Campinense Campeão da Copa do Nordeste 2013

O retorno da Copa do Nordeste em 2010 trouxe muitas expectativas e algum otimismo para os clubes da região. Mas a ideia não pegou de imediato e a competição voltou a "adormecer" em 2011 e 2012. Muito porque a Liga do Nordeste não queria bancar tudo sozinha. Somente em 2013 é que a CBF topou em retomar a co-organização, e colocou o campeonato para ser jogado entre janeiro e março.

A televisão também dividiu a responsabilidade, e o Esporte Interativo/TopSports revendeu os direitos de transmissão para a Globo Nordeste, abrindo mão da exclusividade. No campo, o critério de participação foi estritamente via estaduais. Sete campeões, sete vices e dois terceiros colocados (BA e PE) formando os 16 clubes, que depois foram colocados em quatro grupos.

Enquanto todos focavam o favoritismo nos times mais tradicionais, as equipes menores jogavam um futebol bem ajeitado. Caso do Campinense, que dividiu a chave D com Santa Cruz, CRB e Feirense. A campanha na primeira fase foi quase perfeita. Estreou empatando por 2 a 2 com o Feirense no interior baiano, depois venceu duas partidas em Campina Grande: 3 a 0 no Santa Cruz e 1 a 0 no CRB.

No returno, tornou a vencer o adversário alagoano, por 2 a 1 em Maceió. A única derrota, por 2 a 0, foi para o rival pernambucano, em Recife. No encerramento, 1 a 0 em casa sobre o fraco time baiano. Com 13 pontos, a Raposa Feroz só não liderou porque o Santa Cruz marcou 15. Classificada para o mata-mata, a coisa engrossou contra o Sport.

Na ida das quartas de final, no Amigão, o Campinense não saiu do 0 a 0. A tarefa seria ingrata na Ilha do Retiro, mas o time paraibano foi lá e fez: empatou por 2 a 2 (chegou a fazer 2 a 1) e se classificou pela regra do gol fora de casa. A semifinal foi contra o Fortaleza, e o gol fora foi necessário novamente, já que a equipe rubro-negra perdeu por 2 a 1 no Castelão e venceu por 1 a 0 no Amigão.

A final da Copa do Nordeste foi atípica e improvável: Campinense versus ASA. O primeiro jogo foi em Arapiraca, no Estádio Fumeirão, e a Raposa abriu boa vantagem ao vencer por 2 a 1. O segundo jogo foi em Campina Grande, e a festa do Campinense começou graças a dois maranhenses, Jéferson e Ricardo fizeram os gols do 2 a 0 que confirmou o título, o principal na história do Campinense.

A campanha do Campinense:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 17 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Rafael Ribeiro/CBF

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 2010

Foram sete anos de pausa. A esvaziada edição de 2003 da Copa do Nordeste levou à descontinuidade da competição a partir de 2004. Não havia espaço no calendário, já que o Brasileirão fora esticado e as federações jamais soltaram seus ossos, os deficitários estaduais.

Até que chega 2010 e a Liga do Nordeste se reúne com força. Baseada no regulamento de 2002 e com direitos de transmissão vendidos ao Esporte Interativo, a Copa do Nordeste consegue seu reingresso no calendário, aproveitando a parada da Copa do Mundo daquele ano. Sem parte na organização da competição, a CBF deu o sinal verde para que fossem usadas as lacunas de calendário para a disputa das rodadas. Foram 15 participantes, já que o Sport preferiu não entrar.

O nivelamento da competição era evidente, já que os clubes integrantes da Série A e da Série B optaram em usar suas equipes de aspirantes. Uma delas foi o Vitória, que seria vice na Copa do Brasil e brigaria para não cair no Brasileiro. O Leão da Barra estreou perdendo por 1 a 0 para o CRB fora de casa, e na sequência empatou por 2 a 2 com o ABC em casa.

O time só engrenou no terceiro jogo, quando tocou 5 a 1 sobre o rival Bahia em Pituaçu. Tendo o controle dos resultados e sempre próximo ou dentro da zona de classificação, o Vitória ficou definitivamente lá a partir da décima rodada, ao fazer 2 a 1 no América-RN no Barradão. A equipe não chegou a liderar, mas ficou sem perder desde então.

A vaga na semifinal foi confirmada na última rodada, ao empatar sem gols com o Treze em casa. Vice-líder com 25 pontos, livrou três do eliminado Bahia, superou o CSA no saldo de gols e ficou cinco atrás do ABC. Foram sete vitórias, quatro empates e três derrotas na campanha. Na semifinal em partida única, o rubro-negro venceu por 2 a 1 o CSA em Salvador.

A final da Copa do Nordeste também foi em jogo único. O ABC passou pelo Treze na outra chave e ficou com o direito de receber o Vitória no Frasqueirão. Então, o time de aspirantes foi até Natal, e não se assustou com a pressão. Até saiu perdendo, mas conseguiu a virada durante o segundo tempo. Com 2 a 1 no placar, o Leão conquistou o tetra, até hoje insuperável. Quatro dias depois, a equipe principal encerraria o Brasileirão em 17º lugar, rebaixada para a Série B.

A campanha do Vitória:
16 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 26 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Frankie Marcone/FuturaPress

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 2003

De todos os campeonatos regionais realizados entre 1997 e 2002, a Copa do Nordeste foi certamente o de maior sucesso, tanto para o clubes quanto para os torcedores. O ano de 2003 tinha tudo para seguir com o modelo adotado um ano antes, mas a criação do Brasileirão de pontos corridos mudou os planos. 

Com maior duração, a competição nacional diminuiu o tempo dos estaduais de cinco para apenas dois meses (janeiro a março). O baque fez as federações pressionarem a CBF, que removeu os regionais do calendário. Só que a Liga do Nordeste bateu o pé e organizou sozinha sua copa. O problema é que Bahia, Fortaleza, Confiança e o trio pernambucano pularam fora antes da disputa.

O jeito então foi convidar dois times de fora da liga (Corinthians-AL e Palmeiras de Feira) para fechar com 12 participantes e montar um simples regulamento de tiro curto, um mata-mata com preliminar de oito, quartas, semifinal e final. A única grande força da Copa do Nordeste de 2003 foi o Vitória, que levou o tricampeonato sem precisar de muito esforço.

O Leão da Barra entrou na competição já nas quartas de final, esperando o vencedor do jogo entre Sergipe e Palmeiras de Feira. Os sergipanos fizeram 2 a 0 e seguiram como o primeiro adversário do Vitória. Em partida única no Barradão, o time rubro-negro não teve nenhum problema e goleou por 4 a 0. Na semifinal, foi a vez do Leão encarar o América-RN. A ida foi no Machadão, em Natal, e o Vitória abriu vantagem vencendo por 1 a 0. Na volta em Salvador, o time baiano sofreu um pouco mas venceu por 3 a 2 e carimbou a vaga para a sexta final em oito edições. E ela seria realizada em um confronto estadual.

A última parada do Vitória foi o Fluminense de Feira, primeiro clube de interior na decisão e que eliminou Ceará e ABC. A primeira partida foi no Joia da Princesa, em Feira de Santana e acabou empatada por 1 a 1, com o rubro-negro saindo atrás no marcador. A segunda partida foi no Barradão. 

Apesar da pressão interiorana, o Leão tinha a vantagem do gol fora de casa e se segurou. Assim, o empate por 0 a 0 serviu bem para o Vitória chegar ao seu terceiro título, na única alegria de uma edição quase esquecida da Copa do Nordeste, que só gerou prejuízos e motivou a descontinuidade da competição para 2004.

A campanha do Vitória:
5 jogos | 3 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 9 gols marcados | 3 gols sofridos


Foto Carlos Santana/Agência A Tarde/Futura Press

Folheie a Edição dos Campeões 2019!

O ano futebolístico do futebol masculino encerrou-se ontem, após a confirmação do vice-campeonato do Flamengo no Mundial de Clubes. E como o Fla não emplacou seu quarto pôster na temporada, trazemos agora mais uma edição em PDF da nossa Edição dos Campeões.

Para quem gosta de ter a sensação de folhear uma revista, esta edição de 2019 traz 46 pôsteres de 40 clubes e da Seleção Brasileira.

Lembrando que, esta publicação - assim como todo o blog -, é uma criação que homenageia a Edição dos Campeões da Revista Placar, publicada entre 1980 e 2016. O blog não possui nenhuma relação com a revista, tampouco detêm os direitos sobre as fotografias. Somos apenas um arquivo, e não fizemos comércio com as artes aqui publicadas.

Confira a seguir os principais campeões de 2019. Depois, continue acompanhando o blog, procure por seu time ou por algum campeonato no menu do lado esquerdo da tela. Não encontrou o pôster que procurava? Faça sua sugestão: pode ser pelo Facebook (Edição dos Campeões), pelo Twitter (@ever_ruchel) ou pelo e-mail (everton.ruchel@gmail.com).

Bahia Campeão da Copa do Nordeste 2002

Chegamos a 2002. Nesta temporada, os estaduais foram deixados em segundo plano, e os regionais foram a prioridade do futebol brasileiro no primeiro semestre. Não foi diferente com a Copa do Nordeste, que também atingiu o seu ápice neste ano.

Em nome do sucesso, o regulamento de 2001 foi mantido, com a diferença que a fase final seria em jogos de ida e volta. Com o bom elenco da temporada anterior, e o consequente bom Brasileirão realizado depois (8º lugar), o Bahia entrou mai uma vez como o maior favorito ao título.

O Tricolor de Aço fez uma boa campanha na primeira fase, apesar de abaixo da média em relação ao ano anterior. A estreia foi com empate sem gols com o América-RN na Fonte Nova. O primeiro triunfo foi na segunda rodada, também em casa: 3 a 1 sobre o Náutico. Na quarta partida, a primeira das quatro derrotas, por 2 a 1 para o Ceará fora de casa.

Enquanto o Bahia fazia seus pontos necessários para se manter na briga por vaga, seu rival disparava na liderança. Tanto que na nona rodada, o Vitória impôs uma derrota por 3 a 0 ao Tricolor. Foi o período mais complicado do time no campeonato, que também levou 1 a 0 do Fluminense em Feira de Santana. 

A recuperação começou no 11º jogo, ao golear o CSA por 4 a 1 na Fonte Nova, passou pelo suado triunfo de 4 a 3 sobre o Treze na Paraíba no jogo seguinte, e culminou na histórica goleada por 10 a 2 sobre o Confiança em casa, na última rodada. Este resultado ajudou o Bahia a se classificar na vice-liderança com 27 pontos e quatro gols de saldo a mais que o Náutico.

Ainda assim, foram oito ponto a menos que o líder Vitória. Mas no mata-mata a competição zerou. Na semifinal contra o time pernambucano, o Tricolor segurou empate por 0 a 0 nos Aflitos e vencer por 1 a 0 na Fonte Nova. Enquanto isto, o Vitória eliminou o Santa Cruz.

A final da Copa do Nordeste reservou dois Ba-Vis. O primeiro foi na Fonte Nova, onde o trio de ataque Nonato, Robson e Sérgio Alves comandou o triunfo por 3 a 1. Com a vantagem, o Bahia foi ao Barradão no segundo jogo. Sem se descontrolar, o time buscou duas vezes o empate no segundo tempo, sempre com o artilheiro Nonato. Com 2 a 2 no placar, o Bahia chegou ao bicampeonato.

A campanha do Bahia:
19 jogos | 10 vitórias | 5 empates | 4 derrotas | 42 gols marcados | 24 gols sofridos


Foto Edson Ruiz/Placar

Bahia Campeão da Copa do Nordeste 2001

A Copa do Nordeste passa por mudanças significativas para 2001. Neste ano, os principais clubes da região fundaram a Liga do Nordeste, e a organização da competição começou a ser feita em conjunto com a CBF. Assim, os 16 times deixaram de ser qualificados pelo estadual e entraram na disputa unicamente por estarem filiados à nova entidade.

O regulamento também mudou, os times não foram mais divididos em grupos. Em turno único, todos enfrentaram todos em busca de quatro lugares na semifinal. Logo, quem tivesse mais elenco teria vantagem sobre os outros. E isso o Bahia tinha, com jogadores como Emerson, Preto Casagrande, Luís Carlos Capixaba, Robson "Robgol" e Nonato.

Em busca do título inédito, o Tricolor de Aço deu mostras do seu poderio na estreia: 4 a 0 sobre o América-RN na Fonte Nova. A invencibilidade durou até a quinta rodada, quando levou 3 a 0 do Santa Cruz no Arruda. Mas derrotas foram raras para o Bahia, que sofreria outro revés na oitava partida, por 4 a 1 para o ABC em Natal. E só. Já no nono jogo, a goleada em casa por 4 a 1 sobre o Vitória apagou qualquer desconfiança.

Este triunfo, inclusive, deu início a uma sequência invicta de nove partidas. Sete delas na primeira fase, que encerrou com o resultado de 5 a 3 sobre o Confiança em Aracaju. Com 35 pontos, 11 triunfos, dois empates e duas derrotas, o Tricolor se classificou em segundo lugar. Na semifinal em jogo único, o adversário foi o Fortaleza. Na Fonte Nova, 2 a 1 sobre o time cearense e vaga garantida na final.

Na final, o oponente baiano foi o Sport, quarto colocado da fase anterior e que eliminou na semi o líder Náutico. Assim, a única partida da decisão seria em Salvador. Quase 66 mil torcedores compareceram na Fonte Nova. Com todo esse apoio, o Bahia não teve grandes problemas para ganhar a final. Até o intervalo, Preto Casagrande e Nonato já haviam marcado para o Tricolor. No segundo tempo, os pernambucanos chegaram a descontar, mas o artilheiro Nonato deu o golpe de misericórdia. Com o triunfo de 3 a 1, o Bahia enfim conquistou seu primeiro título na Copa do Nordeste.

A campanha do Bahia:
17 jogos | 13 vitórias | 2 empates | 2 derrotas | 38 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Edson Ruiz/Placar

Sport Campeão da Copa do Nordeste 2000

Quase nada foi alterado de uma temporada para a outra, e a Copa do Nordeste seguiu com o mesmo regulamento para o ano 2000. Sete Estados e 16 equipes divididas nos quatro grupos da competição que já se mostrava mais rentável que os estaduais. O "quase" ficou por contra de uma mudança: no lugar das disputas por pênaltis no mata-mata, a vantagem do empate agregado para os times de melhor campanha da fase de grupos.

Dentro de campo, a disputa ficou marcada pela presença de clubes pequenos no cenário regional (inclusive, homônimos), como Juazeiro (CE), Juazeiro (BA), Coritiba (SE), Miguelense (AL), e Poções (BA). Aliás, os dois últimos fizeram um bom papel e chegaram na fase final. Mas a camisa pesou na hora da chegada. Campeão da primeira edição e vindo de um tetra estadual, o Sport vinha sedento pelo bicampeonato. E tal fato se confirmou logo depois (também viria o penta em Pernambuco).

No grupo A da competição, o Leão da Ilha encarou Botafogo-PB, CSA e o Poções. A chave não se mostrou complicada. Na estreia, vitória por 2 a 0 sobre o CSA em Maceió. Depois, outro 2 a 0, desta vez sobre o Botafogo-PB em casa. A única derrota rubro-negra da fase foi no terceiro jogo, na Ilha do Retiro: 2 a 1 para o emergente Poções.

No returno, vitórias por 1 a 0 sobre os paraibanos em João Pessoa e sobre os baianos do interior. Para encerrar com moral, goleada por 6 a 1 sobre os alagoanos em casa. Com 15 pontos, o Sport foi líder com folga.

Nas quartas de final, o rubro-negro passou um grande aperto diante do Treze. Após perder o jogo de ida por 2 a 0 em Campina Grande, o time pernambucano obrigou-se a fazer 3 a 0 no jogo de volta para seguir com o sonho do título. Na semifinal, no reencontro com o Poções, o Sport empatou a primeira partida por 1 a 1 no interior baiano e venceu a segunda partida por 2 a 0 na Ilha do Retiro.

Na final, o duelo entre leões. Sport e Vitória se enfrentaram em duas partidas movimentadas. A ida foi jogada no Barradão, e terminou com empate por 2 a 2. A volta foi jogada na Ilha do Retiro, e outro empate por 2 a 2 aconteceu. Graças a melhor campanha na fase de grupos, o Leão da Ilha conquistou seu segundo título na Copa do Nordeste.

A campanha do Sport:
12 jogos | 7 vitórias | 3 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foro Léo Caldas/Agência Lumiar/Placar

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 1999

Definitivamente no gosto popular, a Copa do Nordeste continuou firme e forte para 1999. Tanto que motivou as demais regiões a terem seus próprios campeonatos: o Torneio Rio-SP e a Copa Norte já estavam em pé desde 1997 (Rio-SP teve edição em 1993) e se fortaleciam igualmente. Só faltavam estrear a Copa Centro-Oeste e a Copa Sul (que virou Sul-Minas em 2000).

Voltando ao Nordeste, o regulamento para 1999 teve uma mudança. A segunda fase seria toda realizada em mata-mata. Assim, a competição teve um número menor de jogos, porém maior competitividade. Dento de campo, o Vitória formava um de seus melhores times da história, com Petkovic, Matuzelém, Fábio Costa, Preto Casagrande e outros, e partia para o bicampeonato.

Na primeira fase, o Leão ficou no grupo D, contra Sergipe, Porto de Caruaru e Juazeiro. Não foi tão fácil quanto aparentou, mas o time de Salvador fez o básico. Estreou com vitória por 1 a 0 sobre os conterrâneos do Juazeiro no Barradão. Depois, teve uma sequência negativa com derrota por 3 a 1 para o Sergipe em Aracaju e empate em 1 a 1 com o Porto em casa.

No returno, o Vitória suou e venceu fora de casa o rival baiano por 1 a 0 e os pernambucanos por 4 a 3. Já classificado, empatou em casa por 1 a 1 com os sergipanos. Com 11 pontos, o Leão ficou na vice-liderança.

Nas quartas de final, o adversário foi o Botafogo-PB. No jogo de ida no Barradão, o Vitória foi bem e fez 2 a 0. Defendendo a vantagem, na volta no Almeidão, o time rubro-negro se segurou e teve uma derrota controlada por 3 a 2. Na semifinal contra o Sport, a maior dificuldade no campeonato. O Leão da Barra venceu por 2 a 1 em Salvador e foi derrotado por 1 a 0 na Ilha do Retiro. Na decisão por pênaltis, o time baiano foi mais feliz e venceu por 4 a 2.

Assim, na final, o Vitória enfrentou o arqui-rival Bahia. Enquanto no estadual os dois times não se entenderam e foram à campo em estádios diferentes no jogo de volta, na Copa do Nordeste tudo ocorreu normalmente. Na ida no Barradão, o rubro-negro fez 2 a 0. Na volta na Fonte Nova, o Bahia até tentou, mas só devolveu um gol. Mesmo perdendo por 1 a 0, o Vitória conquistou o bicampeonato. O título antecipou a histórica campanha no Brasileirão, onde o clube foi semifinalista.

A campanha do Vitória:
12 jogos | 6 vitórias | 2 empates | 4 derrotas | 16 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Edson Ruiz/Placar

América-RN Campeão da Copa do Nordeste 1998

A Copa do Nordeste de 1997 fez um grande sucesso. Então, a CBF resolveu aumentar a duração da competição de 1998. Para a nova edição, o mata-mata foi abolido e os 16 participantes passaram a ficar divididos em quatro grupos, avançando os dois primeiros colocados para a segunda fase. Muitas equipes entraram com o peso do favoritismo, mas o troféu ficou para uma equipe que corria por fora. Integrante da primeira divisão do Brasileiro até então, o América-RN começou a campanha discretamente, cresceu na segunda fase e arrancou para o título.

Na primeira fase o Dragão ficou no grupo C, ao lado de Botafogo-PB, Fluminense de Feira e Náutico. Estreou contra os pernambucanos, vencendo por 1 a 0 nos Aflitos. Na sequência, descolou empate por 1 a 1 contra o time baiano, fora de casa, e venceu por 3 a 2 os paraibanos, no Machadão. Porém, as derrotas por 1 a 0 para o Fluminense, em casa, e por 3 a 1 para o Botafogo, fora, colocaram em risco a classificação.

Em terceiro na chave, era preciso vencer o Náutico e secar os baianos. Deu certo, o América fez 5 a 0 no time pernambucano em Natal e viu o Fluminense perder para o Botafogo em Feira de Santana. No fim, o time potiguar avançou para a segunda fase em segundo, com dez pontos.

No quadrangular seguinte, o Dragão enfrentou Santa Cruz, Ceará e o rival ABC. Então a equipe disparou. No turno, fez históricos 4 a 0 no ABC, 3 a 0 no Santa e 2 a 0 no Ceará (os três no Machadão). No returno, aplicou 2 a 1 nos cearenses no Castelão e 2 a 1 nos rivais no Machadão. Já classificado para a final, perdeu por 3 a 1 para os pernambucanos no Arruda.

Com 15 pontos, O América fez dois a mais que o Vitória no outro grupo e assim ganhou a vantagem de decidir a volta em casa. Logo, a partida de ida foi em Salvador, no Barradão. O time alvirrubro segurou até onde conseguiu, levando o gol da derrota por 2 a 1 aos 45 minutos do segundo tempo. Para a partida de volta, quase 25 mil torcedores foram ao Machadão ajudar o América.

E com cinco minutos de jogo, Biro Biro e Paulinho Kobayashi já desmontavam a vantagem baiana. Mas na etapa final as coisas complicaram quando o Vitória descontou. Até que o meia carioca converteu pênalti a 11 minutos do fim. Com 3 a 1 no placar, o América-RN conquistou seu principal título até hoje.

A campanha do América-RN:
14 jogos | 9 vitórias | 1 empate | 4 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/América-RN

Vitória Campeão da Copa do Nordeste 1997

Passados três anos da organização da primeira Copa do Nordeste em Alagoas, a CBF assumiu a organização da competição em 1997. A partir de então, as vagas seriam determinadas através de critérios técnicos: os melhores times do estaduais de 1996 estavam qualificados para a disputa. Porém, nem toda a região foi contemplada. Maranhão e Piauí ficaram de fora da disputa, sob a alegação de que os Estados tinham uma proximidade maior com o futebol da região Norte.

Mas somente em 1998 que a outra região ganhou seu próprio campeonato. Enquanto isso, 16 times de sete Estados participaram da segunda Copa do Nordeste, que foi executada toda em mata-mata. Em campo, o campeão foi o Vitória, que tinha no ataque ninguém menos que Bebeto, tetra mundial três anos antes com o Brasil (e que jogaria outra Copa do Mundo no ano seguinte).

Nas oitavas de final, o Leão da Barra enfrentou o Confiança. Eliminou o time sergipano com duas vitórias por 2 a 1, na ida em Aracaju e na volta em Salvador. Nas quartas, foi a vez de encarar o Santa Cruz. Na ida no Barradão, vitória por 2 a 0. Na volta no Arruda, nova vitória por 4 a 3 e a vaga na semifinal.

Já entre os quatro melhores, o Vitória enfrentou o Ceará. O primeiro jogo foi realizado no Castelão, um movimentado empate por 3 a 3. O segundo jogo foi no Barradão, mas nem por isso deixou de ser menos tenso. O Leão conseguiu uma apertada vitória por 3 a 2, conquistando a vaga na final com certo sofrimento.

A decisão foi de parar tudo. O adversário do Vitória foi o arqui-rival Bahia, com as duas partidas realizadas na antiga Fonte Nova. Na ida, como "visitante", o Leão acabou com qualquer perspectiva rival (e as projeções da imprensa) ao vencer por 3 a 0, fora o baile. Os gols foram marcados por Uéslei, Gil Baiano e Chiquinho.

Na volta, agora sendo o "mandante", bastou ao Vitória controlar a vantagem, tanto que o time rubro-negro perdeu por 2 a 1, com o atacante Agnaldo marcando o gol "de honra" que selou a primeira das quatro conquistas do clube.

A campanha do Vitória:
8 jogos | 6 vitórias | 1 empate | 1 derrota | 20 gols marcados | 12 gols sofridos


Foto Arquivo/Vitória

Sport Campeão da Copa do Nordeste 1994

Maior competição regional do Brasil, a Copa do Nordeste se tornou uma ótima opção de visibilidade para os clubes daquela região. Mas sua origem ainda gera controvérsia. O primeiro registro de um torneio interestadual entre times nordestinos data de 1946, quando o Fortaleza venceu um quadrangular em Natal-RN.

Tempos depois, a fase local da Taça Brasil, entre 1959 e 1968, levou um peso especial entre os clubes nordestinos, porém dividindo o espaço com equipes do Norte. Entre 1975 e 1976 foi organizado o Torneio José Américo de Almeida Filho, vencido por CRB e Vitória, respectivamente. Este campeonato, que chegou a contar com a participação do Volta Redonda (RJ) na segunda edição, é considerado por muitos como o precursor da Copa do Nordeste, mas a CBF nunca chegou a reconhecer oficialmente os títulos.

A história então pula 18 anos e chega a 1994, onde a Federação Alagoana de Futebol organiza a Taça Governador Geraldo Bulhões. Disputada no mês de dezembro daquele ano, a competição rapidamente se populariza como a "Copa do Nordeste". E é aqui que começa de fato a história da competição, após reconhecimento da CBF em 1997, quando a entidade assumiu sua organização.

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A Copa do Nordeste de 1994 contou com a participação de 16 clubes, sendo cinco somente de Alagoas, a sede da competição. O regulamento era de tiro curto, igual ao da Copa do Mundo: quatro grupos na primeira fase, classificando os dois melhores de cada para o mata-mata, tudo em turno único. Os jogos foram disputados em Maceió, Arapiraca e Capela.

O primeiro campeão do Nordestão foi o Sport, que naquela temporada já vinha de título estadual e uma campanha regular no Brasileiro, além de contar com um time bem entrosado, cujo maior destaque era um garoto chamado Juninho, que chamava a atenção pela perfeição nas cobranças de falta.

Na primeira fase, o Sport ficou no grupo 3, em Maceió. Nas três partidas dentro do Rei Pelé, nenhum sufoco. Na estreia, o Leão goleou o Fortaleza por 6 a 1. Depois, venceu o Vitória por 3 a 0 e o CRB por 1 a 0. Com nove pontos e na liderança, o time foi para as quartas de final enfrentar o América-RN. Sem dificuldade, o Sport aplicou 3 a 0 e seguiu para a semifinal. Contra o Bahia, as coisas apertaram um pouco e o time rubro-negro ficou no empate por 1 a 1. Mas nos pênaltis, os pernambucanos foram mais competentes e venceram por 4 a 3.

Na final, o Sport reencontrou o CRB. Sabendo que a maioria de torcida no Rei Pelé torceria contra, o Leão foi para a decisão sem arriscar muito. E dessa forma a partida não resultou em gols, terminando em 0 a 0 sem muitas lembranças. Mais uma vez, as cobranças de pênalti decidiram o futuro do time rubro-negro. E mais uma vez a competência foi maior no lado do Sport, que venceu por 4 a 2 e faturou o primeiro dos seus três títulos na Copa do Nordeste, o único invicto.

A campanha do Sport:
6 jogos | 4 vitórias | 2 empates | 0 derrotas | 14 gols marcados | 2 gols sofridos


Foto Arquivo/Sport

Jaraguá Campeão Goiano Divisão de Acesso 2019

O Jaraguá Esporte Clube, da cidade de mesmo nome, será mais um clube que vai estrear em estaduais em 2020. Neste caso, no Campeonato Goiano. O título inédito da Divisão de Acesso foi conquistado de maneira apertada. Mas antes, é preciso explicar o regulamento peculiar. Os oito times da competição foram divididos em dois grupos e se enfrentaram em três turnos.

Os dois primeiros foram entre os times de uma chave contra os da outra, e o último foi entre os times dentro da própria chave. No fim, os dois times com mais pontos subiram e os dois com menos pontos caíram (independentemente do grupo).

O campeão foi o time que mais pontos marcou. E o Jaraguá chegou lá com seus 20 pontos em 11 partidas. Foram seis vitórias, dois empates e três derrotas. O título veio na última rodada, em vitória por 1 a 0 sobre o América de Morrinhos. O time da Lendária Terra superou o vice Anápolis por um ponto.


Foto Divulgação/Jaraguá

Decisão Campeão Pernambucano Série A2 2019

Para ser campeão Pernambucano da Série A2, o Decisão, da cidade de Bonito, teve que ir do céu ao inferno para depois dar meia-volta. Contra outros sete participantes, o clube teve uma campanha até tranquila na primeira fase, não fosse a perda de dez pontos no tapetão por extrapolar o limite de transferências interestaduais permitido no regulamento.

Com três vitórias, três empates e uma derrota, o Decisão ficou com -2 pontos na lanterna e fora da fase seguinte. Até que veio o julgamento do recurso do clube, que na segunda instância foi absolvido e voltou aos 12 pontos originais e ao terceiro lugar. Na segunda fase, o time de Flávio Caça-Rato manteve-se bem e acabou classificado mais uma vez em terceiro, com duas vitórias, um empate e uma derrota. O funil foi apertando, e o Decisão seguiu forte. 

No quadrangular semifinal, liderou com uma vitória e dois empates. O acesso já estava garantido. A final da Série A2 pernambucana foi contra o Retrô Brasil, em jogo único na Arena Pernambuco. No tempo normal, houve empate por 2 a 2. Nos pênaltis, o Decisão conseguiu o título inédito ao vencer por 3 a 2.


Foto Xande Produções/Decisão

Flamengo Campeão Brasileiro 2019

O ano de 2019 é todo do Flamengo. Após a conquista da Libertadores, chegou a vez de comemorar seu sétimo título brasileiro, acabando com dez anos de fila e obtendo o melhor aproveitamento entre as edições com 20 clubes.

Na estreia do Brasileirão, o Flamengo já mostrou que iria brigar na parte de cima da tabela. Venceu o Cruzeiro por 3 a 1 no Maracanã. Mas a equipe ainda não era comandada pelo técnico português Jorge Jesus, e alternava atuações boas e ruins. Uma das poucas derrotas do Fla na competição foi na segunda rodada, por 2 a 1 para o Internacional no Beira-Rio.

O time voltou a vencer na quarta rodada, por 2 a 1 sobre a Chapecoense em casa, e neste momento a liderança ainda não era realidade. Atlético-MG, Palmeiras e Santos foram os times que lideraram durante parte do primeiro turno. Na sexta rodada, após a sofrida vitória por 3 a 2 sobre o Athletico-PR em casa, Abel Braga deixou o comando do Flamengo.

Jorge Jesus estreou após a parada da Copa América, nos 6 a 1 sobre o Goiás no Maracanã, na décima rodada. O time foi reajustado, até teve alguns resultados apertados, com os 3 a 2 em casa sobre o Botafogo, na 12ª rodada, e a derrota fora por 3 a 0 para o Bahia, na 13ª. Mas desde então, o Rubro-negro não perdeu mais nenhuma partida. Na 16ª rodada, o Flamengo enfim assumiu a liderança, para jamais deixá-la.

O título foi confirmado depois de 21 jogos de invencibilidade, em uma combinação de duas partidas. Primeiro, o empate por 4 a 4 com o Vasco no Rio de Janeiro, válido pela 34ª rodada, mas que foi antecipado em virtude do conflito de datas com a final vencida da Libertadores. Depois, a vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio em Porto Alegre, pela 33ª rodada. No fim das contas, a conquista aconteceu sem o Flamengo entrar em campo, pois a derrota do Palmeiras por 2 a 1 para o Grêmio na 34ª rodada bastou que os paulistas não pudessem mais alcançar os rubro-negros na classificação.

A campanha do Flamengo:
38 jogos | 28 vitórias | 6 empates | 4 derrotas | 86 gols marcados | 37 gols sofridos


Foto Thiago Ribeiro/CBF

Bragantino Campeão Brasileiro Série B 2019

Com duas rodadas de antecedência, o Bragantino conquista o bicampeonato da Série B em 2019, exatos 30 anos depois do primeiro título. E tal qual foi na época, o clube se prepara para uma guinada na própria história. Desta vez com o aporte financeiro da Red Bull, que uniu forças com o Braga em busca de um lugar na elite do futebol brasileiro.

Como o time original (fundado em 2007 em Campinas) não passou da quarta divisão, a "fusão" levou a um caminho mais simples. E a tendência para 2020, inclusive, é a mudança no escudo do clube de Bragança Paulista, que passará a ser chamado de Red Bull Bragantino (ou só RB Bragantino).

Enquanto as mudanças não se confirmam, o Bragantino confirma o retorno à Série A depois de 21 anos com uma campanha excelente, praticamente de ponta a ponta. Já na estreia a equipe demonstrou como seria a disputa, vencendo o Brasil de Pelotas por 1 a 0 fora de casa. O bom começo teve a primeira derrota na quarta rodada, por 1 a 0 para o Londrina no Paraná. Mas o time já se remontou e, com três vitórias seguidas por 2 a 0 (Figueirense em casa, Vitória fora e São Bento em casa), assumiu a liderança, na sétima rodada. Desde então, o Massa Bruta não deixou a ponta da classificação.

Os gols de Ytalo e Claudinho, as defesas de Júlio César e o comando de Antônio Carlos Zago foram levando o clube a sucessivas vitórias e a confirmação do acesso na Série B. Na 33ª rodada, o Bragantino conseguiu cravar seu lugar entre os quatro melhores após vencer por 3 a 1 o Guarani no Estádio Nabi Abi Chedid.

Três partidas depois veio o título. Contra o Criciúma em casa, nem foi preciso vencer. O empate por 1 a 1 já bastou para que a conquista fosse consumada. Ainda faltando dois jogos para o fim da campanha, o Bragantino somou 72 pontos, com 21 vitórias, nove empates e seis derrotas.

A campanha do Bragantino:
38 jogos | 22 vitórias | 9 empates | 7 derrotas | 64 gols marcados | 27 gols sofridos


Foto Ari Ferreira/Bragantino

Friburguense Campeão Carioca Série B1 2019

Depois de um período de três temporadas no segundo nível do futebol carioca, o Friburguense conquistou o título da Série B1 de 2019, e estará presente na primeira divisão de 2020 - ao menos, na seletiva. A conquista do Frizão aconteceu após uma campanha de plena evolução.

Na Taça Santos Dumont - o primeiro turno -, o time foi apenas o quinto colocado entre nove equipes do grupo B, ficando fora da semifinal. A arrancada começou na Taça Corcovado - o segundo turno -, e o clube ficou na vice-liderança da sua chave. Na semifinal, venceu fora de casa o Artsul, e na final, derrotou o America, ambos por 1 a 0.

Na final e com o acesso confirmado, o Friburguense fez mais dois jogos contra o America. Na ida no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, empate por 1 a 1. Na volta em Moça Bonita, o time do técnico Cadão venceu por 2 a 1, chegando ao tricampeonato.


Foto Igor Cruz/Friburguense

Brusque Campeão Brasileiro Série D 2019

A Série D de 2019 mostrou uma troca de cadeiras na hierarquia do futebol catarinense. Enquanto o Joinville não passou da primeira fase, o Brusque caminhou a passos largos rumo ao título inédito, que o coloca como a quinta força de Santa Catarina. A conquista também demonstra mais uma prova de como uma cidade pode se unir em torno de um objetivo.

Na primeira fase, o Quadricolor ficou no grupo 15. A estreia foi com vitória por 2 a 1 sobre o Boavista em casa. Na sequência, mais quatro vitórias que selaram a classificação do clube: 3 a 1 sobre o Foz do Iguaçu no Paraná, 3 a 2 sobre o Gaúcho no Augusto Bauer, 1 a 0 no time do RS em Passo Fundo e 5 a 0 no time paranaense em casa. Na rodada final, derrota para o time do RJ por 2 a 1 em Saquarema, que não tirou o time da liderança da chave, com 15 pontos.

Na segunda fase, o Bruscão eliminou o Hercílio Luz, com empate sem gols fora e vitória por 2 a 0 em casa. Nas oitavas de final, o reencontro com o Boavista, o qual empatou por 1 a 1 no Rio de Janeiro e venceu por 3 a 0 em Santa Catarina. Nas quartas, a disputa pelo acesso foi contra a Juazeirense. A ida aconteceu na Bahia, mas o Brusque perdeu por 1 a 0. A volta foi jogada no Augusto Bauer, e lá o time catarinense reverteu com maestria o confronto, goleando por 4 a 0 e obtendo a vaga na Série C de 2020.

A semifinal foi contra o Ituano, e o Quadricolor tornou a perder na ida, desta vez por 2 a 0. Na volta em casa, vitória pelo mesmo placar levou a disputa aos pênaltis. No fim, a festa foi do Brusque que venceu por 4 a 3 nas cobranças e foi à final.

A disputa derradeira pelo título foi contra o Manaus, e a primeira partida foi no Augusto Bauer. Diante de mais de 4 mil brusquenses, o time da casa abriu dois gols de vantagem, porém sofreu o 2 a 2 do adversário a oito minutos do apito final.

A situação ficou para ser definida na Arena da Amazônia, contra mais de 44 mil torcedores manauaras. O Bruscão saiu na frente com Júnior Pirambu, mas levou a virada no começo do segundo tempo. Até que, aos 38 minutos, Thiago Alagoano decretou outro 2 a 2 e outra disputa por pênaltis. Nenhum jogador do Brusque errou as cobranças, sendo o goleiro Zé Carlos o responsável pela última conversão, que deixou tudo 6 a 5 e deu a primeira conquista nacional ao clube do leste de Santa Catarina.

A campanha do Brusque:
16 jogos | 9 vitórias | 4 empates | 3 derrotas | 31 gols marcados | 14 gols sofridos


Foto Thais Magalhães/CBF

Ferroviário Campeão Brasileiro Série D 2018

A Série D chega ao ano de 2018 sem novidades, com exceção do fim da regra do gol marcado fora de casa ter peso dobrado. No mais, 68 times lutando por quatro vagas de acesso. Em campo, muitos candidatos ao título, mas no fim a festa ficou por conta do Ferroviário. Na onda dos rivais, que há anos passeiam nas divisões superiores, o time cearense se tornou o primeiro da capital a ter um título nacional.

Na primeira fase, o Tubarão foi líder do grupo A4, diante de Cordino (Maranhão), 4 de Julho (Piauí) e Interporto (Tocantins). A campanha contra estes adversários foi curiosa, pois o Ferroviário não venceu nenhum jogo em casa: empatou os três. Já como visitante, compensou vencendo dois e empatando uma partida. Ao todo, foram dez pontos que deixaram o clube na primeira colocação da chave.

No mata-mata, o clube voltou a enfrentar o Cordino, agora pela segunda fase. Se classificou com empate por 3 a 3 no Maranhão e vitória por 1 a 0 no Ceará. Nas oitavas de final, o adversário foi o Altos, o qual eliminou empatando por 1 a 1 no Castelão e vencendo por 4 a 2 no Piauí.

Nas quartas, o Ferrão fez o confronto mais difícil, contra o Campinense. Na ida, venceu por 3 a 2 em Fortaleza, e na volta, perdeu por 1 a 0 em Campina Grande. Na emoção dos pênaltis, a vitória por 5 a 4 deu o acesso aos cearenses. Na semifinal, o Tubarão enfrentou o São José de Porto Alegre. Venceu a ida por 3 a 1 no Castelão, perdeu a volta por 2 a 1 no Passo d'Areia e avançou à final no saldo de gols.

A decisão foi entre nordestinos, contra o Treze. E Mais uma vez o Ferroviário fez a partida de ida em casa. O time venceu por 3 a 0 no Castelão, com gols de Janeudo, Edson Cariús e Robson Simplício. A partida de volta foi no Amigão, em Campina Grande, onde o Ferrão soube segurar muito bem a vantagem.

O Tubarão perdeu apenas por 1 a 0, mas o resultado não diminuiu a festa do torcedor tricolor, que voltou para Fortaleza com a taça da Série D na bagagem. De quebra, o Ferroviário ainda fez o artilheiro da competição, o ídolo Edson Cariús, com 11 gols.

A campanha do Ferroviário:
16 jogos | 7 vitórias | 6 empates | 3 derrotas | 27 gols marcados | 18 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Operário-PR Campeão Brasileiro Série D 2017

A Série D chega ao ano de 2017, e pela segunda vez com 68 participantes. Entre eles, duas camisas ilustres: Portuguesa e Bangu, ambos disputando a competição pela primeira vez, e no mesmo grupo. Mas os dois ficaram pelo caminho na primeira fase. Enquanto Lusa e Alvirrubro lambiam suas feridas, no interior do Paraná surgia uma nova força.

O Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, vinha de surreais altos e baixos: em 2015, foi campeão estadual e perdeu nas quartas da Série D. Em 2016, foi rebaixado no estadual em 2016 e campeão da Copa FPF. E em 2017, não conseguiu o acesso estadual. Mas a vaga na quarta divisão pelo título da copa estadual estava segura, e seguindo a montanha-russa, era a hora de voltar ao alto.

Na primeira fase, o Operário-PR ficou no grupo A15, contra Brusque, XV de Piracicaba e São Paulo-RS. Nas seis partidas, venceu quatro e perdeu duas, marcando 12 pontos e se classificando na liderança. Na segunda fase, o Fantasma enfrentou a Desportiva-ES. O primeiro jogo foi no Espírito Santo, e o time paranaense venceu por 2 a 0. O segundo jogo foi no Paraná, e o Operário venceu desta vez por 2 a 1.

Nas oitavas de final, outro confronto contra um time capixaba: o Espírito Santo. A ida foi no Kleber Andrade, em Cariacica, e o Fantasma perdeu por 1 a 0. A volta foi no Germano Krüger, e os paranaenses devolveram o placar. Nos pênaltis, o Operário venceu por 4 a 2.

O adversário nas quartas de final foi o Maranhão, e a primeira partida em São Luís. E mesmo estando fora de casa, o Fantasma encaminhou a festa ao vencer por 3 a 1. A segunda partida foi em Ponta Grosa, e nova vitória por 2 a 1 confirmou o acesso. Já tranquilo com a vaga na Série C, o Operário encarou o Atlético-AC na semifinal, empatando por 0 a 0 no Acre e vencendo por 2 a 0 no Paraná.

Na final, o adversário do Operário foi o Globo, do Rio Grande do Norte. A ida foi disputada no Estádio Barretão, em Ceará-Mirim e tinha cara de ser difícil. Mas, de um jeito natural e com sem precisar de esforço, o Fantasma goleou por 5 a 0 e colocou os dez dedos na taça.

Assim, na volta só precisou fazer o tempo passar. Até perdeu no Germano Krüger, por 1 a 0, porém isto não diminuiu a comemoração pelo título da Série D, a grande conquista da história do Operário Ferroviário.

A campanha do Operário-PR:
16 jogos | 11 vitórias | 1 empate | 4 derrotas | 23 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Rener Pinheiro/CBF

Volta Redonda Campeão Brasileiro Série D 2016

A Série D de 2016 passou por uma mudança considerável no número de participantes. De 40, a competição passaria para 48, mas logo depois foi confirmado o número de 68 participantes. Consequentemente, o regulamento foi alterado. Os oito grupo com cinco times se transformaram em 17 com quatro. Uma fase a mais de mata-mata foi adicionada, porém a competição perdeu duas datas em relação aos anos anteriores.

O campeão continuou precisando de 16 jogos, mas os eliminados da fase de grupos passaram de oito para seis partidas no total. No campo, depois de algumas temporadas não tivemos nenhuma camisa mais tradicional, e isto abriu caminho para o sucesso de equipes que estavam há tempos longe de um calendário fixo no segundo semestre.

O Volta Redonda foi o clube que se deu melhor e ficou com o título. No grupo A12, o Voltaço passou invicto a primeira, com quatro vitórias e dois empates diante de URT, Desportiva-ES e Goianésia. Na liderança com 14 pontos, o destaque fica para as duas vitórias por 4 a 0 sobre o time goiano.

Na segunda fase, enfrentando novamente a URT, empatou por 1 a 1 em Minas Gerais e venceu por 2 a 0 no Rio de Janeiro. Nas oitavas de final, contra o Anápolis, vitória por 2 a 1 fora de casa e empate sem gols no Raulino de Oliveira deram nova classificação ao Volta Redonda.

Nas quartas valendo o acesso, o Voltaço encarou o Fluminense de Feira. A ida foi em Feira de Santana, e o time fluminense (do RJ) venceu de virada, por 3 a 2. A volta foi em Volta Redonda, e a vaga na terceira divisão foi confirmada com nova vitória por 2 a 1, gols do atacante Dija Baiano, que já havia marcado o gol do triunfo na partida anterior. Na semifinal contra o Moto Club, empate por 1 a 1 no Castelão e vitória por 3 a 1 no Raulino deram a classificado para a final ao Voltaço.

A decisão da Série D de 2016 foi jogada contra o CSA, e o primeiro jogo foi no Rei Pelé, em Maceió. E do Nordeste o Volta Redonda retornou com empate por 0 a 0 na bagagem. Os gols ficaram para os segundo jogo, no Raulino de Oliveira. Em quase 40 minutos, o Voltaço encaminhou a situação marcando três vezes. No segundo tempo, outro gol selou a goleada por 4 a 0 e a inédita conquista nacional, não só para o Volta Redonda mas também para o interior do Rio de Janeiro.

A campanha do Volta Redonda:
16 jogos | 10 vitórias | 6 empates | 0 derrotas | 29 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Lucas Figueiredo/CBF

Botafogo-SP Campeão Brasileiro Série D 2015

A última Série D com 40 clubes foi disputada em 2015. Também foi neste ano em que tivemos a última presença de um dos dois times de camisa pesada desta edição. Após várias tentativas, finalmente chegava a vez do Remo conseguir o acesso. A campanha paraense foi até a semifinal, quando foi eliminado para o futuro campeão. Dono de alguns títulos em âmbito estadual, o Botafogo de Ribeirão Preto chegaria em sua principal conquista com méritos.

A campanha do Pantera no grupo A6 da primeira fase foi até discreta. Com três vitórias, quatro empates e uma derrota, o time ficou na segunda posição, empatado em 13 pontos com o Gama. O saldo de gols foi que definiu a vaga aos paulistas, muito por conta dos 5 a 1 aplicados sobre o Villa Nova-MG dentro do Santa Cruz. A liderança ficou com o CRAC (18 pontos), enquanto o Duque de Caxias completou a chave.

Nas oitavas de final, o chaveamento colocou o Botafogo frente ao time goiano novamente, e o prognóstico da fase de grupos não era bom, pois os paulistas perderam por 1 a 0 em casa e empataram sem gols fora. Mas a história mudou no mata-mata, e o Pantera avançou vencendo por 3 a 0 em Ribeirão Preto e perdendo só por 1 a 0 em Catalão.

Nas quartas, o acesso foi disputado em dois confrontos contra o São Caetano, a outra camisa pesada da competição. A ida foi no Santa Cruz, e acabou com uma sofrida vitória por 2 a 1, de virada. Com o perigo do gol sofrido em casa, era preciso segurar tudo na volta no Anacleto Campanella. E a estratégia funcionou bem, com o Botafogo segurando o 0 a 0 e comemorando vaga na Série C. A semifinal foi contra o Remo, e a classificação para a decisão veio com vitória por 1 a 0 em Ribeirão Preto e empate sem gols em Belém.

Na final, o adversário foi o River do Piauí, que despachara na fase anterior o Ypiranga de Erechim nos pênaltis. O primeiro jogo foi no Santa Cruz, uma movimentada vitória por 3 a 2, com hat-trick do atacante Francis.

Logo, mais uma vez seria preciso defender tudo fora de casa. E contra 40 mil torcedores no Albertão, em Teresina, o Botafogo tornou a segurar empate por 0 a 0, assim conquistando seu primeiro título nacional na história, a Série D.

A campanha do Botafogo-SP:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 20 gols marcados | 9 gols sofridos


Foto Rogério Moroti/Botafogo-SP

Tombense Campeão Brasileiro Série D 2014

A Série D de 2014 foi disputada com uma leve alteração em relação as edições anteriores. Em caráter excepcional, a disputa no ano da Copa do Mundo no Brasil teve 41 participantes. Isto ocorreu por conta do rebaixamento de cinco times da Série C de 2013 (que teve 21 times, um a mais que o normal).

As principais forças em campo na quarta divisão foram Remo, Brasiliense e Brasil de Pelotas. Mas no mata-mata, o primeiro caiu diante do segundo, que perdeu para o terceiro. Só os gaúchos comemoraram algo. Não conquistaram tudo porque um clube da Zona da Mata mineira (no limite com RJ), de uma cidade com pouco mais de 8 mil habitantes não permitiu. No ano do centenário, o Tombense foi a surpresa da vez e levou o título.

No grupo A6 da primeira fase, o Gavião-Carcará não passou aperto e liderou com 18 pontos, seis vitórias e duas derrotas. Entre os bons resultados, fez 4 a 0 no Goianésia e 3 a 0 no Luziânia - ambos em casa -, além de 3 a 1 no Barueri fora. O CEOV Operário foi o outro time classificado. Nas oitavas de final, o Tombense enfrentou o Metropolitano. Na ida em Blumenau, empate por 1 a 1. Na volta em Tombos, vitória por 1 a 0 e classificação na mão.

Nas quartas o adversário foi o Moto Club. O primeiro jogo em São Luís foi duro, onde os mineiros tiveram que buscar um suado empate por 2 a 2. O segundo jogo no Antônio Almeida, também conhecido como Estádio dos Tombos, e o Gavião-Carcará confirmou o acesso ao vencer por 2 a 0, gols de Daniel Amorim e Élvis. Na semifinal contra o Confiança, vitória por 1 a 0 em Tombos e empate por 1 a 1 em Aracaju. Todos os gols marcados por Élvis.

A final foi jogada contra o Brasil de Pelotas, e a primeira partida foi no Bento Freitas. Com poucas chances, os dois times não saíram do 0 a 0. A segunda partida foi no Soares de Azevedo, em Muriaé (o estádio em Tombos não tinha a capacidade mínima para a decisão). Mais uma vez as equipes mantiveram o placar zerado.

Nos pênaltis, os mineiros erraram uma cobrança. Mas os gaúchos perderam duas, e o coube ao artilheiro com nome de astro do rock converter a batida do título. Por 4 a 2, o Tombense chegou a sua maior glória. E desde então, o clube não desceu mais da Série C.

A campanha do Tombense:
16 jogos | 9 vitórias | 5 empates | 2 derrotas | 23 gols marcados | 10 gols sofridos


Foto Arquivo/FMF

Botafogo-PB Campeão Brasileiro Série D 2013

Chegamos em 2013, e a Série D parte para sua quinta edição. Já um praxe da competição, clubes com estofo nas divisões de cima marcaram presença, como Londrina, Santo André e Juventude. Só os gaúchos conseguiram o acesso, na terceira tentativa. O título chegou a passar pelas mãos do time, mas no fim ficou com uma equipe da outra ponta do país, a Paraíba. O Botafogo local chegou a um título inédito após a reconquista do estadual, quebrando dez anos de fila.

Na primeira fase, o Belo ficou no grupo A4, o qual passou sem muita dificuldade, vencendo cinco jogos, empatando dois e perdendo somente um. Com 17 pontos, terminou na liderança e se classificou junto com o Sergipe. Atualmente na primeira divisão, o CSA foi o lanterna da chave. Vitória da Conquista e Juazeirense completaram o pentagonal.

Nas oitavas de final, o Botafogo enfrentou o Central. Na ida em Caruaru, derrota por 3 a 1. Na volta em João Pessoa, o resultado foi devolvido e o confronto foi para os pênaltis, onde o time paraibano fez 5 a 3.

Nas quartas, o adversário foi o Tiradentes do Ceará. O primeiro jogo foi no Almeidão, e o Belo venceu de virada por 2 a 1, gols do velho conhecido Warley, atacante. O segundo jogo foi em Fortaleza, no Presidente Vargas, e outra vitória por 1 a 0 confirmou o acesso do time alvinegro. O gol da classificação foi marcado por outro velho conhecido do futebol, Lenílson.

Embalado, o Botafogo enfrentou o Salgueiro na semifinal. A ida foi no Cariri pernambucano, no Cornélio de Barros, e os paraibanos venceram por 2 a 1. A volta foi em João Pessoa, onde nova vitória por 2 a 0 selou a vaga do Belo na final.

Na decisão, o Botafogo-PB enfrentou o Juventude, que 14 anos antes se via na mesma situação com o homônimo carioca na Copa do Brasil. Até o resultado da primeira partida foi igual, 2 a 1 para os gaúchos na Arena do Grêmio em Porto Alegre (o Alfredo Jaconi estava interditado). Mas desta vez a segunda partida foi diferente.

No Almeidão, o Belo inverteu a vantagem em 21 minutos e confirmou o título fazendo 2 a 0 no último minuto. A conquista da Série D de 2013 permanece até hoje como a única nacional de um clube da Paraíba.

A campanha do Botafogo-PB:
16 jogos | 11 vitórias | 2 empates | 3 derrotas | 28 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Thiago Casoni/Futura Press

Sampaio Corrêa Campeão Brasileiro Série D 2012

A Série D de 2012 foi a quarta edição do torneio, que aos poucos foi tomando da Copa do Brasil o posto de competição mais democrática do país. Quarenta equipes dos 27 Estados, todas com chances iguais de título. Pela primeira vez a taça ficou nas mãos de um time mais tradicional.

Enquanto Remo e Juventude viram navios mais uma vez, o Sampaio Corrêa repetiu o feito da Série B de 1972 e da Série C de 1997 e conseguiu duas façanhas: ser o primeiro time com títulos em três divisões nacionais e ser o primeiro campeão invicto da quarta divisão.

No grupo A2 da primeira fase, a Bolívia Querida teve zero dificuldades. Venceu os oito jogos e ficou com o dobro de pontos que o vice-líder Mixto (24 a 12). Comercial do Piauí, Santos do Amapá e Araguaína foram os outros adversários. A destacar de resultados, os 6 a 0 sobre o Santos-AP em casa e os 4 a 0 sobre a Araguaína fora. Nas oitavas de final, o Sampaio enfrentou o Vilhena. Na ida em Rondônia, empate por 2 a 2. Na volta no Castelão de São Luís, goleada por 4 a 1 e classificação garantida.

Nas quartas, a Bolívia disputou o acesso contra o Mixto, no reencontro da fase de grupos. A primeira partida foi em Cuiabá, no Estádio Dutrinha, e o time maranhense conseguiu empatar por 1 a 1. A vantagem do gol fora de casa fez a diferença para a segunda partida em São Luís, pois as duas equipes não saíram do 0 a 0. Passada a tensão, o Sampaio Corrêa comemorava o retorno à terceira divisão. A semifinal foi disputada contra o Baraúnas, e o roteiro foi parecido com os das fases anteriores: empate por 1 a 1 na ida no Rio Grande do Norte, e vitória por 1 a 0 no Castelão.

Na final, o Sampaio enfrentou o CRAC, time do interior de Goiás. O primeiro jogo foi disputado no Estádio Genervino da Fonseca, na cidade de Catalão. Bem como em todos os outros mata-matas, a Bolívia saiu da casa adversária com empate, novamente por 1 a 1.

O segundo jogo foi no Castelão, diante de mais de 35 mil torcedores. Com o domínio da partida, o Sampaio conseguiu o título ao vencer por 2 a 0, gols de Eloir no primeiro tempo e de Pimentinha no segundo. Outros nomes de destaque do time maranhense na competição foram os de Cleitinho, artilheiro do time com sete gols (um deles na ida da final), e de Célio Codó, autor do gol do acesso.

A campanha do Sampaio Corrêa:
16 jogos | 11 vitórias | 5 empates | 0 derrotas | 37 gols marcados | 8 gols sofridos


Foto Arquivo/Sampaio Corrêa

Tupi Campeão Brasileiro Série D 2011

A Série D foi se consolidando a cada edição que passava. A de 2011 manteve os 40 participantes, mas teve a fórmula modificada - para melhor. Os dez grupos de quatro times passaram a ser oito grupos de cinco. Assim, a parte do mata-mata não ficaria quebrada, com 16 equipes avançando a partir da segunda fase.

Como não poderia deixar de ser, clubes com camisa pesada marcaram presença, como Gama, Juventude e Santa Cruz. O calvário de três temporadas do time pernambucano teria fim ali, com o acesso garantido. Mas o time não foi o campeão. A taça acabou em Minas Gerais, com o Tupi de Juiz de Fora.

Na chave A5, o Galo Carijó enfrentou na primeira fase times de Goiás, Distrito Federal e Tocantins. Em oito jogos, venceu quatro, empatou dois e perdeu outros dois, marcando 14 pontos e terminando na liderança, classificado junto com a Anapolina e eliminando o tradicional Gama. Nesta fase da competição, a principal vitória foi os 3 a 1 em casa sobre a própria Anapolina.

Nas oitavas de final, o Tupi enfrentou o Volta Redonda. A ida foi no Raulino de Oliveira e terminou com derrota mineira por 1 a 0. A volta foi no Mário Helênio e o Galo Carijó reverteu com sobras, vencendo por 4 a 2 e avançando mais um degrau.

Nas quartas, o adversário foi novamente a Anapolina, que ultrapassou em pontos o Tupi e fez a ida ser jogada em Juiz de Fora. E os alvinegros abriram ótima vantagem com a goleada por 4 a 1. Na volta em Anápolis, o empate por 2 a 2 buscado nos minutos finais pelo herói Ademílson (antes dos 44 anos, "apenas" 37) valeu o acesso. Na semifinal contra o Oeste, a classificação mais tranquila do clube, que venceu por 3 a 0 o primeiro jogo nos Amaros de Itápolis e por 3 a 1 o segundo jogo no Mário Helênio.

A final da Série D foi entre Tupi e Santa Cruz. Sabendo que os holofotes estavam voltados aos pernambucanos, os mineiros jogaram com pés no chão. Venceram a ida em Juiz de Fora por 1 a 0 (gol do Ademílson), e jogaram para se defender na volta no Arruda. A estratégia deu certo, e o Galo Carijó sacramentou o título inédito vencendo por 2 a 0, gols de Allan e Henrique nos últimos 15 minutos da partida.

A campanha do Tupi:
16 jogos | 10 vitórias | 3 empates | 3 derrotas | 29 gols marcados | 15 gols sofridos


Foto Arquivo/Tupi

Guarany de Sobral Campeão Brasileiro Série D 2010

A primeira edição da Série D foi um sucesso entre os clubes pequenos. Então, a CBF repetiu a fórmula para 2010, incluindo o estranho sistema de mata-mata em que, dos dez times participantes da terceira fase, avançam os cinco vencedores e os três perdedores de melhor campanha, para formar as quartas de final.

Dos participantes com camisa mais pesada, nesta temporada tivemos Remo, Santa Cruz, Botafogo-SP, CSA, Operário-PR e Joinville, este último se envolvendo com tapetão. Mas o campeão da competição veio novamente do interior, agora do Ceará. Outrora participante das Séries B e C, o Guarany de Sobral partiu para uma conquista inédita através do terceiro lugar no estadual.

Na primeira fase, o Cacique do Vale ficou no grupo A3, definido somente no saldo de gols. Guarany, Sampaio Corrêa e JV Lideral-MA ficaram com nove pontos e duas vitórias, e a sorte sorriu para o time rubro-negro no saldo de gols (6 contra 2 e 0). Na condição de líder, enfrentou na segunda fase o Santa Cruz. A camisa pernambucana não pesou, o Guarany perdeu por 4 a 3 fora de casa, venceu por 2 a 0 em casa e se classificou.

Na terceira fase, o reencontro com o Sampaio Corrêa. A ida foi disputada no Junco, e o Cacique venceu por 3 a 2. A volta foi no Nhozinho Santos, em São Luís, e os sobralenses avançaram sem índice técnico ao empatarem por 1 a 1.

As quartas de final foram jogadas contra O Vila Aurora do Mato Grosso. A primeira partida foi em Rondonópolis, e o Guarany abriu vantagem fazendo 2 a 0. A segunda partida foi em Sobral, e com nova vitória por 2 a 1 o time cearense conseguiu o acesso. Na semifinal contra o Araguaína, empate por 2 a 2 no Tocantins e por 0 a 0 no Ceará classificaram o Guarany no critério do gol fora de casa.

A final foi contra o América do Amazonas, que mandou a ida em Santarém (PA). Lá, empate por 1 a 1. A volta foi no Junco, e o Guarany conquistou o primeiro título nacional da história do Ceará com goleada por 4 a 1. E é aqui que entra o tapetão. O América-AM não subiu para a Série C junto com os cearenses. O time foi punido com a perda de dez pontos por escalação irregular contra o Joinville nas quartas de final. E os catarinenses herdaram a vaga. No fim, o Guarany teve como vice o Madureira.

A campanha do Guarany de Sobral:
16 jogos | 7 vitórias | 7 empates | 2 derrotas | 33 gols marcados | 19 gols sofridos


Foto Arquivo/Guarany de Sobral

São Raimundo-PA Campeão Brasileiro Série D 2009

A história do Campeonato Brasileiro da Série D começou a ser contada em 2008, um ano antes de sua criação. Na época, a CBF anunciou que a terceira divisão seria, a partir de 2009, com 20 participantes fixos. Logo, os clubes sem divisão passariam a disputar os estaduais com o pensamento de buscar uma vaga no inédito quarto nível do futebol nacional.

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A primeira edição da Série D foi no mesmo 2009, e contou com 40 equipes. Na verdade, 39, pois nenhum time do Acre se habilitou. Assim, a competição ficou dividida em dez grupos. Entre os participantes, os de mais renome foram Paulista, Londrina, Ituano e Uberlândia, todos já com conquistas nacionais. Mas o primeiro campeão da Série D foi uma surpresa vinda do oeste do Pará: o São Raimundo de Santarém se classificou à competição depois do vice no estadual do mesmo ano.

Na fase de grupos, o clube paraense ficou na chave A2. Enfrentando Tocantins de Palmas, Moto Club e Cristal do Amapá, o Pantera Negra terminou na liderança com 10 pontos em seis partidas, sendo a mais lembrada a vitória por 4 a 1 sobre o Tocantins fora de casa.

Para a segunda fase, 20 equipes em um mata-mata. O adversário do São Raimundo foi o Genus de Rondônia. Na ida em Porto Velho, empate por 1 a 1. Na volta em Santarém, vitória por 3 a 1 e vaga na terceira fase, onde o time alvinegro reencontrou o Cristal. E na ida em Macapá, nova goleada por 4 a 1. Na volta em casa, um susto com a derrota por 3 a 1. Classificado, o São Raimundo participou da bizarra fase de quartas de final.

Dos dez times da terceira fase, cinco avançaram normalmente, enquanto os três "melhores derrotados" completaram as vagas. E quem o Pantera enfrentou nas quartas? O Cristal! Valendo o acesso, o São Raimundo empatou por 1 a 1 a ida no Amapá e venceu por 2 a 0 a volta no Pará. Com a inédita vaga à Série C na mão, o time paraense enfrentou o Alecrim na semifinal. Com vitória por 3 a 1 no Colosso do Tapajós e empate por 2 a 2 em Natal, o Pantera chegou a uma final histórica.

O adversário do clube na primeira decisão de Série D foi o Macaé. A primeira partida foi disputada no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Lá, o São Raimundo ficou duas vezes na frente do placar, mas sofreu a virada no segundo tempo e perdeu por 3 a 2. Nenhum alarde, já que havia a regra do gol fora de casa.

A segunda partida foi no Colosso do Tapajós, com mais de 17 mil torcedores são-raimundinos. Desta vez a virada foi contrária: os cariocas marcaram primeiro e o Pantera virou em três minutos na metade final do segundo tempo. Por 2 a 1, o São Raimundo se tornou o primeiro campeão da Série D, parando Santarém em festa.

A campanha do São Raimundo-PA:
16 jogos | 8 vitórias | 4 empates | 4 derrotas | 29 gols marcados | 20 gols sofridos


Foto Antônio Cícero/Futura Press

Náutico Campeão Brasileiro Série C 2019

Já vem se tornando rotina nos últimos anos o fato de a Série C contar com times com certa tradição e com passagens recentes pelas divisões de cima do futebol brasileiro. Em 2019, a posição coube a Juventude, Paysandu, Remo, Santa Cruz e Náutico, que foi o mais competente e conquistou um título inédito.

O regulamento da competição foi o mesmo das temporadas anteriores. Em uma ironia do destino, a região Nordeste teve dez representantes cravados, o que forçou a CBF a juntar as outras quatro regiões no grupo B. Assim, tivemos times do Norte tendo que jogar no Sul e no Sudeste.

O Timbu ficou na chave A junto com seus conterrâneos. Foi a segunda temporada seguida do clube na terceira divisão. O começo não foi muito promissor, com derrota por 2 a 0 para o futuro rebaixado ABC em Natal. A primeira vitória ocorreu na segunda rodada, por 4 a 2 sobre o Imperatriz nos Aflitos. Na quarta rodada, vitória por 1 a 0 no Treze fora de casa deu início a uma série invicta até o oitavo jogo. 

Mas o Náutico só engrenou de vez na 12ª partida, quando aplicou 1 a 0 no Ferroviário fora de casa. Daqui até o fim da fase, o Timbu venceu mais cinco jogos e só perdeu um, obtendo a vaga no mata-mata ao vencer por 1 a 0 Botafogo-PB em João Pessoa, na 17ª rodada. A liderança do grupo veio com os 3 a 1 no rival Santa Cruz em casa, na última partida. Ao todo foram 33 pontos, dez vitórias, três empates e cinco derrotas.

Nas quartas final, o time alvirrubro enfrentou o Paysandu. Depois de ficar no 0 a 0 em Belém, o time conseguiu o acesso de um jeito agônico, empatando por 2 a 2 nos Aflitos no último minuto de jogo. Nos pênaltis, 5 a 3 e a vaga garantida na Série B de 2020. A semifinal foi contra o Juventude, e o Timbu novamente recorreu ao desempate após levar 2 a 1 em Caxias do Sul e fazer 2 a 1 em Recife. Nas cobranças, 4 a 3 para os pernambucanos.

A final foi disputada contra o Sampaio Corrêa. A ida foi nos Aflitos, e o Náutico abriu boa vantagem ao vencer por 3 a 1. A volta foi no Castelão de São Luís, onde os maranhenses tentaram reverter, mas a defesa, a bola aérea e o contra-ataque alvirrubros funcionaram bem. Enquanto o goleiro Jefferson salvou várias bolas, Álvaro (pelo alto) e Matheus Carvalho (pelo chão) fizeram os gols do 2 a 2 que garantiu a primeira conquista nacional na história do Náutico.

A campanha do Náutico:
24 jogos | 12 vitórias | 6 empates | 6 derrotas | 34 gols marcados | 26 gols sofridos


Foto Léo Lemos/Náutico

Caucaia Campeão Cearense Série B 2019

No Ceará, o Caucaia deu mais um passo no seu processo de crescimento ao vencer pela primeira vez a Série B estadual. Clube fundado em 2004, é a primeira vez que a Raposa Metropolitana chega à elite cearense.

A competição contou com dez equipes divididas em duas chaves. Na primeira fase, o Caucaia liderou o grupo A com folga sobre os outros quatro oponentes, tendo sete vitórias, uma derrota e 21 pontos. Nas quartas de final, a equipe eliminou o Icasa com empate por 1 a 1 fora e vitória por 4 a 2 em casa.

Na semifinal, o acesso inédito foi consolidado ao superar o Crato, revertendo a derrota por 2 a 0 na ida com vitória pelo mesmo placar na volta, assim usando a vantagem de ter melhor campanha. Na final única no Presidente Vargas, em Fortaleza, o Caucaia derrotou por 3 a 0 o Pacajus.


Foto Pedro Chaves/FCF

Almirante Barroso Campeão Catarinense Série B 2019

Clube da cidade da Itajaí e licenciado desde 1971, o Almirante Barroso voltou à ativa em 2016 por meio de uma parceria com outro clube, o Navegantes EC. Desde então o Alviverde tomou gosto pelas conquistas, foi campeão da Série B de Santa Catarina pela primeira vez no ano do retorno, e chegou ao bicampeonato em 2019.

A campanha do segundo título do Barroso foi contra oito adversários. Era para ser contra nove, mas o Blumenau foi excluído na terceira rodada. Então, em 16 partidas, o Alviverde conseguiu nove vitórias, quatro empates e três derrotas, terminando na vice-liderança, com o acesso garantido e a vaga na final.

A decisão foi contra o Concórdia, líder da fase inicial somente porque fez um gol a mais que o Barroso. A partida de ida foi no Camilo Mussi e terminou empatada por 1 a 1. A volta foi no Domingos Lima e encaminhava-se para um título do Concórdia, que jogava por resultados iguais. Até que aos 50 minutos do segundo tempo, o zagueiro Igor Brondani fez 2 a 1 e o Alimirante Barroso conquistou o título.


Foto Divulgação/FCF