Uruguai Campeão da Copa América 1995

A edição de 1995 da Copa América consolidou muitas das novidades que o Mundial do ano anterior havia trazido, como os três pontos por vitória. Mas a competição é mais lembrada pelos resultados históricos, como os 3 a 0 dos Estados Unidos sobre a Argentina na fase de grupos e a subsequente semifinal do time norte-americano, além do empate por 2 a 2 dos argentinos com o Brasil nas quartas de final, com o gol brasileiro que levou aos pênaltis sendo marcado por Túlio após ajeitar a bola no braço. E por fim, pelo título do anfitrião Uruguai, que marcou o fim de uma era para o futebol do país.
A Celeste começou a trajetória rumo ao 14º título no grupo A. Sua estreia foi ótima, goleando a Venezuela por 4 a 1. Na segunda rodada, bateu o Paraguai por 1 a 0, gol de Enzo Francescoli. Fechando a primeira fase, o Uruguai teve de buscar o empate por 1 a 1 contra o México, que lhe deixou classificado na liderança da chave, com sete pontos. Nas quartas foi a vez de enfrentar a Bolívia, algoz nas Eliminatórias da Copa do Mundo dois anos antes. E os uruguaios conseguiram a revanche ao vencerem por 2 a 1. Na semifinal veio a Colômbia, e o embalada equipe venceu por 2 a 0, chegando mais uma vez na decisão.
A final da Copa América teria mais um encontro entre Uruguai e Brasil, o terceiro desde a reformulação em 1975. E os brasileiros eram o outro algoz da Celeste nas Eliminatórias do Mundial. Para chegar até ali, foi preciso passar por Argentina e Estados Unidos no mata-mata. Mas o Uruguai tinha toda a força da sua torcida e conhecimento de cada pedaço do gramado gelado do Estádio Centenario, em Montevidéu. A partida foi bem equilibrada, bem como todo clássico entre as duas seleções era na época. O Brasil abriu o placar com Túlio aos 30 minutos do primeiro tempo. o Uruguai não ficou abalado e empatou por 1 a 1 aos seis do segundo tempo, com gol de falta de Pablo Bengoechea. Nos pênaltis, todos os uruguaios converteram, enquanto uma cobrança brasileira parou nas mãos de Fernando Álvez. Por 5 a 3, o Uruguai era mais uma vez o (invicto) campeão, no que foi praticamente o último ato da geração de Francescoli e Bengoechea, que ali já fazia sua transição para uma entressafra que duraria até após a virada do século 20.

A campanha do Uruguai:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 4 gols sofridos 


Foto Arquivo/El País

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