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Todos os brasileiros vice-campeões da Libertadores

Na série de vice-campeões, o blog traz os pôsteres dos brasileiros vice-campeões da Libertadores.
São 18 equipes que chegaram próximo, mas não faturaram o principal título do futebol sul-americano.
Para relembrar todos os campeões brasileiros na Libertadores, clique aqui.

Foto Buda Mendes/Getty Images

Foto Alexandre Vidal/Flamengo

Foto Alexandre Vianna/FPF

Foto Evaristo Sá/AFP/Getty Images

 Foto César Greco/Foto Arena/Gazeta Press

Foto Arquivo/Agência RBS

Foto Arquivo/São Paulo

Foto Djalma Vassão/Gazeta Press

Foto Arquivo/Santos

Foto Sergio Moraes/Reuters

Foto Paulo Pinto/Estadão

Foto Arquivo/Gazeta Press

Foto Arquivo/Grêmio

Foto Arquivo/Conmebol

Foto Arquivo/Cruzeiro

Foto Arquivo/Placar

Foto Arquivo/Palmeiras

Foto Arquivo/Placar

Cruzeiro Campeão Brasileiro Série B 2022

Foram três anos de sofrimento, incerteza e distância da elite do futebol brasileiro. Mas costumam dizer que são das dificuldades que sem vem a força. O Cruzeiro provou o gosto da Série B da pior forma, pois não conseguiu o acesso imediato após o rebaixamento em 2019. Ao contrário, chegou a flertar com a terceira divisão em alguns momentos. Até que 2022 chegou trazendo de volta uma antiga cria da casa, disposta a levantar o clube mais uma vez.

Depois de 28 anos, Ronaldo Fenômeno desembarcou em Belo Horizonte para adquirir a SAF cruzeirense. O ídolo tornou-se dono do futebol da Raposa e deu início ao processo de renovação do time. Em campo, um elenco renovado. No banco de reserva, o técnico uruguaio Paulo Pezzolano.

A Série B de 2022 contou outra vez com cinco campeões de Série A: Cruzeiro, Grêmio, Bahia, Vasco e Guarani, além do Criciúma vencedor da Copa do Brasil. Mas a Raposa não deu bola para os adversários e foi rumo ao acesso e ao título com uma campanha arrasadora. É bem verdade na estreia que o time perdeu por 2 a 0 para o Bahia em Salvador, porém esta foi uma das pouquíssimas derrotas no campeonato. Até a conquista inédita, foram só três reveses azuis. A primeira vitória veio no Mineirão, na segunda rodada, por 1 a 0 sobre o Brusque. A liderança foi obtida para não ser mais perdida na sétima partida, na vitória por 1 a 0 sobre o Náutico em Recife.

O acesso à primeira divisão chegou na 31ª rodada - com sete rodadas de antecedência -, na vitória por 3 a 0 sobre o Vasco no Mineirão. Na partida seguinte, o Cruzeiro goleou por 4 a 1 a Ponte Preta no Mineirão. Dois dias depois, o Grêmio perdeu para o Sampaio Corrêa e o Bahia caiu ante a Chapecoense. A combinação de resultados tornou possível a conquista antecipada do título cruzeirense, com 71 pontos em 32 jogos, 18 a mais que os gremistas e 19 a mais que os baianos.

A campanha do Cruzeiro:
38 jogos | 23 vitórias | 9 empates | 6 derrotas | 57 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Thomas Santos/Staff Images/Cruzeiro

Todos os campeões da Supercopa do Brasil Sub-20

Para abrir 2022, o último compilado das competições de base masculinas da CBF, a Supercopa do Brasil Sub-20. Disputada entre 2017 e 2019 em ida e volta, e desde 2020 em partida única, a competição que reúne o campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil sub-20 foi a que encerrou definitivamente a temporada de 2021.

Foto Cleiton Ramos/CBF

Foto Bruno Lopes/Vasco

Foto Thais Magalhães/CBF

Foto Ricardo Matsukawa/Staff Images/CBF

Foto Lucas Figueiredo/CBF

Cruzeiro Campeão da Libertadores 1997

A segunda metade dos anos 90 marcou o maior domínio brasileiro visto na Libertadores até então. Foram quatro títulos em cinco edições entre 1995 e 1999. A jornada iniciada pelo Grêmio só foi quebrada em 1996, com o River Plate. Dali para frente o país emendou três taças, começando pelo Cruzeiro em 1997.

O clube quebraria uma fila de 21 anos no torneio, o qual garantiu sua vaga ao vencer a Copa do Brasil do ano anterior. Ao lado do Grêmio e dos peruanos Alianza Lima e Sporting Cristal, a Raposa ficou no grupo 4.

Mas o começo do clube mineiro foi péssimo: derrotas por 2 a 1 para o Grêmio, em pleno Mineirão, e mais duas por 1 a 0 para o Alianza e o Cristal, em Lima. A recuperação cruzeirense aconteceu a tempo com três vitórias no returno, por 1 a 0 sobre o Grêmio no Olímpico, por 2 a 0 sobre o Alianza Lima e 2 a 1 sobre o Sporting Cristal, as duas no Mineirão. Com nove pontos, o time ficou em segundo lugar, três pontos atrás dos gaúchos e um à frente do Cristal.

E quem pensa que as coisas seriam mais fáceis no mata-mata se enganou. O Cruzeiro enfrenou o El Nacional, do Equador, nas oitavas de final. Perdeu por 1 a 0 em Quito e fez 2 a 1 em Belo Horizonte, se classificando ao vencer por 5 a 3 nos pênaltis.

Nas quartas, em novos encontros com o Grêmio, a Raposa venceu por 2 a 0 no Mineirão e perdeu por 2 a 1 no Olímpico. A semifinal foi contra o Colo Colo. No Mineirão, vitória simples por 1 a 0. Em Santiago, o time chileno aplicou 3 a 2 e o Cruzeiro precisou novamente dos pênaltis, vencendo por 4 a 1.

Na final, o reencontro com o Sporting Cristal, que eliminou Vélez Sarsfield, Bolívar e Racing. A partida de ida foi em Lima, e o time treinado por Paulo Autuori segurou o 0 a 0 no placar. Foi o único jogo sem derrota que o Cruzeiro teve como visitante em toda a competição.

A volta foi em Belo Horizonte, e 95 mil torcedores viram no Mineirão o time de Dida, Palhinha, Ricardinho e Marcelo Ramos conseguir a vitória por 1 a 0, gol marcado por Elivélton. Mesmo com os problemas e as críticas, o Cruzeiro conquistava o bicampeonato da Libertadores.

A campanha do Cruzeiro:
14 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 6 derrotas | 15 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Eugênio Sávio/Placar

Cruzeiro Campeão da Libertadores 1976

O domínio castelhano na Libertadores foi longo, principalmente com a Argentina. Mas o Brasil quebraria essa história em 1976. Vice-campeão brasileiro de 1975, o Cruzeiro, garantiu vaga para sua terceira participação no torneio sul-americano. Nada foi capaz de parar a Raposa.

No grupo 3 da primeira fase, ao lado dos paraguaios Olimpia e Sportivo Luqueño e do próprio Internacional, o Cruzeiro começou a competição com históricos 5 a 4 sobre os gaúchos no Mineirão. Na sequência, a Raposa foi ao Paraguai e fez 3 a 1 sobre o Luqueño e 2 a 2 com o Olimpia. No returno, 4 a 1 sobre o Luqueño em Belo Horizonte e 2 a 0 sobre o Inter no Beira-Rio. A fase foi encerrada com goleada por 4 a 1 sobre o Olimpia, em casa. O Cruzeiro se classificou marcando 11 pontos.

Na fase semifinal, os adversários foram a LDU Quito, do Equador e o Alianza Lima, do Peru. A campanha recomeçou fora de casa, com 3 a 1 sobre os equatorianos e 4 a 0 sobre os peruanos. Quando então ocorreu uma tragédia: a morte do atacante Roberto Batata em um acidente de carro. De luto, os cruzeirenses homenagearam o colega com uma goleada de 7 a 1 sobre o Alianza, no Mineirão. A vaga na final foi confirmada com 4 a 1 sobre a LDU.

O adversário na decisão foi o River Plate, que superou na semi o Independiente e o Peñarol. A ida foi no Mineirão, e o Cruzeiro goleou os argentinos por 4 a 1. A volta foi no Monumental de Nuñez, mas a Raposa perdeu por 2 a 1.

Assim, restou fazer uma partida extra no Chile, no Nacional de Santiago. Lá, os mineiros fizeram dois gols mas cederam o empate em seguida. Até que, aos 43 minutos do segundo tempo, o Cruzeiro teve uma falta frontal. Nelinho estava pronto para bater, quando Joãozinho se intrometeu e colocou a bola no ângulo. A vitória por 3 a 2 fez da Raposa campeã da Libertadores de 1976 com justiça, consagrando o elenco de Raul, Nelinho, Piazza, Palhinha e Jairzinho.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 46 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Célio Apolinário/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa Sul-Minas 2002

A última edição da Copa Sul-Minas fez parte do plano que pretendia implantar o calendário quadrienal no futebol brasileiro, em que que os regionais teriam a presença dos clubes grandes e suplantariam os estaduais, que passariam a ter somente os times de menor expressão. A competição foi transformada em liga, com os 16 participantes se enfrentando em turno único. A pior equipe de cada Estado seria rebaixada e substituída pela campeã estadual do ano anterior.
Campeão vigente, o Cruzeiro chegou outra vez com força para buscar o bicampeonato. Sua estreia foi contra o Atlético-PR, vencendo fora de casa por 2 a 0. Foram quatro vitórias nas primeiras rodadas, até o empate por 3 a 3 com o Internacional em Porto Alegre, na quinta rodada. Uma partida inesquecível aconteceu na sexta partida, ao golear o América-MG em casa por 7 a 0. Ao todo, a Raposa conseguiu 11 vitórias, dois empates e duas derrotas em 15 jogos, garantindo a classificação antecipadamente e na liderança, com 35 pontos e seis de vantagem sobre o vice Atlético-PR. Na semifinal, o Cruzeiro eliminou o rival o Atlético-MG ao ganhar por 4 a 2 nos pênaltis, depois de dois empates por 1 a 1.
A final foi contra o Atlético-PR, que era o campeão brasileiro do momento. A primeira partida foi jogada na Arena da Baixada, e a Raposa abriu vantagem ao vencer por 2 a 1. O segundo jogo foi no Mineirão, e com gol do argentino Sorín (que fazia sua despedida do clube), o Cruzeiro venceu por 1 a 0 e garantiu mais um título da Copa Sul-Minas, a última.
O calendário quadrienal foi atropelado pelo Brasileirão de pontos corridos em 2003, os regionais foram descontinuados, os grandes voltaram para sua vida nos estaduais, e um esboço de competição entre Sul e Minas Gerais só seria visto novamente 14 anos depois, com o acréscimo de um sotaque carioca.

A campanha do Cruzeiro:
19 jogos | 13 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 39 gols marcados | 16 gols sofridos


Foto Eugênio Sávio/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa Sul-Minas 2001

Mesmo regulamento e o começo de um domínio na Copa Sul-Minas. Em 2001, o Cruzeiro não deu colher de chá para nenhum dos seus adversários e, sem perder nenhuma partida, conquistou o primeiro de seus dois títulos na competição. O feito proporcionou um fato inédito até então, o de um mesmo clube vencer por duas regiões diferentes, já que os mineiros haviam levado uma taça pelo Centro-Oeste dois anos antes.
Os 12 participantes foram definidos através da classificação nos estaduais do ano anterior, e desta vez os quatro Estados contaram com três equipes. A Raposa ficou no grupo C, e estreou vencendo o Internacional por 2 a 0 em pleno Beira-Rio. O time jamais perderia no torneio: contra o Paraná em casa, vitória por 3 a 1. Em Santa Catarina, empate sem gols com o Joinville. De volta ao Mineirão, goleou os catarinenses por 4 a 0. Em Curitiba, empate por 1 a 1 com os paranaenses. E na última rodada, 2 a 2 em casa com os gaúchos. Com 12 pontos, o Cruzeiro encerrou a primeira fase na liderança. A semifinal proporcionou dois clássicos contra o Atlético-MG no Mineirão. No primeiro, empate por 1 a 1. No segundo, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari venceu por 3 a 1 e chegou à final.
O Coritiba foi a última parada do time cruzeirense. A cruzada invicta do clube teve seus dois contornos derradeiros no Couto Pereira e no Mineirão. Na ida na capital paranaense, o Cruzeiro abriu excelente vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Jackson e Oséas. Na volta em Belo Horizonte, a Raposa ampliou ainda mais sua frente, vencendo por 3 a 0. Os gols foram marcados por Jorge Wagner, Geovanni e Marcelo Ramos, todos no segundo tempo. A conquista foi a única boa notícia da Raposa em 2001, ano em que passou longe de ser feliz no estadual, na Libertadores, na Copa dos Campeões e no Brasileirão.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Cruzeiro

Cruzeiro Campeão da Copa Centro-Oeste 1999

Os campeonatos regionais apresentavam um bom crescimento no fim dos anos 90. Mas nem todas as regiões eram contempladas no começo. Foi só em 1999 que o Centro-Oeste e o Sul ganharam uma competição, juntando-se ao Nordeste e Norte. O Sudeste também possuía seu torneio, mas ele ficava resumido a Rio de Janeiro e São Paulo. Órfãos, Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins (que também sobrou no Norte) acabaram incorporados à Copa Centro-Oeste, que tornava a ser disputada depois de 15 anos. Foram três edições "pré-históricas": em 1976, vencida pelo Mixto, 1981, conquistada pelo Gama, e 1984, ganha pelo Guará-DF.

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A recriação da Copa Centro-Oeste em 1999, junto aos outros regionais, foi uma tentativa da CBF em fortalecer o calendário do primeiro semestre dos clubes grandes do Brasil sem desagradar as federações estaduais, que ganhariam mais um qualificador para seus campeonatos. Sete Estados marcaram presença na estreia, somando ao todo dez participantes. O "intruso" Minas Gerais entrou com quatro representantes. Espírito Santo e Tocantins - os outros convidados - colocaram um time cada, bem como os quatro nativos.
Na primeira fase, as equipes foram divididas em três grupos, sendo um quadrangular só com os mineiros e dois triangulares com o restante. Assim ficou fácil de perceber o favoritismo recaindo sobre a dupla Cruzeiro e Atlético-MG, que iriam eliminar um ao outro antes da decisão, assim como Vila Nova e Gama, que também ficaram na mesma chave. E não deu outra. Galo e Raposa fizeram dez pontos cada e confirmaram suas vagas na semifinal ante América-MG e Villa Nova, enquanto o Vila goiano passou pelos candangos, para ficar de frente com o Operário-MT, o líder do terceiro grupo.
Apesar de ter sido vice-líder na primeira fase, o Cruzeiro se deu bem nos dois clássicos contra o Atlético: venceu por 3 a 2 e por 3 a 0. Mas a grande vitória aconteceu na partida única da semifinal, por impiedosos 5 a 1. Com um embalo desses, a Raposa encarou o Vila Nova na final da Copa Centro-Oeste. A ida foi no Mineirão, com vitória azul por 3 a 0. A volta foi no Serra Dourada, mas o Vila aplicou 2 a 1 no time mineiro e forçou um terceiro jogo, pois o saldo de gols não tinha validade nas duas partidas iniciais. Só na última, também em Goiânia, que acabou 0 a 0 e deu ao Cruzeiro o título.
A Copa Centro-Oeste dava ao seu campeão uma vaga na Copa Conmebol, mas o Cruzeiro já participava da Mercosul no mesmo período. Então foi o vice Vila Nova quem jogou, sendo eliminado pelo CSA nas oitavas de final.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 21 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Eugênio Sávio/Placar

Cruzeiro Campeão da Recopa Sul-Americana 1998

A primeira era da Recopa Sul-America estava próxima do fim. Depois do título gremista em 1996, a Conmebol organizou só mais duas edições antes da paralisação. Em 1997, dois argentinos na partida realizada em Kobe. Vélez Sarsfield e River Plate empataram por 1 a 1 no tempo normal, e nos pênaltis a equipe do Liniers venceu por 4 a 2.

A edição de 1998 deveria ter ocorrido como as anteriores, com jogo único no Japão, mas Cruzeiro, River Plate e Conmebol não conseguiram acertar uma data para a disputa. O ano passou, as duas equipes até se enfrentaram pela Copa Mercosul, mas nada foi decidido.

Então chegamos em 1999. Coincidentemente, brasileiros e argentinos ficaram novamente no mesmo grupo da Mercosul. Assim, para não deixar passar mais um cavalo encilhado, a Conmebol utilizou os dois confrontos para definir o campeão da Recopa equivalente a 1998. Os jogos aconteceram entre agosto e setembro. Não se confunda: as partidas foram em 1999, mas valeram por 1998.

A ida foi em Belo Horizonte, no Mineirão. Com tranquilidade, o Cruzeiro conseguiu abrir uma boa vantagem, vencendo por 2 a 0, gols de Müller e Geovanni. A volta foi em Buenos Aires, no Monumental de Nuñez. Pouco mais de 20 mil argentinos se animaram a ver um River Plate quase eliminado na Mercosul e que precisava devolver três gols. A trinca foi marcada, mas pela Raposa.

Aos 18 minutos do primeiro tempo, Geovanni recebeu lançamento de Marcos Paulo, arrancou pelo lado esquerdo e fez um lindo gol por cobertura, sem chances para o goleiro Bonano. Aos 37 minutos do segundo tempo, o meia Paulo Isidoro sofreu pênalti. Marcelo Ramos cobrou no meio do gol, marcando o segundo cruzeirense. O terceiro gol saiu aos 47 minutos, com o lateral Gustavo entrando pela direita e chutando cruzado.

O 3 a 0 no placar consumou a primeira conquista da Recopa para o Cruzeiro, que assim superou os vices seguidos de 1992 e 1993. E após 1998/99, a competição entrou em recesso. Sem Copa Conmebol, e com Mercosul e Merconorte dividindo o confederação, não havia mais adversário para confrontar com o vencedor da Libertadores até 2002.


Foto Arquivo/Jornal Hoje em Dia

Cruzeiro Campeão Mineiro 2019

O Cruzeiro é mais uma vez campeão mineiro. O time celeste conseguiu seu 39º estadual de maneira invicta, algo que aconteceu pela última vez há exatos dez anos. A Raposa teve sete vitórias e quatro empates na primeira fase, ficando na vice-liderança com 25 pontos.

Nas quartas de final, eliminou o Patrocinense ao golear por 5 a 0 no Mineirão. Na semifinal, passou pelo América-MG com duas vitórias: 3 a 2 fora e 3 a 0 em casa.

Na final, enfrentou mais uma vez seu maior rival, o Atlético-MG. Na ida no Mineirão, vitória cruzeirense por 2 a 1. Na volta no Independência, empate por 1 a 1, com o gol do título marcado pelo atacante Fred, de pênalti. Desta forma, a Raposa manteve a hegemonia em Minas Gerais, agora como bicampeão.


Foto Divulgação/O Tempo

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2018

A cor da Copa do Brasil é azul. Em 2018, mais uma vez sob o comando de Mano Menezes, o Cruzeiro chegou a mais um título da competição nacional, e de uma vez só quebrou duas barreiras. A primeira, a de ter se tornado no maior vencedor, com seis títulos, e enfim ter ultrapassado o Grêmio. A segunda, a de ser o primeiro clube a conquistar dois títulos seguidos. Levando em conta que, até 2001 e desde 2014, isso era possível de acontecer mas jamais tinha acontecido, é um feito e tanto.

Como integrante da Libertadores, a Raposa entrou na disputa da Copa do Brasil já nas oitavas de final, dispensando as quatro primeiras fases. Como novidade no regulamento, tivemos o fim da regra do gol fora de casa desde a primeira etapa. O primeiro adversário cruzeirense foi o Athletico-PR. No primeiro jogo, vitória por 2 a 1 na Arena da Baixada. Na segunda fase, o empate em 1 a 1 no Mineirão serviu para a classificação azul.

Nas quartas de final, o Cruzeiro enfrentou o Santos. A ida foi disputada na Vila Belmiro, e a equipe mineira venceu por 1 a 0. A volta ocorreu em Belo Horizonte, mas os santistas impuseram derrota por 2 a 1 em cima da Raposa. O confronto foi decidido nos pênaltis. Foi então que a estrela do goleiro Fábio brilhou com três cobranças defendidas, e a vitória por 3 a 0 colocou o time na semifinal.

Na semi, o Cruzeiro encontrou outra vez o Palmeiras, em uma das maiores rivalidades que a Copa do Brasil possui na história. O jogo de ida foi realizado em São Paulo, no Allianz Parque, e a Raposa novamente voltou da viagem com vitória por 1 a 0 na bagagem. A partida de volta foi no Mineirão, e outro empate por 1 a 1 garantiu o time azul na final, a sua oitava na história.

O adversário da decisão foi o Corinthians, que eliminou Vitória, Chapecoense e Flamengo. A primeira partida foi em Belo Horizonte, no Mineirão, mas a Raposa ainda não tinha nenhuma vitória em casa. Conseguiu a primeira justamente onde mais precisou, por 1 a 0, com gol de Thiago Neves. A vantagem era mínima para a partida de volta, mas em São Paulo, na Arena Corinthians, o Cruzeiro voltou a neutralizar o adversário, jogando em cima de seus erros. Com gols de Robinho e De Arrascaeta, venceu de novo, por 2 a 1, e se sagrou hexacampeão da Copa do Brasil.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 5 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 10 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Vinnicius Silva/Cruzeiro

Cruzeiro Campeão Mineiro 2018

Com uma campanha praticamente perfeita, o Cruzeiro é o grande campeão do Mineiro. Líder invicto da primeira fase, com nove vitórias e dois empates, a Raposa eliminou nas quartas de final o Patrocinense, em jogo único. Na semifinal, duas vitórias sobre o Tupi, em Juiz de Fora e em Belo Horizonte.

Na final, o clássico com o Atlético-MG, e no Independência, a única derrota foi por 3 a 1. Esse gol marcado fora de casa fez a diferença para o Cruzeiro, que fez 2 a 0 no Mineirão, e conquista seu 38º título estadual (incluindo o Supercampeonato de 2002).


Foto Ramon Lisboa/Estado de Minas/D.A Press

Cruzeiro Campeão Brasileiro 2014

O futebol do Cruzeiro continuou lá em cima no ano de 2014, com a conquista do tetra do Campeonato Brasileiro. E o título veio com mais facilidade do que no ano anterior, embora ter sido duas rodadas mais tarde.

A estreia da Raposa foi vitoriosa, 2 a 1 sobre o Bahia na Fonte Nova. Ainda sem estar na liderança, a primeira derrota cruzeirense foi na quarta rodada, no clássico para o Atlético-MG por 2 a 1 no Independência. O primeiro lugar veio na sexta rodada, na vitória de 2 a 0 sobre o Sport no Mineirão. E desde então o Cruzeiro não soltou mais a liderança do Brasileirão.

A equipe sobreviveu a parada de mais de um mês para a Copa do Mundo no Brasil, a virada de turno e a uma aproximação de tabela do São Paulo na 21ª rodada. Firme e forte a cada rodada, o time Celeste foi se distanciando dos demais adversários na classificação.

O time de Ricardo Goulart, Everton Ribeiro, Fábio e Marcelo Moreno foi recompensado com o esforço na 36ª rodada, quando o quarto título brasileiro foi consumado na vitória de 2 a 1 sobre o Goiás no Mineirão. A campanha do Cruzeiro em 2014 foi melhor que a de 2013. Foram 80 pontos nas 38 rodadas, 24 vitórias, oito empates e seis derrotas. E foi também a última vez na história do Brasileirão em que um time foi campeão duas vezes seguidas.

A campanha do Cruzeiro:
38 jogos | 24 vitórias | 8 empates | 6 derrotas | 67 gols marcados | 38 gols sofridos


Foto Gustavo Theza/Brazil Photo Press/Estadão

Cruzeiro Campeão Brasileiro 2013

Dez anos depois, o Cruzeiro voltou a dominar o Campeonato Brasileiro e conquistou o tricampeonato em 2013. E do mesmo jeito que foi no segundo título, o time foi líder da classificação com uma grande dose de tranquilidade. O que não foi tranquila foi a briga contra o rebaixamento. Ao término do campeonato, a Portuguesa foi denunciada pelo STJD por ter escalado o jogador Héverton irregularmente.

O atleta foi punido com dois jogos de suspensão por ter sido expulso na 36ª rodada, mas cumpriu apenas um e não poderia atuar na rodada final. O clube foi punido com a perda de quatro pontos, sendo rebaixado para a Série B no lugar do Fluminense. Também por escalação irregular, o Flamengo foi punido igualmente e ficou uma posição acima da zona de rebaixamento.

Alheio aos fatos, a Raposa já começou o Brasileirão como líder, com a goleada em casa sobre o Goiás por 5 a 0. O posto foi deixado no jogo seguinte, no empate fora de casa com o Atlético-PR em 2 a 2, e a primeira derrota veio na terceira partida, por 2 a 1 para o Botafogo, também fora. A liderança só foi recuperada na nona rodada, na goleada de 4 a 1 no clássico com o Atlético-MG no Mineirão.

Na rodada seguinte, a derrota para o Fluminense por 1 a 0 no Maracanã tirou o primeiro lugar do Cruzeiro novamente, e recolocou o Botafogo, na única briga pela ponta que o campeonato viu. Na 12ª rodada, a Raposa venceu o Criciúma por 2 a 1 fora de casa e voltou ao primeiro lugar. Um outro revés na 14ª rodada, por 3 a 1 para o Grêmio em Porto Alegre, tirou a liderança cruzeirense pela última vez. Na 16ª rodada, o Cruzeiro se tornou líder definitivo ao vencer a Ponte Preta em Campinas por 2 a 0. O turno virou, nenhum time encostou na Raposa, e o time arrancou calmamente para o título.

Na 34ª rodada, o Cruzeiro venceu o Vitória por 3 a 1 no Barradão, e conquistou o sonhado tri brasileiro. O time encerrou a competição com 76 pontos, 11 a mais que o vice Grêmio, e 23 vitórias, sete empates e oito derrotas. A conquista de 2013 foi a primeira da hegemonia que durou até o ano seguinte.

A campanha do Cruzeiro:
38 jogos | 23 vitórias | 7 empates | 8 derrotas | 77 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Felipe Oliveira/AGIF

Cruzeiro Campeão Brasileiro 2003

Muita gente passou décadas pedindo um campeonato nacional na forma de pontos corridos. E em 2003 a CBF os atendeu, ao acabar com qualquer confronto de mata-mata no regulamento. Os 24 participantes daquele ano tiveram que disputar dois turnos inteiros, em 46 rodadas, com o time que conquistasse mais pontos se tornando o campeão.

Vencendo somente Copas do Brasil e (sete anos antes da unificação dos títulos) a Taça Brasil de 1966, o Cruzeiro montou uma equipe quase imbatível, com jogadores como Alex, Aristizábal, Maicon, Luisão e Maldonado. O time treinado por Vanderlei Luxemburgo entrou como um dos favoritos e embalado pelo tetra na Copa do Brasil.

A Raposa estreou no Brasileirão em Belo Horizonte, empatando em 2 a 2 com o São Caetano. A primeira vitória veio na rodada seguinte, fora de casa, contra o São Paulo por 4 a 2. A liderança foi assumida pela primeira vez na quarta rodada, na vitória por 4 a 3 sobre o Coritiba no Couto Pereira. Na sexta partida, um empate em 1 a 1 com o Guarani em Campinas tirou a equipe Celeste do primeiro lugar, colocando no lugar o Internacional.

Na oitava rodada, a vitória fora de casa sobre o Santos por 2 a 0 deu a liderança novamente ao Cruzeiro. A primeira derrota só aconteceu na décima rodada, por 2 a 1 para o Vitória no Barradão. Na 16ª rodada, o líder mudou mais uma vez com a derrota cruzeirense para o Figueirense por 1 a 0,  em Florianópolis. 

O Santos tomou a ponta, mas a Raposa a recuperou na partida seguinte ao vencer o Fortaleza no Mineirão por 2 a 0. O turno encerrou com o Cruzeiro em primeiro, e assim ele permaneceu até a rodada 28, quando a derrota fora de casa por 1 a 0 para o Goiás colocou outra vez o Santos na liderança. O primeiro lugar cruzeirense foi conquistado em definitivo na 29ª rodada, quando venceu por 4 a 1 o Guarani, em Belo Horizonte.

Empilhando vitórias e gols, o Cruzeiro chegou ao título histórico na 44ª rodada, ao vencer o Paysandu por 2 a 1, no Mineirão. A Raposa ainda fecharia a competição com goleadas de 5 a 2 sobre o Fluminense, em casa, e de 7 a 0 sobre o Bahia, fora. No final, o Cruzeiro fez incríveis 100 pontos em 46 jogos, com 31 vitórias, sete empates, oito derrotas e 102 gols marcados. Pela primeira vez uma equipe superou 100 gols em uma só edição do Campeonato Brasileiro. Em grande estilo, o Raposa quebrou 37 anos de jejum e levou o bicampeonato.

A campanha do Cruzeiro:
46 jogos | 31 vitórias | 7 empates | 8 derrotas | 102 gols marcados | 47 gols sofridos


Foto Alexandre Mota/O Tempo

Cruzeiro Campeão Brasileiro 1966

O resultado final da Taça Brasil de 1966 pode ser considerado um marco no futebol brasileiro. Antes do título do Cruzeiro (e com a exceção do Bahia em 1959), apenas o futebol de São Paulo e do Rio de Janeiro (Guanabara) eram vistos como fortes o suficiente para representar o país. A vitória do clube mineiro serviu como estopim para a integração nacional dos clubes e fortalecimento dos clubes de fora do eixo Rio-SP.

Assim, surgiu a ideia, concretizada em 1967 pelas federações paulista e carioca de futebol, de ampliar o já famoso Torneio Rio-São Paulo, com a entrada de grandes clubes dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, ficando conhecido como Torneio Roberto Gomes Pedrosa ou Robertão.

O Cruzeiro entrou no torneio em uma fase intermediária, no Grupo Centro. Aguardou uma disputa entre Anápolis de Goiás, Rabello do Distrito Federal, Desportiva do Espírito Santo e Americano do Rio de Janeiro. Enfrentou o time fluminense, e se classificou com duas goleadas, por 4 a 0 e 6 a 1.

Na final da Zona Sul, encarou o Grêmio. Depois de empatar sem gols no Olímpico, venceu por 2 a 1 no Mineirão. Na semifinal, venceu as duas partidas contra o Fluminense, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. A final foi contra o Santos, que buscava o hexa.

Em dois jogos cercados de expectativa, o Cruzeiro não entrou como favorito. Mas destruiu qualquer prognóstico no Mineirão. Vitória por 6 a 2, fora o baile de Tostão, Dirceu Lopes, Evaldo e Piazza. Com a vantagem, foi ao Pacaembu, e voltou a se impor: venceu lá por 3 a 2, com uma virada histórica no segundo tempo. Raposa campeã.

A campanha do Cruzeiro:
8 jogos | 7 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Estado de Minas

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2017

A Copa do Brasil mudou mais uma vez em 2017. A CBF aumentou o número de participantes para 91, além de ter feito alterações importantes no regulamento. Como o fim dos jogos de ida e volta nas duas primeiras fases. Elas passaram a acontecer em partidas únicas. Na primeira etapa, com vantagem do empate para os visitantes. Na segunda, com disputa de pênaltis em caso de igualdade. Para completar, foi adicionada a quarta fase antes do afunilamento nas oitavas.

Das 91 vagas, 70 ficaram com as federações estaduais, dez com o Ranking da CBF e 11 para os oito melhores do Brasileirão do ano anterior e os campeões da Série B, Copa do Nordeste e Copa Verde. E no meio dessa salada se sobressaiu um mestre na arte de vencer copas, o Cruzeiro, comandado por Mano Menezes, que enfim chegou ao seu quinto título na Copa do Brasil depois de 14 anos.

Presente desde a primeira fase, a Raposa estreou contra o Volta Redonda, vencendo no Raulino de Oliveira por 2 a 1. Na segunda fase, o time não tomou conhecimento do São Francisco, do Pará, e goleou por 6 a 0 no Mineirão. Na terceira fase, foi a vez de encarar o Murici, de Alagoas, e o Cruzeiro conseguiu a classificação com mais duas vitórias, por 2 a 0 no interior alagoano, e por 3 a 0 em Belo Horizonte.

Na quarta fase, veio um confronto cascudo com o São Paulo. Mas a Raposa não se intimidou com a pressão do Morumbi no jogo de ida e venceu por 2 a 0. Porém, no Mineirão, o Cruzeiro não resistiu e acabou derrotado por 2 a 1, resultado que não afetou a classificação às oitavas de final. 

Nas oitavas de final, o adversário foi a Chapecoense, e uma vitória por 1 a 0 em Minas garantiu ao Cruzeiro avançar de fase com empate por 0 a 0 em Chapecó. Nas quartas, dois jogos emocionantes com o Palmeiras. No primeiro, o empate em 3 a 3 em São Paulo deu à Raposa a vantagem dos gols fora de casa, permitindo outro empate em 1 a 1 no Mineirão.

Na semifinal, o enfrentamento foi com o Grêmio, que um ano antes eliminou a Raposa nessa mesma fase. A ida foi na Arena gremista em Porto Alegre, os cruzeirenses acabaram derrotados por 1 a 0. Na volta em Belo Horizonte, o resultado foi devolvido, e nos pênaltis os mineiros venceram por 3 a 2.

A final foi contra o Flamengo, que superou Atlético-GO, Santos e Botafogo. Mas, diferentemente de 2003, a reedição da decisão foi mais tensa. No Maracanã, o Cruzeiro saiu perdendo, mas buscou o empate por 1 a 1 com gol do uruguaio De Arrascaeta. No Mineirão, os times não saíram do 0 a 0. Nos pênaltis, a Raposa não decepcionou, vencendo por 5 a 3 e comemorando o pentacampeonato.

A campanha do Cruzeiro:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Pedro Vilela/Getty Images

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2003

Vencer um título nacional é muito difícil. Dois, então, muito mais. E se for dois no mesmo ano, é praticamente impossível. Não para o Cruzeiro, que em 2003 levou para casa as taças do Brasileirão (o primeiro em pontos corridos) e da Copa do Brasil, que somadas ao estadual configuraram a obtenção da tríplice coroa. A copa, inclusive, foi a quarta do clube mineiro, especialista do formato.

A façanha da Raposa só foi possível graças à combinação de nomes, no auge ou em ascensão: Alex, Deivid, Aristizábal, Gomes, Maicon e Luisão foram os pilares em campo. Fora dele, Vanderlei Luxemburgo estava no melhor momento da carreira.

A campanha do tetra do Cruzeiro começou diante do Rio Branco-ES. No Kleber Andrade, em Cariacica, o time mineiro venceu por 4 a 2 e eliminou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Coríntians-RN (a escrita é essa mesmo). Na ida, empate por 2 a 2 em Caicó, no interior potiguar. Na volta, goleada soberana por 7 a 0 no Mineirão.

O adversário da Raposa nas oitavas de final foi o Vila Nova. A primeira partida aconteceu em Belo Horizonte, com vitória azul por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serra Dourada, em Goiânia, e o Cruzeiro voltou a triunfar, por 2 a 1. Nas quartas, dois confrontos contra o Vasco, com vitória por 2 a 1 no Mineirão, e empate por 1 a 1 em São Januário.

A semifinal foi contra o Goiás, e o primeiro jogo foi disputado no Serra Dourada. De maneira emocionante, o Cruzeiro venceu por 3 a 2 e fez vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a Raposa voltou a vencer de maneira apertada, por 2 a 1, para chegar em outra final, a quinta de sua história.

Na decisão, o Cruzeiro encontrou o Flamengo, que passou por Botafogo-PB, Ceará, Remo, Vitória e Sport. A ida foi realizada no Maracanã, e foi de domínio cruzeirense. De letra, Alex abriu o placar para os mineiros, mas os cariocas marcaram 1 a 1 aos 48 minutos do segundo tempo. A volta ocorreu no Mineirão, e teve atuação de luxo da Raposa. No primeiro minuto de jogo, Deivid abriu o placar. Aos 15, Aristizábal fez o segundo. Aos 28, Luisão fez o terceiro e sacramentou o título do Cruzeiro. O Flamengo até descontou para 3 a 1, mas não diminuiu o show azul.

A campanha do Cruzeiro:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Paulo Euler

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2000

Um novo milênio começou no ano 2000, e junto com ele a Copa do Brasil passou por mais uma mudança, algo que foi constante desde 1995. A alteração da vez foi o aumento do número de participantes de 64 para 69. A conta era simples: 54 clubes via estadual, dez convidados e os cinco classificados na Libertadores, que entraram apenas nas oitavas de final. De tal forma, foi necessária a criação de mais uma fase para acomodar todos os clubes.

O título não ficou com nenhum participante da Libertadores, mas sim com um clube que entrou desde o início, e faria até então a campanha mais longa de um vencedor da Copa do Brasil. Pela terceira vez, e da maneira mais épica, o Cruzeiro chegaria lá. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Gama, após empate por 1 a 1 em Brasília, e goleada por 4 a 1 no Mineirão.

Na segunda fase, o adversário foi o Paraná. A ida foi disputada no Pinheirão, em Curitiba, e o Cruzeiro venceu por 2 a 0, dispensando a partida de volta. Na terceira fase, foi a vez de enfrentar o Caxias. No primeiro jogo, 3 a 1 para a Raposa no Estádio Centenário, no interior gaúcho. Mas a regra do visitante já não contava mais àquela altura. Os mineiros tiveram de fazer a volta em Belo Horizonte, e golearam por 6 a 1.

O Cruzeiro foi às oitavas de final, e jogou contra o Athletico-PR. Na ida, venceu por 2 a 1 no Mineirão. Na volta, empatou por 2 a 2 na Arena da Baixada. Nas quartas, a vítima azul foi o Botafogo, com vitória por 3 a 2 em Belo Horizonte, e empate sem gols no Rio de Janeiro.

Na semifinal, a Raposa encarou o Santos. A primeira partida foi realizada no Mineirão, e a equipe conseguiu vencer pela confortável vantagem de 2 a 0. O segundo jogo aconteceu na Vila Belmiro, e os mineiros obtiveram a classificação à decisão depois de empatar por 2 a 2.

A final foi entre Cruzeiro e São Paulo, que entrou na competição diretamente na segunda fase e superou Comercial-MS, Sinop, América-RN, Palmeiras e Atlético-MG. A ida foi disputada no Morumbi, e ficou empatada por 0 a 0. A volta, tensa, foi no Mineirão. Os paulistas abriram o placar aos 21 minutos do segundo tempo e ficaram perto da taça. O empate cruzeirense só veio aos 35, com Fábio Júnior, mas era insuficiente. Até que, aos 45, uma falta foi apontada na frente da grande área. Geovanni bateu rasteiro, a bola passou no meio da barreira e foi para a rede: 2 a 1 para o Cruzeiro, tricampeão.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/EM/D.A Press

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 1996

Depois de sete anos, finalmente era possível dizer que a Copa do Brasil fazia pleno sucesso, não apenas na arquibancada como também na televisão. O título do Corinthians em 1995 rendeu ao SBT a maior audiência da história do canal até aquele momento. Era a justificativa que a CBF precisava para poder vender a competição para patrocinadores.

Para 1996, as modificações que haviam sido implantadas um ano antes sofreram alterações. O número de times convidados subiu para oito, o que elevou os participantes para 40, com oito confrontos na fase preliminar. Já na regra do visitante, a vitória permitida para a classificação sem a partida de volta passou a ser a partir de dois gols de diferença. Por fim, tivemos a entrada de Roraima no torneio, completando de vez os 27 Estados do país.

O campeão da Copa do Brasil em 1996 foi o Cruzeiro, que se tornou o segundo clube a chegar lá mais de uma vez. Uma tradição copeira estava se estabelecendo. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Juventus do Acre após empatar por 1 a 1 em Rio Branco, e vencer por 4 a 0 em Belo Horizonte, no Independência.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Vasco. Na ida, em São Januário, o Cruzeiro conseguiu uma das vitórias mais emblemáticas da sua história: goleada por 6 a 2, fora o baile. Na volta, em Belo Horizonte, bastou empatar por 1 a 1 para confirmar a classificação.

O rival cruzeirense nas quartas foi o Corinthians. A ida foi jogada no Independência, e a Raposa novamente goleou para encaminhar a vaga, por 4 a 0. A volta, no Pacaembu, terminou com derrota por 3 a 2. Na semifinal, foi a vez de passar pelo Flamengo com dois empates, por 1 a 1 no Maracanã, e por 0 a 0 no Mineirão.

O Cruzeiro foi para sua segunda decisão de Copa do Brasil. O adversário foi o Palmeiras, que eliminou Sergipe, Atlético-MG, Paraná e Grêmio. Os paulistas eram conhecidos como o “ataque dos 100 gols” devido à forte campanha no estadual de 1996, e tinham o favoritismo. Mas a Raposa era resiliente. O primeiro jogo foi no Mineirão e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no Palestra Itália, e os mineiros saíram perdendo logo aos cinco minutos. Aos 25, Roberto Gaúcho empatou. Empurrando o rival cada vez mais para trás, o Cruzeiro chegou ao gol do título aos 38 do segundo tempo, com Marcelo Ramos.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ricardo Corrêa/Placar