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Cruzeiro Campeão Brasileiro 2003

Muita gente passou décadas pedindo um campeonato nacional na forma de pontos corridos. E em 2003 a CBF os atendeu, ao acabar com qualquer confronto de mata-mata no regulamento. Os 24 participantes daquele ano tiveram que disputar dois turnos inteiros, em 46 rodadas, com o time que conquistasse mais pontos se tornando o campeão.

Vencendo somente Copas do Brasil e (sete anos antes da unificação dos títulos) a Taça Brasil de 1966, o Cruzeiro montou uma equipe quase imbatível, com jogadores como Alex, Aristizábal, Maicon, Luisão e Maldonado. O time treinado por Vanderlei Luxemburgo entrou como um dos favoritos e embalado pelo tetra na Copa do Brasil.

A Raposa estreou no Brasileirão em Belo Horizonte, empatando em 2 a 2 com o São Caetano. A primeira vitória veio na rodada seguinte, fora de casa, contra o São Paulo por 4 a 2. A liderança foi assumida pela primeira vez na quarta rodada, na vitória por 4 a 3 sobre o Coritiba no Couto Pereira. Na sexta partida, um empate em 1 a 1 com o Guarani em Campinas tirou a equipe Celeste do primeiro lugar, colocando no lugar o Internacional.

Na oitava rodada, a vitória fora de casa sobre o Santos por 2 a 0 deu a liderança novamente ao Cruzeiro. A primeira derrota só aconteceu na décima rodada, por 2 a 1 para o Vitória no Barradão. Na 16ª rodada, o líder mudou mais uma vez com a derrota cruzeirense para o Figueirense por 1 a 0,  em Florianópolis. 

O Santos tomou a ponta, mas a Raposa a recuperou na partida seguinte ao vencer o Fortaleza no Mineirão por 2 a 0. O turno encerrou com o Cruzeiro em primeiro, e assim ele permaneceu até a rodada 28, quando a derrota fora de casa por 1 a 0 para o Goiás colocou outra vez o Santos na liderança. O primeiro lugar cruzeirense foi conquistado em definitivo na 29ª rodada, quando venceu por 4 a 1 o Guarani, em Belo Horizonte.

Empilhando vitórias e gols, o Cruzeiro chegou ao título histórico na 44ª rodada, ao vencer o Paysandu por 2 a 1, no Mineirão. A Raposa ainda fecharia a competição com goleadas de 5 a 2 sobre o Fluminense, em casa, e de 7 a 0 sobre o Bahia, fora. No final, o Cruzeiro fez incríveis 100 pontos em 46 jogos, com 31 vitórias, sete empates, oito derrotas e 102 gols marcados. Pela primeira vez uma equipe superou 100 gols em uma só edição do Campeonato Brasileiro. Em grande estilo, o Raposa quebrou 37 anos de jejum e levou o bicampeonato.

A campanha do Cruzeiro:
46 jogos | 31 vitórias | 7 empates | 8 derrotas | 102 gols marcados | 47 gols sofridos


Foto Alexandre Mota/O Tempo

Santos Campeão Brasileiro 2002

O Campeonato Brasileiro de 2002 foi o último em que o regulamento contou um sistema de mata-mata e uma final. Foram 26 os participantes da competição, que para variar, contou com polêmica antes do início. Figueirense e Caxias disputaram no tribunal uma das vagas na primeira divisão. O time gaúcho tentou jogar novamente o fim da partida contra o Figueirense, na última rodada do quadrangular final da Série B de 2001.

Tudo porque torcedores do time catarinense invadiram o gramado antes do fim do segundo tempo, o que fez com que o árbitro encerrasse antes do fim. No entanto, o resultado final do confronto foi mantido e o Figueirense ratificou o acesso. Resolvida a questão, o torcedor viu em campo surgir uma geração jovem de craques no time do Santos. Robinho, Diego, Elano e Alberto ajudaram o time paulista a quebrar 34 anos de jejum de taças nacionais.

Mas a garotada santista demorou a embalar, chegando até a frequentar a 19ª posição nas primeiras rodadas. A classificação só foi obtida no último jogo. Apesar da derrota por 3 a 2 para o São Caetano, um revés do Coritiba para o Gama ajudou o Alvinegro Praiano na tabela.

O Santos ficou em oitavo lugar, com 11 vitórias, seis empates e oito derrotas, fazendo 39 pontos em 25 rodadas. Foram 13 pontos a menos que o líder da fase, o São Paulo. São Caetano, Corinthians, Juventude, Grêmio, Atlético-MG e Fluminense foram os demais classificados. Embaixo, Palmeiras e Botafogo foram os times grandes rebaixados.

Nas quartas de final, o Peixe enfrentou justamente o São Paulo. Na Vila Belmiro, o Santos se mostrou amadurecido e abriu vantagem de 3 a 1 sobre a melhor campanha até então. E no Morumbi, o time voltou a vencer, de virada, por 2 a 1. Na semifinal, o adversário foi o Grêmio. Em atuação de luxo, o Santos fez 3 a 0 em casa na partida de ida. No Olímpico, os gaúchos até tentaram, mas o Santos perdeu apenas por 1 a 0 e se classificou para a final.

A última final da história do Brasileiro foi o clássico entre Santos e Corinthians, ambas as partidas no Morumbi. No jogo de ida, o Peixe não deu chance ao rival e venceu por 2 a 0. O jogo de volta foi um dos mais movimentados em finais. Robinho deu as famosas "pedaladas" e foi o protagonista da vitória de virada por 3 a 2, com o último sendo marcado nos acréscimos da etapa final. Assim, o Santos conquistou seu sétimo título nacional, o último da era do mata-mata.

A campanha do Santos:
31 jogos | 16 vitórias | 6 empates | 9 derrotas | 59 gols marcados | 41 gols sofridos


Foto Renato Pizzutto/Placar

Athletico-PR Campeão Brasileiro 2001

O Brasileirão de 2001 voltou para as mãos da CBF, mas não deu continuidade aos resultados finais de 1999. Depois das disputas judiciais que quase impediram a realização do Campeonato de 2000, a CBF decidiu manter na Série A os 25 clubes que disputaram o Módulo Azul da Copa João Havelange, convidando ainda o Paraná e o Botafogo-SP, para que não houvesse tratamento diferenciado entre os clubes rebaixados em 1999.

A CBF também decidiu incluir o São Caetano, vice-campeão da Copa João Havelange. O Remo (15º lugar em 2000) tentou sua inclusão, mas não houve tempo para entrar com o recurso na Justiça. No fim, 28 times entraram na elite brasileira.

O Campeonato Brasileiro teve o seu regulamento normal da época retomado, com uma fase única e oito vagas para o mata-mata, e quatro para o rebaixamento. Vindo de várias boas campanhas anteriores, o Athletico-PR entrou na competição sem muito alarde mas, com a equipe entrosada pelo técnico Geninho, foi passando pelos adversários.

Depois de 27 rodadas, o Furacão se classificou na segunda posição da tabela, com 15 vitórias, seis empates e seis derrotas, marcando 51 pontos. Terminou oito pontos atrás do líder São Caetano, e empatado com o terceiro lugar Fluminense. Também passaram de fase Atlético-MG, Grêmio, Ponte Preta, São Paulo e Bahia.

O mata-mata teve uma pequena alteração, e as quartas de final e a semifinal foram feitas em partida única. O Rubro-Negro enfrentou o São Paulo no primeiro confronto, na Arena da Baixada. Em jogo disputado, o Athletico-PR se classificou com vitória por 2 a 1. Na semifinal, o adversário foi o Fluminense. Em outra partida dramática em Curitiba, o Furacão venceu por 3 a 2, de virada, com o último gol aos 44 minutos do segundo tempo.

Na final, as duas melhores campanhas se enfrentaram, Athletico-PR e São Caetano. Embalado, o time paranaense fez o jogo de ida na Arena da Baixada, e não tomou conhecimento do rival, vencendo de virada por 4 a 2. Com esta vantagem o time foi ao Anacleto Campanella, no ABC Paulista, e segurou a força do São Caetano, conseguindo vencer por 1 a 0 e faturando seu primeiro título brasileiro na história. Com seis gols na fase inicial, o atacante Alex Mineiro assumiu o protagonismo nas finais, marcou oito gols em quatro partidas, e encerrou o ano como o craque do campeonato.

A campanha do Athletico-PR:
31 jogos | 19 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 68 gols marcados | 45 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Vasco Campeão Brasileiro 2000

O Brasileirão de 2000 começou e terminou com problemas. Por não ter aceitado o rebaixamento à Série B em 1999, o Gama entrou com uma ação na Justiça Comum exigindo sua permanência. Devido ao conflito de decisões entre STJD (contra o Gama) e a Justiça Comum (a favor), a CBF ficou impedida de publicar o regulamento. Um acordo com o Clube dos 13 foi a solução, e definiu que ela organizaria o campeonato. Porém, uma liminar obtida pelo Gama determinou sua inclusão nesse torneio.

Com o temor de uma série de liminares de outros clubes, optou-se pela unificação das três divisões em um único certame. O C13 dividiu a competição em Módulo Azul, com Fluminense, Bahia (que disputariam a Série B daquele ano), Juventude (rebaixado em 1999) e América-MG (que disputou a Série B em 1999 sem conseguir o acesso), Módulo Amarelo (segunda divisão), com times das séries B e C, e Módulos Verde e Branco (terceira divisão), com times oriundos dos estaduais. Este campeonato recebeu o nome de Copa João Havelange.

O regulamento do último torneio nacional do século 20 previa que qualquer time poderia ser campeão. Foram 25 times no Módulo Azul, com 12 vagas para a fase final, 36 times no Módulo Amarelo, com três vagas para o mata-mata, e 55 times nos Módulos Verde e Branco, com uma vaga classificatória. O Vasco, liderado por Romário, ficou na primeira divisão, que foi disputada de maneira semelhante aos anos anteriores, com um grupo único em um turno de jogos.

Ao final da primeira fase, o Cruz-maltino encerrou classificado no quinto lugar, com 39 pontos em 24 rodadas. Foram 11 vitórias, seis empates e sete derrotas. A equipe ficou seis pontos distante do líder Cruzeiro "campeão" do Módulo Azul. No Módulo Amarelo, o vencedor foi o Paraná, vencendo o São Caetano na final. E nos Módulos Verde e Branco, o desconhecido Malutrom, do Paraná, foi o campeão. Assim, 16 times se reuniram no mata-mata, feito no clássico ida e volta.

O Vasco enfrentou nas oitavas de final o Bahia, 12º na primeira divisão. Em duas partidas concorridas, o time da Colina empatou na Fonte Nova em 3 a 3 e venceu em São Januário por 3 a 2. Nas quartas de final, o adversário vascaíno foi o Paraná. A vitória por 3 a 1 em Curitiba possibilitou ao Vasco perder no Rio de Janeiro por 1 a 0. Embalado, o time carioca enfrentou na semifinal o Cruzeiro. Após empate em 2 a 2 em São Januário, o Vasco venceu por 3 a 1 no Mineirão, se classificando para a final.

Enquanto isso, o São Caetano surpreendia o país, chegando na decisão pelo outro lado da chave. O jogo de ida foi em São Paulo, no Palestra Itália, e acabou 1 a 1. O jogo de volta, em São Januário, ficou marcado pela queda de parte do alambrado, causando cerca de 150 feridos. Houve a suspensão desta partida e marcação de uma nova partida, já em 2001. Recomeçando do início, no Maracanã, Romário e Juninho Pernambucano deram show, e o Vasco venceu por 3 a 1, calando a zebra. E o Gigante da Colina entrou no século 21 celebrando o tetracampeonato.

A campanha do Vasco:
32 jogos | 15 vitórias | 9 empates | 8 derrotas | 54 gols marcados | 49 gols sofridos


Foto Eduardo Monteiro/Placar

Corinthians Campeão Brasileiro 1999

O último Brasileirão do milênio precisou ter mais uma confusão básica fora dos gramados. O rebaixamento naquele ano foi definido pela média de pontos dos últimos dois campeonatos. Durante a competição, o Botafogo ganhou três pontos pelo tribunal, relativos à uma punição sofrida pelo São Paulo. Esses pontos extras afetaram na contagem final das médias, que colocou o Gama como último rebaixado. Sem a influência do STJD, o Botafogo sofreria com a queda.

O clube do Distrito Federal não aceitou a decisão e recorreu à Justiça comum. As disputas judiciais estenderam-se por meses e a CBF acabou proibida de organizar o Campeonato Brasileiro do ano seguinte, e nenhum rebaixamento foi de fato consumado. Sem culpa nenhuma nessa polêmica, o Corinthians melhorou ainda mais seu time, com as adições de Luizão e Dida à equipe do ano anterior, e se credenciou para conquistar o terceiro título.

O restante do regulamento de 1999 foi igual ao da temporada anterior. Os 22 participantes se enfrentaram em 21 rodadas. O Alvinegro repetiu a dose e foi o líder da fase inicial, com 14 vitórias, dois empates e cinco derrotas, marcando 44 pontos. A disputa corinthiana pelo primeiro lugar foi com o Cruzeiro, que ficou na vice-liderança. Os outros classificados foram: Vasco, Ponte Preta, São Paulo, Vitória, Atlético-MG e Guarani. O mata-mata foi mantido com o sucesso da melhor de três jogos.

Nas quartas de final, o Timão enfrentou o Guarani, e começou o confronto empatando em 0 a 0 no Brinco de Ouro. Nos dois jogos seguintes na capital, o Corinthians venceu por 2 a 0 e confirmou a classificação ao empatar em 1 a 1.

Na semifinal, o confronto foi contra o São Paulo, com todos os jogos no Morumbi. No primeiro, o Corinthians venceu como visitante, por 3 a 2. No segundo, foi o mandante, e a classificação foi antecipada com a vitória por 2 a 1. Depois, foi só esperar a definição do outro finalista, com o Atlético-MG eliminado o Vitória na terceira partida.

O Corinthians iniciou a final de 1999 no mesmo Mineirão do ano anterior. Em jogo dificílimo, o Timão sofreu um gol com 15 segundos, e acabou perdendo por 3 a 2. Precisando vencer as próximas partidas, o time foi ao Morumbi e reverteu a vantagem ao fazer 2 a 0 na segunda partida, os dois gols de Luizão, que ainda foi expulso. Sem o artilheiro, o Corinthians segurou empate sem gols no terceiro jogo. Outra vez sob chuva, o Alvinegro comemorou o tricampeonato, e o segundo título seguido.

A campanha do Corinthians:
29 jogos | 18 vitórias | 5 empates | 6 derrotas | 61 gols marcados | 38 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Corinthians Campeão Brasileiro 1998

O Campeonato Brasileiro viu em 1998 surgir mais uma hegemonia, com o Corinthians. Com jogadores como Marcelinho Carioca, Rincón, Edílson e Vampeta, o time paulista levou o título brasileiro de cabo a rabo. A competição naquele ano "emagreceu", voltando a ter 24 participantes. E o regulamento voltou a ser o de dois anos antes, a única diferença é que o mata-mata passou a ser em melhor de três jogos, ao invés do tradicional ida e volta. Na parte de baixo, os quatro últimos lugares foram destinados ao rebaixamento.

O Brasileirão foi dominado pelos times paulistas. O Corinthians disputou ponto a ponto a liderança da fase inicial com o Palmeiras. Ao final das 23 rodadas, melhor para o Timão, que marcou 46 pontos, com 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas. O seu rival verde encerrou com um ponto a menos. As outras vagas foram de Coritiba, Santos, Sport, Portuguesa, Cruzeiro e Grêmio.

Nas quartas de final, o Corinthians enfrentou o Grêmio. No Olímpico, o Alvinegro conseguiu vantagem ótima de 1 a 0. Mas no Pacaembu, os gaúchos reverteram a situação ao vencer por 2 a 0. Assim, o Corinthians precisava vencer o desempate, pois não tinha saldo de gols a seu favor. E conseguiu, por 1 a 0, na capital paulista.

A semifinal foi marcada pelo clássico com o Santos. No jogo da Vila Belmiro, o Timão não resistiu e perdeu de virada por 2 a 1. No Pacaembu, o Corinthians venceu por 2 a 0 e forçou o terceiro jogo, no mesmo estádio. Dessa vez com a vantagem do saldo de gols, o time corinthiano se classificou para a final com o empate em 1 a 1.

O adversário do Corinthians na decisão foi o Cruzeiro. A primeira partida foi no Mineirão, e o Alvinegro conseguiu buscar fora de casa um empate em 2 a 2. Com a terceira partida já confirmada, o Timão mandou os dois jogos seguintes no Morumbi. Na segunda partida, outro empate em 1 a 1. Na terceira e última, o Corinthians foi ao ataque para não depender do regulamento, e debaixo de muita chuva, venceu a partida por 2 a 0, gols de Edílson e Marcelinho no segundo tempo. Com o resultado, o time comemorou com a Fiel o bicampeonato nacional.

A campanha do Corinthians:
32 jogos | 18 vitórias | 7 empates | 7 derrotas | 57 gols marcados | 38 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Vasco Campeão Brasileiro 1997

O Brasileirão de 1997 teve um aumento de dois times após a polêmica do ano anterior. Foram 26 clubes lutando pelas oito vagas de classificação e contra as quatro do rebaixamento. Salvo pela caneta em 1996, o Fluminense não escapou da degola no ano seguinte. O único time punido de fato no "Caso Ivens Mendes" foi o Athletico-PR, que começou o torneio com menos cinco pontos. Na parte de cima da tabela, o Vasco foi totalmente o oposto do seu rival carioca. Liderado por Edmundo e seus 29 gols, o Cruz-maltino arrancou para o tricampeonato.

A primeira fase do Campeonato Brasileiro de 1997 foi igual a da edição anterior. Os clubes se enfrentaram todos contra todos em turno único. O time da Colina ficou toda a competição entre os melhores, e encerrou a fase na primeira posição, com 17 vitórias, três empates e cinco derrotas em 25 jogos.

O Vasco fez 54 pontos, três a mais que o vice-líder Internacional, o principal adversário na fase inicial. Na sequência, os times classificados foram: Atlético-MG, Portuguesa, Flamengo, Santos, Palmeiras e Juventude. Líder em seis rodadas no começo, o Paraná ficou sem fôlego e acabou eliminado em 13º lugar.

Os oito times classificados foram divididos em dois grupos na segunda fase, com vaga somente para o líder de cada na final. Melhor campanha, o Cruz-maltino ficou no grupo 1, ao lado de Portuguesa, Flamengo e Juventude. Foram seis rodadas de atuações de luxo do Vasco, que encerrou a fase classificado com quatro vitórias e dois empates.

A partida que carimbou a vaga vascaína na final foi um 4 a 1 sobre o Flamengo no Maracanã, com três gols marcados por Edmundo, que quebrou o recorde da artilharia. No outro grupo, o Palmeiras cresceu sobre os adversários e também conseguiu a classificação invicta.

Vasco e Palmeiras fizeram a final do Brasileiro de 1997. Entre os dois jogos, uma polêmica. Edmundo havia recebido o terceiro cartão amarelo (e a suspensão automática) no jogo de ida no Morumbi. Mas foi orientado a forçar outro cartão, e foi expulso (o que também o deixaria fora do próximo jogo). Essa expulsão possibilitou um julgamento no STJD, e o jogador obteve um efeito suspensivo, podendo jogar o jogo de volta no Maracanã. Em 180 minutos de confronto, nenhum gol foi visto, e com a vantagem de dois empates, o Vasco faturou seu terceiro título brasileiro.

A campanha do Vasco:
33 jogos | 21 vitórias | 7 empates | 5 derrotas | 69 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Grêmio Campeão Brasileiro 1996

Em 1996, a CBF resolveu apostar no simples e reuniu os 24 participantes do Campeonato Brasileiro em uma tabela única com um turno só, com oito vagas para o mata-mata e duas para o rebaixamento para a segunda divisão. Mas como nem tudo são flores, a entidade precisou intervir no regulamento por conta de escândalo.

O motivo foi o "Caso Ivens Mendes", que levantou a possibilidade de os resultados de alguns jogos da Copa do Brasil daquele ano terem sido manipulados. Gravações provaram que os presidentes de Corinthians e Athletico-PR trataram de valores e resultados de partidas com Ivens. Para não ter que tirar pontos desses times e alterar a tabela final do campeonato, foi cancelado o rebaixamento, e Fluminense e Bragantino acabaram salvos.

À margem desse assunto, o Grêmio vinha empilhando títulos na década de 90, mas faltava o Brasileirão. Em 1996 ele chegou. Sempre frequentando o G-8, o Tricolor foi líder da competição apenas uma rodada, a 19ª. Os times que brigaram de fato pela primeira posição da fase inicial foram Palmeiras, Guarani e Cruzeiro. Ao final das 23 rodadas, melhor para o time mineiro, que fez 44 pontos.

O Grêmio encerrou em sexto lugar, com 38 pontos, 11 vitórias, cinco empates e sete derrotas. Completaram o grupo de classificados Athletico-PR, Atlético-MG, Goiás e Portuguesa. Times que haviam liderado o torneio no início foram eliminados, o Internacional (9º) e o São Paulo (11º).

No mata-mata, o time gremista cruzou com o terceiro colocado, o Palmeiras. A ida das quartas de final foi no Olímpico, e o Tricolor abriu vantagem de 3 a 1. No Morumbi, o Grêmio colocou o regulamento embaixo do braço e perdeu pelo placar que podia, 1 a 0. A semifinal foi contra a surpresa do ano, o Goiás. No Serra Dourada, o Grêmio encaminhou sua situação ao vencer por 3 a 1, mas em Porto Alegre houve um susto, pois os gaúchos ficaram duas vezes atrás do resultado. No fim deu tudo certo com o empate em 2 a 2.

A final do Brasileiro foi contra a Portuguesa. Na primeira partida em São Paulo, o Imortal fez o que pode jogando 60 minutos com um homem a menos, mas perdeu por 2 a 0. Precisando devolver o placar no Olímpico, o Grêmio abriu o placar na segunda partida logo com três minutos, com Paulo Nunes. O tempo passava e nada do outro gol sair, até que o predestinado Aílton saiu do banco de reservas para marcar o gol do título a seis minutos do fim. Festa em Porto Alegre, Grêmio bicampeão brasileiro.

A campanha do Grêmio:
29 jogos | 14 vitórias | 6 empates | 9 derrotas | 52 gols marcados | 34 gols sofridos


Foto Edison Vara/Placar

Botafogo Campeão Brasileiro 1995

Poucas coisas mudaram no futebol brasileiro de 1994 para 1995. Mas houve uma mudança significativa: as vitórias deixavam de valer dois pontos e passavam a valer três. A regra entrou em vigor no Brasileirão daquele ano, que manteve o número de 24 equipes. Entre elas, uma entrou na competição sem muito alarde, mas foi crescendo aos poucos, se tornou favorita e faturou o título após 27 anos sem uma conquista nacional. Era o Botafogo de Túlio e Donizete.

O regulamento do Campeonato Brasileiro de 1995 dividiu os participantes em dois grupos na disputa de dois turnos. No primeiro turno, os jogos foram dentro de cada grupo. No segundo turno, os grupos se cruzaram. As vagas para a semifinal ficaram destinadas aos líderes de cada grupo em cada turno.

O Alvinegro ficou no grupo 1, e começou o torneio de maneira tímida, encerrando o turno apenas na quinta posição, com cinco vitórias, três empates e três derrotas em 11 jogos, marcando 18 pontos, sete a menos que o classificado Cruzeiro.

As coisas no Fogão começaram a andar mesmo no returno, quando em 12 partidas conseguiu oito vitórias, três empates e uma derrota, conseguindo assim a liderança do grupo com 27 pontos e uma vaga na semifinal. Do outro grupo, Fluminense e Santos foram os classificados.

Os times se mantiveram nos grupos para a formação do mata-mata. Enquanto Santos e Fluminense faziam dois jogaços (4 a 1 ao Fluminense na ida e 5 a 2 ao Santos na volta), o Botafogo enfrentava o Cruzeiro. Depois de conseguir empatar em 1 a 1 no Mineirão, o Alvinegro segurou um 0 a 0 no Maracanã, garantindo a vaga na final por ter melhor campanha geral.

A final foi contra o Santos, relembrando os confrontos da década de 1960. O Botafogo faz a primeira partida no Maracanã, e obtém vantagem de 2 a 1 no confronto. A segunda partida foi no Pacaembu, e é cercada de polêmicas até hoje, por causa da arbitragem.

Os dois gols do jogo foram irregulares. O Botafogo abriu o placar em impedimento não marcado, e o Santos empatou com toque de mão não visto. De quebra, o time paulista teve um gol mal anulado no segundo tempo. No fim, o jogo terminou em 1 a 1, e o título ficou com o Fogão bicampeão, premiando o faro artilheiro e consolidando a idolatria de Túlio Maravilha no Glorioso.

A campanha do Botafogo:
27 jogos | 14 vitórias | 9 empates | 4 derrotas | 46 gols marcados | 25 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Palmeiras Campeão Brasileiro 1994

O Brasileirão desinchou para o ano de 1994, e contou com a participação de 24 equipes. O timaço que o Palmeiras formou na época seguiu forte, e se credenciou para vencer o campeonato pela oitava vez. A competição foi dividida em três fases e uma repescagem paralela, de onde saíram os dois rebaixados daquele ano.

Na primeira fase, os 24 times foram divididos em quatro grupos, com jogos dentro de cada grupo, em dois turnos. Classificaram para a fase seguinte os quatro primeiros de cada grupo, sendo que os líderes ganhavam na segunda fase um ponto extra. Os dois últimos colocados de cada grupo foram para a repescagem.

O Alviverde foi sorteado para o grupo 4, e foi quase perfeito. Em dez jogos, foram nove vitórias e um empate, e a liderança folgada com 19 pontos, dez a mais que o vice Fluminense. Tranquilo, o Palmeiras foi para a segunda fase com o seu ponto de bonificação. Lá, os 16 classificados foram divididos em dois grupos com dois turnos, sendo no primeiro os jogos dentro das chaves, e no segundo um grupo enfrentando outro.

As vagas para o mata-mata foram para os vencedores de cada turno em cada grupo, além dos dois mais bem colocados no geral. O Verdão ficou no grupo 2, e conseguiu sua classificação já no turno, após ter quatro vitórias, dois empates e uma derrota em sete partidas, marcando 11 pontos.

No returno, o Palmeiras puxou o freio de mão, fazendo duas vitórias, dois empates e quatro derrotas, terminando na sétima posição com seis pontos, sete a menos que o líder e também classificado Botafogo. Do outro grupo, avançaram Corinthians e Guarani como líderes. São Paulo e Bahia obtiveram suas vagas pelo índice técnico. E Bragantino e Atlético-MG foram campeão e vice da repescagem, em um grupo de oito com jogos em dois turnos.

O mata-mata foi formado, e o Alviverde enfrentou o Bahia nas quartas de final. Na Fonte Nova, o Palmeiras abriu vantagem de 2 a 1, e no Pacaembu o resultado se repetiu. Na semifinal, o confronto foi contra o Guarani. Em São Paulo, o Palmeiras frustrou os planos campineiros com a vitória por 3 a 1. E no Brinco de Ouro, o 2 a 1 palmeirense proporcionou na final o Derby Paulista.

Os dois jogos da final entre Palmeiras e Corinthians foram no Pacaembu, com o time verde tendo vantagem de jogar por saldo de gols igual, porque teve melhor campanha. Mas nem foi necessária essa muleta do regulamento, pois o Verdão abriu 3 a 1 já no primeiro jogo. No segundo jogo, o Corinthians até tentou estragar a festa marcando o gol primeiro, mas o Palmeiras empatou no finalzinho, gol de Rivaldo. Assim, o Alviverde somou o oitavo título nacional a sua galeria.

A campanha do Palmeiras:
31 jogos | 20 vitórias | 6 empates | 5 derrotas | 58 gols marcados | 30 gols sofridos


Foto Masao Goto Filho/Estadão Conteúdo

Palmeiras Campeão Brasileiro 1993

Após quatro anos de edições bem definidas do Brasileiro, em 1993 a competição inchou. Do ano anterior, nenhum clube foi rebaixado e 12 conseguiram o acesso. Assim, os participantes pularam de 20 para 32. O regulamento do Campeonato Brasileiro foi um tanto injusto. As 32 equipes foram divididas em quatro grupos. Nos grupos 1 e 2 ficaram os times mais fortes e tradicionais, se classificando os três primeiros lugares, e sem rebaixamento.

Já nos grupos 3 e 4 ficaram os times de menos tradição, e haviam duas vagas para os líderes irem a uma repescagem, enquanto quatro seriam rebaixadas por grupo. Nas quatro linhas, após quebrar um tabu de 17 anos sem títulos no estadual, o Palmeiras entrou como um dos principais favoritos para faturar a competição nacional.

Os times na primeira fase se enfrentavam em dois turnos dentro do próprio grupo. O Verdão ficou no grupo 2 e, ao final de 14 jogos, terminou classificado na liderança com dez vitórias, dois empates e duas derrotas. Com 22 pontos, ficou dois a frente do vice Santos e quatro a frente do terceiro lugar Guarani. Seis times avançaram dos grupos 1 e 2. Dos quatro classificados dos grupo 3 e 4, duas sobreviveram a repescagem. Essas oito equipes foram divididas em dois grupos na segunda fase.

O Alviverde ficou no grupo 2, contra Guarani, São Paulo e Remo. Fazendo dez pontos, com quatro vitórias e dois empates, o Palmeiras se classificou para a final de maneira invicta. No outro grupo, o Vitória (vindo da repescagem) surpreendeu a todos e garantiu a outra vaga.

A máquina verde, com jogadores como Evair, Edmundo, Roberto Carlos e Zinho, enfrentou o Vitória na Fonte Nova pela partida de ida da final. Um gol solitário de Edílson garantiu a o triunfo do Palmeiras e a vantagem ainda maior no confronto. A partida de volta foi no Morumbi, e os baianos nem tiveram chance. Em 23 minutos, o Verdão sacramentou o resultado de 2 a 0, e depois deixou o tempo passar para poder comemorar, 20 anos depois, o sétimo título brasileiro.

A campanha do Palmeiras:
22 jogos | 16 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 40 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Flamengo Campeão Brasileiro 1992

A última vez que o Campeonato Brasileiro ocorreu todo no primeiro semestre foi em 1992. E foi também um dos mais disputados, reunindo várias equipes em condições de vencer. O Flamengo, liderado por Júnior em seu último ano como jogador, foi o mais competente e conseguiu o quinto título nacional.

Fora de campo, a CBF resolveu mexer severamente no regulamento. O rebaixamento previsto de dois times não aconteceu, ao mesmo tempo que 12 equipes foram promovidas da segunda divisão. Tudo decidido antes do início da disputa. Na parte de cima da tabela, passaram a ser oito os classificados, e o mata-mata foi transformado em dois quadrangulares semifinais.

Mesclando experiência e juventude, o Flamengo fez uma primeira fase tranquila. Em 19 rodadas, foram oito vitórias, seis empates e cinco derrotas, com 22 pontos marcados. O Rubro-negro encerrou a fase na quarta posição, com quatro pontos a menos que o líder Vasco, e ainda atrás de Botafogo e Bragantino. Corinthians, São Paulo, Cruzeiro e Santos foram os outros times classificados da primeira fase.

Na segunda fase, essas oito equipes foram dividas em dois grupos, um com o 1º, 4º, 6º e 8º lugares, e outro com o 2º, 3º, 5º e 7º colocados. O Fla ficou no grupo 1, contra Vasco, São Paulo e Santos. O time flamenguista cresceu de produção, venceu três jogos, empatou um e perdeu dois. Com sete pontos, se classificou para a final, um ponto a mais que o rival e o time da capital paulista, e dois a mais que o time do litoral. No outro grupo, o Botafogo derrubou os adversários e proporcionou o clássico carioca na decisão.

Foi uma final cheia de polêmicas. O Flamengo venceu o primeiro jogo por 3 a 0 e encaminhou o título. A comemoração rubro-negra se estendeu em um churrasco na casa do atacante Gaúcho. Renato Gaúcho, do Botafogo, compareceu na festa e gerou a polêmica que resultou no seu afastamento da equipe perdedora.

A outra confusão, mais triste, foi no segundo jogo, quando horas antes de começar uma grade da arquibancada do Maracanã (lotado por 122 mil pessoas) cedeu, provocando a queda de centenas de pessoas para o anel inferior, e a morte de três torcedores. Em campo, o Botafogo precisava devolver os três gols por ter melhor campanha, mas o Flamengo nem se assustou e o jogo terminou 2 a 2, coroando mais uma conquista para o Fla.

A campanha do Flamengo:
27 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 7 derrotas | 44 gols marcados | 31 gols sofridos


Foto Nelson Coelho/Placar

São Paulo Campeão Brasileiro 1991

Foram dois vices seguidos, até que o time do São Paulo conseguiu o tricampeonato brasileiro em 1991. Em campo com Raí, Cafu, Zetti e Müller, e no banco com Telê Santana, o Tricolor abriu caminho para se tornar o melhor time do mundo nos dois anos seguintes.

O Campeonato Brasileiro daquele foi um dos mais simples e com regulamento fácil de entender. Foram 20 times se enfrentando em grupo único, com os quatro melhores se classificando para a semifinal e os dois piores caindo para a segunda divisão. O Grêmio foi o primeiro entre os considerados grandes que sofreu com o rebaixamento.

Nas 19 rodadas da primeira fase, o Tricolor Paulista mostrou que não estava para brincadeira e disposto a superar os traumas anteriores. Foram 11 vitórias, quatro empates e quatro derrotas para a equipe, que somou 26 pontos ao todo. Terminou classificado na liderança do campeonato, com a mesma pontuação da grande surpresa caipira, o Bragantino, mas com duas vitórias a mais. Em terceiro lugar ficou o Fluminense, com 24 pontos, mesma pontuação que o quatro lugar Atlético-MG, em que o critério de vitórias também definiu a posição final.

Estes quatro times foram para a semifinal, e o São Paulo enfrentou o time de Minas Gerais no confronto. No Mineirão, o Tricolor arrancou um bom empate em 1 a 1, e no Morumbi, não saiu do 0 a 0 com o Atlético-MG. Por ter campanha melhor que o adversário, o São Paulo avançou para a final contra o Bragantino, que era o queridinho do país.

A pontuação cumulativa da semifinal fez com que o Tricolor perdesse a vantagem do saldo de gols igual, pois o Bragantino tinha feito três pontos, e o São Paulo somente dois. Assim, o mando de campo também foi alterado, com o jogo de ida sendo no Morumbi. O único gol de toda a final foi marcado no primeiro jogo, por Mário Tilico, e deu a vitória por 1 a 0 ao São Paulo.

Não podendo perder, o time foi até Bragança Paulista, no Marcelo Stéfani, e segurou o ímpeto do Bragantino ao manter o 0 a 0 no placar. Com o empate, a pequena torcida são-paulina no acanhado estádio fez a festa pelo tri brasileiro.

A campanha do São Paulo:
19 jogos | 11 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 26 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Nelson Coelho/Placar

Corinthians Campeão Brasileiro 1990

Foram muitos anos tentando e algumas batidas na trave. Mas em 1990 ninguém conseguiu tirar o título brasileiro das mãos do Corinthians, liderado por Tupãzinho, Ronaldo e Neto. O Campeonato Brasileiro passava por momentos de estabilidade fora de campo, porém nas quatro linhas, as médias de gols mais baixas foram registradas nessa época. Foram 20 times duelando pela taça naquele ano, e o regulamento foi diferente mais uma vez.

Na primeira fase, os times foram divididos em dois grupos. O Timão ficou no grupo 1 e enfrentou no primeiro turno as equipes do grupo 2. Em dez rodadas, fez seis vitórias, dois empates e duas derrotas. Marcou 14 pontos e ficou em segundo lugar, dois pontos a menos que o líder e classificado Atlético-MG.

No segundo turno e enfrentando os times do próprio grupo, o desempenho teve uma queda, e o Alvinegro acabou na nona posição com duas vitórias, quatro empates e três derrotas, fazendo oito pontos e terminando com três de distância para o líder Santos, que também se classificou. Assim, foi necessário obter a classificação pelo índice técnico, pois apenas os líderes dos grupos em cada turno tinham vaga garantida.

Juntando os dois grupos e as duas pontuações em uma tabela só, o Corinthians encerrou a fase em sétimo lugar, com oito vitórias, seis empates e cinco derrotas em 19 jogos. Com 22 pontos, conseguiu a última vaga pelo índice e ficou com três pontos a menos que o Grêmio, melhor campanha ao todo.

Nas quartas de final, o Timão cruzou com o segundo colocado geral, o Atlético-MG. Jogando no Pacaembu, o time corintiano venceu por 2 a 1, conseguindo a classificação no Mineirão com empate em 0 a 0. Na semifinal, o Corinthians enfrentou o Bahia, terceiro lugar e melhor índice técnico. Outra vez iniciando o confronto em casa, o Alvinegro conseguiu os mesmos resultados da fase anterior, vitória por 2 a 1 no Pacaembu e empate em 0 a 0 na Fonte Nova. A final foi contra o rival São Paulo, quarta campanha e segundo pelo índice.

O campo dos jogos de tornou neutro, o Morumbi. Como "mandante", o Corinthians conseguiu a mínima vantagem de 1 a 0 no jogo de ida, com gol de Wilson Mano. Três dias depois, como "visitante", Tupãzinho marcou o gol no começo do segundo tempo, e o Timão venceu novamente por 1 a 0, conseguindo assim o primeiro dos seus sete títulos do Brasileirão.

A campanha do Corinthians:
25 jogos | 12 vitórias | 8 empates | 5 derrotas | 23 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Antônio Milena/Placar

Vasco Campeão Brasileiro 1989

O Campeonato Brasileiro só foi ganhar este nome oficialmente no ano de 1989, quando a competição colocou em prática pela primeira vez o sistema de acesso e descenso. Os quatro piores times de 1988 deram adeus à elite, e em seus lugares entraram o campeão e o vice da segunda divisão da mesma temporada. Na parte de cima da tabela, o Vasco que havia batido na trave um ano antes, chegou ao sonhado bicampeonato.

Na primeira fase do Brasileirão, as 22 equipes foram divididas em dois grupos, com os oito primeiros colocados de cada se classificando para a fase seguinte, e os três últimos sendo movidos para o torneio da morte. O Cruz-maltino ficou no grupo 2, e nos dez primeiros jogos terminou na segunda posição, com cinco vitórias, quatro empates e uma derrota, marcando 14 pontos, a mesma pontuação do líder Palmeiras.

O Vasco seguiu com mais 15 times para a segunda fase, e os grupos permaneceram os mesmos com pontuação e partidas cumulativas. A única diferença é que os grupos foram cruzados. O time da Colima fez mais oito jogos e continuou com a ótima campanha, tomando a liderança do grupo e encerrando a segunda fase com oito vitórias, oito empates e duas derrotas. Com 24 pontos, o Vasco conseguiu a classificação para a final. No outro grupo, o São Paulo saiu de um sétimo lugar para a liderança.

Na final, o Vasco possuía melhor campanha, e jogava por vitória no primeiro jogo. Também poderia escolher a ordem dos mandos de campo. A confiança era tanta que o Cruz-maltino optou por jogar no Morumbi, mesmo com a possibilidade de não vencer e a vantagem inverter.

São Paulo e Vasco se enfrentaram na capital paulista, e Sorato marcou no começo do segundo tempo o gol do título. Com a vitória por 1 a 0, o time de São Januário chegou ao bi e quebrou 15 anos de jejum de títulos nacionais.

A campanha do Vasco:
19 jogos | 9 vitórias | 8 empates | 2 derrotas | 27 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Custódio Coimbra/Agência O Globo

Bahia Campeão Brasileiro 1988

CBF e Clube dos 13 entraram em acordo no ano de 1988, e o Brasileirão daquele ano ocorreu de maneira mais enxuta, com 24 equipes. Copa União e Copa Brasil foram unidas em definitivo, e com um sistema de acesso e descenso recomendado pela FIFA. Os quatro piores times foram rebaixados para a segunda divisão de 1989, enquanto os dois melhores subiram para a elite.

As vitórias em 1988 valiam três pontos, em caráter experimental, sete anos antes da mudança definitiva. Mas, como sempre precisa haver algo estranho, a regra maluca era a decisão por pênaltis para todo jogo empatado no campeonato. O vencedor ficava com esse terceiro ponto. Diante de tudo isso, surge o Bahia, 29 anos depois, para vencer seu segundo brasileiro, no ano da reciclagem do torneio.

Os participantes foram divididos em dois grupos e dois turnos. No primeiro turno, os grupos se cruzaram. O Bahia entrou no grupo 2, e começou bem a competição, apesar de ter ficado em terceiro lugar na primeira fase. Foram cinco vitórias, cinco empates e duas derrotas, com 23 pontos (três extras) do Tricolor de Aço, ficando com quatro a menos que o líder Vasco e um a menos que o vice Grêmio, os classificados da vez.

No segundo turno, os times se enfrentaram dentro do próprio grupo, e o Bahia manteve a regularidade, fechando a segunda fase em quarto lugar, com seis vitórias, dois empates e três derrotas, marcando 21 pontos (um extra). A liderança seguiu com o Vasco, e o Cruzeiro avançou para o mata-mata em segundo. Como O Bahia tinha a melhor campanha do grupo entre os não-classificados, herdou uma das vagas do clube carioca. Dois times em cada grupo e em cada turno formaram a fase final.

Quarta campanha no geral, o Tricolor enfrentou o quinto colocado, o Sport. Na Ilha do Retiro, o Bahia conseguiu empate em 1 a 1. Na Fonte Nova, outro empate em 0 a 0, que prosseguiu na prorrogação. Por ter pontuação superior, o time baiano se classificou à semifinal. O adversário seguinte foi o Fluminense, do qual o Bahia conseguiu outro 0 a 0, no Maracanã. Em Salvador, mais de 110 mil pessoas empurraram o Tricolor de Aço rumo à vitória por 2 a 1 e a classificação para a final.

Todo o mata-mata ocorreu no ano de 1989, e Bahia e Internacional decidiram o título. Na Fonte Nova, o Tricolor tomou um susto, mas virou a partida para 2 a 1 e conseguiu a vantagem. No Beira-Rio, o time liderado por Bobô, Charles e Paulo Rodrigues teve raça, segurou mais um empate sem gols e venceu o título brasileiro, o segundo da história da Bahia.

A campanha do Bahia:
29 jogos | 13 vitórias | 11 empates | 5 derrotas | 33 gols marcados | 23 gols sofridos


Foto Adolfo Gerchmann/Placar

Sport Campeão Brasileiro 1987

O futebol brasileiro nunca ficou tão dividido como em 1987. A criação do Clube dos 13, e a formação de uma competição fechada com somente 16 times indignou o restante das equipes participantes do Brasileiro do ano anterior. Algumas delas tinham feito ótima campanha, mas ficaram de fora, como Guarani, America-RJ, Criciúma e Inter de Limeira.

Pressionada, a CBF teve que voltar atrás na decisão de terceirizar a organização do torneio, e montou uma competição paralela com outras 16 equipes, a qual chamou de Copa Brasil (o mesmo nome de outrora). A entidade classificou a Copa União como Módulo Verde, e a Copa Brasil como Módulo Amarelo, prevendo o cruzamento de seus campeões e vices em um quadrangular para definir o campeão brasileiro.

De quebra, montou os Módulos Azul e Branco, que funcionaram como uma terceira divisão (ou seletiva para a segundona de 1988). Como nem tudo é perfeito, a CBF agiu contra alguns clubes que haviam entrado no STJD pela anulação do rebaixamento de 1986 e perdido a causa. A Ponte Preta foi jogada ao Módulo Azul, o Fortaleza e o Nacional-AM pararam no Módulo Branco, e o Sergipe sequer foi convidado. A cereja no bolo foi o America-RJ, ainda indignado por ter ficado de fora da Copa União apesar do quarto lugar em 1986, que boicotou os jogos do seu módulo e ficou fora do torneio.

Dois times "rebaixados" de 1986 foram ao STJD e venceram no tapetão: o Vitória e o Sport. A CBF incluiu ambos no grupo 2 da Copa Brasil. E o Leão da Ilha nem imaginava como acabaria a sua história. O regulamento do campeonato era idêntico ao da Copa União: dois grupos na disputa de dois turnos, o primeiro em chave cruzada e o segundo dentro de cada chave, com o líder de cada grupo em cada turno se classificando para a semifinal.

O Rubro-Negro fez uma primeira fase arrasadora. Com cinco vitórias e três empates, liderou seu grupo com 13 pontos, e a vaga na semifinal já estava assegurada. Na segunda fase, o Sport administrou bem sua situação, liderou o grupo 2 com quatro vitórias, um empate e uma derrota, marcando nove pontos. Já classificado, repassou a outra vaga na semifinal ao vice-líder do returno Bangu, que marcou um pontos a menos. No grupo 1, o Athletico-PR foi o líder do turno e o Guarani o líder do returno, cada um obtendo uma vaga.

O Leão encarou o Bangu na semifinal, mas largou em desvantagem, perdendo por 3 a 2 em Moça Bonita. Na Ilha do Retiro, o Sport devolveu com juros o resultado, vencendo por 3 a 1 a avançando à final contra o Guarani. A ida foi no Brinco de Ouro, e terminou com derrota por 2 a 0. O Rubro-Negro precisou correr atrás mais uma vez, e devolveu 3 a 0 em Recife. Mas como uma regra maluca não previa desempate no saldo de gols, a decisão foi para a prorrogação, e depois pênaltis.

Foram 24 cobranças, mas a coisa não desempatava. Quando chegou em 11 a 11, as duas diretorias concordaram em encerrar a final e dividir o título do Módulo Amarelo. Dias depois, o Guarani abriu mão e o Sport ficou com único campeão.

Já em 1988, estava prevista a disputa do quadrangular final entre Sport, Guarani, Flamengo e Internacional. Os dois últimos cumpriram o acordo do Clube dos 13 em não entrar em campo para cruzar os módulos. Os jogos de ambos foram considerados W.O., e pernambucanos e paulistas fizeram nova final, agora para definir o título brasileiro.

Em Campinas, o Rubro-Negro arrancou empate em 1 a 1 com gol do zagueiro Betão. Na Ilha do Retiro, os torcedores do Sport viram Marco Antônio marcar de cabeça o gol da vitória por 1 a 0, e o Leão conquistar seu único título do Brasileirão. E mesmo anos depois, o time precisa defender o resultado colhido no campo, pois o caso 87 foi parar até no STF.

A campanha do Sport:
20 jogos | 12 vitórias | 5 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Arquivo/Sport

Flamengo Campeão Brasileiro 1987 (Copa União)

1987. O ano que nunca terminou, e que marca uma eterna briga entre Sport e Flamengo. Tudo começou no ano anterior, quando a ideia da CBF em rebaixar 16 dos 48 times do Brasileirão não vingou, pois clubes como Botafogo e Coritiba entraram na Justiça para permanecer na elite. Desgastada, a entidade alegou falta de dinheiro para organizar a competição nacional em 1987.

Com o risco de não haver Brasileirão naquele ano, os 13 principais clubes do Brasil se uniram e fundaram o Clube dos 13, entidade que seria a responsável pela recém-criada Copa União. Para fechar quórum, o C13 convidou outras três equipes para formar um torneio com 16 times.

Mas, como o regulamento da Copa Brasil do ano anterior determinava que seriam 28 clubes na primeira divisão em 1987, várias equipes ficaram insatisfeitas por ficaram de fora. Pressionada e sem o comando do campeonato, a CBF toma a decisão de não concordar com a seleção dos times que iriam participar do torneio organizado pelo C13 e, inicia uma briga com ela para criar um novo formato para a competição.

Então, a CBF decide fazer uma competição com 16 clubes que ficaram de fora da Copa União, imitando o regulamento da mesma, e passou a se referir as duas como módulos, determinando que os dois primeiros colocados de cada módulo disputassem um quadrangular final para definir o campeão brasileiro.

Os participantes da Copa União prometeram recusar a proposta do quadrangular desde o começo, considerando que a final do torneio do C13 seria a final do Brasileiro. Flamengo e Internacional chegaram na final, cumpriram a promessa e não entraram em campo contra Sport e Guarani.

Sem imaginar que sua conquista seria pivô de disputas judiciais, e vindo de um vice no Carioca de 1987, o Flamengo entrou na Copa União sem ser considerado favorito, apesar do time com nomes como Renato Gaúcho, Bebeto, Leandro e o retorno de Zico. Na primeira fase da competição, os 16 times foram separados em dois grupos.

O Rubro-Negro entrou no grupo 1, que nesta fase cruzou os jogos com os times do grupo 2. Nas oito partidas, o time conseguiu somente duas vitórias, três empates e três derrotas. Com sete pontos, viu o Atlético-MG somar o dobro e conseguir a classificação para a semifinal pela liderança do turno. No outro grupo, o Internacional também conseguiu a vaga antecipada.

As coisas melhoraram na segunda fase, quando os times se enfrentaram dentro do próprio grupo. O Fla conseguiu quatro vitórias, dois empates e uma derrota em sete jogos. Com dez pontos, ficou na vice-liderança no grupo. Em situação normal, a participação do Flamengo terminaria ali, mas o líder do grupo tornou a ser o Atlético-MG, com 11 pontos. O regulamento previa nesse caso que a vaga na semifinal seria repassada ao segundo colocado no returno, e o Rubro-Negro avançou. No outro grupo, o Cruzeiro liderou e completou o mata-mata.

Os times classificados fizeram a semifinal mantendo a ordem dos grupos. O Fla recebeu o Atlético-MG no Maracanã no primeiro jogo, e saiu na frente do confronto com vitória por 1 a 0. No segundo jogo, o Flamengo calou o Mineirão ao vencer por 3 a 2, manteve a freguesia e conseguiu a vaga na final, contra o Internacional que derrubou o Cruzeiro.

Na final, Flamengo e Internacional se enfrentaram. No Beira-Rio, o Rubro-Negro conseguiu um bom empate em 1 a 1 na partida de ida. No Maracanã, Bebeto fez o gol do título logo no começo da partida de volta, e a vitória por 1 a 0 deu o quarto título nacional ao Flamengo.

A campanha do Flamengo:
19 jogos | 9 vitórias | 6 empates | 4 derrotas | 22 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Sebastião Marinho/O Globo

São Paulo Campeão Brasileiro 1986

O ano de 1986 foi um dos mais desorganizados do futebol brasileiro. A CBF mudou o nome da competição novamente para Copa Brasil, e transformou a segunda divisão em torneio paralelo, sem conceder título e os acessos sendo no mesmo ano. Dentro de campo, os Menudos do São Paulo se preparavam para o conquistar o segundo título do clube.

Na primeira fase, 44 times se dividiam em quatro grupos, com seis vagas por grupo e mais quatro por índice técnico. O restante dos times estariam automaticamente rebaixados. O Tricolor entrou no grupo 1 com mais dez adversários. Terminou a fase na liderança, com 17 pontos, sete vitórias e três empates. Invicto, se tornou o grande favorito na segunda fase.

Os 28 classificados viraram 32 (LER TEXTO ABAIXO), e se encontraram com os quatro times vindos do torneio paralelo, e essas 36 equipes formaram mais quatro grupos. Aqui, estavam previstas a classificação de quatro times e o rebaixamento de dois times por grupo. O São Paulo seguiu no grupo 1, e ao passar de 16 rodadas, se classificou na segunda posição, com sete vitórias, sete empates e duas derrotas. Com 21 pontos, ficou a um do líder Palmeiras.

Totalmente alheio ao que acontecia fora de campo (LER TEXTO ABAIXO), o São Paulo chegou nas oitavas de final, e enfrentou a Inter de Limeira. Após derrota no interior por 2 a 1, o Tricolor reverteu com 3 a 0 no Morumbi. Nas quartas, o adversário foi o Fluminense, que o São Paulo eliminou com vitória em casa por 2 a 0 e derrota fora por 2 a 1. Na semifinal, o Tricolor encontrou o America-RJ, surpresa do certame. Vitória simples no Morumbi por 1 a 0 e empate sofrido em 1 a 1 no Maracanã classificaram o São Paulo para a final contra o Guarani, já estourando em fevereiro de 1987.

O primeiro jogo foi no Morumbi, e acabou em 1 a 1. A grande emoção ficou para o Brinco de Ouro. Após 1 a 1 no tempo normal, a prorrogação registrou quatro gols. O time de Campinas vencia até os 14 minutos do segundo tempo, quando Careca empatou em 3 a 3 e levou a partida para os pênaltis. Nas cobranças, o Tricolor foi mais eficiente e venceu por 4 a 3, conquistando com muito heroísmo o seu bicampeonato brasileiro.

A campanha do São Paulo:
34 jogos | 17 vitórias | 13 empates | 4 derrotas | 62 gols marcados | 22 gols sofridos


Foto Sérgio Brezovsky/Placar

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As confusões de 1986 na Justiça

O primeiro problema começou na primeira fase. O Vasco não estava entre os classificados e entrou com um processo na Justiça Comum para anular a decisão do STJD, que concedera dois pontos para o Joinville no jogo contra o Sergipe, por caso de doping. A anulação da decisão daria a vaga catarinense para o Vasco. O Joinville também entrou na Justiça para garantir o seu direito, e a CBF decidiu classificar os dois clubes, eliminando a Portuguesa, punida por também haver entrado na Justiça em outro caso.

Vários clubes paulistas ameaçaram abandonar a competição em apoio a ela, o que fez com a CBF voltasse atrás em sua decisão e resolvesse classificar 33 clubes para a segunda fase. Porém, pela dificuldade em organizar a tabela da segunda fase com um número ímpar de clubes, foi decretada a promoção de mais três clubes pelo índice técnico. Assim, a segunda fase foi aumentada de 32 para 36 equipes.

A segunda confusão, ainda maior, começou na segunda fase e se estendeu para o ano seguinte. Entre os oito clubes que foram rebaixados na fase estava o Botafogo, que conseguiu pelo STJD permanecer na primeira divisão, e levou outros clubes a seguirem o mesmo caminho. Isso resultou na criação, no ano seguinte, do Clube dos 13 e da Copa União.

Coritiba Campeão Brasileiro 1985

O Campeonato Brasileiro de 1985 teve um dos regulamentos mais confusos da época. Foram 44 participantes divididos em dois níveis, cada um com dois grupos. Nos grupos 1 e 2 ficaram as 20 melhores equipes, nos grupos 3 e 4 ficaram as outras 24 equipes. A primeira fase foi disputada em dois turnos com chave cruzada. O campeão de cada turno e as duas melhores campanhas de cada grupo se classificou, totalizando 16 classificados. Em meio a tanta confusão, o Coritiba de Índio, Lela e Rafael correu por fora, cresceu na competição e arrancou para o seu maior título na história.

O Coxa entrou no grupo 1, mas não começou bem a Taça de Ouro. No turno, ficou apenas na sétima posição, com três vitórias, um empate e seis derrotas, marcando sete pontos, oito a menos que o líder Atlético-MG. No returno, o Alviverde melhorou e conseguiu a classificação para a segunda fase na liderança, com cinco vitórias, dois empate e três derrotas. Foram 12 pontos. Na soma dos dois turnos, o time ficou em sétimo lugar no grupo, com 19 pontos. O Atlético-MG fez a melhor campanha (25 pontos), com Corinthians e Guarani (23 pontos cada) conseguindo as outras vagas pelo índice técnico. 

Na segunda fase, os 16 times sobreviventes foram divididos em quatro grupos. O Coritiba foi sorteado no grupo 3, ao lado de Corinthians, Sport e Joinville. Jogando em dois turnos, o Coxa conseguiu a liderança e a classificação com oito pontos, três vitórias, dois empate e uma derrota. De cada grupo, saiu um time para a formação da semifinal.

O Coritiba enfrentou o Atlético-MG, enquanto na outra chave Bangu e Brasil de Pelotas surpreenderam o país. O Coxa avançou para a final com um gol logo no jogo de ida, na vitória por 1 a 0 no Couto Pereira. Na volta, segurou o 0 a 0 no Mineirão.

A grande final foi em partida única. Coritiba e Bangu estavam nela pela primeira vez. No Maracanã lotado, o Alviverde saiu na frente com um gol de Índio, mas levou o empate do time carioca ainda no primeiro tempo. O 1 a 1 persistiu no segundo tempo e na prorrogação, sendo necessário a disputa por pênaltis para decidir o campeão. Todos os jogadores acertaram as dez primeiras cobranças. Nas alternadas, o Bangu cometeu seu único erro, enquanto Gomes converteu a cobrança do título brasileiro do Coritiba, o primeiro da história do Paraná.

A campanha do Coritiba:
29 jogos | 12 vitórias | 7 empates | 10 derrotas | 25 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Rodolpho Machado/Placar