Santos Campeão Brasileiro 1965

Mais um ano de Taça Brasil, e o Santos continuou com a sua hegemonia. O número de participantes em 1965 se manteve em 22. Foram 21 campeões estaduais mais o vice-campeão paulista, que herdou o lugar do Alvinegro. Por ser o campeão paulista do ano anterior, o Peixe entrou mais uma vez direto na semifinal, ao lado do Vasco.

Nas tradicionais disputas por grupos regionais, o Vitória venceu no Nordeste, o Náutico venceu no Norte, o Grêmio venceu no Sul e o Siderúrgica-MG venceu no Leste. Na final da Zona Norte, o Náutico derrotou o Vitória, e na final da Zona Sul, o Grêmio foi o campeão sobre o Siderúrgica.

Nas quartas de final, o time pernambucano caiu para o Fortaleza, e o time gaúcho ficou diante do Palmeiras. Finalmente na semifinal, o Santos eliminou o rival paulista com vitória por 4 a 2 e empate em 1 a 1. Na outra chave, o Vasco passou pelo Náutico.

Na grande final, o Santos foi em busca do penta. Goleou o Vasco por 5 a 1 na partida de ida no Pacaembu. Na partida de volta no Maracanã, vitória santista por 1 a 0 e mais uma taça na prateleira alvinegra.

A campanha do Santos:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 11 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência O Globo

Santos Campeão Brasileiro 1964

Continuando com a supremacia de títulos na década de 60, o Santos partiu para o tetracampeonato na Taça Brasil de 1964. Com a competição ganhando cada vez mais prestígio, ela é aumentada para 22 times, sendo 21 campeões estaduais, e o Peixe campeão anterior. Como o time santista não era o campeão paulista, a vaga direta na semifinal foi para o Palmeiras, ao lado do campeão carioca Flamengo. O Santos entrou nas quartas de final.

Nos grupos regionalizados, o Ceará venceu no Nordeste, o Náutico venceu no Norte, o Metropol de Santa Catarina venceu no Sul e o Atlético-MG venceu no Leste. Nas finais da zonas, o Ceará passou pelo Náutico na Zona Norte, e o Atlético-MG eliminou o Metropol na Zona Sul.

Então, o Santos entra no campeonato, contra o time mineiro, e goleia nas duas partidas: 4 a 1 no Independência e 5 a 1 na Vila Belmiro. Na semifinal, vem o clássico contra o Palmeiras. O primeiro jogo foi extremamente difícil, mas deu Peixe por 3 a 2. Já o segundo jogo foi mais fácil, e uma vitória por 4 a 0 classificou o Santos para a final, contra o Flamengo (que eliminou o Ceará).

Mandando a partida no Pacaembu, o Santos tratou de abrir vantagem na partida de ida, vencendo por 4 a 1, três gols de Pelé. Com o regulamento no bolso, o Alvinegro Praiano segurou o 0 a 0 no Maracanã e conquistou mais um título do Brasileiro.

A campanha do Santos:
6 jogos | 5 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 20 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Santos Campeão Brasileiro 1963

A Taça Brasil de 1963 manteve quase o mesmo regulamento que a do ano anterior. Houve um aumento de dois participantes, totalizando 20. Campeão Mundial, da Libertadores, Paulista e do próprio Brasileiro, o Santos colocou em sua coleção de taças mais um troféu nacional.

Entrando diretamente na semifinal, ao lado do Botafogo, assistiu os adversários caindo aos poucos no torneio. O Sport venceu o Grupo Norte, o Bahia levou o Grupo Nordeste, o Grêmio faturou o Grupo Sul e o Atlético-MG conquistou o Grupo Leste. No confronto da Zona Norte, o Bahia eliminou o Sport, e no enfrentamento da Zona Sul, o Grêmio passou pelo Atlético-MG.

Na semifinal, o Santos fez a estreia contra o time gaúcho, e venceu as duas partidas, no Pacaembu e no Olímpico. No outro confronto, o Bahia se segurou contra o Botafogo, marcou um gol e não sofreu nenhum. Dessa maneira, Santos e Bahia fariam pela terceira vez na história a decisão.

Diferentemente das outras oportunidades (1959 e 1961), em que foi necessário três partidas em cada final, o Peixe precisou só dos dois primeiros jogos. Já entrando no ano de 1964, o Alvinegro cortou qualquer esperança baiana logo na ida, com um 6 a 0 em São Paulo. Na Fonte Nova, foi só completar o serviço, com 2 a 0, e comemorar o tri.

A campanha do Santos:
4 jogos | 4 vitórias | 0 empates | 0 derrotas | 15 gols marcados | 4 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Santos Campeão Brasileiro 1962

Em 1962, a Taça Brasil seguiu forte, e com o mesmo formato do ano anterior. 18 times campeões estaduais foram divididos em eliminatórias regionais, com os campeões paulista e carioca (antiga Guanabara), entrando diretamente na semifinal. O Santos, campeão vigente, entrou diretamente entre os quatro melhores, junto com o Botafogo.

No Grupo Norte, o Sport foi o vencedor. No Grupo Nordeste, deu Campinense. No Grupo Leste, o Cruzeiro se saiu melhor. E no Grupo Sul, o Internacional se classificou. Na decisão da Zona Norte, o Sport elimina o Campinense com um empate e uma vitória, os mesmos resultados obtidos pelo Internacional na final da Zona Sul.

O Brasil, ainda de ressaca com o bicampeonato na Copa do Mundo, viu as semifinais serem jogadas já em 1963. O Santos conseguiu um empate em 1 a 1 na Ilha do Retiro, e se classificou para a final com vitória por 4 a 0 em São Paulo. Na outra chave, o Botafogo bateu o Internacional em melhor de três jogos.

As duas maiores equipes do país se encontraram na final. De um lado, Pelé, Coutinho e Pepe. Do outro, Garrincha, Quarentinha e Amarildo. Foram dois jogos apertados. Na ida, o Santos venceu por 4 a 3 no Pacaembu. Na volta, o Botafogo devolveu 3 a 1 no Maracanã. Mas na partida extra só um time jogou. No Rio de Janeiro, o Santos aplicou 5 a 0 e ficou com o bicampeonato brasileiro.

A campanha do Santos:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 15 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência JB

Santos Campeão Brasileiro 1961

O Santos iniciou sua dinastia dentro do futebol brasileiro com o título da Taça Brasil de 1961. Esta edição contou com a participação de 18 equipes (17 campeões estaduais e o campeão da edição anterior), sendo que os campeões dos estados de São Paulo e de Pernambuco, assim como ocorreu em 1960, já entravam na fase final.

Dessa maneira, o Peixe entrou diretamente na semifinal, e ficou esperando por seu adversário. Na divisão clássica dos quatro grupos, o Bahia ficou à frente do Grupo Nordeste, o Fortaleza venceu o Grupo Norte, o America-RJ faturou o Grupo Leste e o Palmeiras ganhou no Grupo Sul. Nas quartas de final, o America-RJ venceu o Palmeiras na Zona Sul e o Bahia ganhou do Fortaleza na Zona Norte. 

Dessa forma, o Santos enfrentou o time da antiga Guanabara na semifinal. O Alvinegro venceu o America do Rio por 6 a 2 na ida em São Paulo, e usou o regulamento ao perder por 1 a 0 no Maracanã. No outro lado, o Bahia eliminou o Náutico.

A final de 1961 foi uma reedição de 1959. E uma grande revanche. Pelé e Coutinho marcaram três gols cada nas duas partidas. Na ida, 1 a 1 na Fonte Nova, e na volta, 5 a 1 no Pacaembu. É o primeiro dos cinco títulos santistas nessa modalidade do Campeonato Brasileiro.

A campanha do Santos:
5 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Arquivo/Santos

Palmeiras Campeão Brasileiro 1960

A Taça Brasil de 1960 foi a segunda edição do Campeonato Brasileiro da história. Em relação ao ano anterior, houve a entrada de mais uma equipe, totalizando 17. Os times de São Paulo e Pernambuco foram beneficiados com a entrada diretamente na semifinal. Dessa maneira, o Palmeiras precisou de pouca coisa para faturar o primeiro de seus nove títulos brasileiros.

O Verdão viu de camarote o Bahia conquistar o Grupo Nordeste, o Fortaleza vencer o Grupo Norte, o Grêmio ganhar o Grupo Sul e o Fluminense faturar o Grupo Leste. Depois, o Fortaleza derrotou o Bahia na final da Zona Norte, e o Fluminense venceu o Grêmio na Zona Sul. Na semifinal, o Fortaleza eliminou o Santa Cruz com uma vitória e um empate.

Na outra chave, o Palmeiras encontrou finalmente o Fluminense. No primeiro jogo, no Pacaembu, empate sem gols. Na segundo jogo, o Alviverde venceu no Maracanã por 1 a 0 e se classificou para a final contra o time cearense.

Muito favorito, o time de Valdir de Moraes, Djalma Santos, Chinesinho e Julinho Botelho não tomou conhecimento do Fortaleza. Na ida, no Presidente Vargas, o Palmeiras aplicou 3 a 1 e antecipou o que seria em São Paulo. A partida de volta no Pacaembu registrou a maior goleada em finais nacionais: 8 a 2 fora o baile de uma dos maiores times da época. Verdão campeão pela primeira vez.

A campanha do Palmeiras:
4 jogos | 3 vitórias | 1 empate | 0 derrotas | 12 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Arquivo/Gazeta Press

Bahia Campeão Brasileiro 1959

A Taça Brasil foi a primeira competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro. Apesar do certame ter sido instituído em 1954 pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) e ter seu regulamento definido em 1955, a primeira edição da competição não pôde ser disputada como o planejado, pois o calendário do futebol brasileiro até 1958 já estava aprovado e não podia sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958.

Sendo assim, ficou definido que a Taça Brasil começaria somente em 1959. Porém, como ainda haviam restrições econômicas e dificuldades para viagens longas, a competição foi montada apenas com os campeões estaduais que se enfrentavam em um grande sistema mata-mata.

O Brasileirão de 1959 contou com a participação de 16 campeões estaduais do ano anterior. Com os clubes divididos regionalmente, paulistas e cariocas entraram apenas nas semifinais. O Bahia pertenceu ao Grupo Nordeste, e começou a competição contra o CSA. Um triunfo em Maceió por 5 a 0, e outro em Salvador por 2 a 0 classificou o Tricolor de Aço.

Na fase seguinte, enfrentou o Ceará, com empates em Fortaleza e na Bahia. Um jogo-desempate foi necessário, e finalmente o Bahia ganhou, por 2 a 1 na Fonte Nova. Campeão do grupo, encarou nas quartas de final o campeão do Grupo Norte, o Sport, triunfando por 3 a 2 em Salvador. Mas em Recife, perdeu por 6 a 0. Como não havia a regra do saldo de gols, mais um desempate foi forçado. E o Bahia não deu outra chance ao azar, ganhando por 3 a 2.

Campeão da Zona Norte, foi à semifinal contra o Vasco. No Maracanã, o Tricolor triunfou por 1 a 0, mas na Fonte Nova sofreu 2 a 1. Em mais um jogo extra, fez 1 a 0 em Salvador, e avançou para a final, contra o Santos.

Àquela altura, o Santos já era tido como o melhor time do Brasil, com Pelé sendo o principal jogador. Mas o Bahia tinha Alencar e Biriba, autores dos gols do triunfo por 3 a 2 no Pacaembu. Na partida na Fonte Nova, o Santos devolveu 2 a 0. Outro desempate foi preciso e, já invadindo 1960, o Bahia ganhou no Rio de Janeiro por 3 a 1, se tornando assim, o primeiro campeão brasileiro e o primeiro time do Brasil a disputar uma Libertadores.

A campanha do Bahia:
14 jogos | 9 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 25 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Agência O Globo

Atlético-MG Campeão Brasileiro 1937

No dia 25 de agosto de 2023, a CBF reconheceu de maneira oficial o Torneio dos Campeões de 1937 como o primeiro Campeonato Brasileiro da história. Desta forma, o Atlético-MG atinge sua terceira conquista nacional e volta a ser o primeiro campeão da história, depois de ter perdido o posto para o Bahia na unificação da Taça Brasil e do Robertão em 2010.

O Torneio dos Campeões foi disputado num contexto histórico complexo. Fazia apenas quatro anos que o profissionalismo imperava no futebol brasileiro, que rachou em duas entidades concorrentes: a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que mantinha-se com clubes amadores e controlava a Seleção Brasileira, e a Federação Brasileira de Futebol (FBF), feita por times profissionais. A CBD também organizava o Brasileiro de Seleções Estaduais, desde 1922.

Em 1933, a FBF começou seu torneio, inicialmente também com seleções estaduais. Mas a ideia era fazer um campeonato com clubes para se opor à CBD. E em 1937, foi criado o Torneio dos Campeões, com cinco vencedores dos estaduais de 1936 e um convidado: Atlético-MG, Fluminense, Portuguesa, Rio Branco-ES, Aliança-RJ e a Liga da Marinha.

O regulamento foi de tiro curto: uma primeira fase preliminar entre Liga da Marinha e Aliança (campeã fluminense) definiria o adversário do Rio Branco (campeão capixaba) em uma segunda preliminar. Quem vencesse daqui iria para o quadrangular final de dois turnos com os demais. Que passou deste começo foi o Rio Branco.

Em seis jogos, o Atlético-MG definiu o título. Mas a estreia foi terrível, ao levar uma goleada por 6 a 0 Fluminense nas Laranjeiras. Na sequência, o Galo ainda empatou por 1 a 1 com o Rio Branco, em Vitória. A arrancada triunfante veio a partir da terceira rodada, nas partidas disputadas no antigo Estádio de Lourdes, em Belo Horizonte. Contra a Portuguesa, goleada por 5 a 0. Contra o Fluminense, a revanche veio no placar de 4 a 1.

Nesta altura, o clube carioca já tinha feito as seis partidas, com seis pontos (três vitórias e três derrotas). Todos os outros tinham quatro jogos, com os mineiros somando sete pontos, os capixabas cinco e os paulistas dois, já sem chances de título. No primeiro jogo faltante, a Portuguesa derrotou o Rio Branco e foi a quatro pontos, no que ajudou o Galo. A partida contra o Rio Branco em Belo Horizonte tornou-se na decisão do título. E assim foi. Com dois gols de Paulista e um de Guará, Nicola e Bazzoni, o Atlético goleou por 5 a 1 foi campeão dos campeões de 1937, hoje um título equivalente ao Brasileirão.

No fim, o Galo ainda venceu a Portuguesa por 3 a 2 em São Paulo e chegou a nove pontos. O Fluminense ficou com o vice, superando o Rio Branco por um ponto.

O Torneio dos Campeões não voltaria mais a ser organizado, pois na mesma época FBF e CBD começaram uma aproximação. Em 1941, a FBF foi absorvida pela CBD, passando a gerir o futebol brasileiro até 1979, quando foi criada a CBF.

A campanha do Atlético-MG:
6 jogos | 4 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 18 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Arquivo/Atlético-MG

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2017

A Copa do Brasil mudou mais uma vez em 2017. A CBF aumentou o número de participantes para 91, além de ter feito alterações importantes no regulamento. Como o fim dos jogos de ida e volta nas duas primeiras fases. Elas passaram a acontecer em partidas únicas. Na primeira etapa, com vantagem do empate para os visitantes. Na segunda, com disputa de pênaltis em caso de igualdade. Para completar, foi adicionada a quarta fase antes do afunilamento nas oitavas.

Das 91 vagas, 70 ficaram com as federações estaduais, dez com o Ranking da CBF e 11 para os oito melhores do Brasileirão do ano anterior e os campeões da Série B, Copa do Nordeste e Copa Verde. E no meio dessa salada se sobressaiu um mestre na arte de vencer copas, o Cruzeiro, comandado por Mano Menezes, que enfim chegou ao seu quinto título na Copa do Brasil depois de 14 anos.

Presente desde a primeira fase, a Raposa estreou contra o Volta Redonda, vencendo no Raulino de Oliveira por 2 a 1. Na segunda fase, o time não tomou conhecimento do São Francisco, do Pará, e goleou por 6 a 0 no Mineirão. Na terceira fase, foi a vez de encarar o Murici, de Alagoas, e o Cruzeiro conseguiu a classificação com mais duas vitórias, por 2 a 0 no interior alagoano, e por 3 a 0 em Belo Horizonte.

Na quarta fase, veio um confronto cascudo com o São Paulo. Mas a Raposa não se intimidou com a pressão do Morumbi no jogo de ida e venceu por 2 a 0. Porém, no Mineirão, o Cruzeiro não resistiu e acabou derrotado por 2 a 1, resultado que não afetou a classificação às oitavas de final. 

Nas oitavas de final, o adversário foi a Chapecoense, e uma vitória por 1 a 0 em Minas garantiu ao Cruzeiro avançar de fase com empate por 0 a 0 em Chapecó. Nas quartas, dois jogos emocionantes com o Palmeiras. No primeiro, o empate em 3 a 3 em São Paulo deu à Raposa a vantagem dos gols fora de casa, permitindo outro empate em 1 a 1 no Mineirão.

Na semifinal, o enfrentamento foi com o Grêmio, que um ano antes eliminou a Raposa nessa mesma fase. A ida foi na Arena gremista em Porto Alegre, os cruzeirenses acabaram derrotados por 1 a 0. Na volta em Belo Horizonte, o resultado foi devolvido, e nos pênaltis os mineiros venceram por 3 a 2.

A final foi contra o Flamengo, que superou Atlético-GO, Santos e Botafogo. Mas, diferentemente de 2003, a reedição da decisão foi mais tensa. No Maracanã, o Cruzeiro saiu perdendo, mas buscou o empate por 1 a 1 com gol do uruguaio De Arrascaeta. No Mineirão, os times não saíram do 0 a 0. Nos pênaltis, a Raposa não decepcionou, vencendo por 5 a 3 e comemorando o pentacampeonato.

A campanha do Cruzeiro:
14 jogos | 7 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Pedro Vilela/Getty Images

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 2016

Maior vencedor da história da Copa do Brasil desde a primeira edição, o Grêmio chegava em 2016 a uma fila de 15 anos sem erguer a taça. Nem mesmo participou de decisões nesse meio tempo. E isso era muito impactante, visto que o clube esteve em sete finais nas primeiras 13 edições da competição. Já estava mais do que na hora de buscar o penta, e ele veio de maneira categórica.

A conquista tricolor veio pelo atalho privilegiado que os times da Libertadores tinham, com a entrada apenas a partir das oitavas de final, sem precisar disputar as três fases anteriores. O primeiro adversário foi o Athletico-PR. A partida de ida foi realizada na Arena da Baixada, e o Grêmio conseguiu vencer por 1 a 0. Este resultado foi obtido sob o comando do técnico Roger Machado, que vinha mal no Brasileirão e acabou demitido antes da volta. Em seu lugar entrou Renato Portaluppi. Sua estreia foi com emoção, pois o tricolor perdeu na sua Arena por 1 a 0, e só se classificou nos pênaltis, ao vencer por 4 a 3.

Nas quartas de final, veio pela frente o Palmeiras. A primeira partida aconteceu em Porto Alegre. Com gols de Ramiro e Pedro Rocha, o Grêmio venceu por 2 a 1 e abriu vantagem. O segundo jogo foi no Allianz Parque, e o Imortal buscou se segurar. Os paulistas abriram o placar no segundo tempo, o que eliminaria os gaúchos. Do banco de reservas, saiu o autor do gol de empate. Everton Cebolinha marcou 1 a 1 aos 30 minutos, e colocou o tricolor na semifinal.

Na semi, duelo de tetracampeões entre Grêmio e Cruzeiro. O primeiro jogo aconteceu em Belo Horizonte, no Mineirão, mas o tricolor não se intimidou com a pressão mineira. Luan abriu o placar no primeiro tempo, e Douglas fez 2 a 0 no segundo tempo. Com a ótima vantagem, o tricolor apenas precisou segurar o empate sem gols na Arena para se classificar à final.

Na decisão, o Grêmio enfrentou o Atlético-MG, que passou por Ponte Preta, Juventude e Internacional. De novo a ida foi disputada no Mineirão, e com dois gols de Pedro Rocha e outro de Everton o Imortal venceu por 3 a 1. A volta foi disputada na Arena gremista, em meio ao luto e homenagens à Chapecoense, que sofreu um acidente de avião uma semana antes, onde faleceu quase todo o elenco e comissão técnica. Em campo, o tricolor abriu o caminho do penta aos 43 do segundo, com o gol de Miller Bolaños. Os mineiros até empataram por 1 a 1 nos acréscimos, mas o resultado não fazia mais diferença.

A campanha do Grêmio:
8 jogos | 4 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 10 gols marcados | 5 gols sofridos


Foto Jeferson Guareze/AGIF

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2015

Em 2015, depois de ter passado por momentos difíceis, como o rebaixamento à Série B em 2012, a volta à Série A em 2013 e a quase nova queda em 2014, o Palmeiras precisava se reencontrar. Nem parecia que o clube tinha sido bicampeão da Copa do Brasil apenas três anos antes. Na temporada de recomeço, o clube chegaria ao tricampeonato da competição nacional. Foi a primeira conquista de uma nova era, no recém-inaugurado Allianz Parque, estádio construído no mesmo terreno do velho Palestra Itália, e que abriria o caminho para títulos maiores nos anos seguintes.

A campanha do Verdão teve início contra o Vitória da Conquista, da Bahia. No primeiro jogo, goleou por 4 a 1 fora de casa e garantiu a classificação sem necessitar da partida de volta em São Paulo. Na segunda fase, foi a vez de passar pelo Sampaio Corrêa com empate por 1 a 1 no Castelão de São Luís, e goleada por 5 a 1 no Allianz Parque.

Na terceira fase, o Palmeiras enfrentou o ASA, o carrasco que tirou o clube da disputa em 2002 ainda na fase inicial. Treze anos depois, a dificuldade foi igual, mas a revanche aconteceu. Na ida em São Paulo, empate sem gols. Na volta, que os alagoanos venderam o mando de campo para Londrina, o Verdão venceu por 1 a 0, gol de Gabriel Jesus.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Cruzeiro. Na primeira partida, vitória alviverde por 2 a 1 no Allianz Parque. No segundo jogo, novo triunfo palmeirense por 3 a 2 no Mineirão. Nas quartas, o rival foi o Internacional, e o Palmeiras passou após empatar por 1 a 1 em Porto Alegre, e vencer por 3 a 2 em São Paulo.

Na semifinal, foi a vez de encarar o Fluminense. No primeiro jogo, o alviverde acabou derrotado por 2 a 1 no Maracanã, com Zé Roberto salvando uma desvantagem menor na etapa final. Na segunda partida, Lucas Barrios marcou duas vezes e o Palmeiras conseguiu devolver os 2 a 1 no Allianz Parque. Nos pênaltis, veio a classificação com vitória por 4 a 1.

A final da Copa do Brasil 2015 teve o clássico entre Palmeiras e Santos, que bateu Londrina, Maringá, Sport, Corinthians, Figueirense e São Paulo. Como novidade, a regra do gol fora de casa deixou de valer em decisões a partir desta. A ida foi disputada na Vila Belmiro, mas o Verdão acabou derrotado por 1 a 0 nos últimos minutos. A volta aconteceu no Allianz Parque. Já no segundo tempo, Dudu anotou dois gols, aos 11 e aos 39 minutos. Mas os santistas descontaram por 2 a 1 aos 41. Pela primeira vez a Copa do Brasil seria definida nos pênaltis. Por 4 a 3, deu Palmeiras, e a última cobrança coube a ser convertida pelo goleiro Fernando Prass.

A campanha do Palmeiras:
13 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/AFP/Getty Images

Atlético-MG Campeão da Copa do Brasil 2014

Em 2014, ano da Copa do Mundo dentro do Brasil, o Mineirão foi o destaque. Primeiro, por ter sido o palco do 7 a 1, maior vexame da história da Seleção. Depois, por ter sido o palco de viradas épicas que fizeram parte da campanha do Atlético-MG no primeiro título da Copa do Brasil. E que foi conquistado em cima do maior rival.

O Galo inaugurou a era dos clubes campeões que entraram diretamente nas oitavas de final. Vencedor da Libertadores de 2013, o time não repetiu a boa campanha em 2014, caindo logo na mesma fase de oitavas. A estreia na Copa do Brasil foi somente em agosto, contra o Palmeiras. Na ida, venceu por 1 a 0 no Pacaembu. Na volta, vitória por 2 a 0 no Independência.

Nas quartas de final, o adversário foi o Corinthians. O primeiro jogo aconteceu em São Paulo, e o Atlético foi derrotado por 2 a 0. A história das viradas começaria na segunda partida. No Mineirão, o time treinado por Levir Culpi começou perdendo logo aos quatro minutos do primeiro tempo. Aos 23, Luan empatou. Aos 31, Guilherme virou. No segundo tempo, aos 29, Guilherme fez mais um, mas ainda era insuficiente. Eis que, aos 41, Edcarlos cabeceou e fez 4 a 1. Galo classificado.

Na semifinal, a parada foi contra o Flamengo, e a ida mais uma vez aconteceu fora de casa, no Maracanã. E novamente o Atlético perdeu por 2 a 0, necessitando de outra virada. Mas o Galo também começou perdendo, aos 34 do primeiro tempo. O empate veio aos 41, com o gol de Carlos. A virada aconteceu aos 11 do segundo tempo, com Maicosuel. Aos 35, Dátolo anotou o terceiro. Faltava um, e ele veio aos 39, com o desvio de Luan em cobrança de escanteio. Atlético na decisão com outro 4 a 1.

A cereja no bolo de uma Copa do Brasil frenética foi a final entre Atlético-MG e Cruzeiro, outro egresso da Libertadores que bateu Santa Rita-AL, ABC e Santos. O Galo tinha o mando da partida de ida e levou ela para o Independência. Com gols de Luan aos oito do primeiro tempo, e Dátolo aos 11 do segundo, o time venceu por 2 a 0. A volta foi no Mineirão, mas o Cruzeiro não demonstrou a mesma força que teve no Brasileirão. Com gol de Diego Tardelli nos acréscimos do primeiro tempo, o Atlético venceu por 1 a 0 e faturou o título inédito.

A campanha do Atlético-MG:
8 jogos | 6 vitórias | 0 empates | 2 derrotas | 14 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Buda Mendes/Getty Images

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2013

Mudanças à vista! A Copa do Brasil mudou muita coisa a partir de 2013. Para começar, o número de participantes saltou de 64 para 87. Mas o mais importante foi que, dentre essas 23 vagas a mais, estavam incluídas a dos clubes que estavam na Libertadores da mesma temporada, acabando com a restrição que durava desde 2001. Porém, esses times só começaram a disputa nas oitavas de final.

A competição também ganhou uma fase a mais. De tal forma que o calendário precisou ser esticado para durar quase todo o ano, de fevereiro a novembro. E apesar do caminho facilitado para as equipes da Libertadores, o título em 2013 ficou com quem jogou desde o começo. O Flamengo chegou ao tricampeonato com um futebol não muito brilhante, mas que compensou na eficiência.

Na primeira fase, o Fla passou pelo Remo com duas vitórias, por 1 a 0 em Belém, e por 3 a 0 em Volta Redonda, pois o Maracanã ainda estava em reformas para a Copa do Mundo de 2014. Na segunda fase, a vítima foi o Campinense, também com duas vitórias, ambas por 2 a 1, na Paraíba e em Juiz de Fora. Na terceira fase, dois triunfos sobre o ASA, por 2 a 0 em Arapiraca, e por 2 a 1 em Volta Redonda.

Nas oitavas, as definições dos confrontos foram por sorteio, e o Flamengo ficou para enfrentar o Cruzeiro. Na ida, derrota por 2 a 1 no Mineirão, com Carlos Eduardo descontando um gol importante para o rubro-negro. A volta foi no Maracanã, reaberto, e a classificação veio com vitória por 1 a 0, gol de Elias a dois minutos do fim.

Nas quartas de final, dois clássicos com o Botafogo no Maracanã. No primeiro empate por 1 a 1. No segundo, goleada por 4 a 0 e um show da torcida. Na semifinal, o Fla passou pelo Goiás. Na ida, vitória por 2 a 1 no Serra Dourada. Na volta, outra vez 2 a 1 no Rio de Janeiro e classificação para a decisão.

Na final, o Flamengo enfrentou o Athletico-PR, que eliminou Brasil-RS, América-RN, Paysandu, Palmeiras, Internacional e Grêmio. A primeira partida foi em Curitiba, mas na Vila Capanema, porque a Arena da Baixada também estava em reforma para a Copa de 2014. O Fla saiu atrás no placar, mas conseguiu o empate por 1 a 1 com Amaral ainda no primeiro tempo. O segundo jogo foi no Maracanã. Sob tensão, o Flamengo só abriu o placar aos 43 do segundo tempo, com Elias. Quando todos já comemoravam, no último lance, aos 49, Hernane fez 2 a 0.

A campanha do Flamengo:
14 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 1 derrota | 26 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Alexandre Loureiro/Placar

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 2012

O regulamento mais duradouro da história da Copa do Brasil teve a sua última aparição em 2012. Foram 12 edições da fórmula que excluía os clubes participantes da Libertadores. Naquele ano, quem aproveitou para ficar com a taça foi o Palmeiras, em temporada que terminaria agridoce: bicampeão da Copa do Brasil e rebaixado para a Série B do Brasileirão.

Novamente sob o comando de Luiz Felipe Scolari (que iria para a Seleção Brasileira antes da queda no Brasileiro), o Verdão começou a campanha diante do Coruripe, de Alagoas. Na ida, vitória por 1 a 0 em Maceió, no Rei Pelé. A volta foi em Jundiaí, no Jaime Cintra, pois o Palestra Itália já não existia mais e o novo estádio palmeirense ainda estava em construção. Na casa improvisada, deu Palmeiras por 3 a 0.

Na segunda fase, o alviverde fora de casa derrotou o Horizonte, do Ceará, por 3 a 1 e dispensou a segunda partida. Nas oitavas de final, o adversário foi o Paraná. Na ida, o Palmeiras venceu por 2 a 1 na Vila Capanema. Na volta, na Arena Barueri, goleada por 4 a 0 e classificação às quartas.

Na fase seguinte, foi a vez de encarar o Athletico-PR. A primeira partida voltou a ser fora, em Curitiba, e terminou empatada por 2 a 2. No segundo jogo, vitória por 2 a 0 e classificação outra vez na Arena Barueri, que se tornou de vez na casa do Palmeiras.

O rival na semifinal foi o Grêmio, que aparentava ser o favorito no confronto. A ida foi disputada no Olímpico, mas o Verdão soube esperar o momento certo para atacar. Com gols de Mazinho e Barcos, aos 41 e 46 minutos do segundo tempo, o alviverde venceu por 2 a 0. Na volta, em Barueri, bastou apenas o empate por 1 a 1.

O Palmeiras chegou na final para enfrentar o Coritiba, que tinha superado Nacional-AM, ASA, Paysandu, Vitória e São Paulo. A ida foi na Arena Barueri, e o Verdão fez boa vantagem ao vencer por 2 a 0, gols de Valdívia e Thiago Heleno. A volta foi no Couto Pereira, e os palmeirenses souberam esperar mais uma vez após saírem atrás no placar. Aos 20 do segundo tempo. Marcos Assunção cobrou falta e Betinho desviou a bola com a cabeça para empatar por 1 a 1 e dar o segundo título da Copa do Brasil para o Palmeiras.

A campanha do Palmeiras:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 23 gols marcados | 6 gols sofridos


Foto Miguel Schincariol/Placar

Vasco Campeão da Copa do Brasil 2011

Mais um clube chegou ao título inédito da Copa do Brasil, em 2011. O Vasco, que passava por um momento de retorno à Série A do Brasileiro após o primeiro rebaixamento, encontrou uma conexão entre time e torcida poucas vezes vista antes e passou pelos adversários de uma maneira verdadeiramente copeira. Uma época de esperança.

A campanha do cruzmaltino teve início contra o Comercial-MS. No Estádio Morenão, em Campo Grande, goleou por 6 a 1 e passou à segunda fase sem precisar disputar a partida de volta no Rio de Janeiro. O próximo oponente foi o ABC, e o Vasco avançou depois de empatar por 0 a 0 em Natal, e vencer por 2 a 1 em São Januário, de virada.

Nas oitavas de final, foi a vez de jogar contra o Náutico. O primeiro jogo foi realizado nos Aflitos, e o cruzmaltino carimbou a classificação logo na ida, ao vencer por 3 a 0. Depois, no Rio de Janeiro, bastou apenas segurar o empate sem gols na segunda partida.

O adversário nas quartas foi o Athletico-PR, e até então o mais complicado. Na primeira partida, na Arena da Baixada, empate por 2 a 2 que o cruzmaltino concedeu perto do fim da etapa complementar. No segundo jogo, em São Januário, os paranaenses largaram na frente, mas Elton buscou o empate por 1 a 1 e a classificação pelo gol fora de casa.

Na semifinal, o Vasco enfrentou o Avaí. A ida foi disputada em São Januário, mas os cariocas por pouco não tiveram uma jornada infeliz, pois os catarinenses venciam até os 49 minutos do segundo tempo, quando um pênalti foi assinalado. Diego Souza bateu e salvou o empate por 1 a 1. Foi preciso vencer na Ressacada, em Florianópolis, por 2 a 0 para o Vasco chegar à sua segunda decisão.

Na final, o Vasco encarou o Coritiba, aquele do recorde de 24 vitórias e que bateu Ypiranga, Atlético-GO, Caxias, Palmeiras e Ceará. A ida aconteceu em São Januário, e o cruzmaltino largou com a vantagem de 1 a 0, gol de Alecsandro. A volta foi no Couto Pereira. Alecsandro abriu o placar cedo, mas o Coritiba virou ainda no primeiro tempo. No segundo, Eder Luís empatou e os paranaenses anotaram 3 a 2. A tensão ficou no ar até o apito final, mas no fim o “trem-bala da colina” comemorou o título.

A campanha do Vasco:
11 jogos | 5 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Heuler Andrey/LatinContent/Getty Images

Santos Campeão da Copa do Brasil 2010

A Copa do Brasil de 2010 viu o surgimento de um novo craque brasileiro. O primeiro título do Santos na competição foi conquistado sob os gols e dribles de Neymar, com apenas 18 anos de idade. Junto com Paulo Henrique Ganso, a dupla foi responsável pelo início de um ciclo vitorioso, que culminaria no tri da Libertadores do ano seguinte.

O Peixe iniciou sua campanha contra o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul. O primeiro jogo foi disputado na capital Campo Grande, com vitória santista por 1 a 0. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos lavou a alma de tanto fazer gols: 10 a 0, com seis no primeiro tempo e quatro no segundo. Na segunda fase, o time goleou o Remo em Belém por 4 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Guarani. Sem pena, o Peixe voltou a golear de maneira assombrosa em casa, na partida de ida, por 8 a 1. Só Neymar aqui anotou cinco gols. A volta foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e o Santos levou a primeira derrota, de virada, por 3 a 2.

Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Atlético-MG. O primeiro jogo foi no Mineirão, e o alvinegro praiano voltou a sofrer derrota por 3 a 2, com o segundo gol marcado aos 37 minutos do segundo tempo. A segunda partida foi na Vila Belmiro, e o Santos reverteu a desvantagem com vitória por 3 a 1.

A semifinal foi contra o Grêmio, em dois jogos emocionantes. No primeiro, no Olímpico, o Peixe abriu dois gols de diferença na etapa inicial, mas os gaúchos reagiram com quatro tentos na etapa complementar. No fim, deu para o Santos descontar para 4 a 3. No segundo jogo, o alvinegro só furou a defesa gremista depois de 51 minutos, mas fez isso três vezes e venceu por 3 a 1, chegando à decisão.

A final da Copa do Brasil de 2010 foi entre Santos e Vitória, que bateu Corinthians-AL, Náutico, Goiás, Vasco e Atlético-GO. A ida foi jogada na Vila Belmiro, e o Peixe confirmou o favoritismo ao vencer por 2 a 0, gols de Neymar e Marquinhos. A volta foi em Salvador, no Barradão, e Edu Dracena deixou o Santos mais perto da taça ao abrir o placar no primeiro tempo. Os baianos viraram para 2 a 1 no segundo tempo, porém foi insuficiente.

A campanha do Santos:
11 jogos | 7 vitórias | 0 empates | 4 derrotas | 39 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Marco Sacco/Placar

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2009

Em 2009, o Corinthians viveu o início de um dos maiores arcos de redenção já vistos no futebol brasileiro. Depois de ser rebaixado no Brasileirão de 2007, o clube teve que passar pela Série B em 2008, sob o comando de Mano Menezes. Ao mesmo tempo, chegou à final da Copa do Brasil, mas perdeu para o Sport. Para o ano seguinte, de volta à elite, o time seguiu com o mesmo técnico e teve o adendo de um dos melhores jogadores da história do futebol: Ronaldo Fenômeno.

O resultado desta parceria foi o tricampeonato da Copa do Brasil em 2009, de maneira incontestável. Na primeira fase, o Timão passou pelo Itumbiara, com vitória por 2 a 0 no interior de Goiás. Assim, não foi necessário a partida de volta em São Paulo. Do mesmo modo ocorreu a classificação na segunda fase, contra o Misto, do Mato Grosso do Sul: vitória por 2 a 0 fora e mais uma folga na competição.

O nível subiu nas oitavas de final, contra o Athletico-PR. O primeiro jogo foi disputado na Arena da Baixada, e os donos da casa tentaram aprontar para cima do Corinthians com a marcação de três gols. A reação veio a partir dos 41 minutos do segundo tempo, com dois gols de Cristian e Dentinho. A derrota por 3 a 2 ficou menos complicada para reverter. Na volta, no Pacaembu, Ronaldo anotou duas vezes e o Timão venceu por 2 a 0.

Passado às quartas, o Corinthians enfrentou o Fluminense. A ida foi jogada em São Paulo, e o alvinegro venceu por 1 a 0, gol de Dentinho. A volta aconteceu no Maracanã. Chicão e Jorge Henrique abriram mais vantagem para o Timão, que encaminhou a vaga na semifinal. Os cariocas até reagiram e empataram por 2 a 2 no fim, mas isso não afetou a jornada.

Na semi, os paulistas encararam o Vasco, que à época estava na disputa da Série B nacional. A primeira partida foi disputada no Maracanã, e os times preto e branco ficaram no empate por 1 a 1. O segundo jogo foi realizado no Pacaembu, e um tenso empate por 0 a 0 deu a classificação à final para o Corinthians.

O adversário alvinegro na decisão foi o Internacional, que eliminou União Rondonópolis, Guarani, Náutico, Flamengo e Coritiba. O jogo de ida foi no Pacaembu. Aos 26 minutos do primeiro tempo, Jorge Henrique abriu o placar para o Timão. Aos sete do segundo tempo, Ronaldo ampliou para 2 a 0 e deixou uma boa vantagem para volta em Porto Alegre. No Beira-Rio, Jorge Henrique fez mais um e André Santos praticamente confirmou o título para o Corinthians ainda na etapa inicial. Os gaúchos até empataram por 2 a 2 no segundo tempo, mas a festa foi dos visitantes paulistas.

A campanha do Corinthians:
10 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 16 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Jefferson Bernardes/AFP

Sport Campeão da Copa do Brasil 2008

Na vigésima edição da Copa do Brasil, em 2008, o grito de campeão veio do Nordeste. O Sport, com uma das campanhas mais épicas vistas na história na competição, levou o título batendo com autoridade os adversários vindos do Sul e do Sudeste e fazendo da Ilha do Retiro um verdadeiro caldeirão de emoções.

O rubro-negro pernambucano iniciou sua caminhada diante do Imperatriz, do Maranhão. Na ida, empate por 2 a 2 no interior maranhense. Na volta, goleada por 4 a 1 em Recife. Na segunda fase, o adversário foi o Brasiliense. O Leão da Ilha fez o primeiro jogo no Distrito Federal, com vitória por 2 a 1. Na segunda partida, novo triunfo por 4 a 1 em casa.

Nas oitavas de final, o Sport encarou o Palmeiras. E é a partir daqui que a campanha começa a ganhar contornos históricos. Na ida, o rubro-negro segurou empate sem gols no Palestra Itália. Na volta, pela terceira vez, goleada por 4 a 1 na Ilha do Retiro, com três gols do meia Romerito.

O adversário nas quartas foi o Internacional, com o primeiro jogo acontecendo em Porto Alegre. No Beira-Rio, o Leão sofreu a primeira derrota, por 1 a 0. A segunda partida foi em Recife, e o Sport conseguiu a classificação de maneira emocionante, com vitória por 3 a 1. O gol salvador foi marcado pelo zagueiro e capitão Durval, em cobrança de falta aos 33 minutos do segundo tempo. 

Na semifinal, foi a vez de enfrentar o Vasco. Diferentemente do que havia acontecido até então na competição, o Sport fez a primeira partida na Ilha do Retiro. E venceu por 2 a 0, gols de Durval e Daniel Paulista. O segundo jogo aconteceu em São Januário, e os cariocas devolveram os 2 a 0. Nos pênaltis, deu Leão, por 5 a 4. Mas mesmo classificado, o Leão sofreu um baque com a saída de Romerito. O artilheiro do time não conseguiu ter seu empréstimo renovado junto ao Goiás.

Na final, o Sport enfrentou o Corinthians, que no momento disputava também a Série B do Brasileirão e havia passado por Barras-PI, Fortaleza, Goiás, São Caetano e Botafogo. A ida foi jogada em São Paulo, no Morumbi, e começou ruim para o rubro-negro, que sofreu três gols. Aos 46 do segundo tempo, Enilton descontou para 3 a 1, no que foi o penúltimo passo até a conquista. Na Ilha do Retiro, Carlinhos Bala e Luciano Henrique, aos 34 e aos 37 do primeiro tempo, fizeram os gols da vitória por 2 a 0 que virou o confronto e sacramentou o título histórico.

A campanha do Sport:
12 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Léo Caldas/Placar

Fluminense Campeão da Copa do Brasil 2007

Quem aprende com um erro, não erra duas vezes - parte 2. Em 2007, as campanhas de redenção na Copa do Brasil continuaram com o Fluminense que, dois anos depois da derrota para o Paulista, chegou ao título nacional com uma trajetória ao melhor estilo copeiro, sob o comando do técnico Renato Portaluppi.

O Flu iniciou sua caminhada contra a Adesg, pequena equipe do Acre. Na primeira partida, vitória por 2 a 1 na Arena da Floresta, em Rio Branco. No segundo jogo, no Maracanã, a goleada por 6 a 0 foi praticamente o último momento sem sustos para o time dali até a decisão.

Na segunda fase, o adversário do tricolor carioca foi o América-RN. A ida foi disputada em Natal, com vitória do Fluminense por 2 a 1. A volta foi no Rio de Janeiro, e o primeiro susto foi dado: derrota por 1 a 0, que pela regra dos gols fora de casa serviu para a classificação.

O segundo susto veio nas oitavas de final, contra o Bahia. Na ida, o Flu saiu atrás, mas empatou por 1 a 1 no Maracanã. Na volta, na Fonte Nova, o time voltou a ficar perdendo no placar (duas vezes), mas terminou com o empate por 2 a 2 e nova classificação pelos gols como visitante.

Nas quartas, o adversário foi o Athletico-PR. O primeiro jogo foi realizado no Rio de Janeiro, e o Fluminense novamente não conseguiu a vitória, ficando em outro empate por 1 a 1. A segunda partida foi disputada na Arena da Baixada. Complicada, ela só foi resolvida a 13 minutos do fim, com o gol de Adriano Magrão, que garantiu a vitória por 1 a 0.

Na semifinal, o rival foi o Brasiliense, algoz de 2002. O clima era de revanche, e o tricolor enfim voltou a ganhar um jogo em casa, mas de virada, por 4 a 2. A volta aconteceu na Boca do Jacaré, em Taguatinga. Os donos da casa largaram na frente, mas Adriano Magrão garantiu no segundo tempo o empate por 1 a 1 e o lugar do Flu na final.

Na decisão, o adversário foi o Figueirense, que eliminou Madureira, Noroeste, Gama, Náutico e Botafogo. A ida foi no Maracanã, mas o Fluminense outra vez não venceu. Aos 43 do segundo tempo, de novo, Adriano Magrão salvou o time ao marcar o gol do empate por 1 a 1. A volta foi no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e o tricolor garantiu o título com vitória por 1 a 0, gol anotado pelo zagueiro Roger logo aos três minutos da etapa inicial.

A campanha do Fluminense:
12 jogos | 6 vitórias | 5 empates | 1 derrota | 22 gols marcados | 11 gols sofridos


Foto Edison Vara/Placar

Flamengo Campeão da Copa do Brasil 2006

Quem aprende com um erro, não erra duas vezes. Foi assim que o Flamengo chegou ao bicampeonato da Copa do Brasil, em 2006. Dois anos após a derrota em casa para o Santo André, o rubro-negro corrigiu sua rota em uma final que será lembrada para sempre, com duas vitórias satisfatórias em cima de seu maior rival.

O Fla iniciou a campanha do título contra o ASA. O primeiro jogo foi disputado em Arapiraca, no interior de Alagoas, e ficou empatado por 1 a 1. Na segunda partida, no Maracanã, vitória rubro-negra por 2 a 1. Na segunda fase, o adversário foi o ABC, e o Flamengo avançou com vitórias por 1 a 0 em Natal, e por 4 a 0 no Rio de Janeiro.

O caminho seguiu nas oitavas de final, diante do Guarani. A primeira partida aconteceu no Maracanã, e o Fla conseguiu abrir excelente vantagem com uma goleada por 5 a 1. O segundo jogo foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e os quatro gols de diferença permitiram ao Flamengo sair classificado mesmo com a derrota por 1 a 0 para os paulistas.

Nas quartas de final, foi a vez de jogar contra o Atlético-MG. Mais uma vez, a ida foi disputada no Rio de Janeiro, e mais uma vez o rubro-negro goleou para sair com boa frente, por 4 a 1. A volta foi realizada no Mineirão, e bastou ao Flamengo segurar o empate por 0 a 0 para chegar na semifinal.

Na semifinal, o adversário foi o Ipatinga, candidato a zebra da vez e comandado pelo técnico Ney Franco. A ida foi no interior de Minas Gerais, no Ipatingão, e ficou empatada por 1 a 1. A volta ocorreu no Maracanã, e o Fla conseguiu a classificação de maneira sofrida, com vitória de virada por 2 a 1. Esta fase aconteceu antes da Copa do Mundo de 2006, e o rubro-negro passava por má fase sob o comando de Waldemar Lemos.

Depois do Mundial, o Flamengo fez a final da Copa do Brasil com novidade no banco de reservas. Diante de maus resultados no Brasileirão, Waldemar foi demitido e para seu lugar veio exatamente Ney Franco. O adversário foi o Vasco, que derrotou Botafogo-PB, Iraty, Criciúma, Volta Redonda e Fluminense. As duas partidas foram no Maracanã. Na primeira, Obina e Luizão marcaram dois gols em dois minutos (15 e 17 do segundo tempo), e o rubro-negro venceu por 2 a 0. Na segunda fase, Juan acertou de fora da área e confirmou o segundo título flamenguista no triunfo por 1 a 0.

A campanha do Flamengo:
12 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 1 derrota | 23 gols marcados | 7 gols sofridos


Foto Arquivo/Flamengo

Paulista Campeão da Copa do Brasil 2005

Os anos de 2004 e 2005 foram os da zebra na Copa do Brasil. Primeiro, o Santo André calou o Flamengo em pleno Maracanã. Depois, foi a vez do Paulista de Jundiaí, outro integrante da Série B do Brasileirão, bater nos grandes e faturar mais um título para o interior de São Paulo.

Em moldes semelhantes ao do vencedor anterior, mas com uma campanha cujo todos seus adversários estavam na Série A, a equipe do estreante técnico Vágner Mancini atingiu um impensável auge em sua história.

A incrível jornada do Galo do Japi rumo ao título começou diante do Juventude. Na ida, vitória por 1 a 0 no Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí. Na volta, empate por 1 a 1 no Alfredo Jacobo, em Caxias do Sul. Na segunda fase, foi a vez de eliminar o Botafogo com dois empates, por 1 a 1 em casa, e por 2 a 2 no Maracanã, garantindo a vaga pelos gols fora de casa.

Nas oitavas de final, o Paulista encontrou o Internacional. A primeira partida aconteceu no Beira-Rio, e os jundiaienses acabaram derrotados por 1 a 0. No segundo jogo, o 1 a 0 foi devolvido no Jaime Cintra, e o Galo passou com vitória por 4 a 2 nos pênaltis. Nas quartas, a vítima foi o Figueirense, com o mesmo roteiro: derrota por 1 a 0 em Florianópolis, vitória pelo mesmo placar em Jundiaí, e classificação por 3 a 1 nas penalidades.

Na semifinal, o Paulista enfrentou o Cruzeiro. O primeiro jogo foi disputado no Jaime Cintra, e os donos da casa conquistaram o que foi até ali a vitória mais categórica da campanha, por 3 a 1. A segunda partida foi no Mineirão. Os cruzeirenses até tentaram a reação contra o Galo do Japi, que soube se segurar na vantagem e se classificou mesmo com a derrota por 3 a 2.

Na histórica final, o Paulista teve como adversário o Fluminense, que eliminou Campinense, Esportivo-RS, Grêmio, Treze e Ceará. A ida foi jogada no Jaime Cintra, e o Galo obteve a maior vitória da sua trajetória por 2 a 0, com gols de Márcio Mossoró e Léo, ambos no segundo tempo. A volta aconteceu em São Januário, pois o Maracanã foi fechado para reformas. E tudo o que o Paulista precisou fazer para ser campeão foi manter a ótima vantagem, segurando o empate por 0 a 0.

A campanha do Paulista:
12 jogos | 5 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 14 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Daryan Dornelles/Placar

Santo André Campeão da Copa do Brasil 2004

Nos primeiros 15 ou 16 anos de existência, a Copa do Brasil era muito mais propensa a zebras. Muitas delas atingiram semifinal, final ou até mesmo o título da competição. Em 2004, talvez tenha ocorrido o caso mais surpreendente. O Santo André, time paulista que à época participava da Série B do Brasileirão, levou a taça dentro do maior estádio do Brasil. E, antes, eliminando outra surpresa que veio do interior gaúcho.

O título do Ramalhão começou a ser desenhado no confronto contra o Novo Horizonte, de Goiás. Com a goleada por 5 a 0 na ida fora, não foi necessário disputar a volta em casa. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Atlético-MG. No primeiro jogo, vitória por 3 a 0 no Bruno José Daniel, no ABC Paulista. Na segunda partida, os mineiros bem que tentaram reagir, mas o Santo André se segurou com a derrota por 2 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Guarani. A ida foi no Brinco de Ouro, em Campinas, e o Ramalhão empatou por 1 a 1. A volta aconteceu no Bruno José Daniel, com novo empate, mas sem gols. Pelo tento anotado fora de casa, o Santo André avançou.

Nas quartas, a parada foi contra o Palmeiras, em duas partidas épicas. A primeira foi em casa, e terminou empatada por 3 a 3. O segundo jogo ocorreu no velho Palestra Itália, e o que se viu foi uma classificação emocionante: o Ramalhão largou na frente com Sandro Gaúcho, sofreu dois gols de virada, buscou o primeiro empate com Osmar, levou outros dois tentos e correu atrás de novo empate, por 4 a 4, com Sandro e Tássio. 

A semifinal era inimaginável, contra o 15 de Novembro, do Rio Grande do Sul, que havia eliminado o Vasco e passado por outros pequenos como Americano e Palmas. A ida foi no Pacaembu, em São Paulo, mas o Santo André acabou derrotado “em casa” por 4 a 3. Assim, foi preciso ter mais um ato de heroísmo. Em Porto Alegre, no Olímpico, o time comandado por Péricles Chamusca venceu por 3 a 1 e se classificou à final.

Na decisão, o Santo André encarou o Flamengo, que havia superado CRB, Tupi, Santa Cruz, Grêmio e Vitória. A ida foi disputada no Palestra Itália, em São Paulo, pois o Bruno José Daniel era muito pequeno. Com gols de Osmar e Romerito, o Ramalhão empatou por 2 a 2 com os cariocas. A volta foi no Maracanã, para quase 72 mil torcedores. Sem medo de nada, o Santo André foi ao ataque. Sandro Gaúcho abriu o placar aos sete do segundo tempo e Elvis fechou em 2 a 0 aos 22, sacramentando uma conquista histórica.

A campanha do Santo André:
11 jogos | 4 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 26 gols marcados | 17 gols sofridos


Foto Daryan Dornelles/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2003

Vencer um título nacional é muito difícil. Dois, então, muito mais. E se for dois no mesmo ano, é praticamente impossível. Não para o Cruzeiro, que em 2003 levou para casa as taças do Brasileirão (o primeiro em pontos corridos) e da Copa do Brasil, que somadas ao estadual configuraram a obtenção da tríplice coroa. A copa, inclusive, foi a quarta do clube mineiro, especialista do formato.

A façanha da Raposa só foi possível graças à combinação de nomes, no auge ou em ascensão: Alex, Deivid, Aristizábal, Gomes, Maicon e Luisão foram os pilares em campo. Fora dele, Vanderlei Luxemburgo estava no melhor momento da carreira.

A campanha do tetra do Cruzeiro começou diante do Rio Branco-ES. No Kleber Andrade, em Cariacica, o time mineiro venceu por 4 a 2 e eliminou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Coríntians-RN (a escrita é essa mesmo). Na ida, empate por 2 a 2 em Caicó, no interior potiguar. Na volta, goleada soberana por 7 a 0 no Mineirão.

O adversário da Raposa nas oitavas de final foi o Vila Nova. A primeira partida aconteceu em Belo Horizonte, com vitória azul por 2 a 0. O segundo jogo foi no Serra Dourada, em Goiânia, e o Cruzeiro voltou a triunfar, por 2 a 1. Nas quartas, dois confrontos contra o Vasco, com vitória por 2 a 1 no Mineirão, e empate por 1 a 1 em São Januário.

A semifinal foi contra o Goiás, e o primeiro jogo foi disputado no Serra Dourada. De maneira emocionante, o Cruzeiro venceu por 3 a 2 e fez vantagem. A segunda partida foi no Mineirão, e a Raposa voltou a vencer de maneira apertada, por 2 a 1, para chegar em outra final, a quinta de sua história.

Na decisão, o Cruzeiro encontrou o Flamengo, que passou por Botafogo-PB, Ceará, Remo, Vitória e Sport. A ida foi realizada no Maracanã, e foi de domínio cruzeirense. De letra, Alex abriu o placar para os mineiros, mas os cariocas marcaram 1 a 1 aos 48 minutos do segundo tempo. A volta ocorreu no Mineirão, e teve atuação de luxo da Raposa. No primeiro minuto de jogo, Deivid abriu o placar. Aos 15, Aristizábal fez o segundo. Aos 28, Luisão fez o terceiro e sacramentou o título do Cruzeiro. O Flamengo até descontou para 3 a 1, mas não diminuiu o show azul.

A campanha do Cruzeiro:
11 jogos | 8 vitórias | 3 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Paulo Euler

Corinthians Campeão da Copa do Brasil 2002

No ano do penta mundial, em 2002, a Copa do Brasil quase viu acontecer a maior zebra de todos os tempos do futebol nacional. Na ocasião, ela atendeu pelo nome Brasiliense Futebol Clube, clube fundado em 2000 e situado em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal. Foi por pouco, mas muito pouco, que a equipe não foi campeã da segunda maior competição brasileira com menos de dois anos de fundação.

No fim, o título acabou ficando mesmo com o Corinthians, que sagrou-se bicampeão. Resignado pelo vice em 2001, o clube paulista trouxe para o comando técnico um nome de peso: Carlos Alberto Parreira, que pela primeira vez desde 1982 não ia treinar uma seleção dentro da Copa do Mundo. Sorte corinthiana.

Na primeira fase, o Timão enfrentou o River, do Piauí, e venceu os dois jogos. Na ida, 2 a 1 em Teresina, no Estádio Albertão. Na volta, 2 a 0 no Pacaembu. Na segunda fase foi a vez de passar pelo Americano, do Rio de Janeiro, em uma só partida: 6 a 2 no Godofredo Cruz, em Campos dos Goytacazes, dispensando a necessidade da volta em São Paulo.

Nas oitavas de final, o adversário do Corinthians foi o Cruzeiro, em duas partidas complicadas. No primeiro jogo, no Morumbi, o time alvinegro apenas empatou por 2 a 2, ficando assim na dependência de ganhar fora de casa. E conseguiria fazer isso lá no Mineirão, por 3 a 2. Nas quartas, foi a vez de eliminar o Paraná, com vitória por 3 a 1 no Pacaembu e derrota por 1 a 0 em Curitiba.

Na semifinal, dois clássicos majestosos contra o São Paulo. Que na verdade eram quatro, pois eles também estavam na final do Torneio Rio-São Paulo. E deu Corinthians em ambas competições. Na Copa do Brasil, vitória por 2 a 0 na ida e derrota por 2 a 1 na volta, tudo dentro do Morumbi. Deivid foi o autor do gol que colocou o Timão na decisão nacional.

A final da Copa do Brasil 2002 foi entre Corinthians e Brasiliense. Os candangos assombraram o país ao superarem Vasco-AC, Náutico, Confiança, Fluminense e Atlético-MG. O primeiro jogo aconteceu no Morumbi, e o Timão venceu apertado, por 2 a 1. Os dois gols foram anotados por Deivid. A volta foi na Boca do Jacaré, em Taguatinga. O Brasiliense abriu o placar no primeiro tempo, e estava com a mão na taça devido a regra do gol fora de casa. Mas Deivid, de novo, marcou 1 a 1 no segundo tempo e deu o título ao Corinthians.

A campanha do Corinthians:
11 jogos | 7 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 24 gols marcados | 13 gols sofridos


Foto Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians

Grêmio Campeão da Copa do Brasil 2001

Existe uma contradição na virada dos anos 2000: considera-se um novo milênio a partir de 2000, mas um novo século somente a partir de 2001. Também não há consenso sobre quando uma década é virada. De qualquer forma, o ano de 2001 já parecia bem distante de 1989, quando a Copa do Brasil foi criada.

Essa explicação toda é somente para dizer que foi só na entrada do século 21 que a competição encontrou o regulamento perfeito, e que seria o mais vezes utilizado na história: 64 participantes, divididos entre 54 classificados pelos estaduais e dez pelo recém-criado ranking da CBF. Mas o detalhe mais importante era que os participantes da Libertadores estavam de fora, numa tentativa de aliviar o calendário. E assim seria pelos 12 anos seguintes.

Mesmo com a concorrência menor, o título daquele ano caiu em mãos conhecidas. Pela quarta vez, o Grêmio chegou à conquista, sob o comando de um promissor técnico chamado Adenor Bacchi, o Tite. Todavia, o início não foi fácil. Na primeira fase, o tricolor gaúcho passou pelo Villa Nova-MG precisando reverter uma derrota por 3 a 2 na ida, fora de casa, com uma vitória por 4 a 1 no Estádio Olímpico.

Na segunda fase, o Imortal enfrentou o Santa Cruz e voltou a perder o primeiro jogo, em Recife, por 1 a 0. Na segunda partida, vitória por 3 a 1 em Porto Alegre. Nas oitavas de final, foi a vez de passar pelo Fluminense com vitória por 1 a 0 no Olímpico, e empate sem gols no Maracanã.

Nas quartas de final, dois jogos emocionantes contra o São Paulo. No primeiro, vitória por 2 a 1 em casa. No segundo, em uma quarta-feira à tarde devido ao apagão de 2001, novo triunfo por 4 a 3 no Morumbi. Na semifinal, o Grêmio eliminou o Coritiba com vitórias por 3 a 1 no Olímpico, e por 1 a 0 no Couto Pereira.

Na decisão, o Grêmio encarou o Corinthians. Era a revanche da final de 1995, que foi possível após os paulistas derrotarem Joinville, Goiânia, Flamengo-PI, Athletico-PR e Ponte Preta. A ida foi no Olímpico, e começou péssima para o tricolor, que levou dois gols em 51 minutos corridos. A reação com o empate por 2 a 2 veio aos 19 e aos 24 do segundo, com dois tentos de Luís Mário. A volta aconteceu no Morumbi, e foi um dos maiores passeios já vistos em finais. Com gols de Marinho, Zinho e Marcelinho Paraíba, o Grêmio venceu por 3 a 1 e ficou com o tetracampeonato.

A campanha do Grêmio:
12 jogos | 8 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 25 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Alexandre Battibugli/Placar

Cruzeiro Campeão da Copa do Brasil 2000

Um novo milênio começou no ano 2000, e junto com ele a Copa do Brasil passou por mais uma mudança, algo que foi constante desde 1995. A alteração da vez foi o aumento do número de participantes de 64 para 69. A conta era simples: 54 clubes via estadual, dez convidados e os cinco classificados na Libertadores, que entraram apenas nas oitavas de final. De tal forma, foi necessária a criação de mais uma fase para acomodar todos os clubes.

O título não ficou com nenhum participante da Libertadores, mas sim com um clube que entrou desde o início, e faria até então a campanha mais longa de um vencedor da Copa do Brasil. Pela terceira vez, e da maneira mais épica, o Cruzeiro chegaria lá. Na primeira fase, a Raposa passou pelo Gama, após empate por 1 a 1 em Brasília, e goleada por 4 a 1 no Mineirão.

Na segunda fase, o adversário foi o Paraná. A ida foi disputada no Pinheirão, em Curitiba, e o Cruzeiro venceu por 2 a 0, dispensando a partida de volta. Na terceira fase, foi a vez de enfrentar o Caxias. No primeiro jogo, 3 a 1 para a Raposa no Estádio Centenário, no interior gaúcho. Mas a regra do visitante já não contava mais àquela altura. Os mineiros tiveram de fazer a volta em Belo Horizonte, e golearam por 6 a 1.

O Cruzeiro foi às oitavas de final, e jogou contra o Athletico-PR. Na ida, venceu por 2 a 1 no Mineirão. Na volta, empatou por 2 a 2 na Arena da Baixada. Nas quartas, a vítima azul foi o Botafogo, com vitória por 3 a 2 em Belo Horizonte, e empate sem gols no Rio de Janeiro.

Na semifinal, a Raposa encarou o Santos. A primeira partida foi realizada no Mineirão, e a equipe conseguiu vencer pela confortável vantagem de 2 a 0. O segundo jogo aconteceu na Vila Belmiro, e os mineiros obtiveram a classificação à decisão depois de empatar por 2 a 2.

A final foi entre Cruzeiro e São Paulo, que entrou na competição diretamente na segunda fase e superou Comercial-MS, Sinop, América-RN, Palmeiras e Atlético-MG. A ida foi disputada no Morumbi, e ficou empatada por 0 a 0. A volta, tensa, foi no Mineirão. Os paulistas abriram o placar aos 21 minutos do segundo tempo e ficaram perto da taça. O empate cruzeirense só veio aos 35, com Fábio Júnior, mas era insuficiente. Até que, aos 45, uma falta foi apontada na frente da grande área. Geovanni bateu rasteiro, a bola passou no meio da barreira e foi para a rede: 2 a 1 para o Cruzeiro, tricampeão.

A campanha do Cruzeiro:
13 jogos | 8 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/EM/D.A Press

Juventude Campeão da Copa do Brasil 1999

Dez anos depois, a Copa do Brasil dobrou de tamanho. Em 1999, 64 times estiveram dentro da competição. Na verdade, foram 65, porque a CBF teve que definir o terceiro representante de Pernambuco entre Náutico e Santa Cruz (que venceu). Os critérios de classificação continuaram os mesmos: estaduais e convites, que foram inúmeros naquela temporada.

E em meio a tantos clubes, o título ficou nas mãos de um dos mais improváveis, o Juventude. Em fase histórica no fim dos anos 1990, o time do interior gaúcho surpreendeu o país ao eliminar adversários de maior nome durante o mata-mata, que oficialmente ganhou uma fase a mais em 1999.

O Ju iniciou sua trajetória contra o Guará, do Distrito Federal. No antigo Mané Garrincha, goleou por 5 a 1 e dispensou a partida de volta. Na segunda fase, foi a vez de enfrentar o Fluminense, à época integrante da Série C do Brasileiro. Em confronto épico, o Juventude perdeu no Maracanã por 3 a 1, mas goleou em Caxias do Sul, no Alfredo Jaconi, por 6 a 0.

Nas oitavas de final, o adversário foi o Corinthians, então campeão brasileiro. O primeiro jogo foi no Alfredo Jaconi, e o Juventude venceu por 2 a 0. A segunda partida foi no Pacaembu, e o alviverde voltou a triunfar, por 1 a 0. Nas quartas, contra o Bahia, o Ju avançou com dois empates, por 1 a 1 em casa, e por 2 a 2 em Salvador, na Fonte Nova.

A semifinal foi disputada contra o Internacional. Nesta época, a freguesia do rival da capital era grande, e não seria diferente na Copa do Brasil. Na ida, empate sem gols no Alfredo Jaconi. A volta foi no Beira-Rio, e nem mesmo com a pressão da torcida adversária foi capaz de parar o Juventude, que goleou por 4 a 0.

Na inédita decisão, o Ju enfrentou o Botafogo, que também chegou lá pela primeira vez ao superar Paysandu, Criciúma, São Paulo, Athletico-PR e Palmeiras. O primeiro jogo foi no Alfredo Jaconi. Ainda no primeiro tempo, Fernando e Márcio Mixirica fizeram os gols da vitória alviverde, por 2 a 1. Gols estes que acabariam sendo os do próprio título, pois na segunda partida, no Maracanã, os gaúchos seguraram o empate por 0 a 0. A taça foi conquistada diante de 101.581 torcedores, o último público de seis dígitos registrado na história do futebol brasileiro.

A campanha do Juventude:
11 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 1 derrota | 25 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Paulo Franken/Agência RBS

Palmeiras Campeão da Copa do Brasil 1998

A Copa do Brasil completou dez edições em 1998, com uma novidade impactante. Era o retorno da Globo para as transmissões, nove anos após abandonar seus jogos. Num primeiro momento, os direitos foram divididos com o SBT, mas a partir de 1999 a emissora de Roberto Marinho caminharia sozinha (com outros canais sublicenciados).

No campo, 42 times participaram da Copa do Brasil, que manteve o formato das vezes passadas, com fase preliminar. O campeão foi inédito, o Palmeiras, que dois anos depois do trauma do vice em casa para o Cruzeiro, conseguiu a revanche da melhor maneira possível. No comando, Luiz Felipe Scolari, que àquela altura já era o maior especialista no torneio.

A campanha do Verdão iniciou na fase preliminar, diante do CSA, o qual eliminou com vitórias por 1 a 0 em Maceió, e por 3 a 0 no antigo Palestra Itália. Na primeira fase, o oponente foi o Ceará.  O primeiro jogo aconteceu no Castelão, e ficou empatado por 1 a 1. A segunda partida foi no antigo Palestra Itália, e o time palmeirense obteve uma irretocável goleada por 6 a 0.

Nas oitavas de final, foi a vez de enfrentar o Botafogo, em dois jogos muito difíceis. A ida foi realizada no Maracanã, e o Palmeiras acabou derrotado por 2 a 1. A volta foi em São Paulo, e o time alviverde precisava da vitória. E ela veio no limite mínimo, por 1 a 0, que gerou a classificação via regra do gol marcado como visitante.

Nas quartas, o Palmeiras passou pelo Sport. Na primeira partida, 2 a 0 em plena Ilha do Retiro. Na segunda, empate por 1 a 1 no Palestra Itália. Na semifinal, o adversário foi o Santos, e o Verdão conseguiu a vaga de maneira suada, com dois empates: em casa por 1 a 1, e na Vila Belmiro por 2 a 2. Outra vez o tento como visitante salvou a pátria verde.

De volta à final, o Palmeiras reencontrou seu algoz de 1996, o Cruzeiro. Os mineiros eliminaram Amapá, Corinthians, Vitória e Vasco no mata-mata. A ida foi disputada no Mineirão, em Belo Horizonte, e o alviverde acabou derrotado por 1 a 0. A volta aconteceu no Morumbi, que era maior que o Palestra. Logo aos 12 minutos do primeiro tempo, Paulo Nunes abriu o placar e igualou o confronto. E quando a decisão parecia se encaminhar à disputa de pênaltis, aos 44 do segundo tempo, Oséas aproveitou o rebote após cobrança de falta de Zinho e fez 2 a 0, consagrando a primeira Copa do Brasil palmeirense.

A campanha do Palmeiras:
12 jogos | 6 vitórias | 4 empates | 2 derrotas | 21 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Djalma Vassão/Gazeta Press