Chapecoense Campeã Catarinense 2020

Com 197.064 casos e 2.515 mortes por Covid-19 até 13 de setembro, Santa Catarina conheceu seu campeão estadual. De quase rebaixada a campeã, esse foi o roteiro da Chapecoense, que levantou sua sétima taça catarinense.

A equipe vinha de um complicado momento no Brasileirão de 2019, no qual terminou na zona de rebaixamento, e entrou no Catarinense 2020 na busca de mais um recomeço. A primeira fase foi caótica para o clube. Em nove jogos, foram só duas vitórias e quase todas as rodadas dentro da degola.

Foi só na última partida que a Chape conseguiu sair, ao vencer o Atlético Tubarão 3 a 1. Passou do nono para o oitavo lugar e chegou ao mata-mata, e foi aí que o time começou a crescer. Nas quartas de final, eliminou o líder Avaí com vitória por 2 a 0 e empate por 1 a 1. Na semifinal, passou pelo Criciúma após vencer por 1 a 0, perder pelo mesmo placar, e fazer 4 a 2 nos pênaltis.

Na final, contra o Brusque, o título da Chapecoense veio com mais duas vitórias: por 2 a 0 na Arena Condá e por 1 a 0 no Augusto Bauer.

A campanha da Chapecoense:
15 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 15 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Filus/FCF

Galvez Campeão Acreano 2020

Com 26.148 casos e 637 mortes por Covid-19 até 12 de setembro, o Acre conheceu seu campeão estadual. Pela primeira vez em nove anos de história, o Galvez chegou lá. Com uma campanha irrepreensível, o Imperador foi campeão ganhando os dois turnos do Acreano e não precisou da final. 

Na primeira metade, o clube passou no grupo B com três vitórias e 100% de aproveitamento. Na semifinal, eliminou o Plácido de Castro com 4 a 3 pênaltis depois de empatar por 1 a 1, e na final, goleou o Atlético-AC por 4 a 0.

A segunda metade foi jogada após uma paralisação de cinco meses. Enfrentando os times do grupo A, o Galvez voltou a ser líder, com duas vitórias e três derrotas em cinco partidas. Na semifinal, foi a vez de bater o Náuas, por 2 a 1. Na decisão, contra o Rio Branco do ex-detento e goleiro Bruno, o clube da Polícia Militar venceu por 2 a 0, tornando-se campeão inédito.

A campanha do Galvez:
12 jogos | 8 vitórias | 1 empate | 3 derrotas | 37 gols marcados | 11 gols sofridos
   

Foto Antônio Neuriclaudio

ABC Campeão Potiguar 2020

Com 63.810 casos e 2.294 mortes por Covid-19 até 9 de setembro, o Rio Grande do Norte conheceu seu campeão estadual. Maior campeão estadual do Brasil e maior campeão de um só campeonato no mundo, o ABC somou mais uma taça do Potiguar, chegando agora a 56.

A conquista foi de maneira invicta. No primeiro turno, o Mais Querido terminou como líder, com seis vitórias em sete partida. Na final, empatou com o América por 2 a 2 e conquistou a vaga na final. A campanha continuou arrasadora no segundo tempo, mesmo depois da paralisação do torneio. Foram mais sete vitórias e 100% de aproveitamento.

A final foi novamente no clássico contra o América, no Frasqueirão. O ABC saiu perdendo no primeiro tempo, o que forçaria a outros dois jogos para decidir o título. Mas no segundo tempo, o alvinegro conseguiu o empate por 1 a 1 e confirmou a conquista sem precisar da decisão geral.

A campanha do ABC:
16 jogos | 13 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 52 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Gabriel Leite/UDE

Liverpool Campeão Mundial 2019

O Mundial de Clubes de 2019 contou com uma nova mudança de sede, seguindo o padrão de duas edições por país. A escolha para o biênio até 2020 foi pelo Catar, em uma forma de utilização do torneio como evento-teste para a disputa da Copa do Mundo de 2022. Porém, os dias da competição já estavam contados, pois a partir de 2021 a FIFA prometia colocar em prática um novo formato de Mundial, com 24 clubes e disputado a cada quatro anos, um desejo antigo dos dirigentes desde os anos 50.

Por ora, tudo seguia na simplicidade. Pela quarta vez na história, o Liverpool conquistou vaga no Mundial após vencer a Liga dos Campeões pela sexta vez, derrotando o Tottenham na final. Os Reds nunca haviam dado sorte na competição, acumulando três vices e nenhum gol marcado. Porém, a maré estava prestes a mudar, junto com um acerto de contas com o passado. Seu grande adversário foi o Flamengo, bicampeão da Libertadores após 38 anos, em uma virada cinematográfica sobre o River Plate.

Buscando atrapalhar a revanche, os outros participantes foram: Monterrey, campeão da Concacaf; Al-Hilal, vencedor asiático; Espérance, campeão africano; Hienghène Sport, da Oceania; e Al-Sadd, representante do país-sede.

O Mundial começou com o time da casa enfrentando o amador Hienghène, da Nova Caledônia. O Al-Sadd venceu por 3 a 1, na prorrogação. Na sequência, o anfitrião foi derrotado por 3 a 2 pelo Monterrey, nas quartas de final. Na outra chave, um duelo árabe entre Al-Hilal e Espérance terminou com vitória do time asiático por 1 a 0. Na semifinal, o Flamengo estreou vencendo de virada o Al-Hilal por 3 a 1.

O Liverpool iniciou sua campanha em 18 de dezembro, no Estádio Internacional Khalifa, em Doha. Contra o Monterrey, venceu por 2 a 1 em jogo duro, decidido apenas nos acréscimos, com gols de Naby Keita e Roberto Firmino. Na disputa pelo quinto lugar, o Espérance aplicou 6 a 2 no Al-Sadd. Já na luta pelo terceiro, o Monterrey empatou em 2 a 2 com o Al-Hilal e venceu nos pênaltis por 4 a 3.

Liverpool e Flamengo se reencontraram no Khalifa no dia 21, em uma final aguardadíssima. As duas equipes, novamente no topo de seus continentes, mostraram futebol de alto nível. Mas, ao contrário de 1981, não houve baile. A partida foi de muitas chances, principalmente para os ingleses, mas o gol não saiu no tempo normal. Foi na prorrogação que veio o desfecho histórico: aos nove minutos do primeiro tempo extra, Roberto Firmino recebeu passe de Sadio Mané, deixou Rodrigo Caio e Diego Alves para trás e tocou rasteiro para as redes. Vitória por 1 a 0 e o primeiro título mundial, enfim, para o Liverpool.


Foto David Ramos/FIFA/Getty Images

Paysandu Campeão Paraense 2020

Com 207.638 casos e 6.249 mortes por Covid-19 até 6 de setembro, o Pará conheceu seu campeão estadual. O Paysandu recuperou a hegemonia no seu Estado depois de três anos e venceu seu 48º título paraense.

Em um regulamento estranho na primeira fase, onde os dez times enfrentaram metade dos adversários duas vezes mesmo sem haver divisão de grupos, o Papão teve uma campanha impecável, com oito vitórias em dez partidas, marcado 25 pontos e ficando na liderança, com dois a menos que o Remo. 

Nesse meio tempo, o campeonato ficou quase cinco meses paralisado em razão da pandemia. Na semifinal, o Paysandu encarou o Paragominas, perdendo na ida por 3 a 2, mas vencendo na volta por 2 a 0.

A final contou com o clássico Re-Pa, em duas partidas no Mangueirão. Na primeira, o Papão venceu o Remo por 2 a 1, virando com os dois gols marcados nos últimos cinco minutos. Na segunda, o Paysandu tornou a vencer, por 1 a 0. 

A campanha do Paysandu:
14 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 32 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Jorge Luiz/Rede Cultura

Real Madrid Campeão Mundial 2018

O ano mudou, mas os vencedores não. O Mundial de Clubes passou por 2018 com o mais amplo domínio do Real Madrid, que voltou à competição pela décima vez após conquistar sua 13ª Liga dos Campeões, batendo o Liverpool na final. Porém, entre o título europeu e o início do torneio da FIFA, o clube perdeu dois nomes importantíssimos para a sua história: o técnico Zinedine Zidane e o atacante Cristiano Ronaldo. Para o lugar do francês assumiu o argentino Santiago Solari. Já para a vaga do português, ninguém.

O representante sul-americano custou a ser definido. Apenas uma semana antes do Mundial, o River Plate conquistou o tetracampeonato da Libertadores sobre o rival Boca Juniors, em uma final histórica disputada em Madrid, já que a partida de volta em Nuñez foi cancelada por falta de segurança. Extenuado, o River acabou sucumbindo antes da decisão mundialista, eliminado pelo Al-Ain, campeão dos Emirados Árabes. Os demais times na disputa foram: Chivas Guadalajara, vencedor da Concacaf; Espérance, campeão africano; Kashima Antlers, campeão asiático; e Team Wellington, representante da Oceania.

O Mundial começou com emoção. Al-Ain e Team Wellington empataram em 3 a 3 e a equipe da casa avançou nos pênaltis por 4 a 3. Nas quartas de final, no Hazza bin Zayed Stadium, o Al-Ain derrubou o Espérance por 3 a 0. Na outra partida, entre Kashima e Chivas, os japoneses venceram por 3 a 2.

A semifinal reservou o grande choque do anfitrião contra o River Plate. Após empate em 2 a 2 no tempo normal, o Al-Ain avançou nos pênaltis por 5 a 4. Já no dia 19 de dezembro, no Zayed Sports City, o Real Madrid reencontrou o Kashima após dois anos. Desta vez, a vitória veio com mais facilidade: hat-trick de Gareth Bale e triunfo por 3 a 1 em 90 minutos. Nas disputas paralelas, o Espérance bateu o Chivas por 6 a 5 nos pênaltis, após empate em 1 a 1, e o River goleou o Kashima por 4 a 0 na decisão do terceiro lugar.

Em 22 de dezembro, Abu Dhabi recebeu a grande final entre Real Madrid e Al-Ain. Apesar da festa dos torcedores locais, era sabido que a missão de superar os espanhóis era quase impossível. Aos 13 minutos, Luka Modric abriu o placar. Aos 15 do segundo tempo, Marcos Llorente ampliou. Pouco depois, aos 34, o capitão Sergio Ramos fez o terceiro. O Al-Ain descontou aos 41 minutos com o japonês Tsukasa Shiotani, mas a goleada se confirmou nos acréscimos: Vinícius Júnior chutou cruzado e a bola desviou no egípcio Yahia Nader, que marcou contra.

Com o 4 a 1 no placar final, o Real Madrid se tornou o único clube a conquistar o Mundial em três edições consecutivas. O título também valeu como heptacampeonato, reforçando ainda mais sua hegemonia no ranking de clubes. Além disso, a conquista ampliou outra disputa: a de países campeões. Foi a 11ª taça da Espanha, ficando a apenas uma do Brasil.


Foto Andrew Boyers/Reuters

Real Madrid Campeão Mundial 2017

Na eterna discussão sobre se os torneios intercontinentais entre 1960 e 2004 possuíam validade ou não, a FIFA enfim cedeu na queda de braço e fez a correção histórica em outubro de 2017: a Copa Intercontinental também era considerada Mundial, independente de quem a organizou.

Os Emirados Árabes voltaram a receber a disputa do Mundial de Clubes naquele ano. No processo, o país concorreu com o Brasil e o Japão, que tentava emendar quatro edições seguidas, mas a FIFA optou pelo retorno ao território onde já havia sediado o torneio em 2009 e 2010. O lugar pouco importava para o Real Madrid, que conquistou seu 12º título da Liga dos Campeões, em decisão contra a Juventus, e garantiu sua nona participação no Mundial.

Ao lado dele, o Grêmio quebrava um jejum de 22 anos sem participar ao conquistar a Libertadores sobre o Lanús, chegando assim à sua terceira presença no torneio. As demais vagas foram distribuídas da seguinte forma: pela Ásia, o Urawa Red Diamonds; pela Concacaf, o Pachuca; pela África, o Wydad Casablanca; pela Oceania, o Auckland City; e pelo país-sede, o Al-Jazira.

A partida de abertura do Mundial foi entre Al-Jazira e Auckland City, com vitória do time local por 1 a 0. Nas quartas de final, o Pachuca eliminou o Wydad também por 1 a 0. E o Al-Jazira superou o Urawa, novamente pelo placar mínimo. A sequência de resultados magros continuou na semifinal, quando o Grêmio venceu o Pachuca na prorrogação.

A estreia do Real Madrid aconteceu no dia 13 de dezembro, contra o Al-Jazira. No Zayed Sports City, em Abu Dhabi, o time merengue sofreu e chegou a levar um susto quando Romarinho abriu o placar para o adversário. No segundo tempo, porém, Cristiano Ronaldo e Gareth Bale viraram para 2 a 1 e colocaram o Real em mais uma final. Nas disputas paralelas, o Urawa derrotou o Wydad por 3 a 2 e o Pachuca venceu o Al-Jazira por 4 a 1, ficando com o terceiro lugar.

Abu Dhabi recebeu a final do Mundial no dia 16 de dezembro. Enquanto o Real Madrid chegava com 11 jogadores de seleção entre os titulares, o Grêmio vinha embalado por ótimas atuações e pelo título sul-americano conquistado duas semanas antes. No entanto, os espanhóis dominaram os 90 minutos. Em uma partida de ataque contra defesa, os brasileiros quase não tiveram oportunidades, enquanto os madridistas esbarravam na dupla de zaga Pedro Geromel e Walter Kannemann.

Tanta insistência só deu resultado no segundo tempo, e foi na bola parada. Aos oito minutos, o Real conseguiu uma falta próxima à área gremista. Cristiano Ronaldo, em sua especialidade, abriu o placar chutando a bola no meio da barreira, que se abriu. Houve mais chances para ampliar o resultado, mas o 1 a 0 foi suficiente para que o Real Madrid alcançasse o hexa mundial.


Foto Hassan Ammar/AP