Atlético-MG Campeão Mineiro Feminino 2021

O Atlético-MG teve um 2021 positivo também no feminino. O clube foi vice da Série A2 do Brasileirão, subiu para a Série A1 em 2022 e levou mais um título do Mineiro. As Vingadoras consolidaram o bicampeonato estadual e o sétimo título ao todo.

Seis times estiveram na competição local, que foi disputada em grupo e turnos únicos. Nas cinco partidas que fez, o Atlético empatou uma e venceu três -  4 a 0 no Funorte, 1 a 0 no Ipatinga e 3 a 0 no Social -, somando dez pontos e garantindo o terceiro lugar na classificação.

Na semifinal, as alvinegras enfrentaram o América-MG e venceram os dois jogos: 3 a 0 na ida, fora, e 1 a 0 na volta, em casa. A final foi contra o Cruzeiro, em partida única no Mineirão. E se na primeira fase as Vingadoras levaram 3 a 0 no clássico, na decisão elas conseguiram a vitória por 1 a 0 - gol de Dayana - e o título.

A campanha do Atlético-MG:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 14 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Cristiane Mattos/FMF

Athletico-PR Campeão Paranaense Feminino 2021

O Paraná teve dois estaduais femininos em 2021. O primeiro foi em maio, ainda equivalente ao ano de 2020. O segundo aconteceu entre setembro e outubro e valeu para a temporada em vigência. Em comum entre eles, o título do Athletico-PR. O clube levou a primeira taça, classificou-se à Série A2 do Brasileirão, quase levou o acesso (caiu nas quartas de final) e faturou o bicampeonato na segunda competição.

Três times participaram do estadual, em um triangular de dois turnos. As Gurias Furacão tiveram de enfrentar o Toledo e o Imperial para chegar à conquista. Fora de casa, elas derrotaram o Imperial por 4 a 0. Depois, em casa, golearam o Toledo por 6 a 1 e o Imperial por 8 a 0.

O título veio antecipadamente, quando o Imperial venceu o Toledo e ambas as equipes deixaram de poder alcançar o Athletico. Na última rodada, o rubro-negro ainda empatou por 1 a 1 com o Toledo e encerrou a campanha.

A campanha do Athletico-PR:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 19 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Cahuê Miranda/Athletico-PR

Avaí/Kindermann Campeão Catarinense Feminino 2021

Em Santa Catarina, só dava Kindermann no futebol feminino. Sim, a frase está no passado porque o time foi desativado no fim de 2021. Mas não sem antes levar o 12º título estadual seguido, também (raramente) conhecido como "dodecacampeonato". O Campeonato Catarinense Feminino foi disputado por seis clubes, divididos em dois grupos, com cada líder avançando à final.

O Kindermann, que desde 2019 atuava em parceria com o Avaí - incluindo cores, escudo e uniforme -, ficou no grupo B, contra a Chapecoense e o rival Napoli. Sem problemas, a equipe fez 7 a 0 nas alviverdes e 6 a 0 na adversária de sua própria cidade, Caçador. Com seis pontos, o Avaí/Kindermann avançou rumo à decisão, contra o Criciúma, que passou por Açores e Atlético de Ibirama. Em partida única, no Estádio Carlos Alberto Costa Neves, em Caçador, as donas da casa golearam por 4 a 0 e conquistaram o título, o 12º em 13 edições do estadual.

De todas as conquistas, foi a única que o fundador Salézio Kindermann não presenciou: a final aconteceu em outubro e o patrono faleceu em maio, vítima da covid-19. Em novembro, após a disputa da Libertadores, sua família anunciou a paralisação total do clube e a dispensa de todas as atletas e todos os funcionários.

A campanha do Kindermann:
3 jogos | 3 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 17 gols marcados | 0 gols sofridos



Foto Andrielli Zambonin/Avaí/Kindermann

Remo Campeão Paraense Feminino 2021

Com o alto número de 21 participantes, o Paraense Feminino foi o último estadual de 2021 a ser encerrado, já em 2022. E não foi nem pela quantidade elevada de times e nem por causa da pandemia, e sim devido a arrastos judiciais. O campeão foi o Remo, que 39 anos após a conquista do incipiente campeonato de 1983 ergueu sua segunda taça.

Na primeira fase, as equipes foram divididas em oito grupos - cinco de três em turno único e três de duas em ida e volta -, classificando a líder para as quartas de final. Na chave C, as Leoas Azulinas golearam o Paraense por 11 a 1 e o Terra Alta por 7 a 1, avançando ao mata-mata com seis pontos. Nas quartas, eliminaram o Pinheirense depois de perder fora por 2 a 1 e vencer em casa por 4 a 0.

Na semifinal, passou pela forte Esmac ao fazer 2 a 1 fora, levar 1 a 0 em casa e ganhar por 4 a 2 nos pênaltis. Foi quando os tribunais apareceram, antes da final. O Remo foi excluído após ser acusado de homofobia contra uma jogadora do Cabanos, mas recorreu e recuperou sua vaga. No outro lado, o Castelo dos Sonhos perdeu o lugar na decisão porque escalou uma atleta irregular na semi, contra o Gavião Kyikatejê.

A final enfim aconteceu, e na ida, em Bom Jesus do Tocantins, as Leoas golearam o clube de origem indígena por 6 a 1. A volta foi no Baenão, em Belém, mas o Gavião não compareceu. Foram então declarados o W.O., a vitória por 3 a 0 e o título estadual remista.

A campanha do Remo:
8 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 34 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Samara Miranda/Remo

Bahia Campeão Baiano Feminino 2021

Não realizado em 2020, o Campeonato Baiano Feminino voltou a acontecer em 2021. Um torneio padrão, com seis clubes se enfrentando em turno único. Integrante da Série A1 do Brasileirão nesta temporada, o Bahia chegou ao quinto título estadual na história, sendo este o segundo seguido. Na primeira fase, o Tricolor de Aço ganhou quatro jogos, empatou um e somou 13 pontos, livrando um relação ao rival Vitória.

Na semifinal, o Bahia eliminou o Juventude Esportiva com triunfos por 1 a 0, fora, e por 2 a 0, em casa. Na final, as Meninas de Aço enfrentaram o Doce Mel, que despachou o Vitória. Na ida, em Jequié, o tricolor perdeu por 1 a 0. A volta foi em Pituaçu, em Salvador, e o Bahia reverteu a desvantagem e conquistou o torneio com goleada por 4 a 0. Os gols foram marcados por Gadu - três vezes - e Dan Nunes.

A campanha do Bahia:
9 jogos | 8 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Felipe Oliveira/Bahia

Ceará Campeão Cearense Feminino 2021

O giro pelos estaduais femininos de 2021 vai para o Ceará. O título voltou às mãos das Meninas do Vozão que, após o vice em 2020 chegou na terceira conquista em quatro temporadas. O campeonato foi curto, com a participação de seis clubes, que se enfrentaram em grupo e turno únicos.

Em cinco jogos, o Ceará conseguiu 100% de aproveitamento, com 15 pontos somados. Três vitórias foram por 7 a 0: sobre o Guarany de Sobral, sobre o São Gonçalo e sobre o Tianguá. Quatro times foram à semifinal, e o alvinegro voltou a enfrentar o Guarany, com goleadas por 4 a 0 na ida, fora, e por 8 a 0 na volta, em casa.

A final foi contra o Fortaleza, que bateu a Menina Olímpica. Na primeira partida, vitória por 2 a 1 no CT do rival. O segundo jogo aconteceu no Franzé Morias, a casa do Ceará, e o empate por 3 a 3 bastou para que as alvinegras cearenses conseguissem o terceiro título estadual.

A campanha do Ceará:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 30 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Stephan Eilert/Ceará

Real Brasília Campeão Brasiliense Feminino 2021

O Real Brasília, nascido Dom Pedro II, chegou ao terceiro título estadual feminino consecutivo, em 2021. Principal força do Distrito Federal e integrante da Série A1 do Brasileirão, o Leão do Planalto teve de superar outros cinco clubes para chegar na conquista.

Na primeira fase, os seis participantes se enfrentaram em dois turnos, totalizando dez rodadas. E o Real passou tranquilamente, com oito vitórias, dois empates e a liderança, com 26 pontos. Foram quatro pontos de vantagem para os rivais mais próximos, o Minas Brasília e o Cresspom. As goleadas da equipe foram: 11 a 0 e 7 a 0 no Estrelinha e 8 a 0 na ARUC.

Na final, o Real enfrentou o Minas. Partida única no Estádio Defelê. Com dois gols de Geovana Alves  - o segundo nos acréscimos -, o Real Brasília venceu por 2 a 1 e levou o tricampeonato, que é a totalidade de títulos estaduais que o clube possui.

A campanha do Real Brasília:
11 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 43 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Júlio César Silva/Real Brasília

Real Ariquemes Campeão Rondoniense Feminino 2021

Pela segunda temporada consecutiva, o blog abre espaço para os estaduais femininos. E se em 2020 a pandemia de Covid-19 atrapalhou demais a modalidade, motivando o cancelamento de oito competições, em 2021 foram realizados 26, que deram vaga aos melhores clubes não-divisionados à inédita Série A3 do Brasileirão, em 2022. Apenas o Maranhão não organizou um torneio.

E o blog seguirá o mesmo critério do ano passado para as publicações dos pôsteres: o Estado teve que ter presença ou na Série A1 do Brasileiro, ou nas quartas de final da Série A2 da temporada abordada. As postagens serão feitas em ordem crescente de importância. 


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Rondônia é um dos três Estados que puxam para cima a região Norte no futebol feminino. Em 2021, o Real Ariquemes teve uma temporada histórica. Na Série A2 do Brasileirão, o Furacão do Jamari foi até as quartas de final, onde perdeu para o Esmac e garantiu uma vaga fixa na competição de 2022. No estadual, o clube sobrou.

O torneio foi curtíssimo, com somente três equipes, que se enfrentaram em turno único. Foram só três jogos na cidade de Cacoal, no Estádio Aglair Tonelli. No primeiro, o Real Ariquemes aplicou 14 a 0 no Espigão. No segundo, o Real folgou e o Barcelona de Vilhena estreou goleando o Espigão por 11 a 0.

A decisão foi na terceira partida. Dois times equivalentes, mas o Real Ariquemes se fez valer do maior entrosamento para vencer o Barcelona por 2 a 0, gols marcados por Emy e Thaynara. Desta forma, o clube rubro-negro chegou ao tricampeonato seguido, que é também o número total de títulos estaduais no feminino.

A campanha do Real Ariquemes:
2 jogos | 2 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 0 gols sofridos


Foto Alexandre Almeida/FFER

Palmeiras Campeão da Libertadores 2021

Uma Copa do Brasil com convidados. É assim que podemos definir a reta final da edição de 2021 da Libertadores. Dos oito brasileiros que participaram, cinco chegaram nas quartas de final. A semifinal foi composta por três deles e a final foi mais uma vez caseira. No fim, o título ficou pela terceira vez com o Palmeiras, coroando uma bela campanha desde o início.

No grupo A da primeira fase, o Verdão enfrentou Defensa y Justicia, Independiente del Valle e Universitario. O clube, em casa, goleou os equatorianos por 5 a 0 e os peruanos por 6 a 0. E isso somado a outras três vitórias rendeu 15 pontos e a liderança.

Nas oitavas de final, o Palmeiras enfrentou a Universidad Católica, e venceu as duas partidas por 1 a 0, no Chile e no Brasil. Nas quartas, passou pelo rival São Paulo depois de empatar por 1 a 1 no Morumbi e vencer por 3 a 0 no Allianz Parque.

A semifinal foi contra o Atlético-MG. A ida foi jogada em casa, ainda sem a presença do público, e terminou empatada por 0 a 0. A volta foi no Mineirão, com torcida, e o Alviverde buscou o empate por 1 a 1 para se fazer valer da regra do gol fora de casa e se classificar à final.

O adversário do Palmeiras na decisão foi o Flamengo, que também tentava seu terceiro título e tinha passado por Defensa y Justicia, Olimpia e Barcelona de Guayaquil. A sede foi Montevidéu, com o mítico Estádio Centenario. Tudo ficou legal aos quatro minutos do primeiro tempo, quando Raphael Veiga abriu o placar. Mas aos 26 do segundo tempo, Gabriel Barbosa empatou e levou o jogo à prorrogação.

Eis que, aos cinco minutos da primeira etapa extra, Deyverson, que havia saído do banco de reservas, aproveitou-se do vacilo de Andreas Pereira, entrou cara a cara com o goleiro Diego Alves e fez 2 a 1. Depois, o time por Abel Ferreira soube segurar o resultado contra um oponente quase sem fôlego e partiu rumo à terceira conquista, a segunda consecutiva - algo que não ocorria desde 2001.

A campanha do Palmeiras:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 29 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ettore Chiereguini/AGIF

Palmeiras Campeão da Libertadores 2020

A Libertadores de 2020 foi mais longa da história, decidida com um gol aos 53 minutos do segundo tempo da final. Estas são as predefinições do bicampeonato conquistado pelo Palmeiras, 21 anos após o primeiro título. Foram 374 dias de certame.

O Verdão começou a competição no grupo B, enfrentando Tigre, Bolívar e Guaraní do Paraguai. Nas duas primeiras partidas, vitórias por 2 a 0 sobre os argentinos, fora, e por 3 a 1 sobre os paraguaios, em casa, em março. Então veio a pandemia de covid-19, que paralisou tudo por seis meses. Em setembro, o Palmeiras retornou com a mesma vontade, vencendo duas vezes os bolivianos, empatando sem gols com o Guaraní, em Assunção, e goleando o Tigre por 5 a 0, em casa.

Com 16 pontos, o time foi o líder e o dono da melhor campanha no geral. Nas oitavas de final, o Alviverde enfrentou o equatoriano Delfín. Mas antes de começar, uma importante mudança selou o rumo palmeirense na competição: Vanderlei Luxemburgo foi demitido do cargo de técnico e deu lugar ao português Abel Ferreira. Com novo comando, o Palmeiras conseguiu vitórias tranquilas por 3 a 1, no Equador, e por 5 a 0, no Allianz Parque.

As quartas de final foram contra o Libertad. Na ida, no Paraguai, empate por 1 a 1. Na volta em São Paulo, vitória por 3 a 0 e vaga na semifinal. Era a vez de enfrentar o River Plate. Já atravessando 2021, o Verdão foi à Argentina e abriu vantagem ao ganhar por 3 a 0. Essa vantagem quase virou pó no segundo jogo, quando o River resolveu fazer 2 a 0 em plena casa palmeirense, chegando até a marcar o terceiro e ter um pênalti a favor. Porém, nos dois casos o VAR corrigiu as decisões do árbitro.

A final contra o Santos, que eliminou LDU Quito, Grêmio e Boca Juniors. No Maracanã, a partida única não recebeu público pagante e foi de poucas chances. A prorrogação parecia ser o caminho, mas o reserva Breno Lopes teve uma tentativa. No oitavo minuto dos acréscimos do segundo tempo, ele aparou de cabeça o cruzamento de Rony e fez 1 a 0, carimbando o bicampeonato do Palmeiras.

A campanha do Palmeiras:
13 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 33 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto César Greco/Palmeiras

Flamengo Campeão da Libertadores 2019

O Brasil voltou a assumir o comando da Libertadores. Em 2019, o Flamengo desbancou a todos e chegou ao bicampeonato depois de 38 anos. Na competição em si, houve uma mudança relevante: a final passou a ser em jogo único, em sede neutra previamente escolhida. Partidas de ida e volta, só até a semifinal.

Para chegar ao título, o rubro-negro começou no grupo D da primeira fase, contra LDU Quito, Peñarol e San José. Sob o comando de Abel Braga, a equipe não apresentava um futebol vistoso. Embora tenha vencido duas vezes o clube da Bolívia - em casa por 6 a 1 -, alguns pontos foram deixados para trás contra equatorianos e uruguaios.

Ao todo, o Fla venceu três jogos, empatou um e somou dez pontos, bem como LDU e Peñarol. O empate tríplice foi desfeito no saldo de gols, e a liderança ficou a favor dos cariocas: 6 gols, contra 4 do time do Equador e 2 do clube do Uruguai. Porém, a sorte do clube mudou quando Jorge Jesus assumiu como técnico. Não antes de a equipe levar um susto.

Nas oitavas de final, contra o Emelec, o rubro-negro perdeu a primeira, fora, por 2 a 0. O resultado foi devolvido no Maracanã, e nos pênaltis o Flamengo venceu por 4 a 3. Embalado, os cariocas eliminaram o Internacional nas quartas, com vitória por 2 a 0, no Rio de Janeiro, e empate por 1 a 1, em Porto Alegre. A semifinal foi contra o Grêmio. Na ida, empate por 1 a 1, na Arena. Na volta, uma inesquecível goleada por 5 a 0, no Maracanã colocou o Fla na decisão.

Na final, o Flamengo enfrentou o River Plate, que passou por Cruzeiro, Cerro Porteño e Boca Juniors. A partida única era para ter sido em Santiago, no Chile, mas os distúrbios sociais na capital do Chile fizeram a Conmebol viajar para Lima, no Peru. No Estádio Monumental e com ares dramáticos, o rubro-negro venceu por 2 a 1. O título veio de virada, com gols de Gabriel aos 44 e aos 47 minutos do segundo tempo.

A campanha do Flamengo:
13 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 24 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Alexandre Vidal/Flamengo

River Plate Campeão da Libertadores 2018

Uma decisão histórica em muitos sentidos resumiu a Libertadores de 2018. O maior clássico sul-americano fez a final naquele ano: River Plate e Boca Juniors. Porém, a final sofreu um baque diante da hostilidade de alguns torcedores e acabou transferida para a Europa. Mais exatamente a Espanha, o país colonizador da Argentina.

O título ficou nas mãos do River Plate, que chegou ao tetracampeonato fazendo uma trajetória segura na maioria do tempo, eliminado outros rivais no mata-mata e conseguindo uma enorme virada na semifinal.

Na primeira fase, os millonarios ficaram no grupo D, contra Flamengo, Emelec e Santa Fe. Não perdeu nenhum dos seis jogos, mas deixou de vencer duas no Monumental, nos empates por 0 a 0 contra brasileiros e colombianos. Ao todo, foram 12 pontos, três vitórias e a liderança da chave.

Nas oitavas de final, o River passou pelo Racing ao empatar sem gols, fora, e vencer por 3 a 0, em casa. Nas quartas, foi a vez de enfrentar o outro clube de Avellaneda, o Independiente, e seguir adiante com empate por 0 a 0, de novo fora, e vencer por 3 a 1, em Buenos Aires.

A semifinal foi contra o Grêmio, sofrida. Na ida, derrota por 1 a 0, no Monumental. Na volta, em Porto Alegre, o River perdia até os 36 minutos do segundo tempo. Mas Rafael Borré empatou e Pity Martínez virou para 2 a 1, de pênalti, aos 49 minutos.

Na final, "El Superclasico" contra o Boca Juniors, que despachou Libertad, Cruzeiro e Palmeiras. A primeira partida foi em La Bombonera, adiada em um dia por causa de uma tempestade, e terminou empatada por 2 a 2. O segundo jogo era para ter sido no Monumental, mas torcedores do River apedrejaram o ônibus do Boca no caminho para o estádio.

O adiamento foi de suas semanas, e a sede foi para Madrid, no Santiago Bernabéu. O time millonario saiu atrás no placar, porém empatou no segundo tempo com Lucas Pratto, e virou para 3 a 1 na prorrogação com Juan Quintero e Martínez.

A campanha do River Plate:
14 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 1 derrota | 19 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Sergio Perez/Reuters

Grêmio Campeão da Libertadores 2017

Para 2017, a Conmebol promoveu muitas mudanças na Libertadores. A começar, o período de disputa foi esticado, entre janeiro e novembro. Depois, o aumento de 38 para 47 participantes, com a adição de mais duas fases preliminares. Por fim, a saída dos times do México, por conflitos de calendário, no que rendeu em vagas a mais para os países sul-americanos.

O Brasil ficou com sete, que nesta temporada em si tornaram-se oito, já que a Chapecoense entrou pelo título da Copa Sul-Americana de 2016. Entre os outros brasileiros, o Grêmio conseguiu sua classificação por conta do título da Copa do Brasil.

Com um futebol que viria a ser chamado de o melhor da América no decorrer do torneio, ficou no grupo H, com Zamora, da Venezuela, Deportes Iquique, do Chile, e Guaraní, do Paraguai. A trajetória gremista foi tranquila, com quatro vitórias e um empate nas seis partidas que fez. Na Arena, venceu todas: 3 a 2 no Iquique, 4 a 1 no Guaraní e 4 a 0 no Zamora. O Tricolor terminou em primeiro lugar da chave, com 13 pontos.

O sorteio das oitavas de final colocou o Grêmio para enfrentar o Godoy Cruz, da Argentina. Com vitórias de 1 a 0, em Mendoza, e 2 a 1 em Porto Alegre, se classificou. Nas quartas, passou pelo Botafogo com empate sem gols, no Rio de Janeiro, e vitória por 1 a 0, na Arena. Na semifinal, enfrentou o Barcelona de Guayaquil, obtendo vitória por 3 a 0, no Equador, e uma derrota possível por 1 a 0, em Porto Alegre.

Em sua quinta final na história, o Grêmio enfrentou o argentino Lanús, que eliminou The Strongest, San Lorenzo e River Plate. A partida de ida foi em Porto Alegre, e o Tricolor venceu por 1 a 0, com o gol salvador de Cícero.

A volta aconteceu em La Fortaleza, na Grande Buenos Aires. E com gols de Fernandinho e Luan, o Grêmio venceu novamente, por 2 a 1. O tricampeonato estava na mão, consagrando nomes como Luan, Arthur, Pedro Geromel e Marcelo Grohe, e marcando de ainda mais o nome do técnico Renato Gaúcho na história do clube.

A campanha do Grêmio:
14 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Juan Mabromata/AFP

Atlético Nacional Campeão da Libertadores 2016

No ano do centenário da Conmebol (fundada em 1916), a Libertadores passou por alguns marcos de fechamento de ciclo. Primeiramente, a edição de 2016 foi a última a ser disputada durante apenas um semestre. Depois, tornaria a ser a derradeira com clubes do México. Por fim, foi a última - pelo menos até 2021 - a não contar com brasileiros ou argentinos na final.

O título voltou à Colômbia, pela segunda vez, por meio do Atlético Nacional, clube de Medellín que desde os tempos de Escobar, em 1989, não chegava ao ponto mais alto do torneio. No grupo 4 da primeira fase, os verdolagas enfrentaram Huracán, Peñarol e Sporting Cristal. A campanha foi arrasadora, com cinco vitórias, um empate e nenhum gol sofrido em seis jogos. Com 16 pontos e incluindo o inesquecível 4 a 0 sobre os uruguaios, em Montevidéu, o time foi líder com sobras. 

Melhor equipe no geral, o Nacional enfrentou nas oitavas de final o pior vice, o próprio Huracán, que marcou metade dos pontos colombianos. Com empate por 0 a 0 em Buenos Aires e vitória por 4 a 2 em Medellín, o verdolaga foi às quartas.

O próximo adversário foi o duro Rosario Central, que venceu a ida por 1 a 0 na Argentina. Na volta, no Atanasio Girardot, o Nacional fez 3 a 1 e reverteu o confronto. A semifinal foi contra o São Paulo, e com vitórias por 2 a 0, no Brasil, e por 2 a 1, na Colômbia, o time classificou-se à final.

Uma surpresa veio do Equador para o outro lado da decisão: o Independiente Del Valle, campeão de apenas uma segunda divisão equatoriana, eliminou River Plate, Pumas UNAM e Boca Juniors. A partida de ida foi realizada em Quito, no Olímpico Atahualpa. Orlando Berrío fez o gol colombiano, mas o Del Valle empatou por 1 a 1 e indefiniu tudo para o jogo de volta.

No Atanasio Girardot, o Atlético Nacional era o favorito e confirmou marcando o gol do título logo aos oito minutos, com Miguel Borja. Para coroar o bicampeonato, um simples 1 a 0.

A campanha do Atlético Nacional:
14 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Mauricio Castañeda/EFE

Todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-20

Para abrir 2022, o último compilado das competições de base masculinas da CBF, a Supercopa do Brasil Sub-20. Disputada entre 2017 e 2019 em ida e volta, e desde 2020 em partida única, a competição que reúne o campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil sub-20 foi a que encerrou definitivamente a temporada de 2021.

Foto Cleiton Ramos/CBF

Foto Bruno Lopes/Vasco

Foto Thais Magalhães/CBF

Foto Ricardo Matsukawa/Staff Images/CBF

Foto Lucas Figueiredo/CBF