Ajax Campeão da Liga dos Campeões 1971

Após a conquista europeia do Feyenoord, o mundo do futebol conheceu o potencial da Holanda. Mas faltava algo para que o momento ficasse marcado para sempre na história. Pois não faltou mais a partir de 1971. Treinado por Rinus Michels, o clube de Amsterdã conquistou o primeiro de uma sequência de três títulos e apresentou uma nova forma de atuação no campo - chamada de futebol total -, em que os jogadores flutuavam por todas as posições, confundindo a marcação adversária.

Esse estilo ficaria marcado mesmo na Copa do Mundo três anos depois. A base da seleção holandesa? O Ajax, com Johan Cruyff, Johan Neeskens, Wim Suurbier, entre outros. No comando, Michels. Mesmo com tantas qualidades, a campanha do Ajax teve suas dificuldades. Na primeira fase, o time deixou escapar a vitória fora de casa diante do Nëntori Tirana, da Albânia, no primeiro jogo: abriu 2 a 0 e levou o 2 a 2. Em casa, se recuperou ao ganhar por 2 a 0.

Nas oitavas de final, os holandeses passaram pelo Basel de maneira mais tranquila vencendo em Amsterdã por 3 a 0 e na Suíça por 2 a 1, de virada. Nas quartas, o adversário foi o Celtic. Na ida, novamente 3 a 0 em casa. Na volta, derrota fora por 1 a 0 só para tirar a invencibilidade.

A semifinal foi contra o Atlético de Madrid, e a primeira partida, na Espanha, terminou com derrota por 1 a 0. Agora precisando do resultado, no Olímpico de Amsterdã, o Ajax voltou a fazer 3 a 0 e carimbou a vaga na decisão.

Não era inédita uma final continental para o Ajax, que já havia assombrado a todos quando chegou lá em 1969. Mas agora o favoritismo era da equipe holandesa, que teve pela frente o Panathinaikos, surpresa da Grécia que eliminou Boldklubben (Dinamarca), Slovan Bratislava, Everton e Estrela Vermelha. O jogo aconteceu no Wembley, em Londres, e o Ajax foi campeão pela primeira vez com 2 a 0 no placar, gols de Dick Van Dijk, aos cinco minutos do primeiro tempo, e Arie Haan, aos 42 do segundo.

A campanha do Ajax:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 17 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Rolls Press/Popperfoto/Getty Images

Campinense Campeão Paraibano 2022

Deu Raposa no penúltimo estadual de 2022. De maneira invicta, o Campinense conquistou o 23º título paraibano de sua história. O clube rubro-negro simplesmente passeou na competição, disputada entre dez equipes. Na primeira fase, elas foram divididas em dois grupos e atuaram em dois turnos.

E o Campinense venceu sete de oito jogos, empatou o oitavo e liderou o grupo B com folga, somando 22 pontos - nove a mais que o vice Nacional de Patos e dez acima do rival Treze. Com isso, o time avançou diretamente à semifinal. Contra o Sousa, a Raposa conseguiu a classificação ao vencer fora por 1 a 0 e empatar em casa por 1 a 1.

A final foi contra o Botafogo-PB. A ida aconteceu no Almeidão, em João Pessoa, o Campinense venceu por 2 a 1, de virada. A volta ocorreu no Amigão, em Campina Grande, e os rubro-negros triunfaram novamente para levar o título, por 1 a 0, gol marcado pelo artilheiro Olávio.

A campanha do Campinense:
12 jogos | 10 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 26 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto João da Paz/PB Esportes

Feyenoord Campeão da Liga dos Campeões 1970

A década de 70 começou com novos ventos soprando em terras europeias. Na Copa dos Campeões de 1970 - que registrou o recorde de 33 participantes -, o Feyenoord inaugurou não apenas a Holanda como país vencedor, mas também a parte germânica do continente. Ainda que holandeses e alemães sejam um tanto diferentes nas culturas, as origens dos dois povos vêm de um ancestral em comum.

Este troféu do Feyenoord soou como um aviso: a Holanda chegou para ficar! Na primeira fase, o clube de Roterdã eliminou o time amador do KR Reykjavík de maneira impiedosa, com goleadas por 12 a 2 e por 4 a 0. Ambos os jogos ocorreram na Holanda, porque à época os estádios na Islândia não foram aprovados.

Nas oitavas de final, contra o Milan, toda essa facilidade foi embora. Na ida, derrota por 1 a 0 no San Siro. Na volta, vitória por 2 a 0 no De Kuip, o suficiente para se classificar. Nas quartas, o adversário foi o Vorwärts Berlim (atual FC Frankfurt Oder), da Alemanha Oriental. Os resultados da fase anterior se repetiram: derrota fora por 1 a 0 e vitória em casa por 2 a 0.

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Legia Varsóvia. A primeira partida aconteceu na Polônia, e terminou empatada por 0 a 0. A classificação para a final veio no segundo jogo, em Roterdã, com outro triunfo por 2 a 0.

Pela primeira vez na final, o Feyenoord teve como adversário o Celtic, que deixou para trás Basel, Benfica, Fiorentina e Leeds United. O palco da disputa foi o San Siro, em Milão, e os holandeses precisavam superar um fato: nenhum gol da campanha foi marcado fora de Roterdã.

Os escoceses abriram o placar aos 30 minutos do primeiro tempo, mas Rinus Israël desencantou aos 32. O placar permaneceu assim até o fim dos 90 minutos. Aos 12 do segundo tempo da prorrogação, Ove Kindvall desafogou o jogo e virou para 2 a 1. O maior título europeu da história do Feyenoord deu início à dinastia da Holanda, que seria assumida nos três anos seguintes por uma das maiores formações que o futebol já forneceu.

A campanha do Feyenoord:
9 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 24 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Feyenoord

Milan Campeão da Liga dos Campeões 1969

A primeira década completa da Copa dos Campeões da Europa termina com título italiano. O Milan conquistou o bicampeonato em 1969 e fechou com chave de ouro uma época que, sem dúvida, contribuiu para impulsionar a competição continental a ponto de ela ser considerada a principal entre clubes do mundo.

O título também representou o começo de uma mudança de era. Até ali, apenas ibéricos, britânicos e italianos comemoraram. Os sete anos seguintes teriam um domínio de times em países com origem germânica. Mas enquanto isso não acontecia, o Milan tratou de partir rumo à segunda taça. Na primeira fase, eliminou o Malmö depois de perder por 2 a 1 na Suécia e vencer por 4 a 1 na Itália.

Nas oitavas de final, o rossonero deveria enfrentar o ganhador de Dínamo Kiev e Ruch Chorzów (Polônia), mas as duas equipes saíram fora da disputa antes do início. Direto nas quartas, o adversário seguinte dos milanistas foi o Celtic. Na ida, empate em Milão por 0 a 0. Na volta, vitória em Glasgow por 1 a 0.

A semifinal foi contra o Manchester United, defensor do tíutlo. O primeiro jogo foi no San Siro, e o Milan abriu 2 a 0 de vantagem com gols de Angelo Sormani e Kurt Hamrin. A segunda partida foi no Old Trafford, e o rossonero segurou o empate por 70 minutos. Os ingleses fizeram 1 a 0 e tentaram igualar até o fim, porém a vaga na final ficou com o time italiano.

A decisão europeia de 1969 representou uma passagem de bastão hegemônico. O rival do Milan foi o Ajax, que havia superado Nuremberg, Fenerbahçe, Benfica e Spartak Trnava (Tchecoslováquia). Era a primeira vez da Holanda numa decisão, no que já dava o tom do que seria visto nas temporadas subsequentes.

O jogo foi no Santiago Bernabéu, em Madrid. A tradição italiana e a inexperiência holandesa foram visíveis na partida, e a conquista rossonera veio com goleada: 4 a 1, com três gols de Pierino Prati e outro de Sormani.

A campanha do Milan:
7 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 2 derrotas | 12 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/AFP

Real Ariquemes Campeão Rondoniense 2022

O antepenúltimo estadual de 2022 a terminar foi o de Rondônia. Simples, contou com seis clubes e teve como campeão o Real Ariquemes, que saiu de quatro anos de fila para levar seu terceiro título.

O campeonato contou com dois turnos. No primeiro, todos os times se enfrentaram uma vez. Em cinco jogos, o Real venceu quatro, empatou um e foi o vencedor que se garantiu na final. As quatro melhores equipes se classificaram para o segundo turno, disputado em mata-mata.

Na semifinal, o Real enfrentou o Porto Velho. Na ida, perdeu fora por 2 a 1. Na volta, venceu pelo mesmo placar em casa. Nos pênaltis, fez 3 a 0 e passou à decisão. Contra o União Cacoalense, o Real teve a chance de levar o título antecipado, mas ficou no 0 a 0 em Ariquemes e perdeu por 1 a 0 em Cacoal.

Na final geral, em mais duas partidas contra o União, desta vez venceu no Aglair Tonelli, por 1 a 0, e comemorou em casa, no Valerião, ao empatar por 1 a 1.

A campanha do Real Ariquemes:
11 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto John & Tati Fotografia

Manchester United Campeão da Liga dos Campeões 1968

O caminho britânico para as glórias europeias foi aberto pela Escócia. Mas quem o pavimentou foi a Inglaterra, e não demorou muito para que isso começasse a ocorrer. Foi logo na temporada seguinte ao título do Celtic, em 1968, com o Manchester United.

E mais do que ser a primeira conquista inglesa, aquela Copa dos Campeões representou o ponto alto de uma reconstrução vermelha: dez anos antes (em 1958), oito atletas morreram no Desastre Aéreo de Munique. O time voltava de Belgrado após passar à semifinal da mesma Copa. Na escala em Munique, a pista com gelo não permitiu que o avião decolasse normalmente, e o mesmo caiu matando 23 dos 44 ocupantes.

Dois dos 21 sobreviventes do acidente foram Matt Busby - o técnico - e Bobby Charlton - o craque do meio-campo. Junto à futura lenda George Best, eles foram os principais pilares do título inédito do United.

Na primeira fase, a equipe passou pelo Hibernians, de Malta, com goleada por 4 a 0 em casa e empate por 0 a 0 fora. Nas oitavas de final, foi a vez de eliminar o Sarajevo com outro empate sem gols como visitante, na Iugoslávia, e vitória por 2 a 1 no Old Trafford. Nas quartas, o adversário foi o Górnik Zabrze, da Polônia. Na ida, triunfo por 2 a 0 em Manchester. Na volta, derrota por 1 a 0 fora e vaga na semifinal.

O desafio seguinte foi contra o Real Madrid. No primeiro jogo, 1 a 0 para os ingleses em casa. Na segunda partida, os espanhóis chegaram a abrir 3 a 1 no Santiago Bernabéu, mas o United buscou o histórico empate por 3 a 3 e chegou na decisão.

A final foi contra o Benfica, já incomodado com os vices recentes colecionados e que eliminou Glentoran (Irlanda do Norte), Saint-Étienne, Vasas (Hungria) e Juventus. O jogo foi na própria Inglaterra, mas em Londres, no Wembley. No tempo normal, Charlton marcou uma vez e os portugueses empataram. Na prorrogação, o Manchester United sobrou e foi campeão outra vez ao golear por 4 a 1, com outro gol de Charlton e dois de Best e Brian Kidd.

A campanha do Manchester United:
9 jogos | 5 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Manchester United