Santos Campeão da Libertadores 2011

O início da década de 2010 foi de domínio brasileiro na Libertadores. Até 2013, o país conseguiu seu recorde de conquistas consecutivas: quatro. Em 2011, foi vez do Santos repetir o feito da geração de Pelé, e sair da fila de 48 anos sem vencer com a geração de Neymar. Foi pelo título da Copa do Brasil em 2010 que o Peixe chegou lá.

Na primeira fase, o clube paulista ficou no grupo 5, junto com Cerro Porteño, Colo-Colo e Deportivo Táchira. Sem moleza nos jogos, o alvinegro praiano fez apenas dois pontos no primeiro turno. A reação veio na segunda metade, com três vitórias: 3 a 2 sobre o Colo-Colo, em casa, 2 a 1 sobre o Cerro, no Paraguai, e 3 a 1 sobre o Táchira, na Vila Belmiro. Com 11 pontos, o time ficou em segundo lugar na chave, perdendo no saldo de gols para os paraguaios.

De nona melhor campanha, o Peixe enfrentou nas oitavas de final o América do México. Venceu por 1 a 0 na Vila Belmiro e segurou o 0 a 0 em terras mexicanas. Já os demais quatro brasileiros vivos perderam perderam nesta fase, e apenas o Santos seguiu.

Nas quartas, o adversário foi o Once Caldas, da Colômbia, e a revanche sete anos depois aconteceu com vitória em Manizales por 1 a 0 e empate no Pacaembu por 1 a 1. A semifinal marcou o reencontro com o Cerro Porteño. Uma vitória por 1 a 0 em São Paulo e um empate em 3 a 3 em Assunção colocaram o Santos na final, a quarta em sua história.

O adversário na decisão foi o mesmo do primeiro título santista, o Peñarol, que passou por Internacional, Universidad Católica e Vélez Sarsfield. A ida foi no Centenario, em Montevidéu, e terminou com empate por 0 a 0.

O Pacaembu, em São Paulo, lotou para a volta. Neymar comandou o time e abriu o placar para o Peixe. O lateral Danilo fez o segundo, e o gol uruguaio também foi santista, com Durval fazendo contra. Com 2 a 1 no placar, o Santos conquistou o tricampeonato da Libertadores sem contestação.

A campanha do Santos:
14 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Internacional Campeão da Libertadores 2010

A Libertadores de 2010 foi a do retorno da hegemonia brasileira. E com o mesmo time campeão na última vez. O Internacional saiu de um doído vice no Brasileiro de 2009 para o bicampeonato da competição continental, que teve um formato adaptado. Para reacomodar os mexicanos excluídos no ano anterior nas mesmas vagas de oitavas de final, a primeira fase classificou só 14 times, sendo os oito líderes de chave mais os seis melhores segundos.

O Colorado ficou no grupo 5, com Emelec, Deportivo Quito e o uruguaio Cerro. A primeira fase do Colorado foi tranquila, com três vitórias em casa, três empates fora e 12 pontos. Líder, o Inter foi o único classificado da chave. Com a sexta melhor campanha, o Colorado enfrentou nas oitavas de final o Banfield. Na ida, na Argentina, derrota por 3 a 1. A volta foi no Beira-Rio, e o Internacional se classificou com vitória por 2 a 0.

Nas quartas, foi a vez de encarar o então campeão Estudiantes. Em Porto Alegre, vitória apenas por 1 a 0. Em La Plata, o Estudiantes abriu dois gols. Porém, Giuliano marcou o gol salvador nos minutos finais, e a derrota de 2 a 1 serviu para o Inter se classificar para a semifinal, feita depois da parada para a Copa do Mundo.

Neste meio tempo, o técnico Jorge Fossati foi demitido e Celso Roth foi contratado para as partidas seguintes. A semifinal foi contra o São Paulo, e tal qual foi na fase anterior, vitória por 1 a 0 no Beira-Rio e derrota de 2 a 1 no Morumbi.

A final foi disputada contra o Chivas Guadalajara, aquele mesmo mexicano saído em 2009 por causa da Gripe H1N1. Compensado, o clube eliminou Vélez Sarsfield, Libertad e Universidad de Chile. A ida foi em Guadalajara, no estádio Omnilife. De virada, o Colorado venceu por 2 a 1.

O Beira-Rio recebeu a volta. O Chivas abriu o placar no primeiro tempo, mas o Inter virou com gols de Rafael Sobis. Leandro Damião e Giuliano. Teve outro gol mexicano no fim, mas o 3 a 2 já bastava para o segundo título.

A campanha do Internacional:
14 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/Agência Preview

Estudiantes Campeão da Libertadores 2009

Das derrotas que doem e das vitórias que lavam a alma, a final da Libertadores de 2009 é, sem dúvidas, uma das mais lembradas. De um lado, uma quebra de 39 anos de fila. Do outro, uma virada dentro de casa. Assim se resume o tetracampeonato do Estudiantes. E o vice do Cruzeiro.

O caminho do clube pincharrata teve início antes da fase de grupos. Foi contra o Sporting Cristal, na preliminar (ou pré-Libertadores). E quase que acabou ali mesmo, pois os argentinos perderam na ida por 2 a 1, no Peru. Na volta, em La Plata, vitória por 1 a 0 e classificação pelo gol fora de casa.

No grupo 5, os adversários foram Deportivo Quito, Universitario de Sucre e... Cruzeiro! A estreia argentina foi contra os mineiros, com derrota por 3 a 0 em Belo Horizonte. Os argentinos se recuperaram a tempo, golearam os brasileiros por 4 a 0 em casa, na quarta rodada, e beliscaram o segundo lugar na última partida, ao empatarem sem gols com o Sucre, na Bolívia.

Com dez pontos e três vitórias, o Estudiantes chegou nas oitavas de final, que acabaram sem os mexicanos Chivas Guadalajara e San Luís. A pandemia de Gripe H1N1 teve início no México, em 2009, e os clubes retiraram-se ao não toparem fazer jogos únicos fora do país.

O pincharrata seguiu a vida e eliminou o Libertad com 3 a 0 em casa e 0 a 0 fora. Nas quartas, passou pelo Defensor com duas vitórias por 1 a 0, em Montevidéu e La Plata. Na semifinal, derrubou outro uruguaio, o Nacional, com 1 a 0 em casa e 2 a 1 fora.

O reencontro com o Cruzeiro deu-se após os mineiros baterem Universidad de Chile, São Paulo e Grêmio. A ida foi no Ciudad de La Plata, e terminou 0 a 0. A volta aconteceu no Mineirão, em Belo Horizonte, e o Estudiantes saiu perdendo aos sete minutos do segundo tempo. Tudo perdido? Não, pois Gastón Fernández empatou aos 12 e Mauro Boselli virou para 2 a 1 aos 27. O destino do título reencontrou a trilha de quatro décadas.

A campanha do Estudiantes:
16 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 21 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Vanderlei Almeida/AFP/Getty Images

Atlético-MG Campeão da Copa do Brasil 2021

A Copa do Brasil chegou em 2021 com mais uma mudança no regulamento. A competição teve o número de participantes aumentado de 91 para 92, e o número de fases reduzido de oito para sete. Isso ocorreu porque as 11 vagas diretas que eram distribuídas nas oitavas de final passaram a ser concedidas uma etapa antes, A terceira fase. E foi sob nova fórmula que o Atlético-MG chegou ao bicampeonato. A temporada foi inesquecível, pois, além do título da copa, o Galo também chegou à conquista do Brasileiro, acabando com jejum de 50 anos.

Integrante da Libertadores, o Atlético foi dispensado das duas primeiras fases, entrando junto com os outros dez clubes na terceira etapa. Seu primeiro adversário foi o Remo. O primeiro jogo foi realizado em Belém, no Baenão, e o Galo venceu por 2 a 0. A segunda partida aconteceu em Belo Horizonte, no Mineirão, e nova vitória por 2 a 1 colocou os mineiros nas oitavas de final.

Nas oitavas, o Atlético enfrentou o Bahia. Na primeira partida, vitória por 2 a 0 no Mineirão. Na segunda, o time levou um susto e acabou derrotado por 2 a 1 na Fonte Nova. O oponente nas quartas de final foi o Fluminense, e o alvinegro passou com duas vitórias, por 2 a 1 no Maracanã, e por 1 a 0 em Belo Horizonte.

Liderado pelos gols de Hulk, o Galo enfrentou o Fortaleza na semifinal. A ida foi disputada em Belo Horizonte, e o Atlético abriu excelente vantagem ao golear por 4 a 0, com gols de Guilherme Arana, Rever, Hulk e Zaracho. A volta foi no Castelão, e os mineiros voltaram a ganhar, por 2 a 1. Os gols da classificação foram marcados por Diego Costa e Hulk.

Na final, o Atlético-MG encarou o Athletico-PR. O xará paranaense superou Avaí, Atlético-GO, Santos e Flamengo. E se a decisão de 2020 foi sem público, em 2021 os estádios voltaram a ficar cheios. O primeiro jogo foi no Mineirão, e o Galo ficou com nove dedos na taça ao golear por 4 a 0, gols de Hulk, Keno e Eduardo Vargas (dois). Sem ser páreo na ida, restou aos paranaenses fazerem o máximo que podiam na volta, na Arena da Baixada. Mas o Galo conseguiu mais dois gols de Keno e Hulk e venceu também em Curitiba, por 2 a 1, faturando o bicampeonato com uma campanha quase perfeita.

A campanha do Atlético-MG:
10 jogos | 9 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Barcelona de Ilhéus Campeão Baiano Série B 2021

A Série B do Baianão foi uma das primeiras divisões de acesso estadual a conhecer o seu campeão em 2021. No caso, o jovem Barcelona de Ilhéus, clube fundado em 2019 e que disputou a segunda divisão somente pela segunda vez.

A competição foi curta, com apenas seis equipes, que se enfrentaram em turno único. Em cinco partidas, o Barcelona venceu três e ficou com quarta vaga na semifinal, com nove pontos. Na semifinal, eliminou o rival Colo-Colo no jogo único ao vencer por 1 a 0.

A final foi contra o Botafogo Bonfinense, que despachou o Grapiúna. A ida foi jogada no Estádio Pedro Amorim, em Senhor do bonfim, e o Barcelona foi derrotado por 2 a 1. A volta aconteceu no Mário Pessoa, em Ilhéus, e o clube da casa conquistou a única vaga na primeira divisão e o título ao vencer por 3 a 0.

A campanha do Barcelona de Ilhéus:
8 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 3 derrotas | 15 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Divulgação/Barcelona de Ilhéus

Remo Campeão da Copa Verde 2021

Infelizmente pouco valorizada, a Copa Verde de 2021 teve seu desfecho quase que às escondidas, no final do ano e sem televisionamento em rede nacional. Mas o que vale no fim das contas é a taça na galeria do campeão. No caso, de um clube que há tempos sofria com vices difíceis de engolir. Mas o Remo mostrou que o importante é nunca desistir.

A temporada azulina foi ruim. Fora da decisão estadual, o time paraense ainda teve que lidar com o rebaixamento da Série B para a C do Brasileirão. Porém, as coisas caminharam diferentes na Copa Verde. Disputada inteiramente em mata-mata, 24 equipes participaram - 16 desde a primeira fase e oito já nas oitavas. O Remo foi uma dessas oito.

Seu primeiro adversário foi o Galvez, do Acre, que bateu nos pênaltis o Ypiranga-AP. E o Leão da Amazônia goleou por 9 a 0 no jogo único dentro de seu estádio, o Baenão. Nas quartas de final, contra o Manaus, o Remo empatou a ida por 1 a 1, no Amazonas, e venceu a volta por 3 a 0, em Belém.

Na semifinal, os azulinos encararam o Paysandu. Em dois Re-Pas dignos da história do clássico, o Remo eliminou seu maior rival com empate por 2 a 2 na primeira partida e vitória por 2 a 0 na segunda. Os jogos foram realizados, respectivamente, na Curuzu e no Baenão, estádios localizados quase que na mesma esquina (da Travessa Antônio Baena com a Avenida Almirante Barroso), mas ainda separados por um quarteirão e a 200 metros de distância.

Na final, o Leão enfrentou o Vila Nova, que chegou lá ao superar Rio Branco de Venda Nova, Aquidauanense e Nova Mutum. Em dois jogos de poucas oportunidades, o 0 a 0 imperou no placar tanto no OBA, em Goiânia, quanto no Baenão. A decisão foi para os pênaltis, e o Remo viu no seu goleiro Vinícius um herói. Ele defendeu duas cobranças, e o time paraense acertou as quatro que bateu, com a do título convertida pelo zagueiro Fredson. Por 4 a 2, o azulino enfim conquistou a Copa Verde.

A campanha do Remo:
7 jogos | 3 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Fernando Torres/CBF

LDU Quito Campeã da Libertadores 2008

A Libertadores já mostrou várias vezes que é difícil sair um campeão de fora da Argentina, do Brasil e, até certa época, do Uruguai. Até 2007, fora o trio principal, Paraguai, Chile e Colômbia tinham, somados, seis títulos. Em 2008, o Equador foi o sétimo país a juntar-se à lista de vencedores, com a agônica conquista da LDU Quito.

A Liga ficou no grupo 8 da primeira fase, junto com Arsenal de Sarandí, Libertad e Fluminense, que cruzaria sua história com a do clube equatoriano mais de uma vez na oportunidade. Em seis jogos, a LDU venceu três e empatou um, somando dez pontos e ficando na vice-liderança da chave, três pontos atrás dos brasileiros, com os quais empataram na estreia, em casa, por 0 a 0 e perderam no encerramento, fora, por 1 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Estudiantes. Na ida, no Casa Blanca, vitória por 2 a 0. Na volta, em La Plata, derrota por 2 a 1 com classificação. Nas quartas, foi a vez de enfrentar o San Lorenzo, com emoção. O primeiro jogo foi 1 a 1, em Buenos Aires. O segundo também, em Quito. Nos pênaltis, a LDU venceu por 5 a 3 e chegou à semifinal.

A próxima parada foi contra o América do México, mais uma vez com sofrimento. A ida foi no Azteca, e terminou com outro empate por 1 a 1. A volta aconteceu no Casa Blanca, e o placar em 0 a 0 só permitiu o alívio depois do apito final. Pela regra do gol fora, a Liga era finalista pela primeira vez na história.

Na decisão, dois estreantes: LDU Quito e Fluminense. Os cariocas eram tidos como favoritos, depois de baterem Atlético Nacional, São Paulo e Boca Juniors. Mas os equatorianos souberam usar o fator local a favor e venceram a ida por 4 a 2, no Casa Blanca.

A volta foi no Maracanã, no Rio de Janeiro, e o Fluminense devolveu 3 a 1, de virada. O gol no início, de Luis Bolaños, levou o confronto aos pênaltis. Então, o goleiro José Cevallos apareceu com defesas e a LDU levou o título inédito ao vencer por 3 a 1.

A campanha da LDU Quito:
14 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 21 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Conmebol