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Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2003

Vencer um título nacional é muito difícil. Dois, então, muito mais. E se for dois no mesmo ano, é praticamente impossível. Não para o Cruzeiro, que em 2003 levou para casa as taças do Brasileirão (o primeiro em pontos corridos) e da Copa do Brasil, que somadas ao estadual configuraram a obtenção da tríplice coroa. A copa, inclusive, foi a quarta do clube mineiro, especialista do formato.

A façanha da Raposa só foi possível graças à combinação de nomes, no auge ou em ascensão: Alex, Deivid, Aristizábal, Gomes, Maicon e Luisão foram os pilares em campo. Fora dele, Vanderlei Luxemburgo estava no melhor momento da carreira.

A campanha do tetra do Cruzeiro começou diante do Rio Branco-ES. No Kleber Andrade, em Cariacica, o time mineiro venceu por 4 a 2 e eliminou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Coríntians-RN (a escrita é essa mesmo). Na ida, empate por 2 a 2 em Caicó, no interior potiguar. Na volta, goleada soberana por 7 a 0 no Mineirão.

O adversário da Raposa nas oitavas de final foi o Vila Nova. A primeira partida aconteceu em Belo Horizonte, com vitória azul por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serra Dourada, em Goiânia, e o Cruzeiro voltou a triunfar, por 2 a 1. Nas quartas, dois confrontos contra o Vasco, com vitória por 2 a 1 no Mineirão, e empate por 1 a 1 em São Januário.

A semifinal foi contra o Goiás, e o primeiro jogo foi disputado no Serra Dourada. De maneira emocionante, o Cruzeiro venceu por 3 a 2 e fez vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a Raposa voltou a vencer de maneira apertada, por 2 a 1, para chegar em outra final, a quinta de sua história.

Na decisão, o Cruzeiro encontrou o Flamengo, que passou por Botafogo-PB, Ceará, Remo, Vitória e Sport. A ida foi realizada no Maracanã, e foi de domínio cruzeirense. De letra, Alex abriu o placar para os mineiros, mas os cariocas marcaram 1 a 1 aos 48 minutos do segundo tempo. A volta ocorreu no Mineirão, e teve atuação de luxo da Raposa. No primeiro minuto de jogo, Deivid abriu o placar. Aos 15, Aristizábal fez o segundo. Aos 28, Luisão fez o terceiro e sacramentou o título do Cruzeiro. O Flamengo até descontou para 3 a 1, mas não diminuiu o show azul.

A campanha do Cruzeiro:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Paulo Euler

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2002

No ano do penta mundial, em 2002, a Copa do Brasil quase viu acontecer a maior zebra de todos os tempos do futebol nacional. Na ocasião, ela atendeu pelo nome Brasiliense Futebol Clube, clube fundado em 2000 e situado em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal. Foi por pouco, mas muito pouco, que a equipe não foi campeã da segunda maior competição brasileira com menos de dois anos de fundação.

No fim, o título acabou ficando mesmo com o Corinthians, que sagrou-se bicampeão. Resignado pelo vice em 2001, o clube paulista trouxe para o comando técnico um nome de peso: Carlos Alberto Parreira, que pela primeira vez desde 1982 não ia treinar uma seleção dentro da Copa do Mundo. Sorte corinthiana.

Na primeira fase, o Timão enfrentou o River, do Piauí, e venceu os dois jogos. Na ida, 2 a 1 em Teresina, no Estádio Albertão. Na volta, 2 a 0 no Pacaembu. Na segunda fase foi a vez de passar pelo Americano, do Rio de Janeiro, em uma só partida: 6 a 2 no Godofredo Cruz, em Campos dos Goytacazes, dispensando a necessidade da volta em São Paulo.

Nas oitavas de final, o adversário do Corinthians foi o Cruzeiro, em duas partidas complicadas. No primeiro jogo, no Morumbi, o time alvinegro apenas empatou por 2 a 2, ficando assim na dependência de ganhar fora de casa. E conseguiria fazer isso lá no Mineirão, por 3 a 2. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Paraná, com vitória por 3 a 1 no Pacaembu e derrota por 1 a 0 em Curitiba.

Na semifinal, dois clássicos majestosos contra o São Paulo. Que na verdade eram quatro, pois eles também estavam na final do Torneio Rio-São Paulo. E deu Corinthians em ambas competições. Na Copa do Brasil, vitória por 2 a 0 na ida e derrota por 2 a 1 na volta, tudo dentro do Morumbi. Deivid foi o autor do gol que colocou o Timão na decisão nacional.

A final da Copa do Brasil 2002 foi entre Corinthians e Brasiliense. Os candangos assombraram o país ao superarem Vasco-AC, Náutico, Confiança, Fluminense e Atlético-MG. O primeiro jogo aconteceu no Morumbi, e o Timão venceu apertado, por 2 a 1. Os dois gols foram anotados por Deivid. A volta foi na Boca do Jacaré, em Taguatinga. O Brasiliense abriu o placar no primeiro tempo, e estava com a mão na taça devido a regra do gol fora de casa. Mas Deivid, de novo, marcou 1 a 1 no segundo tempo e deu o título ao Corinthians.

A campanha do Corinthians:
11 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 2001

Existe uma contradição na virada dos anos 2000: considera-se um novo milênio a partir de 2000, mas um novo século somente a partir de 2001. Também não há consenso sobre quando uma década é virada. De qualquer forma, o ano de 2001 já parecia bem distante de 1989, quando a Copa do Brasil foi criada.

Essa explicação toda é somente para dizer que foi só na entrada do século 21 que a competição encontrou o regulamento perfeito, e que seria o mais vezes utilizado na história: 64 participantes, divididos entre 54 classificados pelos estaduais e dez pelo recém-criado ranking da CBF. Mas o detalhe mais importante era que os participantes da Libertadores estavam de fora, numa tentativa de aliviar o calendário. E assim seria pelos 12 anos seguintes.

Mesmo com a concorrência menor, o título daquele ano caiu em mãos conhecidas. Pela quarta vez, o Grêmio chegou à conquista, sob o comando de um promissor técnico chamado Adenor Bacchi, o Tite. Todavia, o início não foi fácil. Na primeira fase, o tricolor gaúcho passou pelo Villa Nova-MG precisando reverter uma derrota por 3 a 2 na ida, fora de casa, com uma vitória por 4 a 1 no Estádio Olímpico.

Na segunda fase, o Imortal enfrentou o Santa Cruz e voltou a perder o primeiro jogo, em Recife, por 1 a 0. Na segunda partida, vitória por 3 a 1 em Porto Alegre. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Fluminense com vitória por 1 a 0 no Olímpico, e empate sem gols no Maracanã.

Nas quartas de final, dois jogos emocionantes contra o São Paulo. No primeiro, vitória por 2 a 1 em casa. No segundo, em uma quarta-feira à tarde devido ao apagão de 2001, novo triunfo por 4 a 3 no Morumbi. Na semifinal, o Grêmio eliminou o Coritiba com vitórias por 3 a 1 no Olímpico, e por 1 a 0 no Couto Pereira.

Na decisão, o Grêmio encarou o Corinthians. Era a revanche da final de 1995, que foi possível após os paulistas derrotarem Joinville, Goiânia, Flamengo-PI, Athletico-PR e Ponte Preta. A ida foi no Olímpico, e começou péssima para o tricolor, que levou dois gols em 51 minutos corridos. A reação com o empate por 2 a 2 veio aos 19 e aos 24 do segundo, com dois tentos de Luís Mário. A volta aconteceu no Morumbi, e foi um dos maiores passeios já vistos em finais. Com gols de Marinho, Zinho e Marcelinho Paraíba, o Grêmio venceu por 3 a 1 e ficou com o tetracampeonato.

A campanha do Grêmio:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2000

Um novo milênio começou no ano 2000, e junto com ele a Copa do Brasil passou por mais uma mudança, algo que foi constante desde 1995. A alteração da vez foi o aumento do número de participantes de 64 para 69. A conta era simples: 54 clubes via estadual, dez convidados e os cinco classificados na Libertadores, que entraram apenas nas oitavas de final. De tal forma, foi necessária a criação de mais uma fase para acomodar todos os clubes.

O título não ficou com nenhum participante da Libertadores, mas sim com um clube que entrou desde o início, e faria até então a campanha mais longa de um vencedor da Copa do Brasil. Pela terceira vez, e da maneira mais épica, o Cruzeiro chegaria lá. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Gama, após empate por 1 a 1 em Brasília, e goleada por 4 a 1 no Mineirão.

Na segunda fase, o adversário foi o Paraná. A ida foi disputada no Pinheirão, em Curitiba, e o Cruzeiro venceu por 2 a 0, dispensando a partida de volta. Na terceira fase, foi a vez de enfrentar o Caxias. No primeiro jogo, 3 a 1 para a Raposa no Estádio Centenário, no interior gaúcho. Mas a regra do visitante já não contava mais àquela altura. Os mineiros tiveram de fazer a volta em Belo Horizonte, e golearam por 6 a 1.

O Cruzeiro foi às oitavas de final, e jogou contra o Athletico-PR. Na ida, venceu por 2 a 1 no Mineirão. Na volta, empatou por 2 a 2 na Arena da Baixada. Nas quartas, a vítima azul foi o Botafogo, com vitória por 3 a 2 em Belo Horizonte, e empate sem gols no Rio de Janeiro.

Na semifinal, a Raposa encarou o Santos. A primeira partida foi realizada no Mineirão, e a equipe conseguiu vencer pela confortável vantagem de 2 a 0. O segundo jogo aconteceu na Vila Belmiro, e os mineiros obtiveram a classificação à decisão depois de empatar por 2 a 2.

A final foi entre Cruzeiro e São Paulo, que entrou na competição diretamente na segunda fase e superou Comercial-MS, Sinop, América-RN, Palmeiras e Atlético-MG. A ida foi disputada no Morumbi, e ficou empatada por 0 a 0. A volta, tensa, foi no Mineirão. Os paulistas abriram o placar aos 21 minutos do segundo tempo e ficaram perto da taça. O empate cruzeirense só veio aos 35, com Fábio Júnior, mas era insuficiente. Até que, aos 45, uma falta foi apontada na frente da grande área. Geovanni bateu rasteiro, a bola passou no meio da barreira e foi para a rede: 2 a 1 para o Cruzeiro, tricampeão.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/EM/D.A Press

Juventude Campeão da Copa do Brasil 1999

Dez anos depois, a Copa do Brasil dobrou de tamanho. Em 1999, 64 times estiveram dentro da competição. Na verdade, foram 65, porque a CBF teve que definir o terceiro representante de Pernambuco entre Náutico e Santa Cruz (que venceu). Os critérios de classificação continuaram os mesmos: estaduais e convites, que foram inúmeros naquela temporada.

E em meio a tantos clubes, o título ficou nas mãos de um dos mais improváveis, o Juventude. Em fase histórica no fim dos anos 1990, o time do interior gaúcho surpreendeu o país ao eliminar adversários de maior nome durante o mata-mata, que oficialmente ganhou uma fase a mais em 1999.

O Ju iniciou sua trajetória contra o Guará, do Distrito Federal. No antigo Mané Garrincha, goleou por 5 a 1 e dispensou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Fluminense, à época integrante da Série C do Brasileiro. Em confronto épico, o Juventude perdeu no Maracanã por 3 a 1, mas goleou em Caxias do Sul, no Alfredo Jaconi, por 6 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Corinthians, então campeão brasileiro. O primeiro jogo foi no Alfredo Jaconi, e o Juventude venceu por 2 a 0. A segunda partida foi no Pacaembu, e o alviverde voltou a triunfar, por 1 a 0. Nas quartas, contra o Bahia, o Ju avançou com dois empates, por 1 a 1 em casa, e por 2 a 2 em Salvador, na Fonte Nova.

A semifinal foi disputada contra o Internacional. Nesta época, a freguesia do rival da capital era grande, e não seria diferente na Copa do Brasil. Na ida, empate sem gols no Alfredo Jaconi. A volta foi no Beira-Rio, e nem mesmo com a pressão da torcida adversária foi capaz de parar o Juventude, que goleou por 4 a 0.

Na inédita decisão, o Ju enfrentou o Botafogo, que também chegou lá pela primeira vez ao superar Paysandu, Criciúma, São Paulo, Athletico-PR e Palmeiras. O primeiro jogo foi no Alfredo Jaconi. Ainda no primeiro tempo, Fernando e Márcio Mixirica fizeram os gols da vitória alviverde, por 2 a 1. Gols estes que acabariam sendo os do próprio título, pois na segunda partida, no Maracanã, os gaúchos seguraram o empate por 0 a 0. A taça foi conquistada diante de 101.581 torcedores, o último público de seis dígitos registrado na história do futebol brasileiro.

A campanha do Juventude:
11 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Paulo Franken/Agência RBS

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 1998

A Copa do Brasil completou dez edições em 1998, com uma novidade impactante. Era o retorno da Globo para as transmissões, nove anos após abandonar seus jogos. Num primeiro momento, os direitos foram divididos com o SBT, mas a partir de 1999 a emissora de Roberto Marinho caminharia sozinha (com outros canais sublicenciados).

No campo, 42 times participaram da Copa do Brasil, que manteve o formato das vezes passadas, com fase preliminar. O campeão foi inédito, o Palmeiras, que dois anos depois do trauma do vice em casa para o Cruzeiro, conseguiu a revanche da melhor maneira possível. No comando, Luiz Felipe Scolari, que àquela altura já era o maior especialista no torneio.

A campanha do Verdão iniciou na fase preliminar, diante do CSA, o qual eliminou com vitórias por 1 a 0 em Maceió, e por 3 a 0 no antigo Palestra Itália. Na primeira fase, o oponente foi o Ceará.  O primeiro jogo aconteceu no Castelão, e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no antigo Palestra Itália, e o time palmeirense obteve uma irretocável goleada por 6 a 0.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Botafogo, em dois jogos muito difíceis. A ida foi realizada no Maracanã, e o Palmeiras acabou derrotado por 2 a 1. A volta foi em São Paulo, e o time alviverde precisava da vitória. E ela veio no limite mínimo, por 1 a 0, que gerou a classificação via regra do gol marcado como visitante.

Nas quartas, o Palmeiras passou pelo Sport. Na primeira partida, 2 a 0 em plena Ilha do Retiro. Na segunda, empate por 1 a 1 no Palestra Itália. Na semifinal, o adversário foi o Santos, e o Verdão conseguiu a vaga de maneira suada, com dois empates: em casa por 1 a 1, e na Vila Belmiro por 2 a 2. Outra vez o tento como visitante salvou a pátria verde.

De volta à final, o Palmeiras reencontrou seu algoz de 1996, o Cruzeiro. Os mineiros eliminaram Amapá, Corinthians, Vitória e Vasco no mata-mata. A ida foi disputada no Mineirão, em Belo Horizonte, e o alviverde acabou derrotado por 1 a 0. A volta aconteceu no Morumbi, que era maior que o Palestra. Logo aos 12 minutos do primeiro tempo, Paulo Nunes abriu o placar e igualou o confronto. E quando a decisão parecia se encaminhar à disputa de pênaltis, aos 44 do segundo tempo, Oséas aproveitou o rebote após cobrança de falta de Zinho e fez 2 a 0, consagrando a primeira Copa do Brasil palmeirense.

A campanha do Palmeiras:
12 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Djalma Vassão/Gazeta Press

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 1997

A segunda metade dos anos 1990 foi de expansão na Copa do Brasil. De 32 participantes em 1994, a competição saltou para 44 em 1997  - e aumentaria ainda mais nos anos seguintes. Mas ainda estamos em 1997, e é preciso falar de mais um título do Grêmio, o terceiro, que o deixou novamente isolado como o maior campeão até o momento.

Aquela parte da década de 1990 foi especial para o tricolor gaúcho, que conquistou oito taças entre 1993 e 1997. A Copa do Brasil veio na sequência da Libertadores de 1995 e do Brasileiro de 1996, mas sem o comando de Luiz Felipe Scolari, que saiu para dar lugar a Evaristo de Macedo.

Na primeira fase, o Imortal enfrentou o Fortaleza, e venceu os dois jogos, por 3 a 2 no Castelão, e por 3 a 1 no Olímpico. Nas oitavas de final, o adversário foi a Portuguesa, na reedição da final do Brasileirão meses antes. A ida foi em Porto Alegre, e o Grêmio salvou a vitória por 2 a 1 nos acréscimos do segundo tempo. A volta foi no Canindé, em São Paulo, e o empate por 1 a 1 classificou o tricolor gaúcho.

Nas oitavas de final, o Grêmio encarou o Vitória. A primeira partida foi disputada no Olímpico e acabou com triunfo gremista por 2 a 0. O segundo jogo foi realizado na Fonte Nova, em Salvador. Num toma lá, dá cá enorme, a classificação gaúcha foi confirmada depois do resultado de empate por 3 a 3.

Na semifinal, foi a vez de jogar contra o Corinthians. Em meio a isso, o Grêmio ainda tinha o mata-mata da Libertadores para se preocupar, numa maratona de partidas que aconteciam a cada dois dias. A ida foi em São Paulo, no Morumbi, e terminou com vitória gaúcha por 2 a 1, com o primeiro gol marcado pelo artilheiro Paulo Nunes e o segundo sendo contra. A volta foi em Porto Alegre, e ficou no empate por 1 a 1.

O Grêmio estava na sexta final em nove edições da Copa do Brasil. O adversário foi o Flamengo, que passou por Nacional-AM, Rio Branco-AC, Internacional e Palmeiras. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico, e em boa parte o Imortal atuou com dez jogadores, devido a expulsão do volante Dinho. Mas tudo ficou no 0 a 0. A segunda partida foi no Maracanã, apenas dois dias depois. João Antônio abriu o placar para o tricolor logo aos seis minutos, mas os cariocas viraram ainda no primeiro tempo. O alívio e o tricampeonato, no empate por 2 a 2, só vieram no tento anotado por Carlos Miguel, aos 34 da segunda etapa.

A campanha do Grêmio:
10 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Grêmio

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 1996

Depois de sete anos, finalmente era possível dizer que a Copa do Brasil fazia pleno sucesso, não apenas na arquibancada como também na televisão. O título do Corinthians em 1995 rendeu ao SBT a maior audiência da história do canal até aquele momento. Era a justificativa que a CBF precisava para poder vender a competição para patrocinadores.

Para 1996, as modificações que haviam sido implantadas um ano antes sofreram alterações. O número de times convidados subiu para oito, o que elevou os participantes para 40, com oito confrontos na fase preliminar. Já na regra do visitante, a vitória permitida para a classificação sem a partida de volta passou a ser a partir de dois gols de diferença. Por fim, tivemos a entrada de Roraima no torneio, completando de vez os 27 Estados do país.

O campeão da Copa do Brasil em 1996 foi o Cruzeiro, que se tornou o segundo clube a chegar lá mais de uma vez. Uma tradição copeira estava se estabelecendo. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Juventus do Acre após empatar por 1 a 1 em Rio Branco, e vencer por 4 a 0 em Belo Horizonte, no Independência.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Vasco. Na ida, em São Januário, o Cruzeiro conseguiu uma das vitórias mais emblemáticas da sua história: goleada por 6 a 2, fora o baile. Na volta, em Belo Horizonte, bastou empatar por 1 a 1 para confirmar a classificação.

O rival cruzeirense nas quartas foi o Corinthians. A ida foi jogada no Independência, e a Raposa novamente goleou para encaminhar a vaga, por 4 a 0. A volta, no Pacaembu, terminou com derrota por 3 a 2. Na semifinal, foi a vez de passar pelo Flamengo com dois empates, por 1 a 1 no Maracanã, e por 0 a 0 no Mineirão.

O Cruzeiro foi para sua segunda decisão de Copa do Brasil. O adversário foi o Palmeiras, que eliminou Sergipe, Atlético-MG, Paraná e Grêmio. Os paulistas eram conhecidos como o “ataque dos 100 gols” devido à forte campanha no estadual de 1996, e tinham o favoritismo. Mas a Raposa era resiliente. O primeiro jogo foi no Mineirão e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no Palestra Itália, e os mineiros saíram perdendo logo aos cinco minutos. Aos 25, Roberto Gaúcho empatou. Empurrando o rival cada vez mais para trás, o Cruzeiro chegou ao gol do título aos 38 do segundo tempo, com Marcelo Ramos.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ricardo Corrêa/Placar

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 1995

A Copa do Brasil teve seu grande ponto de virada na história em 1995. Depois de ficar à margem dos interesses da televisão desde a primeira edição, naquele ano tivemos a negociação que mudou os rumos para melhor. O SBT adquiriu a exclusividade das partidas, prometendo uma grande exposição aos clubes.

Mas a emissora de Silvio Santos queria suas contrapartidas. Sabendo que apenas o critério dos estaduais era insuficiente para garantir os times de maior audiência no torneio, ela costurou junto à CBF uma mudança no regulamento com a adição de quatro convidados fora dos critérios técnicos: São Paulo, Flamengo, Grêmio (defensor do título) e Democrata de Governador Valadares (terceiro colocado do Mineiro de 1994, unicamente fechar os quatro convites na falta outras equipes grandes).

Com 36 participantes, a Copa do Brasil ganharia uma fase preliminar de quatro confrontos. Outra novidade no regulamento foi a regra do visitante. Se um clube fora de casa vencesse a ida por três ou mais gols de diferença, eliminava o confronto da volta. Isto só valeria na preliminar e na primeira fase.

No meio desse turbilhão todo, tivemos um novo campeão: o Corinthians, de maneira invicta. A campanha teve início contra o Operário do Mato Grosso, e o Timão passou com empate por 1 a 1 em Cuiabá, e vitória por 4 a 0 no Pacaembu. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Rio Branco-AC, com vitórias por 3 a 0 fora e por 2 a 0 em casa.

Nas quartas, o Corinthians enfrentou o Paraná. Na ida, empate por 0 a 0 em Curitiba. Na volta, vitória por 2 a 1 em São Paulo. Na semifinal, foi a vez de encarar o Vasco. O primeiro jogo foi no Maracanã, e o Timão embalado venceu por 1 a 0. A segunda partida foi no Pacaembu. Em belíssima atuação, os paulistas golearam por 5 a 0.

Na final, o Corinthians enfrentou o Grêmio, que chegou à sua quinta final em sete edições, eliminando Desportiva-ES, Palmeiras, São Paulo e Flamengo. A primeira partida foi no Pacaembu, e o Timão venceu por 2 a 1, com um gol de Viola e outro golaço de Marcelinho Carioca, de falta. O segundo jogo foi no Olímpico, em Porto Alegre. Sem baixar a guarda, o time paulista foi campeão com outro triunfo por 1 a 0. Outra vez, Marcelinho decidiu.

A campanha do Corinthians:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Pisco Del Gaiso/Placar

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 1994

No ano do tetra da Seleção Brasileira, a Copa do Brasil viu, pela primeira vez, um clube já campeão sentir novamente o gosto de erguer a taça. Na sua quarta final em seis participações, o Grêmio ficou com o bicampeonato da competição. E novamente, de maneira invicta.

Em mais uma tentativa para impulsionar o torneio na televisão, a CBF vendeu os direitos de transmissão de maneira exclusiva para a Rede Manchete. Mas ainda não era o ideal, pois a emissora não tinha o mesmo alcance que as concorrentes diretas. Em 1994, ainda havia desconfiança sobre a continuidade a longo prazo da Copa do Brasil. Em campo, a novidade foi a entrada do Tocantins, o 26º Estado.

O Imortal Tricolor iniciou a jornada de mais um título contra o Criciúma, algoz de 1991. Mas desta vez Luiz Felipe Scolari estava do lado azul, que eliminou o time catarinense após empate por 2 a 2 no Heriberto Hülse, e vitória por 2 a 1 no Olímpico Monumental.

O rival do Grêmio nas oitavas de final foi o Corinthians. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico, e terminou com vitória tricolor por 2 a 0. A segunda partida foi em São Paulo, no Pacaembu, e mais um empate por 2 a 2 serviu para a classificação. Nas quartas, foi a vez de passar pelo Vitória com dois triunfos por 1 a 0, em Porto Alegre e em Salvador. 

Na semifinal, depois da Copa do Mundo, o tricolor enfrentou o Vasco. A primeira partida foi disputada no Maracanã, e acabou empatada sem gols. O segundo jogo aconteceu no Olímpico. Com dois gols do artilheiro Nildo, o Grêmio venceu por 2 a 1 e chegou outra vez na decisão da Copa do Brasil.

A final foi contra o Ceará, que surpreendeu algumas forças tradicionais no mata-mata. Na ordem, o clube bateu Campinense, Palmeiras, Internacional e Linhares. A ida foi realizada em Fortaleza, no Castelão, e o Grêmio conseguiu segurar o 0 a 0 fora de casa. A volta foi no Olímpico. O gol do título tricolor saiu cedo, logo aos três minutos do primeiro tempo. Nildo, de cabeça, fez o 1 a 0 que se sustentou até o fim, apesar da pressão cearense.

A campanha do Grêmio:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto José Doval/Agência RBS

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 1993

Na Copa do Brasil 1993, nasceu aquela que se tornaria a maior hegemonia da competição nos anos seguintes. O Cruzeiro, na busca por recuperar o tempo perdido nos anos 1980 (quando só venceu dois estaduais), chegou para conquistar a primeira das seis taças em sua história.

O torneio não teve alterações no regulamento e na quantidade de Estados presentes em relação a 1992. Mas houve a troca de calendário, voltando a ser realizada no primeiro semestre, junto com os estaduais e a Libertadores, e em oposição ao Brasileiro que ocorreu na outra metade da temporada.

A campanha do Cruzeiro teve início contra a Desportiva, do Espírito Santo. A primeira partida aconteceu na cidade de Cariacica, e ficou empatada por 1 a 1. O segundo jogo foi em Belo Horizonte, no Mineirão, e a Raposa se classificou ao golear por 5 a 0.

Nas oitavas de final, o time mineiro passou sufoco contra o Náutico. Na ida, perdeu por 1 a 0 nos Aflitos. Na volta, venceu por 2 a 0 e reverteu o confronto. Nas quartas, foi a vez de eliminar o temido São Paulo com uma grande vitória por 2 a 1 no Morumbi, e empate por 2 a 2 no Mineirão.

O adversário do Cruzeiro na semifinal foi o Vasco. O primeiro jogo foi disputado em Belo Horizonte. Com dois gols de Edenilson e um de Luís Fernando Flores, a Raposa venceu por 3 a 1 e encaminhou a vaga na final. A segunda partida aconteceu no Rio de Janeiro, em São Januário, e o empate por 1 a 1 só confirmou a classificação.

Na decisão, o Cruzeiro encarou o Grêmio, que passou por Sorriso-MT, União Bandeirante-PR, Palmeiras e Flamengo. A ida foi no Olímpico, em Porto Alegre. Choveu muito nesse dia, e num campo cheio de lama o placar ficou no 0 a 0. A volta foi no Mineirão, com gramado bom. Roberto Gaúcho abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo, num frangaço do goleiro gremista. Os gaúchos empatariam depois, mas aos 20 segundos do segundo tempo, Cleisson fez 2 a 1 e deu o título à Raposa.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Nélio Rodrigues/Placar

Internacional Campeão da Copa do Brasil 1992

Em 1992, a Copa do Brasil completou quatro edições correndo perigo em sua continuidade. 
A televisão custava a se interessar pela competição e a audiência era baixa. A conclusão em 1991 também não ajudou, com semifinais consideradas de pouco apelo: Criciúma x Remo (ambos na Série B) e Grêmio x Coritiba (um rebaixado, outro na segunda divisão).

Uma manobra da CBF para tentar impulsionar a Copa do Brasil foi a transferência dela para o segundo semestre, em oposição à disputa do Brasileirão, que era no início da temporada, e em paralelo aos estaduais. Outras novidades foram as entradas dos campeões do Amapá e de Rondônia, aumentando a lista para 25 Estados.

Dentro de campo, o Internacional foi campeão com atuações brilhantes, tidas em sua maioria pelos gols de Gerson, artilheiro que na época convivia com polêmicas a respeito de sua saúde, com suspeita até mesmo de ele ser portador do HIV (ele faleceria em 1994). O Colorado começou a campanha contra o Muniz Freire, do Espírito Santo, o qual eliminou com vitórias por 3 a 1 fora de casa, e por 5 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Nas oitavas de final, o Inter enfrentou o Corinthians. A primeira partida aconteceu no Pacaembu. Com uma atuação memorável, os gaúchos conseguiram, em plena São Paulo, golear por 4 a 0 e abrir excelente vantagem. Em casa, o empate sem gols não fez diferença para a classificação.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Grêmio. Os dois clássicos, primeiro no Olímpico e depois no Beira-Rio, terminaram empatados por 1 a 1. Nos pênaltis, o Inter fez o básico e venceu o arquirrival por 3 a 0. Na semifinal, o Colorado derrubou o Palmeiras com duas vitórias, por 2 a 0 no Palestra Itália, e por 2 a 1 em Porto Alegre.

O Internacional enfrentou o Fluminense na final. Os cariocas superaram no mata-mata Picos, Sergipe, Criciúma e Sport. A ida foi disputada nas Laranjeiras, e o Colorado não conseguiu um bom resultado: derrota por 2 a 1. O gol que amenizou a desvantagem foi marcado por Caíco. A volta foi no Beira-Rio, de forma que a vitória por 1 a 0 já bastava para o título. Mas o gol só saiu aos 43 minutos do segundo tempo, num pênalti batido por Célio Silva.

A campanha do Internacional:
10 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Adolfo Gerchmann/Placar

Criciúma Campeão da Copa do Brasil 1991

Ainda sem engrenar comercialmente, a Copa do Brasil seguiu para a terceira edição em 1991. E se nas duas primeiras, as zebras quase beliscaram o título, desta vez não escapou. A taça ficou com o Criciúma, que ao mesmo tempo disputava a Série B do Brasileirão e que sequer passou da primeira fase nesta competição.

Mas não dá para dizer que a conquista foi surpreendente. O Tigre já havia sido semifinalista em 1990, e na época nem todos os clubes ditos “grandes” se classificavam, pois o máximo para cada Estado eram duas vagas. A força do Heriberto Hülse também foi um dos fatores fundamentais para a conquista, invicta. No comando do time estava Luiz Felipe Scolari, e foi este trabalho que o projetou nacionalmente.

Na primeira fase, o Criciúma enfrentou o Ubiratan, do Mato Grosso do Sul. Na ida, empate por 1 a 1 fora de casa. Na volta, goleada por 4 a 1 em Santa Catarina. Nas oitavas de final, o Tigre eliminou o Atlético-MG ao vencer o primeiro jogo por 1 a 0 em casa, e o segundo pelo mesmo resultado, no Mineirão.

Nas quartas, o carvoeiro teve pela frente o Goiás, na revanche da semifinal de 1990. A primeira partida aconteceu no Serra Dourada, em Goiânia, e acabou empatada por 0 a 0. O segundo jogo foi no Heriberto Hülse, e o Criciúma obteve a classificação com uma histórica vitória por 3 a 0.

Na semi, foi a vez de encarar o Remo. A ida foi realizada no Baenão, em Belém. Com gol do atacante Soares, o Tigre voltou de lá com a vitória e a vantagem de 1 a 0. A volta foi disputada no Heriberto Hülse, e com outro tento de Soares, além de um contra dos paraenses, o Criciúma venceu por 2 a 0 e se colocou na decisão.

A final foi contra o Grêmio, que lidava com o rebaixamento no Brasileirão. Todavia, na Copa bateu Auto Esporte-PB, Fluminense de Feira, Corinthians e Coritiba. O primeiro jogo foi no Olímpico, em Porto Alegre, mas os carvoeiros não ligaram para isso. Vilmar fez o gol do Criciúma no empate por 1 a 1 que deixou o time em vantagem. No Heriberto Hülse, para quase 20 mil torcedores, outra igualdade, mas sem gols, deu o título merecido para o Tigre, o primeiro nacional de um clube catarinense.

A campanha do Criciúma:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Criciúma

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 1990

A primeira Copa do Brasil foi sucesso em campo e “fracasso” fora dele. A final entre Grêmio e Sport foi considerada de baixo apelo para a televisão, e tanto Globo quanto Bandeirantes deixaram de fazer as transmissões a partir de 1990. Apenas emissoras públicas ou regionais passaram os jogos a partir daquele ano, e isso prejudicou muito a competição na época.

Ainda assim, o modelo de torneio era tido como bom, porque agradava a CBF e as federações estaduais. O regulamento de 32 participantes foi mantido, e com a entrada do Acre no profissionalismo, a divisão passou a ser de 23 campeões e nove vices.

O título de 1990 ficou com o Flamengo, que se redimiu do vexame dado na semifinal em 1989. No primeiro ano após a aposentadoria de Zico e com o lateral Júnior liderando um elenco de jovens promessas, o rubro-negro iniciou a jornada contra o Capelense, de Alagoas. Na ida, goleou por 5 a 1 na Gávea. Na volta, 4 a 0 fora de casa, no interior alagoano.

Nas oitavas de final, o Fla enfrentou o Taguatinga, do Distrito Federal. Novamente, a primeira partida aconteceu no Rio de Janeiro, com vitória flamenguista por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serejão (hoje Boca do Jacaré), e acabou com empate por 1 a 1. Nas quartas, o Flamengo eliminou o Bahia com outro empate por 1 a 1, na Fonte Nova, e vitória por 1 a 0 no Mário Helênio, na mineira Juiz de Fora.

Na semifinal, o rubro-negro encarou o Náutico. A primeira partida aconteceu em Juiz de Fora, que virou a casa do Flamengo até a final. E o time carioca abriu uma grande vantagem de 3 a 0 logo na ida. Assim, a volta nos Aflitos, em Recife, foi tranquila. O empate por 2 a 2 colocou o Fla pela primeira vez na final.

A decisão da Copa do Brasil de 1990 foi disputada contra o Goiás, que passou por Cruzeiro, Operário-MS, Atlético-MG e Criciúma. O primeiro jogo foi realizado no Mário Helênio, em Juiz de Fora. Em uma quinta-feira à tarde, apenas 2.437 torcedores viram o zagueiro Fernando marcar de cabeça o 1 a 0 que deu a vantagem ao Flamengo. Na segunda partida, no Serra Dourada, em Goiânia, os cariocas seguraram o 0 a 0 e ficaram com o título invicto.

A campanha do Flamengo:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Carlos Costa/Placar

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 1989

Entre 1973 e 1986, o Campeonato Brasileiro foi um verdadeiro pelego para as federações estaduais, com edições superando facilmente os 40 times e atingindo o ápice de 94 participantes, em 1979. A partir de 1987, porém, a Copa União e o Clube dos 13 vieram para fechar essa torneira.

Em 1989, as federações passaram a pressionar o novo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para a criação de uma competição que pudesse voltar a contemplá-las. Assim, foi introduzida a Copa do Brasil no calendário. Inspirada nos clássicos mata-matas europeus, ela contou com 32 participantes na primeira edição: 22 campeões estaduais de 1988 mais dez vices das federações melhores colocadas no ranking da entidade nacional. Apenas os Estados com futebol profissional tinham permissão para entrar na Copa do Brasil.

O primeiro campeão foi o Grêmio, que ali iniciou uma verdadeira história de identificação com o estilo do torneio, ficando por décadas como o maior vencedor do mesmo. A campanha tricolor teve início contra o Ibiraçu, do Espírito Santo. Na ida, venceu por 1 a 0 fora de casa. Na volta, goleou por 6 a 0 no Estádio Olímpico.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Mixto. Em Cuiabá, o Imortal goleou por 5 a 0 e garantiu a classificação logo no primeiro jogo. Ainda não existia a regra da vitória fora de casa (foi criada em 1995), mas a desvantagem alta fez os mato-grossenses desistirem de viajar à Porto Alegre (embora a versão oficial seja a de não terem conseguido voo para Porto Alegre), e o Grêmio venceu por W.O. Nas quartas, o tricolor gaúcho eliminou o Bahia com vitórias por 2 a 0 na Fonte Nova, e por 1 a 0 no Olímpico.

A semifinal foi contra o Flamengo. O primeiro jogo foi disputado no Maracanã, e terminou empatado por 2 a 2. A segunda partida aconteceu no Olímpico, e o Grêmio aplicou uma de suas goleadas mais inesquecíveis, por 6 a 1, sobre os cariocas.

A final da primeira Copa do Brasil foi entre Grêmio e Sport. Os pernambucanos eliminaram Fortaleza, Guarani, Vitória e Goiás. A ida foi jogada na Ilha do Retiro, em Recife, e acabou empatada sem gols. Na volta, no Olímpico, Assis abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo, enquanto Mazaropi empatou com gol contra, aos 31. Aos sete do segundo tempo, Cuca fez 2 a 1 e consolidou o primeiro título gremista, invicto.

A campanha do Grêmio:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Sérgio Sade/Placar