América-RN Campeão da Copa do Nordeste 1998

A Copa do Nordeste de 1997 fez um grande sucesso. Então, a CBF resolveu aumentar a duração da competição de 1998. Para a nova edição, o mata-mata foi abolido e os 16 participantes passaram a ficar divididos em quatro grupos, avançando os dois primeiros colocados para a segunda fase. Muitas equipes entraram com o peso do favoritismo, mas o troféu ficou para uma equipe que corria por fora. Integrante da primeira divisão do Brasileiro até então, o América-RN começou a campanha discretamente, cresceu na segunda fase e arrancou para o título.

Na primeira fase o Dragão ficou no grupo C, ao lado de Botafogo-PB, Fluminense de Feira e Náutico. Estreou contra os pernambucanos, vencendo por 1 a 0 nos Aflitos. Na sequência, descolou empate por 1 a 1 contra o time baiano, fora de casa, e venceu por 3 a 2 os paraibanos, no Machadão. Porém, as derrotas por 1 a 0 para o Fluminense, em casa, e por 3 a 1 para o Botafogo, fora, colocaram em risco a classificação.

Em terceiro na chave, era preciso vencer o Náutico e secar os baianos. Deu certo, o América fez 5 a 0 no time pernambucano em Natal e viu o Fluminense perder para o Botafogo em Feira de Santana. No fim, o time potiguar avançou para a segunda fase em segundo, com dez pontos.

No quadrangular seguinte, o Dragão enfrentou Santa Cruz, Ceará e o rival ABC. Então a equipe disparou. No turno, fez históricos 4 a 0 no ABC, 3 a 0 no Santa e 2 a 0 no Ceará (os três no Machadão). No returno, aplicou 2 a 1 nos cearenses no Castelão e 2 a 1 nos rivais no Machadão. Já classificado para a final, perdeu por 3 a 1 para os pernambucanos no Arruda.

Com 15 pontos, O América fez dois a mais que o Vitória no outro grupo e assim ganhou a vantagem de decidir a volta em casa. Logo, a partida de ida foi em Salvador, no Barradão. O time alvirrubro segurou até onde conseguiu, levando o gol da derrota por 2 a 1 aos 45 minutos do segundo tempo.

Para a partida de volta, quase 25 mil torcedores foram ao Machadão ajudar o América. E com cinco minutos de jogo, Biro Biro e Paulinho Kobayashi já desmontavam a vantagem baiana. Mas na etapa final as coisas complicaram quando o Vitória descontou. Até que o meia carioca converteu pênalti a 11 minutos do fim. Com 3 a 1 no placar, o América-RN conquistou seu principal título até hoje.

A campanha do América-RN:
14 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 4 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/América-RN

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 1997

Passados três anos da organização da primeira Copa do Nordeste em Alagoas, a CBF assumiu a organização da competição em 1997. A partir de então, as vagas seriam determinadas através de critérios técnicos: os melhores times do estaduais de 1996 estavam qualificados para a disputa. Porém, nem toda a região foi contemplada. Maranhão e Piauí ficaram de fora da disputa, sob a alegação de que os Estados tinham uma proximidade maior com o futebol da região Norte.

Mas somente em 1998 que a outra região ganhou seu próprio campeonato. Enquanto isso, 16 times de sete Estados participaram da segunda Copa do Nordeste, que foi executada toda em mata-mata. Em campo, o campeão foi o Vitória, que tinha no ataque ninguém menos que Bebeto, tetra mundial três anos antes com o Brasil (e que jogaria outra Copa do Mundo no ano seguinte).

Nas oitavas de final, o Leão da Barra enfrentou o Confiança. Eliminou o time sergipano com duas vitórias por 2 a 1, na ida em Aracaju e na volta em Salvador. Nas quartas, foi a vez de encarar o Santa Cruz. Na ida no Barradão, vitória por 2 a 0. Na volta no Arruda, nova vitória por 4 a 3 e a vaga na semifinal.

Já entre os quatro melhores, o Vitória enfrentou o Ceará. O primeiro jogo foi realizado no Castelão, um movimentado empate por 3 a 3. O segundo jogo foi no Barradão, mas nem por isso deixou de ser menos tenso. O Leão conseguiu uma apertada vitória por 3 a 2, conquistando a vaga na final com certo sofrimento.

A decisão foi de parar tudo. O adversário do Vitória foi o arqui-rival Bahia, com as duas partidas realizadas na antiga Fonte Nova. Na ida, como "visitante", o Leão acabou com qualquer perspectiva rival (e as projeções da imprensa) ao vencer por 3 a 0, fora o baile. Os gols foram marcados por Uéslei, Gil Baiano e Chiquinho.

Na volta, agora sendo o "mandante", bastou ao Vitória controlar a vantagem, tanto que o time rubro-negro perdeu por 2 a 1, com o atacante Agnaldo marcando o gol "de honra" que selou a primeira das quatro conquistas do clube.

A campanha do Vitória:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Vitória

Sport Campeão da Copa do Nordeste 1994

Maior competição regional do Brasil, a Copa do Nordeste se tornou uma ótima opção de visibilidade para os clubes daquela região. Mas sua origem ainda gera controvérsia. O primeiro registro de um torneio interestadual entre times nordestinos data de 1946, quando o Fortaleza venceu um quadrangular em Natal-RN.

Tempos depois, a fase local da Taça Brasil, entre 1959 e 1968, levou um peso especial entre os clubes nordestinos, porém dividindo o espaço com equipes do Norte. Entre 1975 e 1976 foi organizado o Torneio José Américo de Almeida Filho, vencido por CRB e Vitória, respectivamente. Este campeonato, que chegou a contar com a participação do Volta Redonda (RJ) na segunda edição, é considerado por muitos como o precursor da Copa do Nordeste, mas a CBF nunca chegou a reconhecer oficialmente os títulos.

A história então pula 18 anos e chega a 1994, onde a Federação Alagoana de Futebol organiza a Taça Governador Geraldo Bulhões. Disputada no mês de dezembro daquele ano, a competição rapidamente se populariza como a "Copa do Nordeste". E é aqui que começa de fato a história da competição, após reconhecimento da CBF em 1997, quando a entidade assumiu sua organização.

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A Copa do Nordeste de 1994 contou com a participação de 16 clubes, sendo cinco somente de Alagoas, a sede da competição. O regulamento era de tiro curto, igual ao da Copa do Mundo: quatro grupos na primeira fase, classificando os dois melhores de cada para o mata-mata, tudo em turno único. Os jogos foram disputados em Maceió, Arapiraca e Capela.

O primeiro campeão do Nordestão foi o Sport, que naquela temporada já vinha de título estadual e uma campanha regular no Brasileiro, além de contar com um time bem entrosado, cujo maior destaque era um garoto chamado Juninho, que chamava a atenção pela perfeição nas cobranças de falta.

Na primeira fase, o Sport ficou no grupo 3, em Maceió. Nas três partidas dentro do Rei Pelé, nenhum sufoco. Na estreia, o Leão goleou o Fortaleza por 6 a 1. Depois, venceu o Vitória por 3 a 0 e o CRB por 1 a 0. Com nove pontos e na liderança, o time foi para as quartas de final enfrentar o América-RN. Sem dificuldade, o Sport aplicou 3 a 0 e seguiu para a semifinal. Contra o Bahia, as coisas apertaram um pouco e o time rubro-negro ficou no empate por 1 a 1. Mas nos pênaltis, os pernambucanos foram mais competentes e venceram por 4 a 3.

Na final, o Sport reencontrou o CRB. Sabendo que a maioria de torcida no Rei Pelé torceria contra, o Leão foi para a decisão sem arriscar muito. E dessa forma a partida não resultou em gols, terminando em 0 a 0 sem muitas lembranças. Mais uma vez, as cobranças de pênalti decidiram o futuro do time rubro-negro. E mais uma vez a competência foi maior no lado do Sport, que venceu por 4 a 2 e faturou o primeiro dos seus três títulos na Copa do Nordeste, o único invicto.

A campanha do Sport:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/Sport

Jaraguá Campeão Goiano Divisão de Acesso 2019

O Jaraguá Esporte Clube, da cidade de mesmo nome, será mais um clube que vai estrear em estaduais em 2020. Neste caso, no Campeonato Goiano. O título inédito da Divisão de Acesso foi conquistado de maneira apertada. Mas antes, é preciso explicar o regulamento peculiar. Os oito times da competição foram divididos em dois grupos e se enfrentaram em três turnos.

Os dois primeiros foram entre os times de uma chave contra os da outra, e o último foi entre os times dentro da própria chave. No fim, os dois times com mais pontos subiram e os dois com menos pontos caíram (independentemente do grupo).

O campeão foi o time que mais pontos marcou. E o Jaraguá chegou lá com seus 20 pontos em 11 partidas. Foram seis vitórias, dois empates e três derrotas. O título veio na última rodada, em vitória por 1 a 0 sobre o América de Morrinhos. O time da Lendária Terra superou o vice Anápolis por um ponto.


Foto Divulgação/Jaraguá

Decisão Campeão Pernambucano Série A2 2019

Para ser campeão Pernambucano da Série A2, o Decisão, da cidade de Bonito, teve que ir do céu ao inferno para depois dar meia-volta. Contra outros sete participantes, o clube teve uma campanha até tranquila na primeira fase, não fosse a perda de dez pontos no tapetão por extrapolar o limite de transferências interestaduais permitido no regulamento.

Com três vitórias, três empates e uma derrota, o Decisão ficou com -2 pontos na lanterna e fora da fase seguinte. Até que veio o julgamento do recurso do clube, que na segunda instância foi absolvido e voltou aos 12 pontos originais e ao terceiro lugar. Na segunda fase, o time de Flávio Caça-Rato manteve-se bem e acabou classificado mais uma vez em terceiro, com duas vitórias, um empate e uma derrota. O funil foi apertando, e o Decisão seguiu forte. 

No quadrangular semifinal, liderou com uma vitória e dois empates. O acesso já estava garantido. A final da Série A2 pernambucana foi contra o Retrô Brasil, em jogo único na Arena Pernambuco. No tempo normal, houve empate por 2 a 2. Nos pênaltis, o Decisão conseguiu o título inédito ao vencer por 3 a 2.


Foto Xande Produções/Decisão

Flamengo Campeão Brasileiro 2019

O ano de 2019 é todo do Flamengo. Após a conquista da Libertadores, chegou a vez de comemorar seu sétimo título brasileiro, acabando com dez anos de fila e obtendo o melhor aproveitamento entre as edições com 20 clubes.

Na estreia do Brasileirão, o Flamengo já mostrou que iria brigar na parte de cima da tabela. Venceu o Cruzeiro por 3 a 1 no Maracanã. Mas a equipe ainda não era comandada pelo técnico português Jorge Jesus, e alternava atuações boas e ruins. Uma das poucas derrotas do Fla na competição foi na segunda rodada, por 2 a 1 para o Internacional no Beira-Rio.

O time voltou a vencer na quarta rodada, por 2 a 1 sobre a Chapecoense em casa, e neste momento a liderança ainda não era realidade. Atlético-MG, Palmeiras e Santos foram os times que lideraram durante parte do primeiro turno. Na sexta rodada, após a sofrida vitória por 3 a 2 sobre o Athletico-PR em casa, Abel Braga deixou o comando do Flamengo.

Jorge Jesus estreou após a parada da Copa América, nos 6 a 1 sobre o Goiás no Maracanã, na décima rodada. O time foi reajustado, até teve alguns resultados apertados, com os 3 a 2 em casa sobre o Botafogo, na 12ª rodada, e a derrota fora por 3 a 0 para o Bahia, na 13ª. Mas desde então, o Rubro-negro não perdeu mais nenhuma partida. Na 16ª rodada, o Flamengo enfim assumiu a liderança, para jamais deixá-la.

O título foi confirmado depois de 21 jogos de invencibilidade, em uma combinação de duas partidas. Primeiro, o empate por 4 a 4 com o Vasco no Rio de Janeiro, válido pela 34ª rodada, mas que foi antecipado em virtude do conflito de datas com a final vencida da Libertadores. Depois, a vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio em Porto Alegre, pela 33ª rodada. No fim das contas, a conquista aconteceu sem o Flamengo entrar em campo, pois a derrota do Palmeiras por 2 a 1 para o Grêmio na 34ª rodada bastou que os paulistas não pudessem mais alcançar os rubro-negros na classificação.

A campanha do Flamengo:
38 jogos | 28 vitórias | 6 empates | 4 derrotas | 86 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Thiago Ribeiro/CBF

Bragantino Campeão Brasileiro Série B 2019

Com duas rodadas de antecedência, o Bragantino conquista o bicampeonato da Série B em 2019, exatos 30 anos depois do primeiro título. E tal qual foi na época, o clube se prepara para uma guinada na própria história. Desta vez com o aporte financeiro da Red Bull, que uniu forças com o Braga em busca de um lugar na elite do futebol brasileiro.

Como o time original (fundado em 2007 em Campinas) não passou da quarta divisão, a "fusão" levou a um caminho mais simples. E a tendência para 2020, inclusive, é a mudança no escudo do clube de Bragança Paulista, que passará a ser chamado de Red Bull Bragantino (ou só RB Bragantino).

Enquanto as mudanças não se confirmam, o Bragantino confirma o retorno à Série A depois de 21 anos com uma campanha excelente, praticamente de ponta a ponta. Já na estreia a equipe demonstrou como seria a disputa, vencendo o Brasil de Pelotas por 1 a 0 fora de casa. O bom começo teve a primeira derrota na quarta rodada, por 1 a 0 para o Londrina no Paraná. Mas o time já se remontou e, com três vitórias seguidas por 2 a 0 (Figueirense em casa, Vitória fora e São Bento em casa), assumiu a liderança, na sétima rodada. Desde então, o Massa Bruta não deixou a ponta da classificação.

Os gols de Ytalo e Claudinho, as defesas de Júlio César e o comando de Antônio Carlos Zago foram levando o clube a sucessivas vitórias e a confirmação do acesso na Série B. Na 33ª rodada, o Bragantino conseguiu cravar seu lugar entre os quatro melhores após vencer por 3 a 1 o Guarani no Estádio Nabi Abi Chedid.

Três partidas depois veio o título. Contra o Criciúma em casa, nem foi preciso vencer. O empate por 1 a 1 já bastou para que a conquista fosse consumada. Ainda faltando dois jogos para o fim da campanha, o Bragantino somou 72 pontos, com 21 vitórias, nove empates e seis derrotas.

A campanha do Bragantino:
38 jogos | 22 vitórias | 9 empates | 7 derrotas | 64 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Ari Ferreira/Bragantino