Porto Velho Campeão Rondoniense 2021

Em seu terceiro ano de existência, o Porto Velho conseguiu o bicampeonato em Rondônia. A competição estadual começou apenas no final de abril, e teve um regulamento de tiro curto. Os oito participantes foram divididos em dois grupos, que se enfrentaram em dois turnos, com os quatro melhores conseguindo a vaga na semifinal.

Na primeira fase, a Locomotiva Tricolor superou por pouco o Rondoniense na luta pela classificação. Em seis partidas, o time venceu três e empatou duas, somando dez pontos. Os resultados o deixaram na vice-liderança, com três pontos de vantagem sobre o rival da capital e com oito a menos que o Real Ariquiees, que fez 100% de aproveitamento no primeiro lugar.

Na semifinal, o Porto Velho enfrentou a União Cacoalense, vencendo a ida em casa por 1 a 0, perdendo a volta fora por 2 a 1 e perdendo nos pênaltis por 6 a 5. Tudo acabado? Não, pois seu adversário sofreu uma punição devido a escalações irregulares e perdeu a vaga na final.

E a Locomotiva foi à decisão para enfrentar novamente o Real Ariquemes. Se na fase de grupos o Porto Velho perdeu os dois jogos que fez para seu oponente, desta vez conseguiu dois empates por 1 a 1. E nas cobranças de penalidades na partida de volta, fora de casa, venceu por 5 a 3 e levou seu segundo título na história.

A campanha do Porto Velho:
10 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 11 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Divulgação/Porto Velho

Alemanha Campeã Olímpica Feminina 2016

Na primeira Olimpíada disputada na América do Sul, o futebol feminino apresentou uma nova seleção vencedora. A hegemonia que pertencia aos Estados Unidos foi quebrada pela Alemanha, que levou a medalha de ouro da modalidade de volta à Europa depois de 16 anos. Os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, mantiveram o mesmo regulamento pela terceira edição consecutiva, com 12 países divididos em três grupos na primeira fase.

Sorteada para o grupo F, a Nationalelf começou a campanha goleando o Zimbábue por 6 a 1. Na segunda rodada, o time buscou um bom empate por 2 a 2 com Austrália. Quase classificada, a Alemanha perdeu a chance de ser líder da chave ao ser derrotada por 2 a 1 para o Canadá. Mas os resultados paralelos ajudaram e a seleção terminou na zona direta de qualificação à fase seguinte, com quatro pontos no segundo lugar, superando a equipe australiana no saldo de gols (4 a 3).

Nas quaras de final, as alemãs derrotaram a China por 1 a 0. A semifinal foi de reencontro com o Canadá, e desta vez a Alemanha conseguiu a vitória, por 2 a 0. A decisão foi 100% europeia, contra a Suécia, que eliminou África do Sul, Estados Unidos e Brasil.

A chance do ouro brasileiro em casa foi desmanchada pelas suecas nos pênaltis, que fizeram 4 a 3 após 0 a 0 nos 120 minutos. No fim das contas não deu nem para ficar com o bronze, pois as canadenses venceram a disputa pela medalha por 2 a 1.

Alemanha e Suécia disputaram pelo posto mais alto do pódio no Maracanã, diante de mais de 52 mil pessoas. O primeiro tempo do jogo foi morno e o gol não apareceu. Só nos 45 minutos finais que as coisas andaram. Dzsenifer Marozsán abriu o placar aos três do segundo tempo. Aos 17, Linda Sembrant anotou contra e deu o segundo tento às alemãs. Aos 22, Stina Blackstenius descontou. O 2 a 1 seguiu no placar até o apito final e a Alemanha pôde comemorar pela primeira vez história uma conquista de ouro no futebol, seja no masculino ou no feminino.

A campanha da Alemanha:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Buda Mendes/Getty Images

Estados Unidos Campeão Olímpico Feminino 2012

O futebol feminino na Olimpíada desembarcou pela primeira vez em Londres, em 2012. E a cidade-sede trouxe a estreia de uma seleção que foi tradicional entre os homens no passado, mas que entre as mulheres o destino e a política até então não permitiam sua presença. Ainda que composta quase na sua totalidade de atletas inglesas, a Grã-Bretanha debutou nos Jogos em casa. O time foi bem na primeira fase, venceu todas as partidas, mas caiu nas quartas de final para o Canadá.

A força que chegava para conquistar o ouro também atravessou o Oceano Atlântico. Surpreendendo um total de zero pessoas, os Estados Unidos partiram rumo ao tetra olímpico com uma campanha perfeita, a melhor entre todas as quatro que levaram ao título.

No grupo G, a equipe estreou vencendo a França de virada por 4 a 2. Na segunda rodada, as norte-americanas confirmaram a classificação antecipada ao fazerem 3 a 0 na Colômbia. E no último jogo da primeira fase, um simples 1 a 0 sobre a Coreia do Norte garantiu também a liderança da chave, com nove pontos.

Nas quartas de final, a USWNT eliminou a Nova Zelândia, vencendo-a por 2 a 0. Na semifinal, o time fez um dos melhores clássicos contra o Canadá já vistos. Foi de virada e aos 18 minutos do segundo tempo da prorrogação que os Estados Unidos conseguiram a vitória por 4 a 3.

Na final, a equipe de Abby Wambach, Carli Lloyd, Alex Morgan e Megan Rapinoe encontrou o Japão, que durante a competição passou por África do Sul, Brasil e França. Antes da decisão, na disputa pela medalha de bronze, as canadenses derrotaram as francesas por 1 a 0.

O ouro entre norte-americanas e japonesas foi disputado em Wembley. A partida ficou marcada por ser a revanche da Copa do Mundo de 2011, em que o Japão foi campeão nos pênaltis. E os Estados Unidos conseguiram se vingar do vice, vencendo a nova final por 2 a 1. Os dois gols foram marcados por Lloyd, o primeiro aos oito minutos do primeiro tempo e o segundo aos nove do segundo. Yuki Ogimi descontou aos 18, insuficiente para impedir a quarta medalha dourada na história do futebol feminino norte-americano.

A campanha dos Estados Unidos:
6 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 16 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Martin Bernetti/AFP/Getty Images

Estados Unidos Campeão Olímpico Feminino 2008

A quarta edição do Torneio Olímpico de futebol feminino, em 2008, foi realizada com muita expectativa ao seu redor, várias seleções favoritas para conquistar a medalha de ouro. Além do bicho-papão Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Noruega, Japão e a anfitriã China apareciam como postulantes do lugar mais alto do pódio. Os Jogos aconteceram na cidade de Pequim.

Na ocasião, o regulamento da competição sofreu nova mudança, com o número de participantes aumentando para os 12 definitivos até o presente momento e todos os três grupos passando a ter quatro seleções. E apesar da variedade de equipes candidatas ao título, no fim das contas a glória ficou mesmo com o time norte-americano. 

Na chave G da primeira fase, a USWNT começou mal a trajetória, perdendo por 2 a 0 para a Noruega. A recuperação veio nas rodadas seguintes, com as vitórias por 1 a 0 sobre o Japão e por 4 a 0 sobre a Nova Zelândia. Com seis ponto ao todo, os Estados Unidos encerraram a fase de grupos na liderança, superando as norueguesas no saldo de gols.

As quartas de final foram disputadas contra o Canadá. E no confronto regional as norte-americanas levaram a melhor, mas de maneira apertada: 2 a 1, na prorrogação. A semifinal foi muito mais tranquila, com vitória sobre o Japão de virada por 4 a 2.

Na final, houve a reedição da partida que decidiu o ouro quatro anos antes contra o Brasil. As brasileiras cruzaram novamente o caminho dos Estados Unidos após passarem por Coreia do Norte, Nigéria, Noruega e Alemanha. As alemãs levaram a medalha de bronze contra as japonesas, vencendo-as por 2 a 0.

O Estádio dos Trabalhadores, na capital chinesa, foi o palco de mais uma decisão entre norte-americanas e brasileiras. Tal qual em 2004, o jogo foi de mais tensão e poucas oportunidades. Os 90 minutos acabaram sem gols. Foi a primeira final sem a regra do gol de ouro, então a prorrogação teria forçosamente os 30 minutos regulamentares. Porém os Estados Unidos não precisaram de tudo isso para marcar o gol do título. Aos oito do primeiro tempo, Carli Lloyd fez  o 1 a 0 deu o tricampeonato olímpico à equipe norte-americana e impôs o segundo vice seguido ao Brasil.

A campanha dos Estados Unidos:
6 jogos | 5 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 12 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Lars Baron/Bongarts/Getty Images

Estados Unidos Campeão Olímpico Feminino 2004

Algumas mudanças aconteceram para a terceira edição do Torneio Olímpico Feminino, nos Jogos de Atenas, em 2004. Primeiro, as seleções de várias confederações teriam de conseguir a classificação por meio de pré-olímpicos. Somente a UEFA manteve a qualificação europeia pela Copa do Mundo de um ano antes. Já a Conmebol optou por utilizar a Copa América Feminina, sem criar uma eliminatória. A segunda mudança foi no número de participantes, que aumentou de oito para dez. As modificações permitiram que, pela primeira vez entre as mulheres, todos os continentes fossem representados.

Depois do ouro na estreia em casa e da prata amarga na disputa seguinte, os Estados Unidos foram ao território grego para corrigir esse percurso. Na primeira fase da Olimpíadas, as equipes foram divididas em três chaves: duas com três lugares, outra com quatro.

As norte-americanas ficaram no grupo quadrangular, o G. O primeiro jogo foi contra a Grécia, com vitória por 3 a 0 sobre a anfitriã. Na segunda rodada, foi a vez de derrotar o Brasil por 2 a 0, em uma prévia do último capítulo da história. Já classificado, o time dos  Estados Unidos confirmaram a liderança com sete pontos ao empatarem com Austrália por 1 a 1.

Nas quartas de final, a seleção passou pelo Japão, vencendo por 2 a 1. Na semifinal, contra a Alemanha, a vaga na decisão veio pela morte súbita na prorrogação, com o gol de Heather O'Reilly anotando 2 a 1 no placar. Na final, o reencontro com o Brasil, que eliminou México e Suécia. Antes, as alemãs levaram o bronze ao baterem as suecas por 1 a 0.

A medalha de ouro foi decidida no Estádio Karaiskakis, na própria Atenas. Apesar do crescimento brasileiro durante a competição, as norte-americanas ainda eram as favoritas ao título. Aos 39 minutos do primeiro tempo, Lindsay Tarpley abriu o marcador. Tanta torcida e vontade pelo lado do Brasil valeu a pena quando Pretinha empatou aos 28 do segundo tempo. O resultado seguiu até a prorrogação, onde mais uma vez o gol de ouro valeu uma medalha e a felicidade dos Estados Unidos. Aos nove do primeiro tempo, a artilheira do time, Abby Wambach, marcou o tento dos 2 a 1 e deu o bicampeonato ao USWNT.

A campanha dos Estados Unidos:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Bob Thomas/Getty Images

Noruega Campeã Olímpica Feminina 2000

Depois do sucesso que foi a estreia do futebol feminino nas Olimpíadas, na edição do centenário, a modalidade mostrou que veio para ficar nos ciclos seguintes. Nos Jogos que abriram o novo milênio, na australiana Sydney em 2000, foi mantido exatamente o mesmo regulamento e o mesmo sistema de classificação: oito equipes, com sete vagas destinadas às melhores da Copa do Mundo de 1999 mais a do país-sede.

Num esporte em que se há a dominância de apenas uma seleção, é preciso aproveitar bem as oportunidades quando elas surgem. Foi o caso da Noruega, que repetiu a receita do Mundial cinco anos antes e levou a medalha de ouro para casa.

No grupo F da primeira fase, as "Gresshoppene" começaram mal, pois foram derrotadas pelos Estados Unidos por 2 a 0. A primeira vitória veio na rodada seguinte, por 3 a 1 sobre a Nigéria. Na terceira partida, as norueguesas confirmaram a classificação ao fazerem 2 a 1 na China. Com seis pontos, elas ficaram na vice-liderança, com um a menos em relação ao time norte-americano.

Na semifinal, contra a Alemanha, vitória simples por 1 a 0 colocou a Noruega na final, justamente contra os Estados Unidos, que despacharam o Brasil na outra chave. Na disputa do bronze, as alemãs levaram a medalha com vitória por 2 a 0 sobre as brasileiras.

O duelo na decisão entre norueguesas e norte-americanas aconteceu no Estádio Sydney Football. A partida foi muito movimentada, com viradas, empate nos acréscimos e o gol que literalmente valeu ouro. Aos cinco minutos do primeiro tempo, os Estados Unidos abriram o placar com Tiffeny Milbrett. O empate da Noruega veio aos 44, com Gro Espeseth. Aos 33 do segundo tempo, Ragnhild Gulbrandsen virou o jogo e deixou o time europeu perto do título, mas Milbrett empatou novamente aos 47 minutos. Na prorrogação, a morte súbita apareceu: aos 12 do primeiro tempo, Dagny Mellgren anotou o 3 a 2 que deu a única medalha dourada que não ficou nas mãos das norte-americanas, até a edição de 2016.

A campanha da Noruega:
5 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 1 derrota | 9 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Tony Marshall/PA Images