1987. O ano que nunca terminou, e que marca uma eterna briga entre Sport e Flamengo. Tudo começou no ano anterior, quando a ideia da CBF em rebaixar 16 dos 48 times do Brasileirão não vingou, pois clubes como Botafogo e Coritiba entraram na Justiça para permanecer na elite. Desgastada, a entidade alegou falta de dinheiro para organizar a competição nacional em 1987.
Com o risco de não haver Brasileirão naquele ano, os 13 principais clubes do Brasil se uniram e fundaram o Clube dos 13, entidade que seria a responsável pela recém-criada Copa União. Para fechar quórum, o C13 convidou outras três equipes para formar um torneio com 16 times.
Mas, como o regulamento da Copa Brasil do ano anterior determinava que seriam 28 clubes na primeira divisão em 1987, várias equipes ficaram insatisfeitas por ficaram de fora. Pressionada e sem o comando do campeonato, a CBF toma a decisão de não concordar com a seleção dos times que iriam participar do torneio organizado pelo C13 e, inicia uma briga com ela para criar um novo formato para a competição.
Então, a CBF decide fazer uma competição com 16 clubes que ficaram de fora da Copa União, imitando o regulamento da mesma, e passou a se referir as duas como módulos, determinando que os dois primeiros colocados de cada módulo disputassem um quadrangular final para definir o campeão brasileiro.
Os participantes da Copa União prometeram recusar a proposta do quadrangular desde o começo, considerando que a final do torneio do C13 seria a final do Brasileiro. Flamengo e Internacional chegaram na final, cumpriram a promessa e não entraram em campo contra Sport e Guarani.
Sem imaginar que sua conquista seria pivô de disputas judiciais, e vindo de um vice no Carioca de 1987, o Flamengo entrou na Copa União sem ser considerado favorito, apesar do time com nomes como Renato Gaúcho, Bebeto, Leandro e o retorno de Zico. Na primeira fase da competição, os 16 times foram separados em dois grupos.
Sem imaginar que sua conquista seria pivô de disputas judiciais, e vindo de um vice no Carioca de 1987, o Flamengo entrou na Copa União sem ser considerado favorito, apesar do time com nomes como Renato Gaúcho, Bebeto, Leandro e o retorno de Zico. Na primeira fase da competição, os 16 times foram separados em dois grupos.
O Rubro-Negro entrou no grupo 1, que nesta fase cruzou os jogos com os times do grupo 2. Nas oito partidas, o time conseguiu somente duas vitórias, três empates e três derrotas. Com sete pontos, viu o Atlético-MG somar o dobro e conseguir a classificação para a semifinal pela liderança do turno. No outro grupo, o Internacional também conseguiu a vaga antecipada.
As coisas melhoraram na segunda fase, quando os times se enfrentaram dentro do próprio grupo. O Fla conseguiu quatro vitórias, dois empates e uma derrota em sete jogos. Com dez pontos, ficou na vice-liderança no grupo. Em situação normal, a participação do Flamengo terminaria ali, mas o líder do grupo tornou a ser o Atlético-MG, com 11 pontos. O regulamento previa nesse caso que a vaga na semifinal seria repassada ao segundo colocado no returno, e o Rubro-Negro avançou. No outro grupo, o Cruzeiro liderou e completou o mata-mata.
Os times classificados fizeram a semifinal mantendo a ordem dos grupos. O Fla recebeu o Atlético-MG no Maracanã no primeiro jogo, e saiu na frente do confronto com vitória por 1 a 0. No segundo jogo, o Flamengo calou o Mineirão ao vencer por 3 a 2, manteve a freguesia e conseguiu a vaga na final, contra o Internacional que derrubou o Cruzeiro.
Na final, Flamengo e Internacional se enfrentaram. No Beira-Rio, o Rubro-Negro conseguiu um bom empate em 1 a 1 na partida de ida. No Maracanã, Bebeto fez o gol do título logo no começo da partida de volta, e a vitória por 1 a 0 deu o quarto título nacional ao Flamengo.
A campanha do Flamengo:
19 jogos | 9 vitórias | 6 empates | 4 derrotas | 22 gols marcados | 15 gols sofridos
Foto Sebastião Marinho/O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários no blog são moderados. Proibido spam e sugestões. Permitido correções na identificação de fotos ou nos textos.