Vencer um título nacional é muito difícil. Dois, então, muito mais. E se for dois no mesmo ano, é praticamente impossível. Não para o Cruzeiro, que em 2003 levou para casa as taças do Brasileirão (o primeiro em pontos corridos) e da Copa do Brasil, que somadas ao estadual configuraram a obtenção da tríplice coroa. A copa, inclusive, foi a quarta do clube mineiro, especialista do formato.
A façanha da Raposa só foi possível graças à combinação de nomes, no auge ou em ascensão: Alex, Deivid, Aristizábal, Gomes, Maicon e Luisão foram os pilares em campo. Fora dele, Vanderlei Luxemburgo estava no melhor momento da carreira.
A campanha do tetra do Cruzeiro começou diante do Rio Branco-ES. No Kleber Andrade, em Cariacica, o time mineiro venceu por 4 a 2 e eliminou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Coríntians-RN (a escrita é essa mesmo). Na ida, empate por 2 a 2 em Caicó, no interior potiguar. Na volta, goleada soberana por 7 a 0 no Mineirão.
O adversário da Raposa nas oitavas de final foi o Vila Nova. A primeira partida aconteceu em Belo Horizonte, com vitória azul por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serra Dourada, em Goiânia, e o Cruzeiro voltou a triunfar, por 2 a 1. Nas quartas, dois confrontos contra o Vasco, com vitória por 2 a 1 no Mineirão, e empate por 1 a 1 em São Januário.
A semifinal foi contra o Goiás, e o primeiro jogo foi disputado no Serra Dourada. De maneira emocionante, o Cruzeiro venceu por 3 a 2 e fez vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a Raposa voltou a vencer de maneira apertada, por 2 a 1, para chegar em outra final, a quinta de sua história.
Na decisão, o Cruzeiro encontrou o Flamengo, que passou por Botafogo-PB, Ceará, Remo, Vitória e Sport. A ida foi realizada no Maracanã, e foi de domínio cruzeirense. De letra, Alex abriu o placar para os mineiros, mas os cariocas marcaram 1 a 1 aos 48 minutos do segundo tempo. A volta ocorreu no Mineirão, e teve atuação de luxo da Raposa. No primeiro minuto de jogo, Deivid abriu o placar. Aos 15, Aristizábal fez o segundo. Aos 28, Luisão fez o terceiro e sacramentou o título do Cruzeiro. O Flamengo até descontou para 3 a 1, mas não diminuiu o show azul.
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