Internacional Campeão Gaúcho 1975

O Internacional pintou o sete em 1975. Pela primeira vez, o clube gaúcho levou o título brasileiro, confirmando a condição de melhor time do país à época. No estadual, veio a conquista do heptacampeonato, estabelecendo a maior sequência de taças de sua história e empatando com a do rival Grêmio, que venceu entre 1962 e 1968.

O Gauchão daquele ano foi disputado por impressionantes 32 equipes. Na primeira fase, 30 delas foram dividias em seis grupos e se enfrentaram em dois turnos. As três melhores avançaram. Na segunda fase, Inter, Grêmio e os 18 classificados atuaram em turno único, com o líder se garantindo na decisão e os quatro primeiros passando à etapa seguinte. A terceira e quarta fases foram iguais, em quadrangulares de turno único. Os líderes também tiveram dois lugares na final.

Livre da fase inicial, o Colorado iniciou a competição na segunda fase. Na estreia, o time goleou o Ypiranga por 6 a 0 no Beira-Rio. Nos 18 jogos seguintes, foram mais 15 vitórias e três empates, que colocaram a equipe na liderança com 33 pontos, dois a mais que o Grêmio. A vaga na decisão já estava garantida, bem como a passagem aos quadrangulares, junto com o rival, além de Caxias e Santa Cruz.

No primeiro quadrangular, o Inter iniciou vencendo o Caxias por 2 a 0 em casa. Depois, fez 1 a 0 no Santa Cruz fora de casa. Na última rodada, perdeu por 3 a 1 para o Grêmio em pleno Beira-Rio. O resultado deixou o Colorado com quatro pontos, assim como o rival e o Caxias. No critério do "goal average" (divisão dos gols marcados pelos sofridos), a equipe ficou em segundo lugar e teve direito de fazer uma partida extra com o líder Caxias. Por 1 a 0 no Centenário, o Inter venceu a segunda fase.

No segundo quadrangular, o Colorado fez 3 a 0 no Santa Cruz em casa e empatou por 2 a 2 com o Caxias fora. No Grenal, no Olímpico, o times ficaram no 1 a 1 e somaram quatro pontos cada, com o Inter em primeiro lugar. Na partida extra com o Grêmio no Beira-Rio, os colorados venceram por 1 a 0 e confirmaram o 23º título estadual por antecipação.

A campanha do Internacional:
27 jogos | 21 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 62 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto J.B. Scalco/Placar

Todos os campeões do Brasileirão de Aspirantes

O Brasileirão de Aspirantes é mais uma competição nacional de categoria de base. Campeonato sub-23, a CBF criou o torneio em 2017 para fortalecer ainda mais os ciclos olímpicos do futebol masculino do Brasil. Os clubes não são obrigados a participar, e quem entra deixa a tarefa para os times B ou de transição. A entidade chegou a extinguir o campeonato em 2023, mas voltou atrás em 2024 a pedido de algumas equipes. A seguir, confira todos os campeões de aspirantes.

Foto Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Foto Gil Gomes/CBF

Foto Lucas Figueiredo/CBF

Foto Xandy Rodrigues/CBF

Foto Thais Magalhães/CBF

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Foto Lucas Figueiredo/CBF

Botafogo Campeão da Libertadores 2024

A Libertadores é brasileira. E, acima de tudo, alvinegra. Pela sexta vez consecutiva, o Brasil chega ao principal título sul-americano, aumentando ainda mais o recorde de conquista seguidas de um mesmo país. Mas a taça de 2024, nas mãos do Botafogo, tem o gosto especial de volta por cima, por causa da frustração que foi a perda do título brasileiro que estava quase ganho em 2023.

Desde 2022 com o futebol gerido pelo empresário estadunidense John Textor, o Fogão entrou na Libertadores na segunda fase preliminar. Contra o Aurora, da Bolívia, empatou por 1 a 1 fora de casa e goleou por 6 a 0 no Rio de Janeiro. Na terceira fase, bateu o Bragantino após vencer por 2 a 1 no Estádio Nilton Santos e empatar por 1 a 1 no interior de São Paulo.

Na chave D da fase de grupos, o Botafogo encarou Junior Barranquilla, LDU Quito e Universitario. O time estreou com derrota em casa por 3 a 1 para os colombianos, antes da chegada do técnico português Artur Jorge. Sua estreia também foi com revés, por 2 a 1 para os equatorianos fora. Depois, veio a recuperação com três vitórias e um empate. Com dez pontos, o alvinegro ficou em segundo lugar.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Palmeiras, o carrasco do Brasileiro de 2023. Na ida, o Botafogo venceu por 2 a 1 no Nilton Santos. Na volta, segurou empate por 2 a 2 no Allianz Parque. Nas quartas, o time bateu o São Paulo por 5 a 4 nos pênaltis, após empatar sem gols no Rio de Janeiro e por 1 a 1 no Morumbi. Na semifinal, eliminou o Peñarol depois de golear o primeiro jogo por 5 a 0 no Nilton Santos e perder a segunda partida por 3 a 1 em Montevidéu.

Na decisão, o Botafogo encontrou o também alvinegro Atlético-MG, que bateu San Lorenzo, Fluminense e River Plate. A partida foi realizada no Estádio Monumental, em Buenos Aires. Mesmo com um jogador a menos desde o primeiro minuto de jogo (Gregore expulso), o Fogão mostrou resiliência e venceu por 3 a 1, gols de Luiz Henrique, Alex Telles e Júnior Santos.

A campanha do Botafogo:
17 jogos | 8 vitórias | 6 empates | 3 derrotas | 31 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Alejandro Pagni/AFP/Getty Images

Fluminense Campeão Carioca 1975

Na alternância Fla-Flu que imperou no Campeonato Carioca na década de 1970, era a vez de o Fluminense levar o título em 1975, já que fez o mesmo em 1971 e 1973, enquanto o Flamengo venceu em 1972 e 1974. Mas não sem antes passar pelas dificuldades naturais de um campeonato competitivo.

Com as tradicionais 12 equipes, o estadual de 1975 foi separado em três fases. Na Taça Guanabara, todas se enfrentaram uma vez, com o título e a vaga na final ficando com o primeiro colocado. A segunda fase foi igual a primeira, sob o nome Taça Augusto Pereira da Motta. Na terceira fase, a Taça Danilo Leal Carneiro, as oito melhores da etapa anterior voltaram a jogar em turno único, com o líder conquistando o terceiro lugar na decisão. Por fim, tivemos o triangular final.

O Flu iniciou a Taça Guanabara com vitória por 3 a 0 sobre o Madureira. Nos dez jogos seguintes, conseguiu mais sete vitórias, dois empates e uma derrota, que deixaram o time com 18 pontos. Com a mesma campanha, o America forçou um jogo extra para decidir o campeão com o Fluminense. E deu tricolor, por 1 a 0 no Maracanã.

Na segunda fase, o Flu baixou seu ritmo, a começar pelo empate por 1 a 1 com o São Cristóvão. Nas dez partidas restantes, os tricolores venceram seis, empataram duas e perderam duas. Com 16 pontos, a equipe ficou em quarto lugar, seis pontos atrás do vencedor Botafogo.

Classificado à terceira fase, o Fluminense estreou com vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo. Depois, venceu mais três jogos, empatou um e perdeu dois, que colocaram o time outra vez na quarta colocação, com nove pontos, três a menos que Vasco e Flamengo, que decidiram o turno. No fim o cruz-maltino venceu e levou a terceira vaga.

O triangular final reuniu Fluminense, Botafogo e Vasco. Na abertura, o Flu goleou os vascaínos por 4 a 1 e ficou em ótima situação. No segundo jogo, o Vasco fez 2 a 0 nos botafoguenses e se despediram. Desta forma, o Fluminense ficou com tudo para ser campeão carioca. O time podia vencer, empatar ou até perder o Clássico Vovô por dois gols de diferença. Os alvinegros bem que tentaram a virada, mas o placar ficou apenas no 1 a 0, que bastou para a 22ª conquista tricolor.

A campanha do Fluminense:
32 jogos | 20 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 59 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Arquivo/Fluminense

São Paulo Campeão Paulista 1975

Quatro anos depois, o São Paulo voltou a conquistar o Campeonato Paulista. O título de 1975 veio em um momento muito bom, mas azarado, do clube, que foi vice do Brasileiro em 1973 e da Libertadores em 1974. Foi uma conquista de preparação para a primeira taça nacional tricolor, em 1977.

O Paulistão mudou bastante o regulamento para 1975. Com 19 participantes, deixou de existir a fase preliminar. Todos os times entraram no campeonato desde o começo. No primeiro turno, eles se enfrentaram em grupo único, com o líder garantindo um lugar na final. No segundo turno, as equipes foram divididas em dois grupos, que se enfrentaram de modo cruzado. Os três melhores de cada chave passaram ao hexagonal que indicou o segundo finalista.

O São Paulo iniciou a campanha do décimo título estadual com goleada por 4 a 0 sobre o Paulista de Jundiaí em casa. Nos outros 17 jogos, o time manteve uma campanha invicta, com mais 14 vitórias e três empates. A liderança e a vaga na final vieram fáceis, com 33 pontos.

No segundo turno, o tricolor ficou no grupo B e enfrentou os adversários da chave A. Na estreia, fez 3 a 0 sobre a Portuguesa Santista no Morumbi. Depois, conseguiu mais sete vitórias e dois empates e se classificou em primeiro lugar, com 18 pontos. Na fase seguinte, iniciou com empate por 1 a 1 com a Portuguesa, seguido por duas vitórias, outro empate e uma derrota. Com seis pontos, o São Paulo se viu empatado com os lusos e o Santos. Porém, a equipe terminou o hexagonal em terceiro lugar por causa do saldo de gols: um contra três da Portuguesa.

A final do Paulistão foi entre São Paulo e Portuguesa, em dois jogos no Morumbi. Na primeira partida, os tricolores venceram por 1 a 0. No segundo jogo, os lusos devolveram o placar nos 90 minutos. Na prorrogação, os times não fizeram gols. A decisão foi aos pênaltis, e nas cobranças o São Paulo venceu por 3 a 0, ficando com o título. 

A campanha do São Paulo:
35 jogos | 26 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 60 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Arquivo/São Paulo

Racing Campeão da Copa Sul-Americana 2024

Foram 34 anos de espera. Em 2024, o Racing Club, de Avellaneda, conquista a Copa Sul-Americana pela primeira vez na história e volta a levantar uma taça internacional desde a Supercopa Libertadores de 1988. Sob o comando do ídolo Gustavo Costas como técnico e com uma campanha exterminadora de brasileiros, o time argentino leva o décimo título do país na competição.

A Copa Sul-Americana teve o mesmo regulamento que a do ano anterior. O Racing iniciou o torneio no grupo H, contra Bragantino, Coquimbo Unido e Sportivo Luqueño. Em seis jogos, La Academia venceu cinco e perdeu um. Em El Cilindro, o time aplicou 3 a 0 em todos os adversários. Fora, perdeu apenas para os brasileiros. Com 15 pontos, o time foi líder do grupo e se classificou às oitavas de final.

La Academia esperou o adversário nas oitavas de final, e ele foi o Huachipato. Na ida, venceu os chilenos por 2 a 0 fora de casa, em Viña del Mar. Na volta, os argentinos aplicaram a maior goleada da competição ao vencerem por 6 a 1 em El Cilindro.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Athletico-PR. A primeira partida aconteceu no Brasil, em Curitiba, e o Racing acabou derrotado por 1 a 0. O segundo jogo foi realizado em Avellaneda, e La Academia reverteu a desvantagem com uma ótima goleada por 4 a 1.

Outro brasileiro foi encontrado na semifinal, o Corinthians. Na ida em São Paulo, os times ficaram no empate por 2 a 2. Na volta, de virada, o Racing venceu por 2 a 1 em El Cilindro e se classificou pela primeira vez à decisão.

Na final, o Racing encontrou um antigo rival, o Cruzeiro, seu vice na Supercopa de 1988 e seu carrasco no mesmo torneio em 1992. Os brasileiros passaram por Alianza, Unión La Calera, Boca Juniors, Libertad e Lanús. A partida aconteceu em Assunção, no Estádio General Pablo Rojas. Com dois gols em 20 minutos do primeiro tempo, com Gastón Martirena e Adrián Martínez, e outro no último lance do segunda etapa, com Roger Martínez, La Academia venceu por 3 a 1 e conquistou o título histórico.

A campanha do Racing:
13 jogos | 10 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 33 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Staff Images/Conmebol