São Raimundo-RR Campeão Roraimense 2021

Do cartel de 12 títulos estaduais conquistados, metade vem desta sequência. O São Raimundo continua mandando em Roraima, levando o hexacampeonato em 2021. O torneio roraimense desta temporada foi o mais curto de todos no Brasil, durando apenas 32 dias e contando com a presença de cinco times, se enfrentando em dois turnos distintos.

No primeiro, nomeado Taça Boa Vista, o Mundão liderou com dez pontos, três vitórias e um empate. Mas na final, acabou derrotado pelo vice-líder Náutico por 7 a 6 nos pênaltis, após empatar por 2 a 2. No returno, chamado de Taça Roraima, o São Raimundo ficou com a segunda melhor campanha, com nove pontos e mais três triunfos, perdendo a ponta para o GAS no saldo de gols.

Na decisão, venceu o adversário por 1 a 0. A final geral foi entre Náutico e São Raimundo, em partida única no Estádio Canarinho, na capital Boa Vista. E o Mundão chegou ao incontestável sexto título seguido ao vencer por 2 a 1.

A campanha do São Raimundo:
11 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Ítalo Lopes/BV Esportes

São Bernardo Campeão Paulista Série A2 2021

O importante no futebol, tanto quanto competir, é vencer. E foi com isso em mente que o São Bernardo FC chegou ao seu segundo título na Série A2 do Paulistão, nove anos após o primeiro e garantindo o retorno à primeira divisão depois de cinco temporadas.

A primeira fase do torneio contou com a participação de 16 times, se enfrentando em turno único, todos contra todos. Em 15 jogos, o Tigre do ABC venceu somente cinco e empatou outras oito, somando 23 pontos. Foram apenas duas derrotas na parte inicial da campanha, mas o excesso de empates deixou o clube apenas no quinto lugar, com 13 pontos a menos que o líder Oeste.

Nas quartas de final, o Bernô enfrentou o Atibaia, vencendo a ida em casa por 1 a 0 e empatando a volta fora por 1 a 1. Na semifinal, empatou mais duas vezes com o Oeste, ambas por 1 a 1. A classificação e o acesso vieram como visitante, em Barueri, ao fazer 5 a 3 nos pênaltis.

A final foi contra o Água Santa. A ida foi jogada em São Bernardo do Campo, no Estádio Primeiro de Maio, e terminou novamente empatada, por 0 a 0. O rival de Diadema mandou a volta em São Paulo, no Canindé, e terminou como? Empatada, agora por 2 a 2. Nos pênaltis, o São Bernardo chegou ao título vencendo por 4 a 3.

A campanha do São Bernardo:
21 jogos | 6 vitórias | 13 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/FPF

Iugoslávia Campeã Olímpica 1960

A enxurrada de desistências e costuras no regulamento do futebol olímpico em 1956 motivaram o COI e a FIFA a mudarem todo o sistema de disputa para 1960. Pela primeira vez, todos os participantes do torneio seriam qualificados através de eliminatórias, os chamados Pré-Olímpico. Antes, parte das seleções eram definidas por convite. O regulamento deixou de ser 100% mata-mata, sendo introduzida uma fase de grupos. O número de equipes foi fixado em 16, e quatro chaves passariam a formar a primeira fase do torneio.

Mantendo a crescente tradição de times do Leste Europeu aparecendo com os elencos quase que principais, a Iugoslávia foi às Olimpíadas de Roma após bater Israel e Grécia nas qualificatórias. Na fase de grupos da competição, ficou no grupo A. Em sua estreia, goleou a República Árabe Unida (união de Egito e Síria) por 6 a 1. Na segunda rodada, aplicou 4 a 0 na Turquia.

Estes resultados seriam importantíssimos para o prosseguimento iugoslavo. Isto porque só um time avançava à semifinal, e na partida decisiva da chave a Iugoslávia empatou com a Bulgária por 3 a 3. As duas seleções marcaram cinco pontos, e o saldo de nove gols dos eslavos foi superior ao de cinco dos búlgaros.

Na semi, os iugoslavos superaram a dona da casa Itália na base da sorte: a partida ficou empatada por 1 a 1 nos 120 minutos programados. A classificação veio no cara ou coroa do árbitro, pois ainda não existia a disputa de pênaltis.

A medalha de ouro seria decidida entre Iugoslávia e Dinamarca, que eliminou Argentina, Polônia, Tunísia e Hungria. Na disputa pelo bronze, os húngaros bateram os italianos por 2 a 1. A final foi realizada no Flamínio, em Roma. Logo no primeiro minuto de jogo, Milan Galic abriu o placar aos iugoslavos. Zeljko Matus aumentou aos 12 e Borivoje Kostic fez o terceiro aos 24 do segundo tempo. Aos 45, Flemming Nielsen descontou para 3 a 1, mas já era tarde para tentar arrancar algo da Iugoslávia, que ali chegava ao seu principal título em toda a história, até 2003. Seu espólio seria assumido pela Sérvia a partir de então.

A campanha da Iugoslávia:
5 jogos | 3 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/FSS

União Soviética Campeã Olímpica 1956

Pela primeira vez na história, os Jogos Olímpicos saem da rota Europa/América do Norte e ancoram do outro lado mundo, mais precisamente na Oceania. A edição de 1956 foi sediada em Melborune, na Austrália. Com isso, o futebol também apresentou novidades: a cidade australiana foi a primeira não-europeia a receber o torneio oficialmente. Porém nem tudo foram flores. Dos 16 participantes programados, cinco desistiram da viagem: Egito, Turquia, Hungria, Vietnã do Sul e a nova China comunista. O mata-mata original foi reorganizado para abrigar os 11 remanescentes.

Sem os húngaros, o favoritismo à medalha de ouro caiu no colo da União Soviética, que ali fazia sua segunda participação olímpica (se contarmos a aparição em 1912, nos tempos do Império, é a terceira). Como seu futebol era amador e os atletas eram funcionários do governo, a seleção jogou com o que tinha de melhor a oferecer, no que foi chamado à época de "futebol científico".

Na primeira fase, venceu a Alemanha (unificada com jogadores ocidentais e orientais) por 2 a 1. Nas quartas de final, os soviéticos foram inicialmente surpreendida pela Indonésia, que segurou o empate por 0 a 0 em 120 minutos. Na partida extra de desempate, a porteira abriu: 4 a 0. Na semifinal, foi a vez de eliminar a Bulgária em jogo complicado, derrotando o adversário por 2 a 1 na prorrogação. Os búlgaros foram à disputa pela medalha de bronze, e derrotaram a Índia por 3 a 0.

O ouro e a prata ficariam entre os times da União Soviética e da Iugoslávia, que, além dos indianos, passou pelos Estados Unidos. A final foi disputada no Melbourne Cricket Ground. Os dois times estavam embalados, e a partida foi de poucas oportunidades. Quem não desperdiçou foi Anatoli Ilyin, que aos três minutos do segundo tempo fez 1 a 0 e confirmou o título soviético.

Foi o primeiro título de uma era interessante de mais de 30 anos para o futebol da união das repúblicas socialistas, que passaria ainda pela conquista da primeira Eurocopa, quatro anos depois, e por sucessivas boas campanhas em Copas do Mundo.

A campanha da União Soviética:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 9 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/RFS

Hungria Campeã Olímpica 1952

Os rumos do futebol olímpico começaram a mudar a partir da edição de 1952, sediada em Helsinque, capital da Finlândia. O profissionalismo já era a maioria entre os países nessa época, o que inviabilizava as seleções de colocar seus melhores jogadores em campo. Mas isso não era uma regra geral em um mundo claramente dividido após a Segunda Guerra. O amadorismo imperava em todo o bloco socialista, majoritariamente ocupado pelos países do Leste Europeu. Os atletas de lá eram funcionários do governo, ou dos exércitos e, na prática, não recebiam salários. Então era normal ver estas nações atuando com força máxima nas Olimpíadas.

Era o caso da Hungria, que no início dos anos 50 formou um dos melhores times da história do futebol, com jogadores do nível de Ferenc Puskás, Zoltán Czibor e Sándor Kocsis. A seleção magiar encarou os Jogos Olímpicos de 1952 como uma preparação para a Copa do Mundo de 1954. O comando da equipe era feito pelo próprio Ministro do Esporte do país, Gusztáv Sebes. A competição em si levou o mesmo de sempre, com 25 participantes disputando cinco fases de mata-mata.

O time húngaro estreou ainda na preliminar, derrotando a Romênia por 2 a 1. Nas oitavas de final, venceu a Itália por 3 a 0. Nas quartas de final, goleou a Turquia por 7 a 1. Na semifinal, outra goleada, mas sobre a Suécia por 6 a 0. Não foi nem um pouco difícil para atingir a final. Do outro lado chegava a Iugoslávia, que eliminou Índia, União Soviética, Dinamarca e Alemanha. Na disputa valendo a medalha de bronze, os suecos venceram os alemães por 2 a 0.

O ouro ficaria entre húngaros e iugoslavos, que atuaram no Estádio Olímpico de Helsinque. Com uma equipe amplamente superior, a Hungria conquistou seu primeiro título com uma vitória tranquila, por 2 a 0. Os gols aconteceram no segundo tempo, com Puskás aos 25 minutos e com Czibor aos 43. Uma nova era começava. Se para o Mundial não serviu de nada, em Olimpíadas foi o início de um tricampeonato.

A nota final sobre os Jogos de 1952 fica por conta de um estreante sul-americano: o Brasil. Sua primeira jornada olímpica foi até às quartas de final, com vitórias sobre Holanda e Luxemburgo e derrota para a Alemanha.

A campanha da Hungria:
5 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/Getty Images

Avaí Campeão Catarinense 2021

A disputa pela hegemonia em Santa Catarina está acirrada. Pela 18ª vez, o Avaí chegou ao título estadual, igualando-se no topo do ranking de título ao seu maior rival, o Figueirense.

A primeira fase da competição foi composta por 12 clubes, jogando em turno único. Nas 11 partida que realizou, o Leão da Ilha venceu seis e empatou três, somando ao todo 21 pontos. Na classificação, ficou em terceiro lugar, com cinco pontos a menos que a líder Chapecoense.

Nas quartas de final, eliminou o Próspera com duas vitórias: 1 a 0 na ida em Criciúma e 2 a 1 na volta em Florianópolis. A semifinal foi contra o Brusque, e o primeiro jogo aconteceu na Ressacada, terminando empatado por 0 a 0. O segundo jogo foi no Augusto Bauer, e o Avaí venceu por 1 a 0, retornando à final. 

Na final, a Chapecoense chegava para defender o título. Mas o time avaiano acabou com a vantagem adversária ao vencer por 2 a 1 a ida em casa. A volta ocorreu na Arena Condá, em Chapecó, e o Leão empatou por 1 a 1, reconquistando a taça catarinense depois de dois anos.

A campanha do Avaí:
17 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Liamara Polli/Estadão Conteúdo