Brasil Campeão da Copa do Mundo 1962

Uma Copa do Mundo que foi abalada pelo terremoto que assolou o Chile em 1960, com epicentro na cidade de Valdivia. Mas ela aconteceu, em 1962, com algumas sedes em relação às oito previstas: entre Santiago, Viña del Mar, Rancagua, Arica, Talca, Concepción, Talcahuano e Valdivia, só permaneceram as quatro primeiras. E lá estava o Brasil com sua vaga automática de campeão, com Pelé mais experiente e cada vez mais afinado com Garrincha, Didi, Zagallo e Vavá. Era o grande favorito para levar o bicampeonato. E assim foi.

Apesar de tudo, o começo foi um pouco preocupante. A estreia foi com uma burocrática vitória de 2 a 0 sobre o México. Depois, a grande baixa brasileira na Copa. No empate sem gols com a Tchecoslováquia, Pelé se machucou ainda no primeiro tempo, e foi cortado do restante da competição.  Amarildo entrou em seu lugar, e decidiu a classificação do Brasil com os dois gols na virada de 2 a 1 sobre a Espanha, junto com os dois passos ao lado de Nilton Santos, que transformaram um pênalti em falta fora da área para os espanhóis, antes da virada. Com cinco pontos, o Brasil liderou o grupo C. 

Nas quartas de final, Garrincha assumiu o protagonismo e detonou a Inglaterra com dois gols na vitória por 3 a 1. Na semifinal, o time brasileiro enfrentou o Chile, dono da casa, que tentou, bateu e contou com a pressão da torcida que superlotou no Estádio Nacional de Santiago, mas que não foi páreo e acabou superado por 4 a 2 com outro show do Mané.

O Brasil se classificou para a final e reencontrou a Tchecoslováquia, no mesmo Nacional de Santiago. Os brasileiros tomaram um susto com os tchecos abrindo o placar aos 15 minutos do primeiro tempo. Mas Amarildo logo empatou aos 17. No segundo tempo,  Zito e Vavá trataram de dar a virada - aos 24 e aos 33 minutos - e a vitória por 3 a 1 para o Brasil, bicampeão do mundo. Ao receber a taça, o zagueiro e capitão Mauro Ramos repetiu o gesto de Bellini quatro anos antes, e a ergueu sobre a sua cabeça, a oferecendo para seu torcedor.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 14 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/CBF

Brasil Campeão da Copa do Mundo 1958

Onde a hegemonia começou. Em 1958, o mundo enfim se curvaria ao talento do futebol brasileiro. E foi na Copa do Mundo na Suécia que o planeta viu o surgimento do maior jogador de futebol da história: Pelé, então com 17 anos, conquistou a todos e se tonaria o rei. Rodeado por Garrincha, Didi, Zagallo e Nilton Santos, entre outros, o garoto foi um dos destaques do primeiro título brasileiro.

A campanha do Brasil no Mundial começou com tranquilidade, uma vitória por 3 a 0 sobre a Áustria. Depois, empate em 0 a 0 com a Inglaterra, o primeiro resultado sem gols na história das Copas. Esta partida motivou o técnico Vicente Feola a fazer algumas mudanças no time titular. Mazola e Joel deram lugar a Pelé e Garrincha. Contra a União Soviética, a dupla estreou e ajudou na vitória por 2 a 0, gols de Vavá.

O Brasil acabou a primeira fase na liderança do grupo D, com cinco pontos. Nas quartas de final, o adversário foi o País de Gales. Em partida difícil, Pelé marcou pela primeira vez em Mundiais, e com o 1 a 0 a seleção avançou para a semifinal. E contra a França, o Brasil voltou a dar show. Goleada por 5 a 2 sobre os franceses, três gols de Pelé, mais um de Didi e outro de Vavá.

A final foi contra a dona da casa, a Suécia, no Estádio Rasunda de Estocolmo. Só que antes de outro show, o Brasil levou um susto com o gol sueco logo aos quatro minutos de jogo. Mas o time não se abalou e empatou já aos nove minutos, com Vavá, que seria também o responsável pela virada ainda no primeiro tempo.

Na etapa final, apareceu Pelé, que chapelou o zagueiro da Suécia e marcou o terceiro gol. Zagallo ampliou com o quarto gol, e os suecos descontaram faltando dez minutos. Pelé deixaria sua marca novamente no último minuto. Com outro 5 a 2, o Brasil enfim chegava ao seu primeiro título de Copa do Mundo, enterrando qualquer medo e complexo que a derrota de oito anos antes tinha deixado na Seleção Brasileira.

Na entrega da taça, o capitão Bellini criou um gesto que se tornaria o símbolo de todas conquistas de futebol dali para a frente. A pedido de fotógrafos, o zagueiro ergueu o troféu por cima de sua cabeça, exibindo-o para todo o estádio, todo o mundo. Atualmente, todo capitão ergue a taça quando seu time a conquista.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 16 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images

Alemanha Campeã da Copa do Mundo 1954

O mundo ainda estava se reconstruindo no ano de 1954. Mas isto não impediu que a Europa fosse palco de mais uma Copa do Mundo. O país-sede foi a Suíça, um dos poucos que conseguiu se manter neutro durante a II Guerra Mundial, e o local onde a FIFA transferiu sua sede, indo de Paris para Zurique. Este Mundial marcou o retorno de várias seleções para suas atividades normais. Entre elas a Alemanha, agora Ocidental. Perdoado do banimento quatro anos antes, o time alemão não era considerado um dos mais fortes da competição, diferentemente da Hungria, tida na melhor geração de sua história.

Ambas foram sorteadas no mesmo grupo. Eram 16 países em quatro chaves, mas com a peculiaridade de jogaram somente duas rodadas, pois cada divisão tinha dois cabeças-de-chave e eram impedidos de se enfrentar, inviabilizando também o outro confronto. A Alemanha estreou contra a Turquia, a qual venceu por 4 a 1. A rodada final foi contra a Hungria, mas os alemães não resistiram ao poderio de Puskás e Kocsis, levando 8 a 3 nas costas.

O time acabou empatado com os turcos na vice-liderança do grupo B. Para a sorte da Alemanha não havia saldo de gols, então foi feito um jogo-desempate, vencido por 7 a 2. Nas quartas de final foi a vez de encarar a Iugoslávia, e uma vitória por 2 a 0 colocou a seleção alemã na semifinal. O adversário nesta fase foi a Áustria. E com uma bela atuação dos irmãos Ottmar e Fritz Walter, a Alemanha avançou para a final com sonoros 6 a 1.

O adversário? A Hungria, uma partida que a maioria da opiniões já davam como favas contadas. O estádio Wankdorf, em Berna, foi o palco de um dos jogos mais memoráveis da história. No primeiro tempo a Hungria parecia que faria dar a "lógica", e fez dois gols em oito minutos. Mas Morlock descontou aos dez e Rahn empatou aos 18.

A partida se mostrava ruim para os húngaros, o gramado molhado por um temporal naquele dia prejudicava o seu toque de bola. Suas chuteiras pesavam de meio quilo para mais por causa da água, e tinham travas baixas. Já os alemães usavam calçados bem mais leves, secos por dentro e com travas mais altas, criados por uma certa marca com três listras.

Assim, sem escorregar, a Alemanha conseguiu neutralizar o jogo adversário, escorregando além do normal, e a virada veio a seis minutos do fim, pelos pés de Helmut Rahn. Por 3 a 2, estava sacramentado O Milagre de Berna, o primeiro título e o início da tradição alemã no futebol. O atacante Fritz Walter não fez gol, mas passou para a história como o primeiro capitão vencedor pela Nationalelf.

A campanha da Alemanha:
6 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Picture-Alliance/DPA

Uruguai Campeão da Copa do Mundo 1950

Depois de 12 anos de paralisação e atravessar toda a década de 1940 sem competição, a Copa do Mundo voltou a ser realizada em 1950. O Brasil era um dos candidatos a sede em 1942, e foi o único que manteve a proposta quando do retorno. A FIFA tentou antecipar a realização em um ano, mas voltou atrás e seguiu com o cronograma conhecido.

O mundo estava em reconstrução e muitos países sequer entraram nas Eliminatórias. Além disso, Alemanha e Japão estavam banidas pela participação na II Guerra Mundial. Inicialmente, 16 países estavam classificados para o Mundial. Mas Turquia, Escócia e Índia desistiram de participar. Seus substitutos, Portugal, França e Irlanda, também declinaram.

A competição ficou com 13 seleções e grupos mancos, dois com quatro países, um com três e outro com só dois. Neste último grupo, o Uruguai, um time esforçado que já lembrava com nostalgia do passado vencedor, com jogadores como Alcides Ghiggia e Obdulio Varela. A Celeste enfrentou apenas a Bolívia na primeira fase, e goleou por 8 a 0 em Recife. As partidas contra a Irlanda e França não aconteceram. Então, com esses dois pontinhos, o time uruguaio liderou o grupo D e avançou para o quadrangular final.

A Copa começou de fato para o Uruguai no quadrangular final. Enfrentou a Espanha em São Paulo, e buscou empate por 2 a 2. Na segunda rodada, virou de maneira sofrida contra a Suécia, 3 a 2 no Pacaembu. Enquanto isso, o Brasil fez 7 a 1 nos suecos e 6 a 1 nos espanhóis, e era o pleno favorito para vencer mais uma.

O Estádio Municipal - futuro Maracanã -, do Rio de Janeiro recebeu a partida final. Somente Uruguai e Brasil tinham chances de título, e os brasileiros jogavam pelo empate. A Celeste teve que enfrentar quase 200 mil torcedores, e foi aguentando a pressão. Não se abalou quando sofreu um gol no primeiro minuto do segundo tempo. O Uruguai se aproveitava dos contra-ataques e chegou ao empate com Juan Schiaffino, por volta dos 21 minutos.

O Brasil esbarrava na forte defesa uruguaia e se abria em busca de ter mais tranquilidade na partida. E em outro contra-ataque, aos 34 minutos, Ghiggia avançou pela ponta-direita e chutou firme no canto esquerdo do goleiro Barbosa. Com a virada heroica os uruguaios se seguraram ainda mais, e os brasileiros se desesperavam. O jogo terminou com 2 a 1, e sob o silêncio da arquibancada a Celeste conquistou o bicampeonato da Copa do Mundo, com a taça recebida pelas mãos do capitão Obdulio.

A campanha do Uruguai:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 15 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Keystone/Getty Images

Itália Campeã da Copa do Mundo 1938

Todos queriam estar na França em 1938. O país era o centro das atenções na primeira metade do século 20, e naquele ano recebeu a Copa do Mundo. Muito porque a FIFA optou por homenagear seu presidente, Jules Rimet, quebrando com o prometido sistema de rodízio entre continentes e realizando dois torneios seguidos na Europa.

Isto motivou a Argentina - candidata derrotada na eleição do país-sede - a liderar um boicote americano ao Mundial, que foi aderido por boa parte das seleções das América do Sul, do Norte e Central. Somente Brasil e Cuba marcaram presença representando o lado de cá do Atlântico. Mas o grande favorito era mesmo europeu. A Itália estava ainda mais forte do que o time vencedor quatro anos antes, e isto se confirmou nos gramados franceses.

Mais uma vez o regulamento era sem fase de grupos, indo de primeira para o mata-mata. A Azzurra estreou contra a Noruega, que fez jogo duro e levou para a prorrogação. Mas os italianos se classificaram com um gol marcado por Silvio Piola, vencendo por 2 a 1.

Nas quartas de final, a Itália enfrentou a França e não se intimidou com a pressão dos donos da casa. Venceu por 3 a 1, com outra atuação brilhante de Piola, autor de dois gols. A semifinal foi contra o Brasil, que segurou até onde foi possível, mas sofreu o revés no segundo tempo. Por 2 a 1, a Azzurra eliminou os brasileiros. Porém, muito na época se reclamou que o segundo gol italiano teria sido marcado em um pênalti inexistente.

A final foi entre Itália e Hungria, no Estádio Colombes, em Paris. Partindo para o ataque desde o começo, os italianos conseguiram três gols no primeiro tempo, com Gino Colaussi aos seis e aos 35 minutos, e com Silvio Piola aos 16. Os húngaros marcaram aos oito minutos. No segundo tempo, Piola anotou o quarto tento italiano, enquanto a Hungria conseguiu o segundo. Por 4 a 2, a Itália chegou ao bicampeonato mundial. E comandando a equipe italiana dentro de campo, o atacante Giuseppe Meazza foi o capitão da vez, recebendo a taça direto da tribuna de honra do estádio.

A campanha da Itália:
4 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Staff/Getty Images

Itália Campeã da Copa do Mundo 1934

A segunda Copa do Mundo foi a primeira em solo europeu, em 1934. A honra de ser o país-sede coube à Itália, em uma forma que Benito Mussolini encontrou para fazer propaganda de seu regime fascista. E a política já implicava fortemente no futebol. O Uruguai respondeu ao boicote da Europa quatro anos antes e não participou das Eliminatórias, se tornando a única campeã que não defendeu seu título.

Apenas Brasil, Argentina e Estados Unidos atravessaram o oceano (o México também havia ido, mas somente jogou - e perdeu - a repescagem das Eliminatórias contra os estadunidenses). O Egito só precisou cruzar o Mar Mediterrâneo. A dona da casa pintava assim como a principal favorita, comandada pelo atacante Giuseppe Meazza, que viraria nome de estádio no futuro.

O Mundial foi todo disputado no formato mata-mata, desde oitavas de final. A estreia da Itália foi contra os amadores dos Estados Unidos, e a classificação veio com uma sapecada por 7 a 1. O caldo ficou mais grosso para a Azzurra nas quartas de final, contra a Espanha. O confronto, após duas prorrogações, terminou 1 a 1. Não existia disputa por pênaltis, portanto foi necessário fazer uma partida extra, no dia seguinte. No desempate, Meazza marcou o gol da vitória por 1 a 0.

A semifinal foi contra a Áustria, que era tida como a segunda seleção mais forte daquela Copa. O jogo foi considerado uma final antecipada, e os italianos garantiram a vaga na decisão com outra vitória por 1 a 0, gol marcado por Enrico Guaita.

A final foi na cidade de Roma, no Stadio Nazionale "del PNF". O adversário da Itália foi a Tchecoslováquia, que tentou engrossar a partida a todo o custo, apesar da nítida diferença na qualidade técnica. E os tchecos conseguiram sair na frente, já aos 26 minutos do segundo tempo. O que a lógica apontava para ser algo fácil, se tornou complicado para a Azzurra. Raimundo Orsi empatou a decisão faltando nove minutos para o fim, o que forçou uma prorrogação.

Foi no tempo extra, logo no quinto minuto, que Angelo Schiavio marcou o gol da virada e do título da Itália. O placar de 2 a 1 permaneceu até o apito final, e depois os italianos partiram para festa, consumada na entrega da taça para o capitão e goleiro Gianpiero Combi, o primeiro atleta em Copas a receber o troféu nesta condição.

A campanha da Itália:
5 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto PA Images/Getty Images

Uruguai Campeão da Copa do Mundo 1930

Até 1928, a competição de futebol dos Jogos Olímpicos era o principal título que uma seleção nacional poderia ter. Mas segundo as regras da época, apenas jogadores amadores podiam disputá-la. E em uma época que o profissionalismo estava crescente no futebol, era preciso um torneio novo que se ajustasse nas evoluções da modalidade, sem se prender nas amarras de uma tradição olímpica. Foi sob este argumento que - naquele mesmo ano - nasceu a Copa do Mundo, um campeonato idealizado pelo francês Jules Rimet, presidente da FIFA na época.

A primeira edição do Mundial foi marcada para ter início em 1930, e a partir disto ela seria disputada de quatro em quatro anos, alternado entre as edições das Olimpíadas. Vários países se candidatam para ser o anfitrião: Itália, Suécia, Holanda, Espanha, Hungria e Uruguai.

A FIFA optou pela última opção, seduzida pelo fato de a seleção uruguaia ser a melhor do mundo na época, bicampeã olímpica. Isto desagradou aos europeus, que sempre se consideraram o berço do futebol. Alegando dificuldades no deslocamento para a América do Sul, nenhum deles aceitou o convite para participar.

Foi então que entraram em jogo os dirigentes da FIFA. Jules Rimet convenceu a França, enquanto o vice-presidente Rodolphe Seeldrayers convenceu a Bélgica a atravessarem o Oceano Atlântico. O Rei Carol II, apaixonado por futebol, bancou todas as despesas da Romênia, inclusive garantiu a manutenção dos empregos e salários dos jogadores, ainda amadores.

Por fim, a Iugoslávia aceitou o convite por intervenção do Rei Alexandre I, que passou por cima do boicote dos croatas e montou uma seleção apenas com sérvios. Assim, a primeira Copa do Mundo foi formada com 13 seleções: sete da América do Sul, quatro da Europa e duas da América do Norte.

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O Uruguai tinha a seleção mais forte na década de 1920, vinha de dois títulos olímpicos e praticava o futebol mais bonito. Já pintava como o principal favorito a vencer a primeira Copa do Mundo, em 1930, e na própria casa. Seu principal oponente estava do outro lado do Rio da Prata, a Argentina, vice-campeã olímpica.

Quem vinha da Europa não assustava, já que as principais forças fizeram um boicote velado a competição. O time uruguaio era liderado por seu ataque, com Pedro Cea, Hector "Manco" Castro, Hector Scarone, Santos Iriarte e Pedro Petrone. Este último se machucou na estreia, mas foi muito bem substituído por Pelegrino Anselmo e Pablo Dorado. Além deles, o capitão José Nasazzi liderava na defesa.

A estreia uruguaia foi só na segunda rodada, pois seu grupo tinha três seleções e a folga foi já na primeira. O confronto de abertura foi contra o Peru, vencido por simples 1 a 0. A segunda partida foi a da definição da classificação, contra a Romênia. O Uruguai goleou por 4 a 0 e avançou na liderança do grupo C, com quatro pontos. Na semifinal, confronto contra a Iugoslávia e goleada de virada por 6 a 1 em atuação tranquila, apesar da reclamação iugoslava com a arbitragem. A final seria contra a grande rival, a Argentina.

A decisão do Mundial foi disputada no novíssimo Estádio Centenário de Montevidéu, que recebeu mais de 68 mil torcedores. A primeira Copa do Mundo não tinha um material oficial de jogo, cada seleção era responsável pelo seu. Por isso, houve um impasse quanto a bola que seria utilizada. Os uruguaios queriam a sua, e os argentinos a deles. Para resolver isto, cada tempo foi jogado com um bola diferente. 

Na primeira etapa foi usada a bola argentina. O Uruguai abriu o placar com Dorado, mas a Argentina virou Carlos Peucelle e Guillermo Stábile. A etapa final foi jogada com a bola uruguaia. E a Celeste Olímpica tornou a virar a partida com naturalidade, gols de Cea, Iriarte e Castro. Com a vitória por 4 a 2, o Uruguai celebrou seu primeiro título mundial com muita festa no país todo. E diferentemente do que seria tradição futura, a taça foi entregue somente no vestiário, para o presidente da Associação Uruguaia de Futebol. Mas isto pouco importa diante do fato de o Uruguai ser o primeiro campeão mundial de futebol da história.

A campanha do Uruguai:
4 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Popperfoto/Getty Images