Estudiantes Campeão Mundial 1968

Argentinos e britânicos sempre são lembrados na história pela Guerra das Malvinas, em 1982. Mas 15 anos antes, eles já batalhavam ferozmente nos campos de futebol. O Mundial entre Racing e Celtic, em 1967, foi a primeira prova da influência da violência na disputa. Para 1968, Argentina e Reino Unido ficaram frente a frente de novo. Tentando evitar os incidentes de um ano antes, UEFA e Conmebol decidiram pela inclusão do saldo de gols como critério de desempate antes do jogo extra.

A Copa Europeia saiu da Escócia e foi para a Inglaterra pelas mãos do Manchester United, que na decisão bateu o Benfica por 4 a 1. A Libertadores foi vencida pelo Estudiantes — até então um pequeno clube da cidade de La Plata —, sobre o Palmeiras na final: vitória por 2 a 1 na ida, derrota por 3 a 1 na volta, e vitória por 2 a 0 no desempate. Na teoria, o gigante United de Bobby Charlton, George Best e Matt Busby tinha tudo para ser campeão da Copa Intercontinental com sobras, mas o que se viu na prática foi nova demonstração de união entre os argentinos. Em muitos sentidos.

O primeiro jogo foi no dia 25 de setembro, na Bombonera, em Buenos Aires. Lá, os ingleses tiveram que encarar a hostilidade de 11 Pincharratas e mais 66 mil torcedores. Antes mesmo de a bola rolar, uma bomba explodiu dentro do campo. Durante o jogo, o Estudiantes também não aliviou, apelando até mesmo para socos — principalmente contra o atacante Stiles, expulso ao revidar uma das agressões aos 34 minutos do segundo tempo. Bem antes, aos 27 da primeira etapa, Conigliaro marcou o gol da vitória argentina. Ao United, restou se defender de tudo e todos. O técnico Busby chegou a declarar que “segurar a bola na frente colocava em perigo a vida dos seus jogadores”.

A volta aconteceu em 16 de outubro, no Old Trafford, em Manchester. Agora em casa e com mais de 63 mil torcedores a favor, o United entrou disposto a mudar completamente a história. Os Red Devils tomaram conta do ataque desde os primeiros minutos, mas não cuidaram da defesa. Logo aos seis minutos, Juan Ramón Verón (o pai), de cabeça, abriu o placar para o Estudiantes e calou o estádio. No gol argentino, Poletti segurou a pressão inglesa com várias defesas.

Precisando de três gols, o United passou a ficar nervoso. Aos 44 do segundo tempo, Best deu um murro em Medina, e os dois foram expulsos. A torcida, em revolta, atirou moedas contra o argentino. Aos 45, o United empatou com Morgan, mas o 1 a 1 era insuficiente para tirar o título do Estudiantes, que não pôde dar volta olímpica por conta dos muitos objetos que a torcida insistia em atirar nos atletas. Apesar de tudo, o time pincharrata surpreendia o mundo, e ali deixava de vez a fama de clube pequeno.


Foto Arquivo/El Grafico

Racing Campeão Mundial 1967

O Mundial de 1967 marcou a primeira tentativa de aproximação entre UEFA, Conmebol e FIFA. A pedido da Concacaf e da AFC, que estavam com competições continentais recém-criadas, o presidente da FIFA, Stanley Rous, sugeriu a inclusão de ambas no torneio. No entanto, UEFA e Conmebol recusaram a proposta — a primeira de muitas negativas que se repetiriam até a década seguinte.

Assim, a edição manteve-se inalterada, e contou com dois clubes estreantes. Pela Europa, o Celtic, da Escócia, conquistou a Copa dos Campeões ao vencer a Internazionale, de virada, por 2 a 1. Pela América do Sul, o Racing, da Argentina, garantiu sua primeira e única Libertadores, derrotando o Nacional do Uruguai em uma final equilibrada: após dois empates sem gols na ida e na volta, venceu por 2 a 1 na partida extra.

A disputa intercontinental começou no dia 18 de outubro, no Hampden Park, em Glasgow. O primeiro confronto entre Celtic e Racing foi truncado, com ambos os lados abusando das faltas e jogando de maneira dura. Empurrado por mais de 83 mil torcedores, o time escocês venceu por 1 a 0, gol de McNeill no segundo tempo.

Em 1º de novembro, o estádio Juan Perón, em Avellaneda, recebeu 120 mil pessoas para o jogo da volta. O Celtic abriu o placar com Gemmell, aos 23 minutos, e esteve perto de definir o título. Mas o Racing empatou com Raffo aos 34, e virou logo no início do segundo tempo, com Cárdenas. O 2 a 1 forçou o jogo desempate. A partida, porém, ficou marcada por episódios tumultuados: provocação durante a cobrança do pênalti que originou o empate, invasão de jornalistas no gramado, vestiário escocês invadido por torcedores e até briga entre argentinos e uruguaios do lado de fora do estádio.

O desempate aconteceu no Centenario, em Montevidéu, no dia 4 de novembro. Sob protesto, o Celtic entrou em campo apoiado por 60 mil uruguaios. Outros cinco mil argentinos cruzaram o Rio da Prata para apoiar o Racing. A partida foi violenta, com os dois times exagerando nas entradas duras. O gol do título foi marcado novamente por Cárdenas, aos dez minutos do segundo tempo.

A tensão do 1 a 0 persistiu após o apito final. Os jogadores do Racing não puderam comemorar em campo, pois objetos eram arremessados pelos uruguaios nas arquibancadas. A taça foi entregue no vestiário. Os escoceses, por sua vez, retornaram à Europa com a promessa de nunca mais jogar na América do Sul. Todos os episódios de violência nos dois últimos jogos deram início a uma sequência de polêmicas que marcariam os anos seguintes do torneio.


Foto Arquivo/El Gráfico

Peñarol Campeão Mundial 1966

Em seis temporadas de Mundial, ainda poucos clubes tinham tido o privilégio de participar. Apenas sete equipes haviam recebido essa chance até então. Esse número não foi alterado em 1966, pois o torneio daquele ano repetiria a final da primeira edição, em 1960, entre Peñarol e Real Madrid.

O clube carbonero conquistou seu terceiro passaporte para a Copa Intercontinental após uma dificílima final na Libertadores, contra o River Plate. Venceu a ida por 2 a 0, perdeu a volta por 3 a 2, e só foi campeão após a prorrogação do jogo de desempate, vencido por 4 a 2. Enquanto isso, os merengues garantiam sua sexta Copa Europeia e a segunda presença no Mundial. Na decisão, o Real virou sobre o Partizan, da Iugoslávia, vencendo por 2 a 1.

Assim como na final anterior, Peñarol e Real Madrid começaram pela América do Sul. Em 12 de outubro, o Centenario de Montevidéu recebeu a partida de ida. Mesmo já tendo o título de 1961, o time uruguaio ainda guardava atravessado o gosto amargo da derrota para os espanhóis seis anos antes, e a chance de revanche era real. Pois não deu outra. Derrotado em 1960, Spencer lavou a alma com dois gols, aos 39 minutos do primeiro tempo e aos 34 do segundo. Mais de 58 mil torcedores assistiram à vantagem ser construída.

Apesar dos 2 a 0 na ida, o Peñarol precisava evitar a partida de desempate. No dia 26 de outubro, o Santiago Bernabéu recebeu mais de 71 mil pessoas para o segundo confronto. Poucos jogadores de 1960 ainda atuavam pelo Real Madrid, enquanto o Peñarol mantinha uma base mais sólida. Desta vez, o ataque charrua contava com um nome de peso, além de Spencer e Joya: Pedro Rocha. O trio fazia o impossível nos gramados sul-americanos, e repetiu o feito em Madri. Joya não marcou, mas ajudou a infernizar a defesa espanhola. Rocha abriu o placar aos 28 minutos do primeiro tempo, de pênalti. Aos 37, Spencer ampliou. Com outro 2 a 0, o Peñarol conquistava o bicampeonato mundial.

As disputas de 1960 e 1966 são lembradas com carinho pelas duas torcidas até hoje. No entanto, o que parecia ser uma presença frequente para os dois clubes no torneio mundial não se confirmou. O Peñarol levaria 16 anos para voltar a uma final intercontinental. Já o Real Madrid, ainda mais: 32 anos. E refletindo o crescente distanciamento estrutural entre Europa e América do Sul ao longo das décadas seguintes, apenas o clube espanhol conseguiu manter a hegemonia após um hiato tão longo.


Foto Arquivo/Peñarol

Internazionale Campeã Mundial 1965

A década de 60 chega à metade com a Copa Intercontinental ganhando muita força. Apesar de ela ocorrer com certa clandestinidade, o torneio continuava ganhando alto status entre os torcedores, principalmente os sul-americanos.

O ano de 1965 trouxe o replay da última disputa mundial. A Internazionale conquistou o bicampeonato europeu com vitória por 1 a 0 sobre o Benfica. O clube ainda conseguiu algo raro na competição: foi campeão jogando em seu próprio estádio, o San Siro. Um mês antes do título da Inter, o Independiente também alcançava sua segunda Libertadores, após vencer o Peñarol em final decidida em melhor de três jogos: vitória por 1 a 0 na ida, derrota por 3 a 1 na volta, e goleada por 4 a 1 no desempate.

De um lado, a consolidação. Do outro, a chance de revanche. Nerazzurri e Rojos voltaram a campo pelo título mundial a partir do dia 8 de setembro. Desta vez, a ida foi em Milão. Cerca de 75 mil torcedores assistiram ao primeiro tira-teima entre as equipes. Jogando o melhor futebol da Europa — e quiçá do planeta —, a Internazionale não deu nenhuma chance ao time argentino, nem mesmo para sonhar com uma vingança. Logo aos três minutos de partida, o espanhol Joaquín Peiró abriu o placar para a equipe italiana.

Desorientado com o gol sofrido tão cedo, o Independiente virou presa fácil em campo. Aos 22 minutos, Sandro Mazzola ampliou a contagem. Ainda houve espaço para mais: aos 14 minutos do segundo tempo, Mazzola marcou novamente. O resultado de 3 a 0 encaminhava o bi italiano, mas os argentinos ainda tinham uma certa vantagem: vencer a volta por qualquer placar e forçar o desempate em casa, tal como ocorreu ao contrário um ano antes.

La Doble Visera, em Avellaneda, recebeu o jogo de volta no dia 15 de setembro. A Internazionale entrou em campo com muita precaução, principalmente devido à fama de que os argentinos eram mais violentos quando em desvantagem. Mas a partida transcorreu sem anormalidades. Quanto mais o tempo passava, mais difícil ficava a tarefa de reverter o quadro para o Independiente. Ao mesmo tempo, a Inter segurava a pressão com maestria. O 0 a 0 jamais sairia do placar daquele jogo. Diante de 80 mil argentinos frustrados, o Mundial parou novamente nas mãos do time nerazzurri.

A merecida conquista do bicampeonato intercontinental da Inter foi o ponto mais alto de uma época muito feliz do clube. Além dos quatro títulos entre Mundial e Copa Europeia, o grupo de Mazzola, Peiró, Luis Suárez, Jair da Costa e Mario Corso conquistou também três Campeonatos Italianos, nas temporadas 1962/63, 1964/65 e 1965/66.


Foto Arquivo/Internazionale

Internazionale Campeã Mundial 1964

A quinta edição da Copa Intercontinental deu início a uma pequena rivalidade entre dois clubes da Itália e da Argentina. Internazionale e Independiente despontaram como as maiores forças da Europa e da América do Sul ao mesmo tempo, protagonizando não somente uma, mas duas finais mundiais.

A Inter de Milão conquistou seu primeiro título europeu depois de derrotar o Real Madrid na final, por 3 a 1. Já o Independiente tornou-se o primeiro clube argentino a vencer a Libertadores, superando o Nacional do Uruguai com um empate em 0 a 0 na ida e uma vitória por 1 a 0 na volta. Os dois times já eram forças tradicionais em seus países, e esses títulos continentais foram os primeiros de uma história que seria escrita nos dois anos seguintes.

O primeiro jogo do Mundial aconteceu no dia 9 de setembro, seguindo o rodízio das sedes, no antigo estádio de La Doble Visera, em Avellaneda. A partida foi truncada e de poucas oportunidades. A Internazionale não conseguiu superar o Independiente e seus 65 mil torcedores, e perdeu por 1 a 0. O gol argentino foi marcado pelo atacante Mario Rodríguez.

Perder por um ou por dez não fazia diferença, segundo as regras da época. Portanto, a Inter precisava vencer o segundo jogo, por qualquer placar, para forçar a partida de desempate. No dia 23 de setembro, o San Siro (Giuseppe Meazza só seria homenageado com o nome do estádio em 1980) contou com mais de 50 mil tifosi para empurrar o time. E o clube nerazzurro conseguiu virar o confronto com alguma autoridade. O ídolo Sandro Mazzola abriu o placar com oito minutos de jogo. Aos 39, Mario Corso ampliou e cravou o resultado final de 2 a 0.

A partida extra foi disputada em 26 de setembro e, pela primeira vez, o palco seria neutro. O estádio escolhido pela UEFA foi o Santiago Bernabéu, em Madri. Cerca de 45 mil pessoas assistiram a mais uma partida tensa. A inversão da vantagem permitia à Internazionale jogar por empates: um no tempo normal e outro na prorrogação. Sem conseguir furar a defesa do Independiente nos 90 minutos, os 30 minutos extras foram necessários. No fim, a Inter não precisou recorrer ao regulamento: aos cinco minutos do segundo tempo da prorrogação, Corso marcou o gol da vitória por 1 a 0 e garantiu o título para o nerazzurri.

Assim, uma breve freguesia tinha início no Mundial. Mas, para dizer que nem todos os argentinos ficaram tristes, havia um na casamata da Internazionale que comemorou muito. O técnico da equipe era Helenio Herrera. Nascido em Buenos Aires, ele ainda criança foi morar no Marrocos, onde se tornou jogador. Depois fez sucesso na França, nação pela qual se naturalizou e se notabilizou como treinador.


Foto Arquivo/Internazionale

Santos Campeão Mundial 1963

Não existiu time melhor que o Santos na primeira metade dos anos 60. O clube de Pelé, Coutinho e Pepe era reverenciado por todos os lugares onde jogava. Com taças e mais taças empilhadas, o ápice se deu na conquista das duas Copas Intercontinentais, em sequência.

O Peixe chegou à segunda disputa após um novo título da Libertadores, com duas duras vitórias sobre o Boca Juniors, por 3 a 2 em casa e por 2 a 1 fora. Seu oponente no Mundial foi o Milan, inédito campeão da Copa dos Campeões Europeus. Os Rossoneros derrotaram o Benfica na decisão, de virada, por 2 a 1.

Se a conquista santista de 1962 foi tida como relativamente tranquila, a de 1963 passou longe disso. O primeiro jogo foi realizado no dia 16 de outubro, no Estádio San Siro, em Milão. Na arquibancada, 52 mil italianos contra o Santos. Em campo, mais nove. Os outros dois eram brasileiros mesmo. A dupla de ataque do Milan era composta por José Altafini (o Mazola) e Amarildo, ambos vencedores da Copa do Mundo com a seleção canarinho. Eles deram muito trabalho, principalmente o segundo, autor de dois gols.

O placar da ida foi uma complicada derrota por 4 a 2. Na ordem: o time italiano marcou duas vezes no primeiro tempo, Pelé descontou no começo do segundo, eles marcaram mais duas vezes na sequência, e o Rei descontou novamente, de pênalti, no fim do jogo. A participação dele no Mundial acabaria ainda na Itália. Entre a ida e a volta, o atacante lesionou-se.

Sem Pelé no ataque santista, o segundo jogo foi em 14 de novembro, em um Maracanã com mais de 132 mil pessoas. E o Milan quase estragou tudo marcando dois gols em sequência na primeira etapa (um do Altafini). Na raça, o Santos virou no segundo tempo, com dois gols de Pepe, um de Almir e outro de Lima. Até hoje, os milanistas criticam a arbitragem da partida, feita pelo argentino Juan Brozzi. Mas o fato é que o 4 a 2 a favor brasileiro forçou a partida extra.

O desempate aconteceu em 16 de novembro, também no Rio de Janeiro e também com um público enorme no Maracanã: 120 mil. Os dois times atuaram nervosos, até mesmo com certa violência em algumas jogadas, o que levou à expulsão de dois defensores, o rossonero Cesare Maldini e o alvinegro Ismael. Devido à tensão, os gols rarearam. O tento solitário foi marcado pelo zagueiro Dalmo, de pênalti, aos 31 minutos do primeiro tempo. No restante do tempo o Santos se segurou, soube controlar a pressão italiana e chegou ao bi mundial com a vitória por 1 a 0.


Foto Arquivo/Estadão

Santos Campeão Mundial 1962

A terceira edição da Copa Intercontinental foi a primeira com a presença de um clube brasileiro. O mérito coube ao Santos, que em 1962 vivia o auge de um esquadrão lembrado até hoje como um dos melhores da história.

Com os gênios Pelé, Coutinho, Pepe, Zito e Mauro Ramos, o Peixe escalou até o topo a partir da conquista da Taça Brasil de 1961. Na Libertadores da temporada seguinte, o clube conseguiu o título em uma sofrida final contra o Peñarol, batido somente na partida extra por 3 a 0.

O adversário do Santos foi o Benfica, que pela segunda vez marcava presença no Mundial. O time português foi bicampeão europeu após vencer de virada o Real Madrid por 5 a 3. Os dois jogos da decisão foram realizados em um intervalo de 22 dias. O primeiro aconteceu em 19 de setembro, no Rio de Janeiro. Mais de 85 mil torcedores foram ao Maracanã acompanhar um desfile de craques. De um lado, Pelé. Do outro, Eusébio.

Mas só um deles brilhou naquela noite — e foi o brasileiro. Do alto de seus 21 anos, o Rei abriu o placar para os alvinegros aos 31 minutos do primeiro tempo. Todavia, as Águias não estavam dispostas a dar mole como no vice anterior e partiram para o empate aos 13 do segundo tempo, com Santana. Aos 19, Coutinho desempatou. Aos 40 minutos, Pelé novamente marcou para tranquilizar a arquibancada. A tranquilidade virou sufoco aos 42, quando Santana fez seu segundo gol para os portugueses. A vitória por 3 a 2 dava uma pequena vantagem ao Santos, que só precisava não perder na volta.

O segundo jogo foi disputado em 11 de outubro, no Estádio da Luz, em Lisboa. A expectativa dos 73 mil apoiadores era de que o Benfica pudesse forçar o desempate. Porém, o que se viu foi um verdadeiro show tupiniquim. Com 15 minutos de partida, Pelé já abria o placar para o Peixe. E, aos 25, anotava o segundo gol. O controle da situação era completo, tanto que os gols surgiam com facilidade: aos 3 do segundo tempo, Coutinho fez o terceiro; aos 19, Pelé marcou o quarto; e aos 32, Pepe assinalou o quinto.

Com nove dedos postos na taça, o Santos diminuiu o ritmo no fim, o que possibilitou dois gols ao Benfica — aos 40 minutos, com Eusébio, e aos 44, com Santana. Com seu hat-trick, Pelé definitivamente vestia a coroa de melhor futebolista. Para muitos, sem tirá-la até hoje.

Por fim, uma curiosidade: este 5 a 2 que deu o primeiro Mundial ao Santos também foi o resultado com mais gols marcados em uma decisão até a final de 2022.


Foto Arquivo/Santos