Vélez Sarsfield Campeão da Libertadores 1994

Toda grande história de hegemonia tem um momento de apogeu e outro de declínio. Foi assim com o São Paulo dos anos 90, que em oito meses de diferença foi da euforia do bicampeonato mundial à frustração do vice na Libertadores quando buscava o tri seguido. Foi praticamente o ponto final para o exitoso grupo comandado por Telê Santana.

Por outro lado, aquele 1994 veria o surgimento de outro comandante, que viria a se tornar no maior campeão da principal competição sul-americana: Carlos Bianchi. À frente do Vélez Sarsfield, o técnico levaria o primeiro de quatro títulos naquele ano.

El Fortín começou sua campanha contra Boca Juniors, Palmeiras e Cruzeiro. Em seis jogos no grupo 2, o time venceu três e empatou dois, garantindo o primeiro lugar com oito pontos. A única derrota aconteceu na última partida, quando, já classificado, levou 4 a 1 dos palmeirenses.

Nas oitavas de final, contra o Defensor, do Uruguai, empatou por 1 a 1 em Montevidéu e por 0 a 0 em Buenos Aires. Nos pênaltis, a equipe argentina venceu por 4 a 3. Nas quartas, o adversário foi o Minervén, da Venezuela. O primeiro jogo foi na longínqua Cidade Guayana, e o Fortín voltou de lá com outro empate por 0 a 0. Na segunda partida, no José Amalfitani, os portenhos ganharam por 2 a 0.

Na semifinal, confrontos duríssimos contra o Junior Barranquilla. No primeiro, na Colômbia, derrota por 2 a 1. No segundo, na Argentina, o mesmo resultado foi devolvido, e o Vélez passou de novo nos pênaltis, por 5 a 4.

O último obstáculo azul na Libertadores era o São Paulo, que havia batido Palmeiras, Unión Española e Olimpia. O favoritismo era brasileiro, mas o clube argentino tinha o heroísmo de José Luis Chilavert. Exímio goleiro e batedor de pênalti, o paraguaio já fora personagem nas fases anteriores, com defesas importantes e duas cobranças convertidas.

Tudo o que o Vélez precisou na final. Na ida, no José Amalfitani, vitória por 1 a 0, gol marcado por Omar Asad. Na volta, no Morumbi, o São Paulo devolveu o 1 a 0. Nas penalidades, Chilavert defendeu a primeira cobrança adversária, de Palhinha, acertou a segunda da sua equipe, e o Vélez Sarsfield levou sua única Liberadores por 5 a 3.

A campanha do Vélez Sarsfield:
14 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 15 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Vélez Sarsfield

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