaram por Cresspom, Operário FC-MT, Rolim de Moura, Operário-MS e Itabirito (o dono da quarta vaga de acesso). O primeiro jogo foi disputado no OBA, em Goiânia, terminando com derrota por 2 a 1 do time piauiense, a única no campeonato. A segunda partida aconteceu no Albertão, e as auriverdes reverteram o confronto com goleada por 4 a 0. A conquista do título histórico com dois destaques principais: os três gols da veterana atacante Adriane Nenê e o comando técnico de Renta Costa, ex-zagueira multicampeã e de três Copas do Mundo e três Olimpíadas com o Brasil.

A campanha do Atlético-PI:
11 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 36 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Samuel Pereira/Staff Images/CBF

Brasília Campeão Candango 1980

O Campeonato Candango, também conhecido como Campeonato Brasiliense e Campeonato Metropolitano, é o torneio estadual que envolve os clubes do Distrito Federal e Entorno. Profissionalizado desde 1976, tem o Gama como maior vencedor, acumulando títulos desde 1979. Logo atrás, três clubes representam duas eras distintas: Brasiliense (fundado em 2000 e ganhador desde 2004), Brasília (sem vencer desde 1987) e Taguatinga (na fila desde 1993).

Em 1980, o Brasília era dono de três taças: um tri entre 1976 e 1978. O clube foi a principal força do Distrito Federal na década de 1980, com cinco conquistas. A primeira delas veio logo no primeiro ano, sendo a quarta na história do time e tirando a hegemonia do rival Gama.

O estadual contou com nove participantes na disputa: Brasília, Gama, Taguatinga, Ceilândia, Guará, Desportiva Bandeirante, Tiradentes, Sobradinho e Comercial de Planaltina. Foram realizadas três fases, e em todas elas as equipes se enfrentaram em turno único. Cada vencedor de fase teve direito a uma vaga na decisão. Mas, se um mesmo time liderar as três etapas, o título será dado antecipadamente a ele.

E foi isso que aconteceu com o Brasília. Na estreia, venceu o Tiradentes por 1 a 0 no Estádio Pelezão, localizado na região do Guará. Nos sete jogos restantes da primeira fase, o Colorado do Cerrado venceu mais cinco e empatou dois, conseguindo a liderança com 14 pontos e vaga na final.

Na segunda fase, o Brasília iniciou com goleada por 5 a 0 sobre a Desportiva Bandeirante em casa. Depois, conseguiu mais quatro vitórias e três empates. O time somou 13 pontos e voltou a ficar na primeira colocação, mas desta vez empatado com o Gama. Uma partida extra foi marcada para determinar o vencedor da etapa, no Serejão, em Taguatinga, e o Colorado venceu por 2 a 0.

A campanha seguiu na terceira fase. Na abertura, o Brasília goleou o Tiradentes por 5 a 1 em casa. Na sequência, a equipe emendou mais vitórias: 5 a 0 na Desportiva Bandeirante, 1 a 0 no Ceilândia, 4 a 0 no Taguatinga, 3 a 0 no Sobradinho, 4 a 0 no Comercial e 2 a 0 no Guará. Ao fim da penúltima rodada, o Colorado do Cerrado tinha 14 pontos, seguido pelo Gama com 12.

Na última rodada, Brasília e Gama jogaram no Pelezão. O clube vermelho jogava pelo empate para ser campeão sem precisar da final. Já o time verde precisava vencer para forçar uma partida extra, a qual também precisaria ganhar para ir à decisão. Mas o Brasília segurou a onda e ficou no 1 a 1, garantindo o título antecipado e invicto.

A campanha do Brasília:
25 jogos | 19 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 64 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Tagashi Nakagomi/Placar

Campinense Campeão Paraibano 1980

O Campinense chegou ao 13º título e o bicampeonato paraibano em 1980, que manteve o clube com a hegemonia estadual por mais um tempo, em dois campeonatos quase consecutivos.

O torneio de 1980 começou duas semanas depois do término de 1979. Com nove times, contou com duas fases. Em ambas, todos se enfrentaram em turno único, mas separados em dois grupos. Os dois melhores de cada chave avançaram para um quadrangular de dois turnos. O vencedor de cada quadrangular disputou a final.

Na primeira fase, o Campinense ficou no grupo A. Na estreia, perdeu por 2 a 1 para o Nacional de Patos em Campina Grande. A primeira vitória veio na segunda rodada, por 3 a 1 sobre o Nacional de Cabedelo. Nos demais seis jogos, a Raposa fez mais quatro vitórias, um empate e uma derrota. Com 11 pontos, o time ficou em segundo lugar na chave. No quadrangular, foram obtidas mais duas vitórias, dois empates e duas derrotas, que somaram seis pontos e deixaram a equipe em segundo lugar na classificação, atrás do líder e classificado Botafogo.

A campanha continuou na segunda fase, agora com o Campinense no grupo B. O time iniciou com goleada por 5 a 0 sobre o Santos de João Pessoa. Nas outras sete partidas, foram acumuladas mais três vitórias, três empates e uma derrota. A Raposa conseguiu outra vez 11 pontos, mas com a liderança da chave. No quadrangular, o time venceu três jogos, empatou dois e perdeu um, conseguindo oito pontos e garantindo seu lugar na decisão do campeonato.

Campinense e Botafogo repetiram a final de 1979, no sistema "melhor de quatro pontos". A primeira partida foi realizada no Almeidão, em João Pessoa, terminando empatada por 1 a 1. O segundo jogo aconteceu no Amigão, em Campina Grande, e a Raposa venceu por 2 a 0. A terceira partida foi disputada novamente em Campina Grande. Em casa, o Campinense voltou a vencer, por 1 a 0, e confirmou o título estadual.

A campanha do Campinense:
31 jogos | 16 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 47 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Arquivo/Campinense