Real Madrid Campeão da Liga dos Campeões 2024

Na última edição antes de uma profunda mudança de regulamento, a Liga dos Campeões da Europa voltou a premiar o clube que é o mais vencedor de sua história. Pela 15ª vez, o Real Madrid chegou ao título, ampliando ainda mais sua hegemonia com mais que o dobro que o segundo maior ganhador, o Milan, que possui sete taças.

"La décimoquinta" veio de uma forma muito especial, pois foi um título invicto. Foi também o que carimbou o compromisso de Carlo Ancelotti com o clube merengue, depois de ter sido cogitado como técnico do Brasil. Mas de brasileiro mesmo aqui, só o tempero da conquista, com Vinícius Júnior e Rodrygo, junto ao toque inglês, com Jude Bellingham.

No grupo C da fase de grupos, o Real passeou. Contra Union Berlim, Braga e Napoli, foram seis vitórias em seis partidas. A classificação foi obtida na quarta rodada, nos 4 a 2 sobre os italianos no Santiago Bernabéu. Nas oitavas de final, os espanhóis passaram pelo RB Leipzig, com vitória por 1 a 0 na Alemanha e empate por 1 a 1 em Madrid.

Nas quartas de final, os merengues encontraram o Manchester City, algoz na edição anterior. A ida foi disputada no Santiago Bernabéu, terminando empatada por 3 a 3. A volta aconteceu na Inglaterra, com outro empate, por 1 a 1 Nos pênaltis, o Real Madrid foi mais feliz, venceu por 4 a 3 e eliminou os então campeões.

Na semifinal, o Real encarou o Bayern de Munique. O primeiro jogo foi na Alemanha, com Vinícius Júnior abrindo o placar e também anotando o gol que selou o empate por 2 a 2. A segunda partida foi no Bernabéu. Os alemães saíram na frente do marcador e levaram assim até o fim do segundo tempo. Mas a história já mostrou muitas vezes que um time como o Real Madrid nunca está morto. Com dois gols, o reserva Joselu virou para 2 a 1 aos 43 e aos 46 minutos, colocando os merengues na 18ª decisão.

A final foi entre Real Madrid e Borussia Dortmund, que bateu Milan, Newcastle, PSV Eindhoven, Atlético de Madrid e Paris Saint-Germain. Em Wembley, em Londres, o Real Madrid foi resiliente, soube aguentar a pressão alemã no primeiro tempo para encaminhar o título no segundo. Aos 29 minutos, Dani Carvajal abriu o placar. Aos 38, Vinícius Júnior fez 2 a 0 e definiu tudo.

A campanha do Real Madrid:
13 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 28 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Alex Livesey/Danehouse/Getty Images

Paysandu Campeão da Copa Verde 2024

Na temporada em que completou dez anos, em 2024, a Copa Verde viu seu maior vencedor aumentar ainda mais a hegemonia. Com autoridade, o Paysandu chegou ao tetracampeonato da competição regional.

Com 24 participantes, o torneio manteve o mesmo regulamento de mata-mata das versões anteriores. A primeira fase foi composta por 16 times, da qual passaram oito às oitavas de final, onde se encontravam as outras oito equipes. O Papão estreou vencendo o Rio Branco-AC por 3 a 0 na Curuzu, em Belém.

Nas quartas de final, o Paysandu enfrentou o Manaus, desta vez em dois jogos. O primeiro foi realizado na Arena da Amazônia, com derrota paraense por 1 a 0. A segunda partida aconteceu na Curuzu, e o Papão reverteu a desvantagem ao golear os amazonenses por 4 a 1, de virada.

A semifinal da Copa Verde reservou dois clássicos Re-Pa no Estádio Mangeueirão, entre Paysandu e Remo. No primeiro, nada de gols, com o placar ficando no 0 a 0. No segundo, outro empate, desta vez por 1 a 1. Nos pênaltis, o Papão foi mais eficiente e venceu por 4 a 3, avançando para a oitava final em 11 edições.

Na decisão, o Paysandu encontrou o Vila Nova, que passou por Rio Branco-ES, Goiás e Cuiabá. O primeiro jogo aconteceu na Curuzu, e tudo apontava para o equilíbrio. Mas, de maneira inacreditável, o Papão empilhou gols e empacotou o título ao golear por 6 a 0. O artilheiro Nicolas marcou três vezes, seguido por Esli García, Edilson e Edinho. A segunda partida virou apenas uma formalidade, tanto que os goianos escalaram o time sub-20. O resultado foi outra goleada, por 4 a 0, com gols de Nicolas, João Vieira, Vinícius Leite e Edinho. O tetra veio com 10 a 0 na soma dos placares, uma diferença inédita.

A campanha do Paysandu:
7 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Jorge Luís Totti/Paysandu

Olympiacos Campeão da Liga Conferência 2024

A terceira edição da Liga Conferência voltou a comprar porque ela foi um acerto da UEFA em sua criação. É uma chance ímpar de premiar clubes pouco acostumados com as glórias europeias, como foi o caso do Olympiacos em 2024, que foi o primeiro clube da Grécia a ser campeão continental.

Porém, a jornada dos “thrylos” (lendas) começou ainda na Liga Europa, onde superou duas preliminares e ficou em terceiro lugar no grupo A, atrás de West Ham e Freiburg e à frente do TSC. A posição colocou o time grego no mata-mata de repescagem da Conferência, contra o Ferencváros. Na ida, venceu por 1 a 0 no Estádio Karaiskakis, em Atenas. Na volta, repetiu o 1 a 0, mas em Budapeste.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Maccabi Tel Aviv, de Israel. A primeira partida foi na Grécia, mas o Olympiacos foi goleado por 4 a 1. O segundo jogo aconteceu na Sérvia, devido a guerra dos israelenses contra o Hamas. Como em um filme, os gregos conseguiram igualar o confronto nos 90 minutos, com gols de Daniel Podence, Kostas Fortounis e Ayoub El Kaabi. Na prorrogação, Stevan Jovetic e Youssef El-Arabi marcaram 6 a 1, que tornou-se uma das maiores viradas já vistas em competições europeias.

O Olympiacos chegou nas quartas para enfrentar o Fenerbahçe. Na ida no Karaiskakis, vitória por 3 a 2. Na volta na Turquia, derrota por 1 a 0. Nos pênaltis, a estrela do goleiro Konstantinos Tzolakis brilhou com três defesas e os gregos venceram por 3 a 2.

Na semifinal, foi a vez de encarar o Aston Villa. O primeiro jogo foi na Inglaterra, vencido de forma histórica pelos thrylos por 4 a 2, com três gols de El Kaabi e um de Santiago Hezze. A segunda partida foi na Grécia, e nova vitória por 2 a 0 classificou o Olympiacos. Os gols foram anotados por El Kaabi.

A final foi contra a Fiorentina, que bateu Rapid Viena, Genk, Cukaricki (Sérvia), Maccabi Haifa, Viktoria Plzen e Club Brugge. Em Atenas, mas no Estádio Agia Sophia, gregos e italianos fizeram uma partida tensa, que se arrastou sem gols até a prorrogação. Aos 11 minutos do segundo tempo, o artilheiro El Kaabi fez o gol do título histórico.

A campanha do Olympiacos:
9 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 19 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Aris Messinis/AFP/Getty Images

Uruguai Campeão da Copa América 1995

A edição de 1995 da Copa América foi um tanto especial. Primeiro, porque consolidou as novidades que a Copa do Mundo do ano anterior havia trazido, como os três pontos por vitória. Segundo, pelos resultados históricos, como os 3 a 0 dos Estados Unidos sobre a Argentina na fase de grupos e o empate por 2 a 2 dos argentinos com o Brasil nas quartas de final, quando os brasileiros buscaram o resultado no gol anotado por Túlio após ajeitar a bola no braço, fazendo os hermanos provar do próprio veneno nove anos depois. Por fim, o torneio é lembrado pelo título do anfitrião Uruguai, batendo o então campeão mundial.

La Celeste começou a trajetória rumo ao 14º título no grupo A, contra Venezuela, Paraguai e México. Sua estreia foi ótima, goleando os venezuelanos por 4 a 1. Na segunda rodada, bateu os paraguaios por 1 a 0, gol de Enzo Francescoli. Fechando a primeira fase, os uruguaios tiveram de buscar o empate por 1 a 1 contra os mexicanos. Com sete pontos, o Uruguai se classificou sem problemas na liderança da chave.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar a Bolívia com sentimento de revanche, pois os bolivianos havia sido algozes nas Eliminatórias da Copa do Mundo dois anos antes. E os uruguaios conseguiram se vingar com a vitória por 2 a 1. Na semifinal, o adversário foi a Colômbia, e La Celeste venceu por 2 a 0, chegando embalada e empolgada para mais uma decisão.

A final da Copa América reuniu mais uma vez Uruguai e Brasil, assim como em 1983 e 1989. Os brasileiros deixaram para trás Equador, Peru, Argentina e Estados Unidos. Do lado do Uruguai, estava Estádio Centenario, em Montevidéu, tomado por quase 65 mil torcedores. Do lado do Brasil, havia a força de boa parte do elenco campeão da Copa do Mundo em 1994. A partida foi equilibrada, com chances para os dois times. Os brasileiros abriram o placar aos 30 minutos do primeiro tempo. Os uruguaios não se abalaram com a desvantagem, porém só conseguiram empatar aos seis do segundo tempo, no gol de falta de Pablo Bengoechea.

O 1 a 1 ficou no placar até o fim, levando o confronto aos pênaltis. O Uruguai converteu todas as cinco cobranças, enquanto uma batida brasileira parou nas mãos do goleiro Fernando Álvez. Por 5 a 3, La Celeste era mais uma vez campeã sul-americana, de maneira invicta, no que representou o último grande ato da geração liderada por Francescoli. Nos anos seguintes, o que se viu dos uruguaios foi uma entressafra de jogadores e uma coleção de fracassos, que virou o século.

A campanha do Uruguai:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 11 gols marcados | 4 gols sofridos 


Foto Arquivo/El País

Argentina Campeã da Copa América 1993

A Copa América tomou a forma mais conhecida a partir da edição de 1993. Seguindo o rodízio de sedes, a disputa aconteceu no Equador. O formato do torneio passou a ser de 12 equipes divididas em três grupos, com os líderes, vices e os dois melhores terceiros colocados avançando ao mata-mata. Porém, algo não batia na conta: como se faz um campeonato com 12 times se a Conmebol só tem dez filiados? 

A solução encontrada foi apelar para os convites. A primeira dupla chamada para compor a competição veio da América do Norte: Estados Unidos e México. Os primeiros não fizeram muita coisa e caíram logo na fase de grupos, com dois empates e uma derrota. Já os segundos fizeram bonito e por muito pouco não beliscaram o título, chegando na final. Mas no fim, o título ficou com quem conhecia melhor o caminho, a Argentina, pela 14ª vez. Entretanto, a conquista veio com uma campanha fraca.

No grupo B da primeira fase, La Albiceleste encarou Bolívia, México e Colômbia. A estreia foi com vitória por 1 a 0 sobre os bolivianos. Na segunda rodada, empate por 1 a 1 com os mexicanos. Na rodada final, outro empate por 1 a 1, dessa vez com os colombianos. A Argentina encerrou a primeira fase com quatro pontos, assim como a Colômbia. Mas os argentinos ficaram em segundo porque fizeram um gol a menos. Com dois pontos, o México pegou uma das vagas de terceiro colocado.

Nas quartas, a Argentina fez o clássico contra o Brasil, em Guayaquil. O resultado foi outro empate por 1 a 1, que levou aos pênaltis. Nas cobranças, vitória albiceleste por 6 a 5. Na semifinal, a Colômbia foi novamente adversária. E qual foi o resultado? Empate, desta vez por 0 a 0. Em outro duelo nas penalidades máximas, os argentinos venceram por 6 a 5 e se classificaram para a decisão.

Do outro lado, o México voltou a cruzar o caminho da Argentina, depois de ter derrubado Peru e Equador. A partida foi jogada em Guayaquil, no Estádio Monumental, e seguiu a tendência da maior parte da trajetória albiceleste e do torneio em si, com pouca emoção. Os gols só aconteceram no segundo tempo. Aos 18 minutos, Gabriel Batistuta abriu o placar para os argentinos. Aos 22, os mexicanos empataram. Aos 29, Batistuta fez 2 a 1 e deu os números finais ao placar.

Com apenas duas vitórias em seis jogos, a Argentina confirmou a conquista consecutiva e assumiu a liderança isolada do ranking de títulos. Porém, a partir de então a seleção principal iria amargar um longo período de jejum, não apenas de Copa América como também de qualquer campeonato.

A campanha da Argentina:
6 jogos | 2 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 6 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/AFA

Argentina Campeã da Copa América 1991

Chegam os anos 1990, e a Copa América desembarcou no Chile. A competição continental de 1991 continuou com o regulamento adotado dois anos antes, com as dez seleções divididas em dois grupos e quatro classificadas avançando para o quadrangular final. Era um momento de reconstrução para várias seleções, principalmente Brasil e Argentina, que ainda assimilavam seus fracassos na Copa do Mundo na temporada anterior. E o título ficou nas mãos de La Albiceleste, que acabou com 32 anos de fila.

No grupo A do torneio, o time argentino precisou se virar sem Diego Maradona, que enfrentava na justiça italiana um processo de doping por uso de cocaína. As lideranças em campo foram assumidas por Oscar Ruggeri, o novo capitão, e Gabriel Batistuta, o novo artilheiro. A estreia da Argentina foi contra a Venezuela, vencendo por 3 a 0. Depois, derrotou o Chile por 1 a 0. Na terceira partida, goleada por 4 a 1 sobre o Paraguai.

Os argentinos conseguiram a classificação para o quadrangular final na última rodada, na vitória por 3 a 2 sobre o Peru. Com quatro vitórias nos quatro jogos que disputou, a Argentina liderou a chave com oito pontos, dois a mais que os donos da casa, que ficaram em segundo lugar. No outro grupo, Colômbia e Brasil avançaram após superarem empate tríplice de cinco pontos com o Uruguai.

Na fase final, no Estádio Nacional de Santiago, La Albiceleste fez sua primeira partida contra o Brasil, vencendo de maneira emocionante por 3 a 2. Na rodada seguinte, a equipe ficou apenas no empate sem gols com o Chile, que deixou tudo aberto para a última jornada. Os argentinos estavam na liderança do quadrangular com três pontos, seguidos por chilenos e brasileiros, que somavam dois pontos cada. Os colombianos estavam praticamente fora da briga, com apenas um ponto.

A rodada decisiva da Copa América começou com o Brasil ganhando do Chile por 2 a 0, que deixou os brasileiros com quatro pontos e três gols de saldo. Com três pontos e um gol de saldo, a Argentina passou a necessitar da vitória sobre a Colômbia, pois até mesmo o empate ficaria insuficiente.

Com o Nacional de Santiago cheio, Diego Simeone e Gabriel Batistuta tranquilizaram as coisas marcando gols aos 11 e aos 19 minutos do primeiro tempo, encaminhando o título. A equipe colombiana até iniciou uma reação no segundo tempo, diminuindo para 2 a 1, mas La Albiceleste sustentou a vitória e chegou aos cinco pontos, que confirmaram pela 13ª vez o título da Copa América. Com seis gols, Batistuta foi o artilheiro do campeonato.

A campanha da Argentina:
7 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/El Gráfico