Chile Campeão da Copa América 2016

Em 2016, a Conmebol completou 100 anos de existência, e a entidade não quis passar a data em branco de nenhuma maneira. Para tanto, foi criada uma edição extra da Copa América, apenas um ano depois da realização da mais recente. Foi o pretexto para que fossem tentadas mudanças, como o regulamento com 16 seleções e a sede totalmente incomum e fora da América do Sul, nos Estados Unidos. Oficialmente, a competição chamou-se Copa América Centenário, com troféu especial.

A organização do torneio foi em parceria com a Concacaf, que comanda o futebol nas Américas do Norte e Central. Além dos Estados Unidos, os demais convidados foram México, Costa Rica, Jamaica, Haiti e Panamá, o que fez a quantidade de grupos pular de três para quatro.

O título ficou mais uma vez com o Chile, que não tinha mais Jorge Sampaoli como técnico, em campanha de crescimento no andamento do campeonato. Sob o comando de Juan Antonio Pizzi, o time ficou no grupo D, contra Argentina, Bolívia e Panamá. A estreia foi com derrota por 2 a 1 para os argentinos. A primeira vitória veio sobre os bolivianos, por 2 a 1. A fase terminou com outra vitória, por 4 a 2 sobre os panamenhos. Com seis pontos, La Roja se classificou na vice-liderança.

O Chile foi embalando aos poucos rumo ao bicampeonato consecutivo. Nas quartas de final, eliminou o México com uma goleada inesperada por 7 a 0, com quatro gols de Eduardo Vargas, dois de Edson Puch e um de Alexis Sánchez. Na semifinal, venceu a Colômbia por 2 a 0, com gols de Charles Aránguiz e José Pedro Fuenzalida, o que garantiu mais uma final aos chilenos.

O adversário seria mais uma vez a Argentina, repetindo a decisão de 2015 e a estreia semanas antes. Os argentinos, além de Bolívia e Panamá, também passaram por Venezuela e Estados Unidos. Desta vez, La Roja não teria o fator local a favor, com a partida acontecendo no Estádio MetLife, localizado no distrito de East Rutherford, na região de Nova York e Nova Jersey.

Com menos apoio do torcedor nas arquibancadas, o Chile se reservou apenas a espantar o ataque argentino e especular os contra-ataques. Os times tiveram um expulso de cada lado, e assim como em 2015, o placar não saiu do 0 a 0 em 120 minutos. De novo, os pênaltis definiram o título entre chilenos e argentinos. E de novo, o Chile foi mais eficiente nas cobranças. Arturo Vidal perdeu a primeira, mas Nicolás Castillo, Aránguiz, Jean Beausejour e Francisco Silva converteram as suas e a equipe conquistou o segundo título sul-americano na história.

A campanha do Chile:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 16 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Omar Torres/AFP/Getty Images

Chile Campeão da Copa América 2015

A Copa América sempre foi palco para boas histórias. Na edição de 2015, tivemos um grande exemplo do que acontece quando torcida e time jogam juntos pelo mesmo objetivo. Segundo o rodízio de sedes, a disputa era para ter acontecido no Brasil. Mas a sucessão de eventos em solo brasileiro, como a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016,  fez com a Conmebol trocar a ordem da fila com o Chile.

Sorte dos chilenos. Com uma das melhores gerações de jogadores na história da seleção, e sob ordens do técnico Jorge Sampaoli, La Roja chegou ao título inédito e tão desejado pelo povo, que lotou o Estádio Nacional de Santiago em todas as partidas da campanha. A equipe disputou a primeira fase da competição no grupo A, junto com Equador, México e Bolívia. Na estreia, o Chile venceu os equatorianos por 2 a 0. Na segunda partida, foi a vez do time protagonizar um emocionante empate por 3 a 3 com os mexicanos. Na última rodada, o resultado foi de goleada por 5 a 0 sobre a bolivianos. Com sete pontos, os chilenos avançaram na primeira colocação da chave.

Nas quartas de final, o Chile venceu o Uruguai por 1 a 0, gol anotado por Mauricio Isla. Na semifinal, La Roja enfrentou aquele que é considerado o seu principal rival, o Peru. Com gols de Eduardo Vargas, a equipe venceu os peruanos por 2 a 1 para voltar à decisão da Copa América depois de 28 anos.

O adversário na final foi a Argentina, que passou por Jamaica, Colômbia e Paraguai. O time argentino também tinha seus motivos para almejar o troféu, como a fila de 23 anos sem títulos e o frustrante vice na Copa do Mundo em 2014. Mas o Chile tinha o ambiente a seu favor, com  mais de 45 mil torcedores dentro do Nacional de Santiago para o confronto.

A disputa foi intensa e com lances de parar o coração, como o gol argentino perdido nos acréscimos do segundo tempo. Em 120 minutos de jogo, a bola não entrou na rede. Com o 0 a 0 no placar, a definição aconteceu nos pênaltis. Pelo lado chileno, Matías Fernández, Arturo Vidal e Charles Aránguiz acertaram as três primeiras cobranças, enquanto a Argentina só converteu uma chance.

Na quarta e decisiva cobrança, Alexis Sánchez acertou uma cavadinha com a maior frieza do mundo para fazer 4 a 1 e dar o título inédito ao Chile. O país venceu a Copa América pela quarta, e imediatamente começou a preparação para a disputa da edição especial do ano seguinte, em mais uma das invencionices da Conmebol.

A campanha do Chile:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/FFCH

Uruguai Campeão da Copa América 2011

Um ciclo terminou, outro começou. Depois de 34 anos, a Copa América retornou à Argentina, dando início a um novo rodízio de sedes. De quebra, a competição voltou à sua configuração de periodicidade original, a cada quatro anos, sempre um após a disputa da Copa do Mundo. O torneio foi marcado pelos resultados inesperados e estranhos, como as quedas precoces de Argentina e Brasil, nas quartas de final e ambos nos pênaltis. O primeiro caiu para o Uruguai, já o outro ficou diante do Paraguai, com o vexame de ter errado todas as cobranças.

O título acabou com o Uruguai, pela 15ª vez e depois de 16 anos anos de fila. Renascida, La Celeste vinha embalada pela quarta colocação no Mundial, treinada por Óscar Tabárez e liderada em campo pela experiência de Diego Forlán e Diego Lugano, e o talento de Luis Suárez e Edinson Cavani, que começavam a entrar no auge das carreiras.

Os uruguaios ficaram no grupo C, contra Peru, Chile e México. Na estreia, os uruguaios empataram por 1 a 1 com os peruanos. Na segunda rodada, ante os chilenos, outro empate por 1 a 1. A primeira vitória e a classificação vieram na última partida, por 1 a 0 em cima dos mexicanos. De modo simples, com cinco pontos, o Uruguai encerrou a fase de grupos na vice-liderança da chave.

Nas quartas de final, foi a vez de enfrentar a dona da casa, a Argentina. E mais uma vez o 1 a 1 imperou no placar, no que levou o jogo à disputa de pênaltis. Por 5 a 4, La Celeste venceu a disputa e avançou mais uma vez, tornando-se a principal favorita ao título. Na semifinal, o Peru voltou a ser adversário, e desta vez o resultado foi diferente do empate na primeira fase, na vitória por 2 a 0. Os gols foram marcados por Luis Suárez.

Na final, o adversário o Paraguai, que fez até ali uma campanha muito incomum, com cinco empates em cinco jogos, eliminando Equador, Brasil e Venezuela. A partida foi realizada no Estádio Monumental, em Buenos Aires, com uma onda de torcedores uruguaios nas arquibancadas. A série de empate dos paraguaios estava prestes a ser encerrada, e da pior maneira para eles. Aos 11 minutos do primeiro tempo, Suárez abriu o placar uruguaio. Aos 41, Diego Forlán ampliou.

A decisão foi jogada de maneira tranquila, sem nenhuma ameaça à conquista de La Celeste. Aos 44 minutos do segundo tempo, Forlán fez 3 a 0 e decretou os números finais do título do Uruguai na Copa América, que desempatou o ranking histórico com a a Argentina.

A campanha do Uruguai:
6 jogos | 3 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 9 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/AUF

Brasil Campeão da Copa América 2007

Após a primeira disputa de Copa América em ano par desde 1975, a Conmebol voltou à programação original na edição de 2007, seguindo com a transição da periodicidade bienal para quadrienal. A sede foi a Venezuela, completando o rodízio, iniciado em 1987, que colocou os dez países como anfitriões. Pela primeira vez na organização de um campeonato exclusivo de futebol, o país fez do torneio uma Copa do Mundo particular, com nove grandes estádios construídos ou reformados.

Com o estreante Dunga como técnico, o Brasil entrou para defender o título sul-americano com um time bastante modificado em relação ao que fracassou na Copa do Mundo de 2006. No grupo B, os adversários foram México, Chile e Equador. A estreia não poderia ter sido pior, pois os brasileiros atuaram mal e perderam por 2 a 0 para os mexicanos. A recuperação veio no jogo seguinte, na vitória por 3 a 0 sobre os chilenos. Na última rodada, foi a vez de fazer 1 a 0 sobre os equatorianos. Os resultados deixaram a seleção Canarinho classificada apenas na segunda colocação da chave, com seis pontos. 

Nas quartas de final, o Brasil voltou a encontrar o Chile. Se na fase inicial foram três gols, no mata-mata a conta dobrou: goleada por 6 a 1, fora o baile brasileiro. As dificuldades só voltariam na semifinal, contra o Uruguai. A seleção Canarinho ficou duas vezes à frente do placar, com gols de Maicon e Júlio Baptista, mas cedeu o empate aos uruguaios em ambas as oportunidades. O 2 a 2 levou a partida aos pênaltis, e por 5 a 4 o Brasil conquistou seu lugar na decisão.

Pela segunda vez seguida, a final da Copa América contou com Brasil e Argentina. Para chegar junto, os argentinos tiveram que derrubar Colômbia, Estados Unidos, Peru e México. Mas, diferentemente do que aconteceu três anos antes, quando as coisas só foram decididas no último lance do jogo e depois nos pênaltis, as coisas foram resolvidas mais rapidamente no Estádio Pachencho Romero, na cidade de Maracaibo.

Isso porque Júlio Baptista abriu o placar para os brasileiros logo aos quatro minutos do primeiro tempo. Aos 40, o zagueiro Roberto Ayala tentou cortar uma bola cruzada na área e acabou atirando contra o próprio gol, ampliando o placar. Aos 24 do segundo tempo, Daniel Alves fechou a conta, marcando 3 a 0. O resultado tranquilo deu a oitava conquista da Copa América do Brasil. Além disso, também impôs mais um tempo na fila de títulos à Argentina, que ainda teria de esperar mais de uma década para voltar a comemorar.

A campanha do Brasil:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Sérgio Pinto/CBF

Sampaio Corrêa Campeão Maranhense 2024

O maior campeão maranhense está de volta. O Sampaio Corrêa chegou ao 37º título estadual em 2024, voltando a conquistar a taça após ter sua sequência interrompida em 2023, e em um campeonato que custou para terminar.

Oito times participaram do Maranhense, que teve fórmula com a primeira fase em dois turnos. Em 14 partidas, a Bolívia Querida conseguiu oito vitórias, quatro empates e duas derrotas, que deixaram a equipe com 28 pontos, classificada na vice-liderança. Na semifinal, eliminou o Imperatriz com vitórias por 2 a 0 fora de casa e por 3 a 0 no Castelão em São Luís.

Na final, o Sampaio Corrêa enfrentou o Maranhão, que passou pelo Tuntum na semi. O primeiro jogo acabou empatado por 3 a 3. Só que, dias depois, a partida foi anulada porque o Tuntum foi punido com a perda de quatro pontos na primeira fase, caindo posições e ficando fora do mata-mata. Quem entrou no lugar foi o Moto Club, que fez nova semifinal contra o Maranhão.

Após o Maranhão ter tido que passar por nova semi, a decisão foi refeita. Os dois jogos foram no Castelão. Na ida, o Sampaio melhorou o resultado e venceu por 1 a 0. Na volta, outro triunfo por 1 a 0 confirmou o título tricolor.

A campanha do Sampaio Corrêa:
18 jogos | 12 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 31 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Ronald Felipe/Sampaio Corrêa

GAS Campeão Roraimense 2024

Tem campeão novo em Roraima! O Grêmio Atlético Sampaio, ou simplesmente GAS, freou a hegemonia de oito conquistas do São Raimundo e ficou com a taça inédita. É a volta por cima do clube que um dia foi considerado um dos piores do mundo.

O campeonato foi disputado por nove times, divididos em dois grupos e disputando dois turnos. O Leão Dourado ficou no grupo B. No primeiro turno, venceu os quatro jogos que fez, liderando a chave com 12 pontos. Na semifinal, venceu o Náutico por 1 a 0. Na final, perdeu para o São Raimundo por 2 a 1.

No segundo turno, o GAS enfrentou os adversário do outro grupo. Em mais quatro jogos, conseguiu duas vitórias e dois empates, voltando a ser líder com oito pontos. Na semifinal, passou pelo Monte Roraima ao empatar por 1 a 1 e vencer nos pênaltis por 5 a 4. Na final, fez um resultado histórico ao golear o São Raimundo por 5 a 1 e chegar à decisão geral.

Novamente contra o São Raimundo, o GAS disputou a final do Roraimão em partida única no Estádio Canarinho, em Boa Vista. Embalado, o Leão voltou a derrotar o rival, desta vez por 3 a 2, para ser campeão estadual.

A campanha do GAS:
13 jogos | 9 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 38 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Reprodução/TV Ativa