Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2013

Mudanças à vista! A Copa do Brasil mudou muita coisa a partir de 2013. Para começar, o número de participantes saltou de 64 para 87. Mas o mais importante foi que, dentre essas 23 vagas a mais, estavam incluídas a dos clubes que estavam na Libertadores da mesma temporada, acabando com a restrição que durava desde 2001. Porém, esses times só começaram a disputa nas oitavas de final.

A competição também ganhou uma fase a mais. De tal forma que o calendário precisou ser esticado para durar quase todo o ano, de fevereiro a novembro. E apesar do caminho facilitado para as equipes da Libertadores, o título em 2013 ficou com quem jogou desde o começo. O Flamengo chegou ao tricampeonato com um futebol não muito brilhante, mas que compensou na eficiência.

Na primeira fase, o Fla passou pelo Remo com duas vitórias, por 1 a 0 em Belém, e por 3 a 0 em Volta Redonda, pois o Maracanã ainda estava em reformas para a Copa do Mundo de 2014. Na segunda fase, a vítima foi o Campinense, também com duas vitórias, ambas por 2 a 1, na Paraíba e em Juiz de Fora. Na terceira fase, dois triunfos sobre o ASA, por 2 a 0 em Arapiraca, e por 2 a 1 em Volta Redonda.

Nas oitavas, as definições dos confrontos foram por sorteio, e o Flamengo ficou para enfrentar o Cruzeiro. Na ida, derrota por 2 a 1 no Mineirão, com Carlos Eduardo descontando um gol importante para o rubro-negro. A volta foi no Maracanã, reaberto, e a classificação veio com vitória por 1 a 0, gol de Elias a dois minutos do fim.

Nas quartas de final, dois clássicos com o Botafogo no Maracanã. No primeiro empate por 1 a 1. No segundo, goleada por 4 a 0 e um show da torcida. Na semifinal, o Fla passou pelo Goiás. Na ida, vitória por 2 a 1 no Serra Dourada. Na volta, outra vez 2 a 1 no Rio de Janeiro e classificação para a decisão.

Na final, o Flamengo enfrentou o Athletico-PR, que eliminou Brasil-RS, América-RN, Paysandu, Palmeiras, Internacional e Grêmio. A primeira partida foi em Curitiba, mas na Vila Capanema, porque a Arena da Baixada também estava em reforma para a Copa de 2014. O Fla saiu atrás no placar, mas conseguiu o empate por 1 a 1 com Amaral ainda no primeiro tempo. O segundo jogo foi no Maracanã. Sob tensão, o Flamengo só abriu o placar aos 43 do segundo tempo, com Elias. Quando todos já comemoravam, no último lance, aos 49, Hernane fez 2 a 0.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alexandre Loureiro/Placar

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2012

O regulamento mais duradouro da história da Copa do Brasil teve a sua última aparição em 2012. Foram 12 edições da fórmula que excluía os clubes participantes da Libertadores. Naquele ano, quem aproveitou para ficar com a taça foi o Palmeiras, em temporada que terminaria agridoce: bicampeão da Copa do Brasil e rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Novamente sob o comando de Luiz Felipe Scolari (que iria para a Seleção Brasileira antes da queda no Brasileiro), o Verdão começou a campanha diante do Coruripe, de Alagoas. Na ida, vitória por 1 a 0 em Maceió, no Rei Pelé. A volta foi em Jundiaí, no Jaime Cintra, pois o Palestra Itália já não existia mais e o novo estádio palmeirense ainda estava em construção. Na casa improvisada, deu Palmeiras por 3 a 0.

Na segunda fase, o alviverde fora de casa derrotou o Horizonte, do Ceará, por 3 a 1 e dispensou a segunda partida. Nas oitavas de final, o adversário foi o Paraná. Na ida, o Palmeiras venceu por 2 a 1 na Vila Capanema. Na volta, na Arena Barueri, goleada por 4 a 0 e classificação às quartas.

Na fase seguinte, foi a vez de encarar o Athletico-PR. A primeira partida voltou a ser fora, em Curitiba, e terminou empatada por 2 a 2. No segundo jogo, vitória por 2 a 0 e classificação outra vez na Arena Barueri, que se tornou de vez na casa do Palmeiras.

O rival na semifinal foi o Grêmio, que aparentava ser o favorito no confronto. A ida foi disputada no Olímpico, mas o Verdão soube esperar o momento certo para atacar. Com gols de Mazinho e Barcos, aos 41 e 46 minutos do segundo tempo, o alviverde venceu por 2 a 0. Na volta, em Barueri, bastou apenas o empate por 1 a 1.

O Palmeiras chegou na final para enfrentar o Coritiba, que tinha superado Nacional-AM, ASA, Paysandu, Vitória e São Paulo. A ida foi na Arena Barueri, e o Verdão fez boa vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Valdívia e Thiago Heleno. A volta foi no Couto Pereira, e os palmeirenses souberam esperar mais uma vez após saírem atrás no placar. Aos 20 do segundo tempo. Marcos Assunção cobrou falta e Betinho desviou a bola com a cabeça para empatar por 1 a 1 e dar o segundo título da Copa do Brasil para o Palmeiras.

A campanha do Palmeiras:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Placar

Vasco Campeão da Copa do Brasil 2011

Mais um clube chegou ao título inédito da Copa do Brasil, em 2011. O Vasco, que passava por um momento de retorno à Série A do Brasileiro após o primeiro rebaixamento, encontrou uma conexão entre time e torcida poucas vezes vista antes e passou pelos adversários de uma maneira verdadeiramente copeira. Uma época de esperança.

A campanha do cruzmaltino teve início contra o Comercial-MS. No Estádio Morenão, em Campo Grande, goleou por 6 a 1 e passou à segunda fase sem precisar disputar a partida de volta no Rio de Janeiro. O próximo oponente foi o ABC, e o Vasco avançou depois de empatar por 0 a 0 em Natal, e vencer por 2 a 1 em São Januário, de virada.

Nas oitavas de final, foi a vez de jogar contra o Náutico. O primeiro jogo foi realizado nos Aflitos, e o cruzmaltino carimbou a classificação logo na ida, ao vencer por 3 a 0. Depois, no Rio de Janeiro, bastou apenas segurar o empate sem gols na segunda partida.

O adversário nas quartas foi o Athletico-PR, e até então o mais complicado. Na primeira partida, na Arena da Baixada, empate por 2 a 2 que o cruzmaltino concedeu perto do fim da etapa complementar. No segundo jogo, em São Januário, os paranaenses largaram na frente, mas Elton buscou o empate por 1 a 1 e a classificação pelo gol fora de casa.

Na semifinal, o Vasco enfrentou o Avaí. A ida foi disputada em São Januário, mas os cariocas por pouco não tiveram uma jornada infeliz, pois os catarinenses venciam até os 49 minutos do segundo tempo, quando um pênalti foi assinalado. Diego Souza bateu e salvou o empate por 1 a 1. Foi preciso vencer na Ressacada, em Florianópolis, por 2 a 0 para o Vasco chegar à sua segunda decisão.

Na final, o Vasco encarou o Coritiba, aquele do recorde de 24 vitórias e que bateu Ypiranga, Atlético-GO, Caxias, Palmeiras e Ceará. A ida aconteceu em São Januário, e o cruzmaltino largou com a vantagem de 1 a 0, gol de Alecsandro. A volta foi no Couto Pereira. Alecsandro abriu o placar cedo, mas o Coritiba virou ainda no primeiro tempo. No segundo, Eder Luís empatou e os paranaenses anotaram 3 a 2. A tensão ficou no ar até o apito final, mas no fim o “trem-bala da colina” comemorou o título.

A campanha do Vasco:
11 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Heuler Andrey/LatinContent/Getty Images

Santos Campeão da Copa do Brasil 2010

A Copa do Brasil de 2010 viu o surgimento de um novo craque brasileiro. O primeiro título do Santos na competição foi conquistado sob os gols e dribles de Neymar, com apenas 18 anos de idade. Junto com Paulo Henrique Ganso, a dupla foi responsável pelo início de um ciclo vitorioso, que culminaria no tri da Libertadores do ano seguinte.

O Peixe iniciou sua campanha contra o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul. O primeiro jogo foi disputado na capital Campo Grande, com vitória santista por 1 a 0. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos lavou a alma de tanto fazer gols: 10 a 0, com seis no primeiro tempo e quatro no segundo. Na segunda fase, o time goleou o Remo em Belém por 4 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Guarani. Sem pena, o Peixe voltou a golear de maneira assombrosa em casa, na partida de ida, por 8 a 1. Só Neymar aqui anotou cinco gols. A volta foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e o Santos levou a primeira derrota, de virada, por 3 a 2.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Atlético-MG. O primeiro jogo foi no Mineirão, e o alvinegro praiano voltou a sofrer derrota por 3 a 2, com o segundo gol marcado aos 37 minutos do segundo tempo. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos reverteu a desvantagem com vitória por 3 a 1.

A semifinal foi contra o Grêmio, em dois jogos emocionantes. No primeiro, no Olímpico, o Peixe abriu dois gols de diferença na etapa inicial, mas os gaúchos reagiram com quatro tentos na etapa complementar. No fim, deu para o Santos descontar para 4 a 3. No segundo jogo, o alvinegro só furou a defesa gremista depois de 51 minutos, mas fez isso três vezes e venceu por 3 a 1, chegando à decisão.

A final da Copa do Brasil de 2010 foi entre Santos e Vitória, que bateu Corinthians-AL, Náutico, Goiás, Vasco e Atlético-GO. A ida foi jogada na Vila Belmiro, e o Peixe confirmou o favoritismo ao vencer por 2 a 0, gols de Neymar e Marquinhos. A volta foi em Salvador, no Barradão, e Edu Dracena deixou o Santos mais perto da taça ao abrir o placar no primeiro tempo. Os baianos viraram para 2 a 1 no segundo tempo, porém foi insuficiente.

A campanha do Santos:
11 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 39 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Marco Sacco/Placar

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2009

Em 2009, o Corinthians viveu o início de um dos maiores arcos de redenção já vistos no futebol brasileiro. Depois de ser rebaixado no Brasileirão de 2007, o clube teve que passar pela Série B em 2008, sob o comando de Mano Menezes. Ao mesmo tempo, chegou à final da Copa do Brasil, mas perdeu para o Sport. Para o ano seguinte, de volta à elite, o time seguiu com o mesmo técnico e teve o adendo de um dos melhores jogadores da história do futebol: Ronaldo Fenômeno.

O resultado desta parceria foi o tricampeonato da Copa do Brasil em 2009, de maneira incontestável. Na primeira fase, o Timão passou pelo Itumbiara, com vitória por 2 a 0 no interior de Goiás. Assim, não foi necessário a partida de volta em São Paulo. Do mesmo modo ocorreu a classificação na segunda fase, contra o Misto, do Mato Grosso do Sul: vitória por 2 a 0 fora e mais uma folga na competição.

O nível subiu nas oitavas de final, contra o Athletico-PR. O primeiro jogo foi disputado na Arena da Baixada, e os donos da casa tentaram aprontar para cima do Corinthians com a marcação de três gols. A reação veio a partir dos 41 minutos do segundo tempo, com dois gols de Cristian e Dentinho. A derrota por 3 a 2 ficou menos complicada para reverter. Na volta, no Pacaembu, Ronaldo anotou duas vezes e o Timão venceu por 2 a 0.

Passado às quartas, o Corinthians enfrentou o Fluminense. A ida foi jogada em São Paulo, e o alvinegro venceu por 1 a 0, gol de Dentinho. A volta aconteceu no Maracanã. Chicão e Jorge Henrique abriram mais vantagem para o Timão, que encaminhou a vaga na semifinal. Os cariocas até reagiram e empataram por 2 a 2 no fim, mas isso não afetou a jornada.

Na semi, os paulistas encararam o Vasco, que à época estava na disputa da Série B nacional. A primeira partida foi disputada no Maracanã, e os times preto e branco ficaram no empate por 1 a 1. O segundo jogo foi realizado no Pacaembu, e um tenso empate por 0 a 0 deu a classificação à final para o Corinthians.

O adversário alvinegro na decisão foi o Internacional, que eliminou União Rondonópolis, Guarani, Náutico, Flamengo e Coritiba. O jogo de ida foi no Pacaembu. Aos 26 minutos do primeiro tempo, Jorge Henrique abriu o placar para o Timão. Aos sete do segundo tempo, Ronaldo ampliou para 2 a 0 e deixou uma boa vantagem para volta em Porto Alegre. No Beira-Rio, Jorge Henrique fez mais um e André Santos praticamente confirmou o título para o Corinthians ainda na etapa inicial. Os gaúchos até empataram por 2 a 2 no segundo tempo, mas a festa foi dos visitantes paulistas.

A campanha do Corinthians:
10 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/AFP

Sport Campeão da Copa do Brasil 2008

Na vigésima edição da Copa do Brasil, em 2008, o grito de campeão veio do Nordeste. O Sport, com uma das campanhas mais épicas vistas na história na competição, levou o título batendo com autoridade os adversários vindos do Sul e do Sudeste e fazendo da Ilha do Retiro um verdadeiro caldeirão de emoções.

O rubro-negro pernambucano iniciou sua caminhada diante do Imperatriz, do Maranhão. Na ida, empate por 2 a 2 no interior maranhense. Na volta, goleada por 4 a 1 em Recife. Na segunda fase, o adversário foi o Brasiliense. O Leão da Ilha fez o primeiro jogo no Distrito Federal, com vitória por 2 a 1. Na segunda partida, novo triunfo por 4 a 1 em casa.

Nas oitavas de final, o Sport encarou o Palmeiras. E é a partir daqui que a campanha começa a ganhar contornos históricos. Na ida, o rubro-negro segurou empate sem gols no Palestra Itália. Na volta, pela terceira vez, goleada por 4 a 1 na Ilha do Retiro, com três gols do meia Romerito.

O adversário nas quartas foi o Internacional, com o primeiro jogo acontecendo em Porto Alegre. No Beira-Rio, o Leão sofreu a primeira derrota, por 1 a 0. A segunda partida foi em Recife, e o Sport conseguiu a classificação de maneira emocionante, com vitória por 3 a 1. O gol salvador foi marcado pelo zagueiro e capitão Durval, em cobrança de falta aos 33 minutos do segundo tempo. 

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Vasco. Diferentemente do que havia acontecido até então na competição, o Sport fez a primeira partida na Ilha do Retiro. E venceu por 2 a 0, gols de Durval e Daniel Paulista. O segundo jogo aconteceu em São Januário, e os cariocas devolveram os 2 a 0. Nos pênaltis, deu Leão, por 5 a 4. Mas mesmo classificado, o Leão sofreu um baque com a saída de Romerito. O artilheiro do time não conseguiu ter seu empréstimo renovado junto ao Goiás.

Na final, o Sport enfrentou o Corinthians, que no momento disputava também a Série B do Brasileirão e havia passado por Barras-PI, Fortaleza, Goiás, São Caetano e Botafogo. A ida foi jogada em São Paulo, no Morumbi, e começou ruim para o rubro-negro, que sofreu três gols. Aos 46 do segundo tempo, Enilton descontou para 3 a 1, no que foi o penúltimo passo até a conquista. Na Ilha do Retiro, Carlinhos Bala e Luciano Henrique, aos 34 e aos 37 do primeiro tempo, fizeram os gols da vitória por 2 a 0 que virou o confronto e sacramentou o título histórico.

A campanha do Sport:
12 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Léo Caldas/Placar

Fluminense Campeão da Copa do Brasil 2007

Quem aprende com um erro, não erra duas vezes - parte 2. Em 2007, as campanhas de redenção na Copa do Brasil continuaram com o Fluminense que, dois anos depois da derrota para o Paulista, chegou ao título nacional com uma trajetória ao melhor estilo copeiro, sob o comando do técnico Renato Portaluppi.

O Flu iniciou sua caminhada contra a Adesg, pequena equipe do Acre. Na primeira partida, vitória por 2 a 1 na Arena da Floresta, em Rio Branco. No segundo jogo, no Maracanã, a goleada por 6 a 0 foi praticamente o último momento sem sustos para o time dali até a decisão.

Na segunda fase, o adversário do tricolor carioca foi o América-RN. A ida foi disputada em Natal, com vitória do Fluminense por 2 a 1. A volta foi no Rio de Janeiro, e o primeiro susto foi dado: derrota por 1 a 0, que pela regra dos gols fora de casa serviu para a classificação.

O segundo susto veio nas oitavas de final, contra o Bahia. Na ida, o Flu saiu atrás, mas empatou por 1 a 1 no Maracanã. Na volta, na Fonte Nova, o time voltou a ficar perdendo no placar (duas vezes), mas terminou com o empate por 2 a 2 e nova classificação pelos gols como visitante.

Nas quartas, o adversário foi o Athletico-PR. O primeiro jogo foi realizado no Rio de Janeiro, e o Fluminense novamente não conseguiu a vitória, ficando em outro empate por 1 a 1. A segunda partida foi disputada na Arena da Baixada. Complicada, ela só foi resolvida a 13 minutos do fim, com o gol de Adriano Magrão, que garantiu a vitória por 1 a 0.

Na semifinal, o rival foi o Brasiliense, algoz de 2002. O clima era de revanche, e o tricolor enfim voltou a ganhar um jogo em casa, mas de virada, por 4 a 2. A volta aconteceu na Boca do Jacaré, em Taguatinga. Os donos da casa largaram na frente, mas Adriano Magrão garantiu no segundo tempo o empate por 1 a 1 e o lugar do Flu na final.

Na decisão, o adversário foi o Figueirense, que eliminou Madureira, Noroeste, Gama, Náutico e Botafogo. A ida foi no Maracanã, mas o Fluminense outra vez não venceu. Aos 43 do segundo tempo, de novo, Adriano Magrão salvou o time ao marcar o gol do empate por 1 a 1. A volta foi no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e o tricolor garantiu o título com vitória por 1 a 0, gol anotado pelo zagueiro Roger logo aos três minutos da etapa inicial.

A campanha do Fluminense:
12 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Edison Vara/Placar

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2006

Quem aprende com um erro, não erra duas vezes. Foi assim que o Flamengo chegou ao bicampeonato da Copa do Brasil, em 2006. Dois anos após a derrota em casa para o Santo André, o rubro-negro corrigiu sua rota em uma final que será lembrada para sempre, com duas vitórias satisfatórias em cima de seu maior rival.

O Fla iniciou a campanha do título contra o ASA. O primeiro jogo foi disputado em Arapiraca, no interior de Alagoas, e ficou empatado por 1 a 1. Na segunda partida, no Maracanã, vitória rubro-negra por 2 a 1. Na segunda fase, o adversário foi o ABC, e o Flamengo avançou com vitórias por 1 a 0 em Natal, e por 4 a 0 no Rio de Janeiro.

O caminho seguiu nas oitavas de final, diante do Guarani. A primeira partida aconteceu no Maracanã, e o Fla conseguiu abrir excelente vantagem com uma goleada por 5 a 1. O segundo jogo foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e os quatro gols de diferença permitiram ao Flamengo sair classificado mesmo com a derrota por 1 a 0 para os paulistas.

Nas quartas de final, foi a vez de jogar contra o Atlético-MG. Mais uma vez, a ida foi disputada no Rio de Janeiro, e mais uma vez o rubro-negro goleou para sair com boa frente, por 4 a 1. A volta foi realizada no Mineirão, e bastou ao Flamengo segurar o empate por 0 a 0 para chegar na semifinal.

Na semifinal, o adversário foi o Ipatinga, candidato a zebra da vez e comandado pelo técnico Ney Franco. A ida foi no interior de Minas Gerais, no Ipatingão, e ficou empatada por 1 a 1. A volta ocorreu no Maracanã, e o Fla conseguiu a classificação de maneira sofrida, com vitória de virada por 2 a 1. Esta fase aconteceu antes da Copa do Mundo de 2006, e o rubro-negro passava por má fase sob o comando de Waldemar Lemos.

Depois do Mundial, o Flamengo fez a final da Copa do Brasil com novidade no banco de reservas. Diante de maus resultados no Brasileirão, Waldemar foi demitido e para seu lugar veio exatamente Ney Franco. O adversário foi o Vasco, que derrotou Botafogo-PB, Iraty, Criciúma, Volta Redonda e Fluminense. As duas partidas foram no Maracanã. Na primeira, Obina e Luizão marcaram dois gols em dois minutos (15 e 17 do segundo tempo), e o rubro-negro venceu por 2 a 0. Na segunda fase, Juan acertou de fora da área e confirmou o segundo título flamenguista no triunfo por 1 a 0.

A campanha do Flamengo:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Flamengo

Paulista Campeão da Copa do Brasil 2005

Os anos de 2004 e 2005 foram os da zebra na Copa do Brasil. Primeiro, o Santo André calou o Flamengo em pleno Maracanã. Depois, foi a vez do Paulista de Jundiaí, outro integrante da Série B do Brasileirão, bater nos grandes e faturar mais um título para o interior de São Paulo.

Em moldes semelhantes ao do vencedor anterior, mas com uma campanha cujo todos seus adversários estavam na Série A, a equipe do estreante técnico Vágner Mancini atingiu um impensável auge em sua história.

A incrível jornada do Galo do Japi rumo ao título começou diante do Juventude. Na ida, vitória por 1 a 0 no Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí. Na volta, empate por 1 a 1 no Alfredo Jacobo, em Caxias do Sul. Na segunda fase, foi a vez de eliminar o Botafogo com dois empates, por 1 a 1 em casa, e por 2 a 2 no Maracanã, garantindo a vaga pelos gols fora de casa.

Nas oitavas de final, o Paulista encontrou o Internacional. A primeira partida aconteceu no Beira-Rio, e os jundiaienses acabaram derrotados por 1 a 0. No segundo jogo, o 1 a 0 foi devolvido no Jaime Cintra, e o Galo passou com vitória por 4 a 2 nos pênaltis. Nas quartas, a vítima foi o Figueirense, com o mesmo roteiro: derrota por 1 a 0 em Florianópolis, vitória pelo mesmo placar em Jundiaí, e classificação por 3 a 1 nas penalidades.

Na semifinal, o Paulista enfrentou o Cruzeiro. O primeiro jogo foi disputado no Jaime Cintra, e os donos da casa conquistaram o que foi até ali a vitória mais categórica da campanha, por 3 a 1. A segunda partida foi no Mineirão. Os cruzeirenses até tentaram a reação contra o Galo do Japi, que soube se segurar na vantagem e se classificou mesmo com a derrota por 3 a 2.

Na histórica final, o Paulista teve como adversário o Fluminense, que eliminou Campinense, Esportivo-RS, Grêmio, Treze e Ceará. A ida foi jogada no Jaime Cintra, e o Galo obteve a maior vitória da sua trajetória por 2 a 0, com gols de Márcio Mossoró e Léo, ambos no segundo tempo. A volta aconteceu em São Januário, pois o Maracanã foi fechado para reformas. E tudo o que o Paulista precisou fazer para ser campeão foi manter a ótima vantagem, segurando o empate por 0 a 0.

A campanha do Paulista:
12 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 14 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Daryan Dornelles/Placar

Santo André Campeão da Copa do Brasil 2004

Nos primeiros 15 ou 16 anos de existência, a Copa do Brasil era muito mais propensa a zebras. Muitas delas atingiram semifinal, final ou até mesmo o título da competição. Em 2004, talvez tenha ocorrido o caso mais surpreendente. O Santo André, time paulista que à época participava da Série B do Brasileirão, levou a taça dentro do maior estádio do Brasil. E, antes, eliminando outra surpresa que veio do interior gaúcho.

O título do Ramalhão começou a ser desenhado no confronto contra o Novo Horizonte, de Goiás. Com a goleada por 5 a 0 na ida fora, não foi necessário disputar a volta em casa. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Atlético-MG. No primeiro jogo, vitória por 3 a 0 no Bruno José Daniel, no ABC Paulista. Na segunda partida, os mineiros bem que tentaram reagir, mas o Santo André se segurou com a derrota por 2 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Guarani. A ida foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e o Ramalhão empatou por 1 a 1. A volta aconteceu no Bruno José Daniel, com novo empate, mas sem gols. Pelo tento anotado fora de casa, o Santo André avançou.

Nas quartas, a parada foi contra o Palmeiras, em duas partidas épicas. A primeira foi em casa, e terminou empatada por 3 a 3. O segundo jogo ocorreu no velho Palestra Itália, e o que se viu foi uma classificação emocionante: o Ramalhão largou na frente com Sandro Gaúcho, sofreu dois gols de virada, buscou o primeiro empate com Osmar, levou outros dois tentos e correu atrás de novo empate, por 4 a 4, com Sandro e Tássio. 

A semifinal era inimaginável, contra o 15 de Novembro, do Rio Grande do Sul, que havia eliminado o Vasco e passado por outros pequenos como Americano e Palmas. A ida foi no Pacaembu, em São Paulo, mas o Santo André acabou derrotado “em casa” por 4 a 3. Assim, foi preciso ter mais um ato de heroísmo. Em Porto Alegre, no Olímpico, o time comandado por Péricles Chamusca venceu por 3 a 1 e se classificou à final.

Na decisão, o Santo André encarou o Flamengo, que havia superado CRB, Tupi, Santa Cruz, Grêmio e Vitória. A ida foi disputada no Palestra Itália, em São Paulo, pois o Bruno José Daniel era muito pequeno. Com gols de Osmar e Romerito, o Ramalhão empatou por 2 a 2 com os cariocas. A volta foi no Maracanã, para quase 72 mil torcedores. Sem medo de nada, o Santo André foi ao ataque. Sandro Gaúcho abriu o placar aos sete do segundo tempo e Elvis fechou em 2 a 0 aos 22, sacramentando uma conquista histórica.

A campanha do Santo André:
11 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 26 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Daryan Dornelles/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2003

Vencer um título nacional é muito difícil. Dois, então, muito mais. E se for dois no mesmo ano, é praticamente impossível. Não para o Cruzeiro, que em 2003 levou para casa as taças do Brasileirão (o primeiro em pontos corridos) e da Copa do Brasil, que somadas ao estadual configuraram a obtenção da tríplice coroa. A copa, inclusive, foi a quarta do clube mineiro, especialista do formato.

A façanha da Raposa só foi possível graças à combinação de nomes, no auge ou em ascensão: Alex, Deivid, Aristizábal, Gomes, Maicon e Luisão foram os pilares em campo. Fora dele, Vanderlei Luxemburgo estava no melhor momento da carreira.

A campanha do tetra do Cruzeiro começou diante do Rio Branco-ES. No Kleber Andrade, em Cariacica, o time mineiro venceu por 4 a 2 e eliminou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Coríntians-RN (a escrita é essa mesmo). Na ida, empate por 2 a 2 em Caicó, no interior potiguar. Na volta, goleada soberana por 7 a 0 no Mineirão.

O adversário da Raposa nas oitavas de final foi o Vila Nova. A primeira partida aconteceu em Belo Horizonte, com vitória azul por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serra Dourada, em Goiânia, e o Cruzeiro voltou a triunfar, por 2 a 1. Nas quartas, dois confrontos contra o Vasco, com vitória por 2 a 1 no Mineirão, e empate por 1 a 1 em São Januário.

A semifinal foi contra o Goiás, e o primeiro jogo foi disputado no Serra Dourada. De maneira emocionante, o Cruzeiro venceu por 3 a 2 e fez vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a Raposa voltou a vencer de maneira apertada, por 2 a 1, para chegar em outra final, a quinta de sua história.

Na decisão, o Cruzeiro encontrou o Flamengo, que passou por Botafogo-PB, Ceará, Remo, Vitória e Sport. A ida foi realizada no Maracanã, e foi de domínio cruzeirense. De letra, Alex abriu o placar para os mineiros, mas os cariocas marcaram 1 a 1 aos 48 minutos do segundo tempo. A volta ocorreu no Mineirão, e teve atuação de luxo da Raposa. No primeiro minuto de jogo, Deivid abriu o placar. Aos 15, Aristizábal fez o segundo. Aos 28, Luisão fez o terceiro e sacramentou o título do Cruzeiro. O Flamengo até descontou para 3 a 1, mas não diminuiu o show azul.

A campanha do Cruzeiro:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Paulo Euler

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2002

No ano do penta mundial, em 2002, a Copa do Brasil quase viu acontecer a maior zebra de todos os tempos do futebol nacional. Na ocasião, ela atendeu pelo nome Brasiliense Futebol Clube, clube fundado em 2000 e situado em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal. Foi por pouco, mas muito pouco, que a equipe não foi campeã da segunda maior competição brasileira com menos de dois anos de fundação.

No fim, o título acabou ficando mesmo com o Corinthians, que sagrou-se bicampeão. Resignado pelo vice em 2001, o clube paulista trouxe para o comando técnico um nome de peso: Carlos Alberto Parreira, que pela primeira vez desde 1982 não ia treinar uma seleção dentro da Copa do Mundo. Sorte corinthiana.

Na primeira fase, o Timão enfrentou o River, do Piauí, e venceu os dois jogos. Na ida, 2 a 1 em Teresina, no Estádio Albertão. Na volta, 2 a 0 no Pacaembu. Na segunda fase foi a vez de passar pelo Americano, do Rio de Janeiro, em uma só partida: 6 a 2 no Godofredo Cruz, em Campos dos Goytacazes, dispensando a necessidade da volta em São Paulo.

Nas oitavas de final, o adversário do Corinthians foi o Cruzeiro, em duas partidas complicadas. No primeiro jogo, no Morumbi, o time alvinegro apenas empatou por 2 a 2, ficando assim na dependência de ganhar fora de casa. E conseguiria fazer isso lá no Mineirão, por 3 a 2. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Paraná, com vitória por 3 a 1 no Pacaembu e derrota por 1 a 0 em Curitiba.

Na semifinal, dois clássicos majestosos contra o São Paulo. Que na verdade eram quatro, pois eles também estavam na final do Torneio Rio-São Paulo. E deu Corinthians em ambas competições. Na Copa do Brasil, vitória por 2 a 0 na ida e derrota por 2 a 1 na volta, tudo dentro do Morumbi. Deivid foi o autor do gol que colocou o Timão na decisão nacional.

A final da Copa do Brasil 2002 foi entre Corinthians e Brasiliense. Os candangos assombraram o país ao superarem Vasco-AC, Náutico, Confiança, Fluminense e Atlético-MG. O primeiro jogo aconteceu no Morumbi, e o Timão venceu apertado, por 2 a 1. Os dois gols foram anotados por Deivid. A volta foi na Boca do Jacaré, em Taguatinga. O Brasiliense abriu o placar no primeiro tempo, e estava com a mão na taça devido a regra do gol fora de casa. Mas Deivid, de novo, marcou 1 a 1 no segundo tempo e deu o título ao Corinthians.

A campanha do Corinthians:
11 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 2001

Existe uma contradição na virada dos anos 2000: considera-se um novo milênio a partir de 2000, mas um novo século somente a partir de 2001. Também não há consenso sobre quando uma década é virada. De qualquer forma, o ano de 2001 já parecia bem distante de 1989, quando a Copa do Brasil foi criada.

Essa explicação toda é somente para dizer que foi só na entrada do século 21 que a competição encontrou o regulamento perfeito, e que seria o mais vezes utilizado na história: 64 participantes, divididos entre 54 classificados pelos estaduais e dez pelo recém-criado ranking da CBF. Mas o detalhe mais importante era que os participantes da Libertadores estavam de fora, numa tentativa de aliviar o calendário. E assim seria pelos 12 anos seguintes.

Mesmo com a concorrência menor, o título daquele ano caiu em mãos conhecidas. Pela quarta vez, o Grêmio chegou à conquista, sob o comando de um promissor técnico chamado Adenor Bacchi, o Tite. Todavia, o início não foi fácil. Na primeira fase, o tricolor gaúcho passou pelo Villa Nova-MG precisando reverter uma derrota por 3 a 2 na ida, fora de casa, com uma vitória por 4 a 1 no Estádio Olímpico.

Na segunda fase, o Imortal enfrentou o Santa Cruz e voltou a perder o primeiro jogo, em Recife, por 1 a 0. Na segunda partida, vitória por 3 a 1 em Porto Alegre. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Fluminense com vitória por 1 a 0 no Olímpico, e empate sem gols no Maracanã.

Nas quartas de final, dois jogos emocionantes contra o São Paulo. No primeiro, vitória por 2 a 1 em casa. No segundo, em uma quarta-feira à tarde devido ao apagão de 2001, novo triunfo por 4 a 3 no Morumbi. Na semifinal, o Grêmio eliminou o Coritiba com vitórias por 3 a 1 no Olímpico, e por 1 a 0 no Couto Pereira.

Na decisão, o Grêmio encarou o Corinthians. Era a revanche da final de 1995, que foi possível após os paulistas derrotarem Joinville, Goiânia, Flamengo-PI, Athletico-PR e Ponte Preta. A ida foi no Olímpico, e começou péssima para o tricolor, que levou dois gols em 51 minutos corridos. A reação com o empate por 2 a 2 veio aos 19 e aos 24 do segundo, com dois tentos de Luís Mário. A volta aconteceu no Morumbi, e foi um dos maiores passeios já vistos em finais. Com gols de Marinho, Zinho e Marcelinho Paraíba, o Grêmio venceu por 3 a 1 e ficou com o tetracampeonato.

A campanha do Grêmio:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2000

Um novo milênio começou no ano 2000, e junto com ele a Copa do Brasil passou por mais uma mudança, algo que foi constante desde 1995. A alteração da vez foi o aumento do número de participantes de 64 para 69. A conta era simples: 54 clubes via estadual, dez convidados e os cinco classificados na Libertadores, que entraram apenas nas oitavas de final. De tal forma, foi necessária a criação de mais uma fase para acomodar todos os clubes.

O título não ficou com nenhum participante da Libertadores, mas sim com um clube que entrou desde o início, e faria até então a campanha mais longa de um vencedor da Copa do Brasil. Pela terceira vez, e da maneira mais épica, o Cruzeiro chegaria lá. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Gama, após empate por 1 a 1 em Brasília, e goleada por 4 a 1 no Mineirão.

Na segunda fase, o adversário foi o Paraná. A ida foi disputada no Pinheirão, em Curitiba, e o Cruzeiro venceu por 2 a 0, dispensando a partida de volta. Na terceira fase, foi a vez de enfrentar o Caxias. No primeiro jogo, 3 a 1 para a Raposa no Estádio Centenário, no interior gaúcho. Mas a regra do visitante já não contava mais àquela altura. Os mineiros tiveram de fazer a volta em Belo Horizonte, e golearam por 6 a 1.

O Cruzeiro foi às oitavas de final, e jogou contra o Athletico-PR. Na ida, venceu por 2 a 1 no Mineirão. Na volta, empatou por 2 a 2 na Arena da Baixada. Nas quartas, a vítima azul foi o Botafogo, com vitória por 3 a 2 em Belo Horizonte, e empate sem gols no Rio de Janeiro.

Na semifinal, a Raposa encarou o Santos. A primeira partida foi realizada no Mineirão, e a equipe conseguiu vencer pela confortável vantagem de 2 a 0. O segundo jogo aconteceu na Vila Belmiro, e os mineiros obtiveram a classificação à decisão depois de empatar por 2 a 2.

A final foi entre Cruzeiro e São Paulo, que entrou na competição diretamente na segunda fase e superou Comercial-MS, Sinop, América-RN, Palmeiras e Atlético-MG. A ida foi disputada no Morumbi, e ficou empatada por 0 a 0. A volta, tensa, foi no Mineirão. Os paulistas abriram o placar aos 21 minutos do segundo tempo e ficaram perto da taça. O empate cruzeirense só veio aos 35, com Fábio Júnior, mas era insuficiente. Até que, aos 45, uma falta foi apontada na frente da grande área. Geovanni bateu rasteiro, a bola passou no meio da barreira e foi para a rede: 2 a 1 para o Cruzeiro, tricampeão.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/EM/D.A Press

Juventude Campeão da Copa do Brasil 1999

Dez anos depois, a Copa do Brasil dobrou de tamanho. Em 1999, 64 times estiveram dentro da competição. Na verdade, foram 65, porque a CBF teve que definir o terceiro representante de Pernambuco entre Náutico e Santa Cruz (que venceu). Os critérios de classificação continuaram os mesmos: estaduais e convites, que foram inúmeros naquela temporada.

E em meio a tantos clubes, o título ficou nas mãos de um dos mais improváveis, o Juventude. Em fase histórica no fim dos anos 1990, o time do interior gaúcho surpreendeu o país ao eliminar adversários de maior nome durante o mata-mata, que oficialmente ganhou uma fase a mais em 1999.

O Ju iniciou sua trajetória contra o Guará, do Distrito Federal. No antigo Mané Garrincha, goleou por 5 a 1 e dispensou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Fluminense, à época integrante da Série C do Brasileiro. Em confronto épico, o Juventude perdeu no Maracanã por 3 a 1, mas goleou em Caxias do Sul, no Alfredo Jaconi, por 6 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Corinthians, então campeão brasileiro. O primeiro jogo foi no Alfredo Jaconi, e o Juventude venceu por 2 a 0. A segunda partida foi no Pacaembu, e o alviverde voltou a triunfar, por 1 a 0. Nas quartas, contra o Bahia, o Ju avançou com dois empates, por 1 a 1 em casa, e por 2 a 2 em Salvador, na Fonte Nova.

A semifinal foi disputada contra o Internacional. Nesta época, a freguesia do rival da capital era grande, e não seria diferente na Copa do Brasil. Na ida, empate sem gols no Alfredo Jaconi. A volta foi no Beira-Rio, e nem mesmo com a pressão da torcida adversária foi capaz de parar o Juventude, que goleou por 4 a 0.

Na inédita decisão, o Ju enfrentou o Botafogo, que também chegou lá pela primeira vez ao superar Paysandu, Criciúma, São Paulo, Athletico-PR e Palmeiras. O primeiro jogo foi no Alfredo Jaconi. Ainda no primeiro tempo, Fernando e Márcio Mixirica fizeram os gols da vitória alviverde, por 2 a 1. Gols estes que acabariam sendo os do próprio título, pois na segunda partida, no Maracanã, os gaúchos seguraram o empate por 0 a 0. A taça foi conquistada diante de 101.581 torcedores, o último público de seis dígitos registrado na história do futebol brasileiro.

A campanha do Juventude:
11 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Paulo Franken/Agência RBS

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 1998

A Copa do Brasil completou dez edições em 1998, com uma novidade impactante. Era o retorno da Globo para as transmissões, nove anos após abandonar seus jogos. Num primeiro momento, os direitos foram divididos com o SBT, mas a partir de 1999 a emissora de Roberto Marinho caminharia sozinha (com outros canais sublicenciados).

No campo, 42 times participaram da Copa do Brasil, que manteve o formato das vezes passadas, com fase preliminar. O campeão foi inédito, o Palmeiras, que dois anos depois do trauma do vice em casa para o Cruzeiro, conseguiu a revanche da melhor maneira possível. No comando, Luiz Felipe Scolari, que àquela altura já era o maior especialista no torneio.

A campanha do Verdão iniciou na fase preliminar, diante do CSA, o qual eliminou com vitórias por 1 a 0 em Maceió, e por 3 a 0 no antigo Palestra Itália. Na primeira fase, o oponente foi o Ceará.  O primeiro jogo aconteceu no Castelão, e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no antigo Palestra Itália, e o time palmeirense obteve uma irretocável goleada por 6 a 0.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Botafogo, em dois jogos muito difíceis. A ida foi realizada no Maracanã, e o Palmeiras acabou derrotado por 2 a 1. A volta foi em São Paulo, e o time alviverde precisava da vitória. E ela veio no limite mínimo, por 1 a 0, que gerou a classificação via regra do gol marcado como visitante.

Nas quartas, o Palmeiras passou pelo Sport. Na primeira partida, 2 a 0 em plena Ilha do Retiro. Na segunda, empate por 1 a 1 no Palestra Itália. Na semifinal, o adversário foi o Santos, e o Verdão conseguiu a vaga de maneira suada, com dois empates: em casa por 1 a 1, e na Vila Belmiro por 2 a 2. Outra vez o tento como visitante salvou a pátria verde.

De volta à final, o Palmeiras reencontrou seu algoz de 1996, o Cruzeiro. Os mineiros eliminaram Amapá, Corinthians, Vitória e Vasco no mata-mata. A ida foi disputada no Mineirão, em Belo Horizonte, e o alviverde acabou derrotado por 1 a 0. A volta aconteceu no Morumbi, que era maior que o Palestra. Logo aos 12 minutos do primeiro tempo, Paulo Nunes abriu o placar e igualou o confronto. E quando a decisão parecia se encaminhar à disputa de pênaltis, aos 44 do segundo tempo, Oséas aproveitou o rebote após cobrança de falta de Zinho e fez 2 a 0, consagrando a primeira Copa do Brasil palmeirense.

A campanha do Palmeiras:
12 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Djalma Vassão/Gazeta Press

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 1997

A segunda metade dos anos 1990 foi de expansão na Copa do Brasil. De 32 participantes em 1994, a competição saltou para 44 em 1997  - e aumentaria ainda mais nos anos seguintes. Mas ainda estamos em 1997, e é preciso falar de mais um título do Grêmio, o terceiro, que o deixou novamente isolado como o maior campeão até o momento.

Aquela parte da década de 1990 foi especial para o tricolor gaúcho, que conquistou oito taças entre 1993 e 1997. A Copa do Brasil veio na sequência da Libertadores de 1995 e do Brasileiro de 1996, mas sem o comando de Luiz Felipe Scolari, que saiu para dar lugar a Evaristo de Macedo.

Na primeira fase, o Imortal enfrentou o Fortaleza, e venceu os dois jogos, por 3 a 2 no Castelão, e por 3 a 1 no Olímpico. Nas oitavas de final, o adversário foi a Portuguesa, na reedição da final do Brasileirão meses antes. A ida foi em Porto Alegre, e o Grêmio salvou a vitória por 2 a 1 nos acréscimos do segundo tempo. A volta foi no Canindé, em São Paulo, e o empate por 1 a 1 classificou o tricolor gaúcho.

Nas oitavas de final, o Grêmio encarou o Vitória. A primeira partida foi disputada no Olímpico e acabou com triunfo gremista por 2 a 0. O segundo jogo foi realizado na Fonte Nova, em Salvador. Num toma lá, dá cá enorme, a classificação gaúcha foi confirmada depois do resultado de empate por 3 a 3.

Na semifinal, foi a vez de jogar contra o Corinthians. Em meio a isso, o Grêmio ainda tinha o mata-mata da Libertadores para se preocupar, numa maratona de partidas que aconteciam a cada dois dias. A ida foi em São Paulo, no Morumbi, e terminou com vitória gaúcha por 2 a 1, com o primeiro gol marcado pelo artilheiro Paulo Nunes e o segundo sendo contra. A volta foi em Porto Alegre, e ficou no empate por 1 a 1.

O Grêmio estava na sexta final em nove edições da Copa do Brasil. O adversário foi o Flamengo, que passou por Nacional-AM, Rio Branco-AC, Internacional e Palmeiras. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico, e em boa parte o Imortal atuou com dez jogadores, devido a expulsão do volante Dinho. Mas tudo ficou no 0 a 0. A segunda partida foi no Maracanã, apenas dois dias depois. João Antônio abriu o placar para o tricolor logo aos seis minutos, mas os cariocas viraram ainda no primeiro tempo. O alívio e o tricampeonato, no empate por 2 a 2, só vieram no tento anotado por Carlos Miguel, aos 34 da segunda etapa.

A campanha do Grêmio:
10 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 19 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Grêmio

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 1996

Depois de sete anos, finalmente era possível dizer que a Copa do Brasil fazia pleno sucesso, não apenas na arquibancada como também na televisão. O título do Corinthians em 1995 rendeu ao SBT a maior audiência da história do canal até aquele momento. Era a justificativa que a CBF precisava para poder vender a competição para patrocinadores.

Para 1996, as modificações que haviam sido implantadas um ano antes sofreram alterações. O número de times convidados subiu para oito, o que elevou os participantes para 40, com oito confrontos na fase preliminar. Já na regra do visitante, a vitória permitida para a classificação sem a partida de volta passou a ser a partir de dois gols de diferença. Por fim, tivemos a entrada de Roraima no torneio, completando de vez os 27 Estados do país.

O campeão da Copa do Brasil em 1996 foi o Cruzeiro, que se tornou o segundo clube a chegar lá mais de uma vez. Uma tradição copeira estava se estabelecendo. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Juventus do Acre após empatar por 1 a 1 em Rio Branco, e vencer por 4 a 0 em Belo Horizonte, no Independência.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Vasco. Na ida, em São Januário, o Cruzeiro conseguiu uma das vitórias mais emblemáticas da sua história: goleada por 6 a 2, fora o baile. Na volta, em Belo Horizonte, bastou empatar por 1 a 1 para confirmar a classificação.

O rival cruzeirense nas quartas foi o Corinthians. A ida foi jogada no Independência, e a Raposa novamente goleou para encaminhar a vaga, por 4 a 0. A volta, no Pacaembu, terminou com derrota por 3 a 2. Na semifinal, foi a vez de passar pelo Flamengo com dois empates, por 1 a 1 no Maracanã, e por 0 a 0 no Mineirão.

O Cruzeiro foi para sua segunda decisão de Copa do Brasil. O adversário foi o Palmeiras, que eliminou Sergipe, Atlético-MG, Paraná e Grêmio. Os paulistas eram conhecidos como o “ataque dos 100 gols” devido à forte campanha no estadual de 1996, e tinham o favoritismo. Mas a Raposa era resiliente. O primeiro jogo foi no Mineirão e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no Palestra Itália, e os mineiros saíram perdendo logo aos cinco minutos. Aos 25, Roberto Gaúcho empatou. Empurrando o rival cada vez mais para trás, o Cruzeiro chegou ao gol do título aos 38 do segundo tempo, com Marcelo Ramos.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Ricardo Corrêa/Placar

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 1995

A Copa do Brasil teve seu grande ponto de virada na história em 1995. Depois de ficar à margem dos interesses da televisão desde a primeira edição, naquele ano tivemos a negociação que mudou os rumos para melhor. O SBT adquiriu a exclusividade das partidas, prometendo uma grande exposição aos clubes.

Mas a emissora de Silvio Santos queria suas contrapartidas. Sabendo que apenas o critério dos estaduais era insuficiente para garantir os times de maior audiência no torneio, ela costurou junto à CBF uma mudança no regulamento com a adição de quatro convidados fora dos critérios técnicos: São Paulo, Flamengo, Grêmio (defensor do título) e Democrata de Governador Valadares (terceiro colocado do Mineiro de 1994, unicamente fechar os quatro convites na falta outras equipes grandes).

Com 36 participantes, a Copa do Brasil ganharia uma fase preliminar de quatro confrontos. Outra novidade no regulamento foi a regra do visitante. Se um clube fora de casa vencesse a ida por três ou mais gols de diferença, eliminava o confronto da volta. Isto só valeria na preliminar e na primeira fase.

No meio desse turbilhão todo, tivemos um novo campeão: o Corinthians, de maneira invicta. A campanha teve início contra o Operário do Mato Grosso, e o Timão passou com empate por 1 a 1 em Cuiabá, e vitória por 4 a 0 no Pacaembu. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Rio Branco-AC, com vitórias por 3 a 0 fora e por 2 a 0 em casa.

Nas quartas, o Corinthians enfrentou o Paraná. Na ida, empate por 0 a 0 em Curitiba. Na volta, vitória por 2 a 1 em São Paulo. Na semifinal, foi a vez de encarar o Vasco. O primeiro jogo foi no Maracanã, e o Timão embalado venceu por 1 a 0. A segunda partida foi no Pacaembu. Em belíssima atuação, os paulistas golearam por 5 a 0.

Na final, o Corinthians enfrentou o Grêmio, que chegou à sua quinta final em sete edições, eliminando Desportiva-ES, Palmeiras, São Paulo e Flamengo. A primeira partida foi no Pacaembu, e o Timão venceu por 2 a 1, com um gol de Viola e outro golaço de Marcelinho Carioca, de falta. O segundo jogo foi no Olímpico, em Porto Alegre. Sem baixar a guarda, o time paulista foi campeão com outro triunfo por 1 a 0. Outra vez, Marcelinho decidiu.

A campanha do Corinthians:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 21 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Pisco Del Gaiso/Placar

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 1994

No ano do tetra da Seleção Brasileira, a Copa do Brasil viu, pela primeira vez, um clube já campeão sentir novamente o gosto de erguer a taça. Na sua quarta final em seis participações, o Grêmio ficou com o bicampeonato da competição. E novamente, de maneira invicta.

Em mais uma tentativa para impulsionar o torneio na televisão, a CBF vendeu os direitos de transmissão de maneira exclusiva para a Rede Manchete. Mas ainda não era o ideal, pois a emissora não tinha o mesmo alcance que as concorrentes diretas. Em 1994, ainda havia desconfiança sobre a continuidade a longo prazo da Copa do Brasil. Em campo, a novidade foi a entrada do Tocantins, o 26º Estado.

O Imortal Tricolor iniciou a jornada de mais um título contra o Criciúma, algoz de 1991. Mas desta vez Luiz Felipe Scolari estava do lado azul, que eliminou o time catarinense após empate por 2 a 2 no Heriberto Hülse, e vitória por 2 a 1 no Olímpico Monumental.

O rival do Grêmio nas oitavas de final foi o Corinthians. O primeiro jogo foi realizado no Olímpico, e terminou com vitória tricolor por 2 a 0. A segunda partida foi em São Paulo, no Pacaembu, e mais um empate por 2 a 2 serviu para a classificação. Nas quartas, foi a vez de passar pelo Vitória com dois triunfos por 1 a 0, em Porto Alegre e em Salvador. 

Na semifinal, depois da Copa do Mundo, o tricolor enfrentou o Vasco. A primeira partida foi disputada no Maracanã, e acabou empatada sem gols. O segundo jogo aconteceu no Olímpico. Com dois gols do artilheiro Nildo, o Grêmio venceu por 2 a 1 e chegou outra vez na decisão da Copa do Brasil.

A final foi contra o Ceará, que surpreendeu algumas forças tradicionais no mata-mata. Na ordem, o clube bateu Campinense, Palmeiras, Internacional e Linhares. A ida foi realizada em Fortaleza, no Castelão, e o Grêmio conseguiu segurar o 0 a 0 fora de casa. A volta foi no Olímpico. O gol do título tricolor saiu cedo, logo aos três minutos do primeiro tempo. Nildo, de cabeça, fez o 1 a 0 que se sustentou até o fim, apesar da pressão cearense.

A campanha do Grêmio:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 13 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto José Doval/Agência RBS

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 1993

Na Copa do Brasil 1993, nasceu aquela que se tornaria a maior hegemonia da competição nos anos seguintes. O Cruzeiro, na busca por recuperar o tempo perdido nos anos 1980 (quando só venceu dois estaduais), chegou para conquistar a primeira das seis taças em sua história.

O torneio não teve alterações no regulamento e na quantidade de Estados presentes em relação a 1992. Mas houve a troca de calendário, voltando a ser realizada no primeiro semestre, junto com os estaduais e a Libertadores, e em oposição ao Brasileiro que ocorreu na outra metade da temporada.

A campanha do Cruzeiro teve início contra a Desportiva, do Espírito Santo. A primeira partida aconteceu na cidade de Cariacica, e ficou empatada por 1 a 1. O segundo jogo foi em Belo Horizonte, no Mineirão, e a Raposa se classificou ao golear por 5 a 0.

Nas oitavas de final, o time mineiro passou sufoco contra o Náutico. Na ida, perdeu por 1 a 0 nos Aflitos. Na volta, venceu por 2 a 0 e reverteu o confronto. Nas quartas, foi a vez de eliminar o temido São Paulo com uma grande vitória por 2 a 1 no Morumbi, e empate por 2 a 2 no Mineirão.

O adversário do Cruzeiro na semifinal foi o Vasco. O primeiro jogo foi disputado em Belo Horizonte. Com dois gols de Edenilson e um de Luís Fernando Flores, a Raposa venceu por 3 a 1 e encaminhou a vaga na final. A segunda partida aconteceu no Rio de Janeiro, em São Januário, e o empate por 1 a 1 só confirmou a classificação.

Na decisão, o Cruzeiro encarou o Grêmio, que passou por Sorriso-MT, União Bandeirante-PR, Palmeiras e Flamengo. A ida foi no Olímpico, em Porto Alegre. Choveu muito nesse dia, e num campo cheio de lama o placar ficou no 0 a 0. A volta foi no Mineirão, com gramado bom. Roberto Gaúcho abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo, num frangaço do goleiro gremista. Os gaúchos empatariam depois, mas aos 20 segundos do segundo tempo, Cleisson fez 2 a 1 e deu o título à Raposa.

A campanha do Cruzeiro:
10 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 18 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Nélio Rodrigues/Placar

Internacional Campeão da Copa do Brasil 1992

Em 1992, a Copa do Brasil completou quatro edições correndo perigo em sua continuidade. 
A televisão custava a se interessar pela competição e a audiência era baixa. A conclusão em 1991 também não ajudou, com semifinais consideradas de pouco apelo: Criciúma x Remo (ambos na Série B) e Grêmio x Coritiba (um rebaixado, outro na segunda divisão).

Uma manobra da CBF para tentar impulsionar a Copa do Brasil foi a transferência dela para o segundo semestre, em oposição à disputa do Brasileirão, que era no início da temporada, e em paralelo aos estaduais. Outras novidades foram as entradas dos campeões do Amapá e de Rondônia, aumentando a lista para 25 Estados.

Dentro de campo, o Internacional foi campeão com atuações brilhantes, tidas em sua maioria pelos gols de Gerson, artilheiro que na época convivia com polêmicas a respeito de sua saúde, com suspeita até mesmo de ele ser portador do HIV (ele faleceria em 1994). O Colorado começou a campanha contra o Muniz Freire, do Espírito Santo, o qual eliminou com vitórias por 3 a 1 fora de casa, e por 5 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Nas oitavas de final, o Inter enfrentou o Corinthians. A primeira partida aconteceu no Pacaembu. Com uma atuação memorável, os gaúchos conseguiram, em plena São Paulo, golear por 4 a 0 e abrir excelente vantagem. Em casa, o empate sem gols não fez diferença para a classificação.

Nas quartas, foi a vez de encarar o Grêmio. Os dois clássicos, primeiro no Olímpico e depois no Beira-Rio, terminaram empatados por 1 a 1. Nos pênaltis, o Inter fez o básico e venceu o arquirrival por 3 a 0. Na semifinal, o Colorado derrubou o Palmeiras com duas vitórias, por 2 a 0 no Palestra Itália, e por 2 a 1 em Porto Alegre.

O Internacional enfrentou o Fluminense na final. Os cariocas superaram no mata-mata Picos, Sergipe, Criciúma e Sport. A ida foi disputada nas Laranjeiras, e o Colorado não conseguiu um bom resultado: derrota por 2 a 1. O gol que amenizou a desvantagem foi marcado por Caíco. A volta foi no Beira-Rio, de forma que a vitória por 1 a 0 já bastava para o título. Mas o gol só saiu aos 43 minutos do segundo tempo, num pênalti batido por Célio Silva.

A campanha do Internacional:
10 jogos | 6 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Adolfo Gerchmann/Placar

Criciúma Campeão da Copa do Brasil 1991

Ainda sem engrenar comercialmente, a Copa do Brasil seguiu para a terceira edição em 1991. E se nas duas primeiras, as zebras quase beliscaram o título, desta vez não escapou. A taça ficou com o Criciúma, que ao mesmo tempo disputava a Série B do Brasileirão e que sequer passou da primeira fase nesta competição.

Mas não dá para dizer que a conquista foi surpreendente. O Tigre já havia sido semifinalista em 1990, e na época nem todos os clubes ditos “grandes” se classificavam, pois o máximo para cada Estado eram duas vagas. A força do Heriberto Hülse também foi um dos fatores fundamentais para a conquista, invicta. No comando do time estava Luiz Felipe Scolari, e foi este trabalho que o projetou nacionalmente.

Na primeira fase, o Criciúma enfrentou o Ubiratan, do Mato Grosso do Sul. Na ida, empate por 1 a 1 fora de casa. Na volta, goleada por 4 a 1 em Santa Catarina. Nas oitavas de final, o Tigre eliminou o Atlético-MG ao vencer o primeiro jogo por 1 a 0 em casa, e o segundo pelo mesmo resultado, no Mineirão.

Nas quartas, o carvoeiro teve pela frente o Goiás, na revanche da semifinal de 1990. A primeira partida aconteceu no Serra Dourada, em Goiânia, e acabou empatada por 0 a 0. O segundo jogo foi no Heriberto Hülse, e o Criciúma obteve a classificação com uma histórica vitória por 3 a 0.

Na semi, foi a vez de encarar o Remo. A ida foi realizada no Baenão, em Belém. Com gol do atacante Soares, o Tigre voltou de lá com a vitória e a vantagem de 1 a 0. A volta foi disputada no Heriberto Hülse, e com outro tento de Soares, além de um contra dos paraenses, o Criciúma venceu por 2 a 0 e se colocou na decisão.

A final foi contra o Grêmio, que lidava com o rebaixamento no Brasileirão. Todavia, na Copa bateu Auto Esporte-PB, Fluminense de Feira, Corinthians e Coritiba. O primeiro jogo foi no Olímpico, em Porto Alegre, mas os carvoeiros não ligaram para isso. Vilmar fez o gol do Criciúma no empate por 1 a 1 que deixou o time em vantagem. No Heriberto Hülse, para quase 20 mil torcedores, outra igualdade, mas sem gols, deu o título merecido para o Tigre, o primeiro nacional de um clube catarinense.

A campanha do Criciúma:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Criciúma

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 1990

A primeira Copa do Brasil foi sucesso em campo e “fracasso” fora dele. A final entre Grêmio e Sport foi considerada de baixo apelo para a televisão, e tanto Globo quanto Bandeirantes deixaram de fazer as transmissões a partir de 1990. Apenas emissoras públicas ou regionais passaram os jogos a partir daquele ano, e isso prejudicou muito a competição na época.

Ainda assim, o modelo de torneio era tido como bom, porque agradava a CBF e as federações estaduais. O regulamento de 32 participantes foi mantido, e com a entrada do Acre no profissionalismo, a divisão passou a ser de 23 campeões e nove vices.

O título de 1990 ficou com o Flamengo, que se redimiu do vexame dado na semifinal em 1989. No primeiro ano após a aposentadoria de Zico e com o lateral Júnior liderando um elenco de jovens promessas, o rubro-negro iniciou a jornada contra o Capelense, de Alagoas. Na ida, goleou por 5 a 1 na Gávea. Na volta, 4 a 0 fora de casa, no interior alagoano.

Nas oitavas de final, o Fla enfrentou o Taguatinga, do Distrito Federal. Novamente, a primeira partida aconteceu no Rio de Janeiro, com vitória flamenguista por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serejão (hoje Boca do Jacaré), e acabou com empate por 1 a 1. Nas quartas, o Flamengo eliminou o Bahia com outro empate por 1 a 1, na Fonte Nova, e vitória por 1 a 0 no Mário Helênio, na mineira Juiz de Fora.

Na semifinal, o rubro-negro encarou o Náutico. A primeira partida aconteceu em Juiz de Fora, que virou a casa do Flamengo até a final. E o time carioca abriu uma grande vantagem de 3 a 0 logo na ida. Assim, a volta nos Aflitos, em Recife, foi tranquila. O empate por 2 a 2 colocou o Fla pela primeira vez na final.

A decisão da Copa do Brasil de 1990 foi disputada contra o Goiás, que passou por Cruzeiro, Operário-MS, Atlético-MG e Criciúma. O primeiro jogo foi realizado no Mário Helênio, em Juiz de Fora. Em uma quinta-feira à tarde, apenas 2.437 torcedores viram o zagueiro Fernando marcar de cabeça o 1 a 0 que deu a vantagem ao Flamengo. Na segunda partida, no Serra Dourada, em Goiânia, os cariocas seguraram o 0 a 0 e ficaram com o título invicto.

A campanha do Flamengo:
10 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 0 derrotas | 20 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Carlos Costa/Placar

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 1989

Entre 1973 e 1986, o Campeonato Brasileiro foi um verdadeiro pelego para as federações estaduais, com edições superando facilmente os 40 times e atingindo o ápice de 94 participantes, em 1979. A partir de 1987, porém, a Copa União e o Clube dos 13 vieram para fechar essa torneira.

Em 1989, as federações passaram a pressionar o novo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para a criação de uma competição que pudesse voltar a contemplá-las. Assim, foi introduzida a Copa do Brasil no calendário. Inspirada nos clássicos mata-matas europeus, ela contou com 32 participantes na primeira edição: 22 campeões estaduais de 1988 mais dez vices das federações melhores colocadas no ranking da entidade nacional. Apenas os Estados com futebol profissional tinham permissão para entrar na Copa do Brasil.

O primeiro campeão foi o Grêmio, que ali iniciou uma verdadeira história de identificação com o estilo do torneio, ficando por décadas como o maior vencedor do mesmo. A campanha tricolor teve início contra o Ibiraçu, do Espírito Santo. Na ida, venceu por 1 a 0 fora de casa. Na volta, goleou por 6 a 0 no Estádio Olímpico.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Mixto. Em Cuiabá, o Imortal goleou por 5 a 0 e garantiu a classificação logo no primeiro jogo. Ainda não existia a regra da vitória fora de casa (foi criada em 1995), mas a desvantagem alta fez os mato-grossenses desistirem de viajar à Porto Alegre (embora a versão oficial seja a de não terem conseguido voo para Porto Alegre), e o Grêmio venceu por W.O. Nas quartas, o tricolor gaúcho eliminou o Bahia com vitórias por 2 a 0 na Fonte Nova, e por 1 a 0 no Olímpico.

A semifinal foi contra o Flamengo. O primeiro jogo foi disputado no Maracanã, e terminou empatado por 2 a 2. A segunda partida aconteceu no Olímpico, e o Grêmio aplicou uma de suas goleadas mais inesquecíveis, por 6 a 1, sobre os cariocas.

A final da primeira Copa do Brasil foi entre Grêmio e Sport. Os pernambucanos eliminaram Fortaleza, Guarani, Vitória e Goiás. A ida foi jogada na Ilha do Retiro, em Recife, e acabou empatada sem gols. Na volta, no Olímpico, Assis abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo, enquanto Mazaropi empatou com gol contra, aos 31. Aos sete do segundo tempo, Cuca fez 2 a 1 e consolidou o primeiro título gremista, invicto.

A campanha do Grêmio:
10 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 25 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Sérgio Sade/Placar

Santos-AP Campeão Amapaense 2017

Ninguém para o Santos do Amapá. Em um estadual de tiro curto, o Peixe da Amazônia precisou apenas de nove jogos para ser campeão de novo. Na primeira fase, liderou com nove pontos (três vitórias e duas derrotas). Depois, não perdeu mais. Eliminou na semifinal o Ypiranga com duas vitórias (2x0 e 1x0).

Na final, o Santos enfrentou o Macapá. Na ida já encaminhou o título com 3x0 no placar. E na volta aumentou ainda mais o agregado, aplicando um sonoro 7x2 no adversário. Festa no Zerão para o sexto estadual santista, sendo este o penta na hegemonia do time (e a maior sequência do Brasil no momento).


Foto Rosivaldo Nascimento

São Raimundo-RR Campeão Roraimense 2017

Mais uma vez deu São Raimundo em Roraima. Mesmo sendo o estadual mais curto do Brasil (apenas seis participantes), foi trabalhoso o caminho para a conquista. No primeiro turno, derrota nos pênaltis para o Baré (0x0, depois 5x4). No segundo turno as coisas se inverteram, e o São Raimundo venceu (2x1).

Na finalíssima, um jogo emocionantes, com o Baré largando na frente, e o Pássaro Azul buscando o empate. Depois de um 3x3, outra decisão nas penalidades máximas. E dessa vez o São Raimundo foi mais eficiente, vencendo por 4x3. É o oitavo título roraimense do clube.


Foto Tércio Neto

Real Ariquemes Campeão Rondoniense 2017

Em Rondônia, a festa foi do Real Ariquemes. Venceu o primeiro turno do estadual com cinco vitórias e dois empates. Já classificado para a semifinal, puxou o freio no segundo turno, mas mesmo assim não perdeu nenhum jogo, vencendo dois e empatando cinco. Na semifinal, mais dois empates (2x2 e 0x0) com o Genus, vencendo na disputa por pênaltis (3x1).

A final do Real foi contra o... Barcelona! Em "El Clásico" rondoniense, dois jogos truncados. A primeira partida em Ariquemes terminou 0x0. Na volta, em Vilhena, o gol demorou mas aconteceu, o Real venceu por 1x0 e comemorou seu primeiro título estadual.


Foto Alexandre Almeida/FFRO

Interporto Campeão Tocantinense 2017

O time do Interporto se sagrou campeão tocantinense pela quarta vez na história. Deixou para trás Gurupi, Paraíso e Capital e terminou na liderança do seu grupo. Na semifinal, eliminou com dois empates o Tocantinópolis (2x2 e 0x0, passando pelo gol fora de casa). Na final, venceu o Sparta por 2x0 nas duas partidas, em Porto Nacional e em Araguaína. Festa para o Tigre, campeão do Tocantins depois de três anos.


Foto Divulgação/Interporto

Manaus Campeão Amazonense 2017

Entre os vários times que venceram o estadual pela primeira vez em 2017, o Manaus conseguiu o feito no Amazonas. Após uma primeira fase maluca, onde Nacional e Rio Negro perderam e recuperaram pontos no tribunal, o Gavião do Norte obteve a vaga na semifinal na última rodada, em terceiro lugar.

Na semifinal, enfrentou o Fast. Venceu o primeiro jogo por 2x0 e segurou o 1x1 no segundo. Na final, contra o tradicional Nacional, saiu na frente na ida, com vitória por 1x0. Na volta, comemorou o título na Arena da Amazônia com outro empate por 1x1.


Foto Antônio Assis/Jornal Extra