Uruguai Campeão da Copa América 1987

A Copa América desembarca em 1987 com muitas novidades. Algumas ditariam os anos seguintes da competição, como a introdução do rodízio de sedes. A Conmebol determinou que, a partir daquele ano e pelas nove edições subsequentes, todos os federados seriam anfitriões uma vez, começando pela Argentina e seguindo a ordem: Brasil, Chile, Equador, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Peru e Venezuela. Outra mudança anunciada foi a redução da periodicidade para de dois em dois anos, o que garantia até 2005 (inicialmente) a realização do torneio. E para que tudo desse certo, foi preciso mexer no regulamento. Para o começo, foram cortados o returno da fase de grupos e as voltas da semifinal e da final. Com tudo pela metade e um país-sede definido, a Copa América passaria a ser executada em 16 dias, ao invés de ficar diluída durante todo o ano.
Desse jeito, o caminho para o Uruguai ser campeão mais uma vez ficou muito fácil, pois a equipe já tinha uma vaga direta na semifinal. Na fase de grupos, a Celeste assistiu as classificações de Argentina, Chile e Colômbia. No grupo A, a dona da casa empatou com o Peru e venceu o Equador. No grupo B, os chilenos bateram e Venezuela e golearam o Brasil com um histórico 4 a 0. E no grupo C, os colombianos derrotaram Bolívia e Paraguai. Com os quatro semifinalistas definidos, ficou determinado que o Uruguai enfrentaria a Argentina. Uma tarefa ingrata contra o anfitrião e então campeão mundial, que eliminara os próprios uruguaios durante a campanha. Mas dessa vez o time charrua venceu, por 1 a 0, gol de Antonio Alzamendi.
Na final, o Uruguai encarou o Chile, que passou pela Colômbia. Com os argentinos fora, o público não empolgou muito no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Só 35 mil torcedores foram ao estádio, a maioria de uruguaios que atravessaram o Rio da Prata. A facilidade geográfica ajudou muito, apesar da violência que as duas equipes praticaram em campo. Foram dois expulsos para cada lado. Entre os charruas, foram ao chuveiro mais cedo dois dos jogadores mais importantes do time: o craque Enzo Francescoli e o capitão José Perdomo. Mesmo com as ausências mais importantes, o Uruguai chegou no gol do título aos 11 minutos do segundo tempo, através de Pablo Bengoechea. O placar de 1 a 0 consumou o 13º título de Copa América para a Celeste.

A campanha do Uruguai:
2 jogos | 2 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 2 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF

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